Em live, José Genoino chama evangélicos de 'maniqueístas' e 'figuras toscas fundamentalistas' e fala sobre regular e taxar igrejas
POR PATRICIA LAGES
Em uma live do Sabadão do DCM, promovida pelo site Diário do Centro do Mundo, Maria Fernanda Passos moderou a conversa entre o jornalista Kiko Nogueira, a advogada Sara Vivacqua, o ex-deputado federal José Genoino (PT).
Uma das pautas foi o “problema” dos evangélicos e como o PT pretende “resolver a questão”. Nogueira questionou Genoino sobre como deve ser a abordagem da esquerda com os milhões de evangélicos a quem ele classifica politicamente como “extrema direita”.
Já a advogada aventou a possibilidade de as igrejas, a quem chama de “máquinas de lavagem cerebral”, serem controladas e taxadas: “Essa questão da igreja não teria que ser regulada? Eles não teriam que estar pagando impostos, eles não teriam que ter algum um tipo de restrição?”, perguntou Vivacqua.
Genoino demonstra ter diversas estratégias na ponta da língua. Ele concorda que evangélicos são um problema a ser solucionado, ofende os fiéis e afirma que a esquerda deve agir “com habilidade” para não parecer que se trata de perseguição religiosa. “Nós temos que tratar institucionalmente esse problema, com habilidade para que eles não coloquem que nós estamos perseguindo eles.” Entre suas falas, o petista aproveita para chamar os evangélicos de “maniqueístas” e “figuras toscas fundamentalistas”.
O ex-deputado disse que a esquerda terá que “reconstruir coisas a partir do zero”, redefinir o conceito de pátria, desbancar e até mesmo “dessacralizar” — ou seja, fazer perder o caráter sagrado — em relação ao que a fé cristã defende. Genoino confessa que será a primeira vez que a esquerda terá de “enfrentar uma direita que tem base social de massa”. Significa dizer que nunca houve real oposição à esquerda no Brasil, mas, sim, nada além de um teatro das tesouras, onde todos sempre defenderam os mesmos interesses, apenas fingindo serem inimigos.
Genoino afirmou que a esquerda não deve repetir o “erro do passado”, referindo-se ao relacionamento que tiveram com “as cúpulas das igrejas” quando estiveram no governo. Ele declarou que agora devem ir “debaixo para cima”, buscando relacionamento com a base: “Devemos nos relacionar com as pessoas que procuram as igrejas, com os pastores da base, com as pessoas que estão no bairro e nas comunidades”. E, segundo o petista, tudo isso é para “fazer a disputa”.
Seguindo a estratégia, Genoino diz que a esquerda deve criar “células” para se infiltrar nas bases das igrejas, afirmação que foi comemorada pela advogada Sara Vivacqua, que exclamou com um sorriso no rosto: “Que lindo!” Por fim, Genoino concluiu: “Nós temos que enfrentar esse novo desafio da religião da prosperidade, porque essa religião da prosperidade é uma tríplice aliança: do terço, da arma e do capital”.
Portanto, você, cristão, que criticou as igrejas por falarem de política — achando que são assuntos que não devem ser “misturados” — e que votou na esquerda em nome da “democracia” e do “amor”, não reclame quando sua igreja for regulada, controlada, dessacralizada e desconstruída. E, claro, não se ofenda quando a turma da tolerância ofendê-lo com os adjetivos pejorativos que eles tanto gostam de usar para se referir à sua fé. Faz o L que passa.
Gestor discursou nesta segunda-feira, 14, em painel do Consórcio Interestadual Amazônia Legal, na COP-27
Com Assessoria
Em painel da Conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre as Mudanças Climáticas - COP-27, no Egito, desta segunda-feira, 14, o governador Wanderlei Barbosa falou sobre a necessidade do financiamento internacional em projetos ambientais. “O Tocantins quer ser referência em políticas sustentáveis e para isso ocorrer, precisamos de parcerias”, destacou. Além dele, estavam presentes no debate alguns governadores que são membros do Consórcio Interestadual da Amazônia Legal.
“Precisa haver interesse das entidades mundiais. Já temos projetos em andamento, com grupos querendo comercializar crédito de carbono tocantinense, mas precisamos evoluir mais. Essa preocupação precisa ser de todos. Se não queremos que a temperatura do planeta aumente, temos que ter a preocupação em ajudar os estados brasileiros”, discursou Wanderlei para os governadores e outros representantes internacionais.
O Governador também citou que o Estado do Tocantins é campeão em preservação ambiental, onde possui nove Áreas de Proteção Ambiental (APAs) e três parques estaduais. “Propuseram diminuir essas áreas para aumentar o setor produtivo, mas o Governo tem sido resistente. O Governo do Tocantins tem tido o cuidado com o meio ambiente. Essa parceria com entidades mundiais é para ajudar preservar”, ressaltou.
Wanderlei Barbosa mencionou, ainda, o cuidado do Governo do Tocantins com as reservas indígenas e sua população, além do projeto Foco no Fogo, que tem o objetivo de conscientizar a população sobre os riscos e prejuízos causados pelas queimadas irregulares. “Temos dois períodos bem distintos no Tocantins: chuva e seca. E durante a seca, que dura entre agosto e outubro, temos que controlar as queimadas”, explicou.
Palestra sobre Financiamento Climático
O tema Financiamento Climático: o papel da cooperação internacional para o desenvolvimento de baixas emissões na Amazônia foi discutido pelos governadores Gladson Cameli (AC), Mauro Mendes (MT), Helder Barbalho (PA); Wanderlei Barbosa (TO) e Marcos Rocha (RO), que fazem parte do Consórcio Interestadual Amazônia Legal, e representantes da Noruega, Reino Unido, Alemanha, entre outros países.
Também participaram do evento a secretária de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Miyuki Hyashida; a superintendente de Gestão e Políticas Públicas Ambientais, Marli dos Santos; a secretária-executiva da Secretari de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídrico, Karynne Sotero Campos; o secretário de Estado da Governadoria, Jairo Mariano; pelo secretário de Estado de Parcerias e Investimentos, José Humberto Pereira Muniz Filho; o presidente da Tocantins Parcerias, Aleandro Lacerda.
Há muitos anos não havia uma união de forças tão benéficas para o Estado do Tocantins, com o governador Wanderlei Barbosa e os senadores Eduardo Gomes e Dorinha Seabra trabalhando em conjunto com os demais membros da bancada federal tocantinense e os parlamentares da Assembleia Legislativa
Por Edson Rodrigues
Wanderlei Barbosa, o “governador curraleiro” vem ignorando os mimimis partidários e construindo pontes de diálogo em busca de garantir que essa união de forças possa agir em benefício do povo tocantinense, sabiamente se esquivando de qualquer tipo de picuinha política.
Dessa forma, ele abre caminho para que as três maiores forças políticas da atualidade, no Tocantins, o próprio Wanderlei e os senadores Eduardo Gomes e Dorinha Seabra, para a formação de uma grande frente de trabalho, com todos falando a mesma língua, buscando o desenvolvimento e o progresso do Estado e dos seus 139 municípios.
O papel de toda a bancada federal será fundamental para que se desenhe um cenário positivo para o Tocantins a partir do dia 1º de janeiro de 2023, quando o País começa a viver uma nova realidade política e institucional. Para isso, o trânsito, a inteligência e a capacidade de articulação, principalmente dos senadores Eduardo Gomes e Dorinha Seabra, serão de extrema valia para o povo tocantinense.
PEREGRINAÇÃO INICIADA
Ainda na semana passada, Eduardo Gomes e Dorinha Seabra iniciaram a peregrinação em vários ministérios, um comportamento que deve ser ininterrupto, uma vez que o objetivo é dar condições ao governador de fazer uma administração da forma mais tranquila e equilibrada possível, mantendo a regularidade do repasse de recursos federais e a inclusão do Tocantins em convênios e ações do governo federal neste fim de mandato e durante todo o próximo governo.
O certo é que Wanderlei, Eduardo e Dorinha estão lutando por um mesmo objetivo, que é o bem do povo dos 139 municípios, independentemente de cor ou ideologia partidária. O fato do próprio governador tomar a iniciativa dessa união de forças, demonstra a sua grandeza de caráter e as boas intenções para com a sua nova gestão que se inicia em 2023.
Essa união de forças iniciada por Wanderlei mostra uma desenvoltura como bom gestor e reconhecimento da sua parte pelos votos recebidos da população tocantinense, que aprovou seu desempenho e confiou a ele a os próximos quatro anos de seus destinos, mostrando identificação com seu jeito humilde de tratar o povo e com sua já famosa forma “curraleira” de defender os interesses dos seus concidadãos.
POLITICAMENTE FALANDO
Politicamente falando, não existem possibilidades de frustrações com a futura gestão de Wanderlei Barbosa, por conta do alto grau de compromisso da parte dele com as famílias tocantinenses.
Wanderlei sempre foi um político com uma postura popular e comprometida com seus deveres. Ético, de caráter e determinado, jamais se envolveu em atos não republicanos, desde a sua estreia na vida política, como vereador de Porto Nacional, depois de vereador na primeira legislatura de Palmas, de onde saiu para a Assembleia Legislativa, como deputado estadual mais bem votado.
Chamado para ser vice-governador na chapa de Mauro Carlesse, foi Wanderlei quem garantiu os votos da Capital que ajudaram na eleição de Carlesse e, após o afastamento do ex-governador, assumiu de forma interina o governo do Estado e surpreendeu a todos logo nos primeiros momentos da sua gestão, focando suas ações no bem-estar da população e do funcionalismo público estadual, plantando um sentimento de paz e segurança nos corações dos tocantinenses.
E foi essa semente que germinou nas urnas, no último dia dois de outubro, garantindo a vitória das propostas, e do jeito de ser e de governar de Wanderlei Barbosa, de forma esmagadora, já no primeiro turno, trazendo junto a força de Dorinha Seabra, candidata, aliada de Wanderlei, ao Senado, e da maioria dos eleitos para a Câmaras Federal e para a Assembleia Legislativa, dando ao governador curraleiro a chance de ter um governo em que sua única preocupação será trabalhar pelo desenvolvimento do Estado e pela melhoria da qualidade de vida da população.
UNIÃO DURADORA
A processo de união das três maiores lideranças da política tocantinense por iniciativa do governador Wanderlei Barbosa tem tudo para resultar em uma união duradoura, pois os três têm, exatamente, o mesmo pensamento em relação aos 139 municípios que, unidos, fazem o Tocantins um Estado de imenso potencial e que precisa ser trabalhado e lapidado para que dias melhores se realizem para todos os tocantinenses.
Wanderlei Barbosa, Eduardo Gomes e Dorinha Seabra já deram o primeiro passo para que esse sonho se realize, que foi descer do palanque das eleições estaduais e foram à Brasília juntos em busca de recursos federais. Isso comprova que o Tocantins só tem a ganhar com esse alinhamento de ações entre seus três principais líderes políticos da atualidade, com o apoio da bancada federal e estadual.
Quanto mais essa união durar, maiores serão os resultados e mais longe todos poderão chegar em suas vidas políticas, sempre avalizados pelos eleitores, com a responsabilidade de honrar os votos recebidos e manter suas carreiras longe da politicagem e o mais perto possível das boas práticas políticas, para orgulhar o Tocantins e seu povo pelas escolhas feitas.
Que assim seja!
Moraes, Lewandowski, Gilmar e Barroso precisam de forte escolta de seguranças para sair do hotel
Com Diário do Poder
Se perderam as condições de circular livremente nas ruas das cidades brasileiras sem o risco de serem hostilizados por brasileiros indignados, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) também enfrentam maus bocados no exterior.
Presentes em Nova York para participarem de um debate organizado pela empresa de eventos Lide, do ex-governador de São Paulo João Doria, seis ministros do STF foram fortemente hostilizados por grupos de brasileiros nas ruas, na porta do hotel onde se hospedam e também na rua, como no caso do ministro Luis Roberto Barroso, reconhecido por uma mulher e seguido até entrar numa loja.
Neste domingo (13), a Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder, informou que eram aguardados protestos apenas nesta segunda-feira (14) diante do Harvard Club, na rua 44, local do evento da Lide, segundo alertou aos ministros a área de segurança do STF.
Os brasileiros cantaram o Hino Nacional na porta do Hotel Sofitel e depois insultaram os ministros à medida que deixavam o estabelecimento. O primeiro deles a sair e ouvir insultos foi Gilmar Mendes e, em seguida, Ricardo Lewandowski.
Gilmar se esforçou para sorrir, enquanto o forte esquema de segurança o protegia até entrar em uma van. Lewandowski fez um gesto com as mãos e parece dizer algo, mas sua vez é inaudível no vídeo que registra esse momento, até porque prevalecem os gritos de palavrões dirigidos aos dois magistrados.
O mais insultado parece ter sido Alexandre de Moraes, que tenta abrir um sorriso forçado e, na correria, chega a esbarrar em uma manifestante que o chamava aos palavrões.
Moraes também aparece em um dos vídeos ao ser reconhecido no restaurante Brasserie Française e chega a se levantar da mesa a se dirigir a uma jovem vestida com a camisa da Seleção Brasileira. A voz de um homem o desafia a concretizar uma suposta ameaça de agressão.
O grupo de ministros se dirigia a um restaurante brasileiro de alto luxo, Fasano, onde também foram recepcionados na rua aos palavrões de brasileiros.
Já Luis Roberto Barroso aparece em vídeo de uma mulher que parece surpresa em encontrá-lo em uma rua bastante movimentada. Ele se esforça para ignorar a mulher, até que se refugia em uma loja, mas se volta para a brasileira e afirma: “Não seja grosseira. Passe bem, minha senhora”.
Aumento de internações na capital põe em alerta rede hospitalar no interior de SP
Com: Estadão Conteúdo
O aumento nas internações pela covid-19 na capital e na Grande São Paulo coloca em alerta a rede hospitalar no interior paulista. Embora os casos mais graves da doença ainda sejam pontuais, cidades como Ribeirão Preto, Sorocaba e Araraquara registram crescimento nos casos e testes positivos para a covid. Especialistas preveem que em duas ou três semanas a nova onda de covid vai atingir o interior e os hospitais devem estar preparados para receber um número maior de pacientes. Gestores de saúde se preocupam com pessoas com doses da vacina em atraso e o risco de maior disseminação nas festas do fim do ano.
Na Grande São Paulo, o número de internações por covid-19 em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) cresceu 65,1% nas duas últimas semanas, segundo dados da Secretaria de Saúde do Estado. O número passou de 215 pessoas internadas em 25 de outubro para 335 no último dia 8. Em enfermarias, o número de hospitalizados cresceu 81,3%, de 364 para 660 no mesmo período. Os hospitais privados também apontam aumento de internações na capital.
Em Ribeirão Preto, no interior, apenas os casos registrados na primeira semana de novembro já superaram a metade dos registros de todo o mês de outubro. Conforme boletim epidemiológico da pasta municipal da Saúde, até 8 de novembro foram 72 casos positivos, oito vezes mais que na semana anterior e 54% do total de outubro (131 casos).
Não houve, porém, registro de morte relacionada à covid em novembro, até esta quinta-feira, 10, nem aumento expressivo em internações. Em outubro, houve seis óbitos. "O momento é de vigilância, monitoramento e acompanhamento do número de pacientes atendidos em todo o município, não só nos nossos serviços, mas em todos os que geram notificações", disse a diretora de Vigilância em Saúde, Luzia Márcia Romanholi Passos.
Em Sorocaba, foram registradas três novas mortes pela covid-19 em boletim divulgado nesta quinta. Duas mortes aconteceram esta semana - as vítimas foram um homem de 55 anos e um idoso de 86. Em outubro, a cidade chegou a ficar 24 dias sem registrar óbitos pela doença. Houve ainda 35 casos positivos de covid-19. O boletim anterior registrou 22 novos casos. A prefeitura informou que não houve reflexos na ocupação hospitalar.
Falta de doses adicionais preocupa
O alto número de pessoas que estão com doses adicionais em atraso preocupa a prefeitura de Piracicaba. São quase 190 mil pessoas, a maioria - 92 mil - que deveriam ter tomado e ainda não tomaram a terceira dose. Nesta sexta-feira, 11, a Secretaria de Saúde divulgou a abertura de vagas para agendamento, na tentativa de incentivar a busca pela vacina.
Conforme o subsecretário Augusto Muzilli Junior, embora o indicador de internações esteja estável na cidade, com menos de 10% de ocupação das vagas em UTI e enfermaria, a proximidade das festas de fim de ano deixa a Saúde em alerta com a possibilidade de aumento nos casos. "Para garantirmos que estes momentos ocorram de forma saudável e segura, as pessoas precisam se vacinar e seguir as orientações de prevenção da covid-19", disse.
Em Araraquara, a Secretaria Municipal de Saúde vai iniciar nos próximos dias o sequenciamento genético de casos confirmados, em parceria com a Unesp, para identificar se a nova cepa BQ.1 ou outras variantes já circulam na cidade. No período de 4 a 10 de novembro, a cidade registrou 97 casos positivos da doença, mais que o triplo dos 27 casos da semana anterior. A positividade para amostras em geral cresceu de 3,9% para 8,4%. Entre os sintomáticos, o índice de positividade para covid-19 subiu de 6,6% para 18%.
O boletim divulgado na última sexta-feira registra dois pacientes internados em enfermaria. No anterior, apenas um paciente estava hospitalizado. "Com relação às internações nos serviços hospitalares que disponibilizam leitos para covid-19, públicos e privados, a cidade conta com uma taxa de ocupação de 5% de leitos de enfermaria, mas não tem leitos ocupados em UTI", disse a pasta. O comitê de covid informou que "acompanha atentamente a evolução da nova cepa BQ.1" e lembrou que, apesar da não obrigatoriedade do uso de máscaras, está mantida a recomendação dessa proteção, principalmente no transporte público e nas unidades de saúde.
Conforme o epidemiologista Carlos Magno Fortaleza, da Faculdade de Medicina da Unesp de Botucatu, o interior do estado não vai escapar do aumento nas internações por covid-19 que já acontecem na Grande São Paulo. "Já temos um pequeno aumento no número de casos, mas os registros não aumentaram tanto talvez porque muita gente pode estar fazendo autoteste e não reporta à saúde pública. Ainda não tivemos impacto nas internações no interior, como acontece na capital. Ainda não aconteceu, mas, devido à dinâmica já conhecida da doença, é esperado que aconteça nos próximos dias", disse.
Para a infectologista Raquel Stucchi, docente da Unicamp, por tudo o que aconteceu durante a pandemia, já se sabe que o aumento das internações no interior costuma acontecer de duas a três semanas depois que aumentam na capital e Grande São Paulo. "O interior deve estar preparado para um aumento de casos que necessitam de internação. Não será um aumento tão expressivo como no início da pandemia, mas as pessoas que estão com a vacinação incompleta, ou seja, menos de quatro doses para pessoas acima de 18 anos, ou as crianças que ainda não estão vacinadas, assim como idosos e imunodeprimidos, fazem parte da população que podem ter doença mais grave e necessitar de internação", disse.
Essa população, segundo a especialista, deve ser mais cuidadosa, evitar os contatos de risco para a covid, usando máscara sempre que houver aglomeração, mesmo em ambiente aberto. "Em ambiente fechado, pelo menos para essa população o uso de máscara cirúrgica ou PFF2 deve ser obrigatório. É um momento de preocupação e devemos estar atentos. É importante atualizar a vacinação, pois há vacinas disponíveis na rede básica."
No caso da rede hospitalar, ela considera importante que os hospitais tenham um plano de emergência pronto para ser aplicado, caso aumente o número de pacientes com covid, para que possam ampliar os leitos de internação e de UTI. "Ampliar leitos significa também ter recursos humanos suficientes, da equipe médica, de enfermagem, de todo apoio da limpeza para atender adequadamente esses pacientes, caso aconteça a necessidade de mais internações", observou.
Mais verba
O governo de São Paulo anunciou nesta sexta um investimento de R$ 93 milhões para ajudar as prefeituras a ampliarem a imunização de doenças que podem ser prevenidas por vacinas, como a covid-19, o sarampo e a pólio. Os recursos também serão utilizados no controle da dengue, zika vírus e chikungunya, doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. As verbas serão distribuídas proporcionalmente entre os 645 municípios paulistas.
Fonte: Estadão Conteúdo