Segundo veiculado pela Isto É, o senador tucano José Serra entrou definitivamente na alça de mira da Lava Jato. Na última semana, veio a público um compartilhamento de informações do Ministério Público da Suíça com integrantes do MP paulista sobre uma offshore panamenha, cujo beneficiário é o ex-diretor da Dersa, Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto, que chegou a ter 35 milhões de francos (R$ 113 milhões) em quatro contas em bancos suíços em julho de 2016.
Da redação
Em dezembro, Paulo Preto, operador do PSDB revelado por ISTOÉ em 2010, foi incluído como investigado em um inquérito que tramita no Supremo Tribunal Federal para apurar supostos crimes cometidos por Serra, entre os quais o desvio de recursos nas obras do Rodoanel Sul, em São Paulo, para campanhas do tucano.
Em fevereiro do ano passado, depois que as autoridades suíças já haviam encontrado os R$ 113 milhões em nome de Paulo Preto, os valores foram transferidos para outra instituição financeira nas Bahamas. A movimentação, com clara intenção de driblar as investigações, fez com que a juíza federal Maria Isabel do Prado determinasse a quebra do sigilo bancário do operador do PSDB, além do bloqueio do dinheiro. A decisão foi tomada em outubro de 2017, mas só se tornou pública ao ser incluída em uma petição da defesa de Paulo Preto, que pediu, ao STF, a suspensão do acordo de cooperação jurídica internacional entre Brasil e Suíça. Se o pedido fosse aceito pelo Supremo, todas as provas colhidas pelo MP suíço perderiam a validade em processos no Brasil. Mas isso não vai acontecer, uma vez que a Lava Jato firmou acordos com mais de 100 países e nenhum foi anulado pela Justiça.
Delação da Odebrecht
O inquérito contra José Serra, que envolve Paulo Preto, foi instaurado com base nas delações premiadas de executivos da Odebrecht. Segundo pelo menos seis colaboradores da construtora, executivos da Dersa, incluindo o operador tucano, cobravam vantagens indevidas de empreiteiras e repassavam o dinheiro para campanhas eleitorais do PSDB no estado, entre elas as de José Serra. O senador e Paulo Preto negam as irregularidades. A investigação, porém, está avançando na direção do tucano.
ISTOÉ revelou quem era Paulo Preto
Na edição de nº 2127, de 13 de agosto de 2010, ISTOÉ publicou reportagem com o título “um tucano bom de bico”, revelando quem era o engenheiro Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto. Um dos responsáveis pelas obras no Rodoanel, orçado em R$ 5 bilhões, ele arrecadou dinheiro nas obras para campanhas do PSDB, inclusive para o então candidato a presidente José Serra. Ele embolsou pelo menos R$ 4 milhões de caixa dois e sumiu com o dinheiro.
O jornal Estadão divulgou neste domingo, um projeto da escola da Fazenda Canuanã, na zona rural de Formoso do Araguaia, (TO), projeto do Instituto A Gente Transforma do designer Marcelo Rosenbaum, recebeu o prêmio de Melhor Edifício de Arquitetura Educacional do mundo.
Da Redação
Conforme o veículo, dos 7 aos 17 anos, 780 alunos passam as 24 horas por dia dos sete dias da semana na escola. É nesse ambiente que estudam, brincam, fazem as refeições e dormem. Ainda assim, eles tinham dificuldade de chamar esse espaço de casa. Inaugurada há 44 anos, a escola da Fazenda Canuanã, na zona rural de Formoso do Araguaia, a 320 km de Palmas (TO), atua em regime de internato para acolher estudantes de localidades ainda mais afastadas.
A preocupação em transformar a escola em um lar fez com que a instituição, mantida pela Fundação Bradesco, ficasse conhecida mundialmente com a construção das Moradias Infantis, um novo alojamento para os alunos, que recebeu o prêmio de Melhor Edifício de Arquitetura Educacional do mundo, da premiação Building Of The Year.
Os professores e a direção da escola sentiam a necessidade de proporcionar um ambiente com mais individualidade e privacidade para as crianças, já que eles se dividiam em quartos com 20 beliches e 40 estudantes. Para pensar um novo modelo de moradia, a fundação convidou o Instituto a Gente Transforma, do designer Marcelo Rosenbaum. "Nossa responsabilidade nesse projeto era fazer com que essas crianças não tivessem mais a sensação de que dormiam na escola. Tudo o que fizemos foi pensado para garantir a essas crianças a sua intimidade e privacidade", conta o arquiteto.
O projeto começou ouvindo as crianças para entender o que elas entendiam como necessário para transformar o dormitório em uma morada. "O que mais me tocou foi o consenso harmonioso entre eles. Os pedidos eram simples, o que eles mais pediam era que o prédio fosse mais fresco", conta o designer. A região em que a escola está fica na faixa de transição entre o Cerrado, o Pantanal e a Floresta Amazônica, as temperaturas na região podem chegar a 38 ºC no verão.
Além de ouvir os alunos, Rosenbaum e os arquitetos do escritório Aleph Zero visitaram as casas das famílias para mapear elementos com potencial de gerar identificação e para solucionar os desafios impostos pelo clima da região. "Visitamos populações ribeirinhas, caboclas e indígenas para fazer esse levantamento visual e cultural. A gente viu e explicamos a eles que a tecnologia existente no local, usada pelos pais e avôs deles, tem um ótimo desempenho e deve ser valorizada", conta o arquiteto Pedro Duschenes.
Da conversa com os alunos, o projeto criou uma nova modulação para os quartos, que passaram a receber apenas seis crianças, divididos em dois pavilhões, um feminino e outro masculino. A construção usou painéis de palha trançada, tijolos de solocimento, chão de cimento queimado e madeira laminada. "Também entregamos todo o mobiliário. Agora, cada criança tem seu próprio gavetão para guardar suas coisas, um abajur, um espelho. Em uma escola com tantos alunos, em que eles passam a maior parte do tempo de uniforme, é importante que eles tenham um momento em que possam enxergar e valorizar sua individualidade", diz Marcelo.
Os quartos foram entregues aos alunos no início de 2017 e, segundo Ricardo Figueiredo, diretor da escola, as mudanças foram significativas e sentidas rapidamente. "Elas estão muito mais tranquilos, passaram a valorizar o silêncio, cuidam muito da estrutura. Para muitas dessas crianças, é a primeira vez que eles têm um quarto já que a maioria mora com os pais em casas de apenas um cômodo", diz.
Bruno Santos, de 18 anos, saiu da casa dos pais aos sete anos para estudar no 2º ano do ensino fundamental na escola. "Sou o caçula de sete irmãos, fui o menino que mais chorou na primeira semana de aula de tanta saudade da minha mãe", lembra. Agora, ele já não quer mais deixar a escola, onde nesse ano cursa o ensino técnico em agronomia. "Tenho aqui tudo o que meu pai não poderia me dar, sempre foi a minha casa, mas melhorou muito no último ano. Antes eu só podia dormir quando apagavam a luz. Hoje, em dia, os meninos que moram no meu quarto são a minha família, a gente se respeita para cada um dormir e estudar na hora que quiser".
Na madrugada deste sábado, 24, as primeiras rodadas dos quatro cadernos da edição especial do Jornal do Brasil, que volta às bancas neste domingo, 25, causaram emoção
Da Redação
Os cadernos estão divididos da seguinte maneira: cabeça, com dois cadernos de 24 e 12 páginas; Caderno de Esportes, com oito páginas; e Caderno B, com oito páginas.
O Jornal do Brasil estará em todas as bancas do Grande Rio. A partir do começo da manhã deste domingo, 25, o JB estará espalhado em vários pontos de Niterói (a partir de Icaraí) e do Rio de Janeiro (Flamengo, Leme, Copacabana, Ipanema, Leblon, seguindo a orla até o Pontal).
E o mais importante, a meteorologia garante que vai dar praia. Uma centena de guarda-sóis, em branco e preto e com as logos Jornal do Brasil, marcarão os pontos de distribuição. Duplas de jovens uniformizados com as logos do Jornal do Brasil estarão vendendo os exemplares a R$ 5,00.
Além disso, três aviões de propaganda vão sobrevoar toda a orla do Rio de Janeiro, não apenas do Leme ao Pontal, como dizia Tim Maia, mas desde Niterói até o Pontal, cada qual com uma faixa: "Quer uma boa notícia?", "O Jornal do Brasil voltou", e o terceiro: "JB todo o dia nas bancas".
Por outro lado o governador paulista, Geraldo Alckmin, que preside o PSDB e é pré-candidato ao Planalto pelo partido nas eleições deste ano, afirmou neste sábado, 24, que o presidente Michel Temer tem "direito" de ser candidato à reeleição
Com Folha de São Paulo
O presidente Michel Temer foi avisado no primeiro momento de que a intervenção federal no Rio sepultaria de vez a reforma da Previdência e, mesmo assim, bancou a medida. Passada uma semana da intervenção, o Planalto avalia que a decisão ajudou o governo a enterrar o risco de derrota na votação sem que fosse preciso enfrentar o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), colocou Temer na agenda positiva da Segurança Pública e, embora, o presidente insista em dizer que não é candidato, mantém aberta a ele uma porta para mudar de ideia e lhe dá força para chancelar um candidato que não seja o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), hoje considerado pouco confiável pelo MDB.
A interpretação do Planalto é de que Alckmin fez corpo mole no PSDB sobre a necessidade de aprovação de uma reforma da Previdência e de que neste momento está de olho em possíveis votos de centro-esquerda, especialmente depois de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter sido condenado em segunda instância.
Para o Planalto, se a intervenção der certo, ela pode ser usada para turbinar um candidato do governo - até mesmo o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Dificilmente, avaliam, ajudaria o presidente da Câmara, hoje mais distante de Temer do que nunca.
Bolsonaro
Além disso, para o Planalto, o uso de militares no combate à criminalidade deixa Temer ou um candidato apoiado por ele em condições de receber parte dos votos do deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ), que, na avaliação do governo, deve desidratar com o início formal da campanha, e diminui a dependência em relação a partidos aliados que eram fundamentais para a aprovação da reforma da Previdência.
Dois sinais dessa independência são a desistência do PTB de indicar Cristiane Brasil para o Ministério do Trabalho e a demissão de Luislinda Valois, ligada ao PSDB, do Ministério dos Direitos Humanos. A nova régua será usada na reforma ministerial prevista para abril.
Ceará
A Segurança Pública está no radar de Temer desde a crise nos presídios do Rio Grande do Norte, no fim de 2017, mas ganhou força quando o governo identificou uma tentativa do governador do Ceará, Camilo Santana (PT), de jogar no colo da União o ônus pela guerra de quadrilhas que resultou na chacina de 14 pessoas durante uma festa de casamento em Fortaleza, no dia 27 de janeiro.
A rusga entre Camilo e o Planalto acabou mediada pelo presidente do Senado, Eunício Oliveira (CE), que o colocou em contato direto com Temer.
Numa das reuniões com Temer, Eunício argumentou que, caso a ação no Rio dê certo, o governo não teria recursos suficientes para atender outros Estados que sofrem com a violência, entre eles sua base eleitoral, o Ceará. Temer, de maneira direta, teria respondido que "a intervenção é no Rio de Janeiro".
No fim de todo o processo, um fato corriqueiro quase impede Eunício de participar da cerimônia de lançamento. Durante toda a manhã o Planalto tentou, sem sucesso, entrar em contato com o parlamentar para avisá-lo do evento. O presidente do Senado não atendia às ligações e o silêncio foi interpretado como sinal de contrariedade. Na verdade, Eunício estava no escritório da residência oficial da presidência do Senado, com o celular desligado, e como era feriado, não havia funcionário para repassar as ligações.
Fala
Em meio à crescente especulação sobre os objetivos eleitorais de Temer após a intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro, Alckmin disse que esse não pode ser o objetivo do governo com a medida.
"Eu não tenho esse dom de penetrar consciências, espero que não tenha sido essa a motivação, mas, efetivamente, a grave situação no Rio de Janeiro", disse o governador tucano. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) defendeu hoje (23), no Superior Tribunal de Justiça (STJ), a volta do ex-presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB) Carlos Arthur Nuzman à prisão
Da Agência Brasil
Em outubro do ano passado, Nuzman foi beneficiado por um habeas corpus concedido pelos ministros da Sexta Turma.
Nuzman foi denunciado por corrupção e organização criminosa pelo Ministério Público Federal (MPF), no âmbito da Operação Unfairplay, que investiga a compra de votos para a escolha do Rio como sede olímpica de 2016.
No parecer, a procuradoria sustenta que o ex-presidente do COB poderia ocultar bens eventualmente adquiridos de forma ilícita e atrapalhar as investigações. “É possível afirmar a probabilidade de que, caso seja solto, venha a empreender esforços para eliminar provas dos crimes perpetrados por ele e pela organização, dificultando as apurações em curso e a fase instrutória das ações penais já deflagradas”, argumenta a PGR.
A prisão de Nuzman foi substituída, por meio de liminar, por medidas cautelares alternativas, entre as quais a proibição de deixar o Rio de Janeiro e de ter acesso às instalações do COB. Ele também teve que entregar o passaporte e deve se apresentar regularmente à Justiça.
Segundo a denúncia do MPF, Nuzman teria participado de um esquema que pagou mais de R$ 6 milhões a dirigentes do Comitê Olímpico Internacional (COI) em troca de votos para a escolha do Rio como sede dos Jogos Olímpicos.
No habeas corpus, a defesa de Nuzman alegou que a prisão preventiva do dirigente é "medida abusiva, desnecessária e ilegal". Os advogados negaram que o ex-presidente tenha “vínculo, de qualquer natureza, no campo de ilicitudes penais, em obras de empreiteiras, com sobrepreço e propinas”.
Idade avançada
O subprocurador-geral da República Rogério Navarro afirma que a idade avançada do ex-presidente do COB, que já tem mais 75 anos, não autoriza a substituição da prisão preventiva pela domiciliar. Navarro diz que a existência de doença grave, alegada pela defesa, não demonstrou a necessidade de Nuzman de tratamento de saúde especial ou diferenciado.
Procurada, a defesa de Nuzman alegou que sua prisão revelou-se abusiva, desnecessária e ilegal. “O STJ revogou a prisão preventiva em deliberação colegiada e todos os fundamentos daquela decisão unânime permanecem válidos até hoje. Não há qualquer motivo para que uma nova violência seja praticada contra Nuzman, como pretende o Ministério Público com base em ilações e conjecturas sem amparo na realidade”, expressou a defesa, em nota divulgada à imprensa.