Por Edson Rodrigues

 

Amanhã, dia dois de outubro, finalmente, será realizada a eleição mais esperada dos últimos anos em todo o Brasil e no Tocantins, em particular.  Uma eleição em que todos os eleitores poderão comparecer às suas seções eleitorais, digitar o número dos seus escolhidos, tendo seu direito – e dever – do voto garantidos, em tempos em que até a possibilidade de golpe militar foi suscitada pelos partidos de esquerda e a intervenção do Poder Judiciário acirrou os ânimos – de ambos os lados – colocando em dúvida a lisura doo processo eleitoral.

 

A expectativa para amanhã, dois de outubro, é de uma eleição acirradíssima, mas com todos os direitos constitucionais garantidos.

 

No Tocantins a eleição deve ser definida já no primeiro turno. A rapidez da apuração por meio das urnas eletrônicas, deve garantir a divulgação dos resultados e a confirmação dos eleitos – ou não – até as 21h deste domingo.  Hora em que os candidatos tocantinenses às vagas do Senado (1), Câmara Federal (8) e Assembleia Legislativa (24), já saberão se o povo confiou oi não em suas propostas e proposituras.

 

TODOS DESARMADOS

 

Em nome da nossa tão “suadamente” conquistada democracia, todos os tocantinenses, eleitores, candidatos e candidatas, precisam estar desarmados do ódio, do preconceito e das bravatas de insulto ou provocações aos adversários durante todo o desenrolar das votações, que terminam às 17h.

 

Fazemos, então, um chamamento ao valoroso povo tocantinense para que se abstenha de discussões, ignore provocações e, desta forma, contribuam para um processo sucessório tranquilo, democrático e sem sustos, pelo menos em território tocantinense.

 

O mais jovem dos estados brasileiros deve mostrar ao País que está capacitado, preparado e amadurecido no exercício da cidadania, em sintonia com o mais seguro e mais rápido sistema de votação e apuração que o mundo conhece.

 

 

Já conclamamos nossos eleitores à reflexão, para que tenham consciência – e ciência – a respeito dos candidatos que escolherá para gerir o futuro do nosso Estado nos próximos quatro anos (oito, no caso de senador), pois há, desde os “medalhões”, que são os políticos tradicionais, que buscam uma reeleição ou, até, uma volta à vida pública, até os candidatos novatos, em busca da primeira eleição e que, nem por isso deixam de ser boas opções, capazes e preparados para os cargos eletivos aos quais se candidataram.

 

Desejamos, do fundo de nossos corações, que os eleitores tenham recebido informações e conhecimento suficiente, da nossa parte, do Observatório Político de O Paralelo 13 e de todos os veículos de comunicação do Tocantins, tão sérios e engajados em proporcionar um Estado melhor para nossos cidadãos, para que as escolhas de cada um sejam as melhores possíveis, pensadas, analisadas e conferidas, para que a voz das urnas nos anunciem um Estado com um governo e representantes nos parlamentos nacional e estadual imbuídos em fazer com que o nosso povo sofra menos, pene menos e em dar a arrancada necessária para que nos transformemos no Estado progressistas, desenvolvimentista e, principalmente, confiável, em todas as suas instituições.

 

Que Nosso senhor, Jesus Cristo, nos abençoe em nossas decisões e abençoe os escolhidos para que pratiquem a boa política em favor do nosso povo, e que no dia três de outubro, tudo volte à normalidade, sem vitoriosos que não sejam os cidadãos tocantinenses, e sem derrotados insatisfeitos no meio político, permitindo um recomeço de acordo com a vontade dos eleitores.

 

Se houver a necessidade de um segundo turno para a presidência da República, que os envolvidos estejam devidamente respaldados pela vontade popular, e que todos neste processo eleitoral estejam em paz consigo mesmos, debatendo propostas e demandas para que, enfim, no dia 30 de outubro, os tocantinenses possam contribuir de forma consciente sua opção para a presidência da República.

 

Boa sorte aos que votam e aos que desejam ser votados. E que vença o melhor.  Para o Tocantins e para o seu povo!

 

Amém!

 

Posted On Sábado, 01 Outubro 2022 12:51 Escrito por

País inicia o segundo semestre do ano com menor índice de desemprego desde 2015. Pressionado pelo recuo da inflação, rendimento real cresceu novamente.

 

Por Daniel SIlveira

 

Brasil começou o segundo semestre deste ano com índices de desemprego mais baixos em sete anos, consolidando tendência de recuperação do mercado de trabalho. Em contrapartida, bateu recorde histórico o número de trabalhadores sem carteira assinada no país. É o que apontam os dados divulgados nesta sexta-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

 

Segundo o levantamento, realizado por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), a taxa de desemprego em agosto caiu para 8,9%, a menor desde julho de 2015, quando ficou em 8,7%.

 

Esta foi a sexta queda seguida da taxa de desemprego no país, que já mantinha uma trajetória de declínio desde março do ano passado. De acordo com a coordenadora da pesquisa, Adriana Beringuy, o resultado de agosto consolida a tendência de recuperação do mercado de trabalho no Brasil.

 

Em números absolutos, o país encerrou agosto com um contingente de, aproximadamente, 9,7 milhões de desempregados - o menor nível desde novembro de 2015 - cerca de 4,2 milhões a menos que em agosto do ano passado, o que representa uma queda de 30,1% em um ano.

Na comparação com o trimestre terminado em julho, o recuo foi de aproximadamente 2%, o que representa cerca de 200 mil trabalhadores a menos na fila do desemprego.

Também diminuiu o número de pessoas subutilizadas no mercado de trabalho, cujo total foi estimado em 23,9 milhões de trabalhadores - 1,5 milhão (ou 5,8%) a menos na comparação trimestral e 7,4 milhões (ou 23,6%) a menos no confronto anual.

O contingente de subutilizados é formado por:

 

9,7 milhões de desempregados: pessoas que não trabalham, mas procuraram empregos nos últimos 30 dias;

6,4 milhões de subocupados: pessoas que trabalham menos de 40 horas por semana, mas gostariam de trabalhar mais;

7,9 milhões de pessoas na força de trabalho potencial: que poderiam trabalhar, mas não trabalham, grupo que inclui 4,3 milhões de desalentados (que desistiram de procurar emprego) e outras 3,6 milhões de pessoas que podem trabalhar, mas que não têm disponibilidade por algum motivo, como mulheres que deixam o emprego para cuidar os filhos.
Com isso, a taxa composta de subutilização ficou em 20,5%, a menor desde o trimestre terminado em maio de 2016.

 

Principais destaques da pesquisa:

Desemprego caiu para 8,9%, menor índice da série desde o trimestre encerrado em julho de 2015

Número de desempregados recuou para 9,7 milhões de pessoas, patamar mais baixo desde novembro de 2015

Contingente de pessoas ocupadas bateu novo recorde: 99 milhões

População subutilizada caiu para 23,9 milhões de pessoas, 23,6% a menos que em agosto do ano passado

Pessoas fora da força de trabalho se manteve estável em 64,6 milhões de pessoas

População desalentada (que desistiu de procurar trabalho) foi estimada em 4,2 milhões, estável na comparação trimestral, mas 18,5% menor no confronto anual

Taxa de informalidade foi de 39,7% da população ocupada

Número de trabalhadores informais chegou a 39,3 milhões

Número de empregados sem carteira assinada foi o maior da série: 13,2 milhões

Número de empregados com carteira de trabalho assinada subiu para 36 milhões

Trabalhadores por conta própria atingiram 25,9 milhões de pessoas

Número de trabalhadores domésticos subiu para 5,9 milhões de pessoas

Número de empregadores foi de 4,3 milhões de pessoas

Rendimento real habitual ficou em R$ 2.713 - 3,1% a mais que no trimestre anterior, mas estável na comparação anual

 

Recorde na ocupação

A melhora nos índices de desemprego, no entanto, não foi puxada pela redução do número de desempregados, mas pelo aumento da população ocupada no mercado de trabalho brasileiro, que bateu novo recorde da série histórica, iniciada em 2012, somando cerca de 99 milhões de pessoas.

 

Em um ano, o contingente de ocupados aumentou em 7,3 milhões de trabalhadores, o que corresponde a um crescimento de 7,9% no período. Já na comparação com o trimestre terminado em julho, a alta foi de 1,2 milhão, pouco mais de 1%. Com isso, o contingente de pessoas ocupadas chegou a 99 milhões, batendo novamente o recorde na série histórica, iniciada em 2012.

 

 

O nível de ocupação, ou seja, o percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar, foi estimado em 57,1%, com crescimento tanto no confronto trimestral, sobretudo no anual - em agosto do ano passado era de 53,4%.

 

Segundo o IBGE, três atividades influenciaram o aumento da ocupação e consequente queda no desemprego: comércio, administração pública e outros serviços, que tiveram o número de ocupados aumentado em, respectivamente, 566 mil, 488 mil pessoas e 211 mil pessoas.

 

O ingresso da maior parte dos 7,3 milhões de trabalhadores que se ocuparam no mercado desde agosto do ano passado se deu por meio da carteira assinada no setor privado - foram assinadas 3 milhões de carteiras em um ano, o que corresponde a 41% do contingente dos novos ocupados e a um aumento de 7,9% na comparação com igual período de 2021.

 

Outros 1,8 milhão de trabalhadores foram ocupados sem carteira assinada. Embora em menor número, este incremento de informais fez com que o contingente de trabalhadores nesta condição atingisse o maior patamar da série histórica iniciada em 2012, de 13,2 milhões de pessoas, 16% a mais que no mesmo período do ano passado.

 

Já a quantidade de trabalhadores por conta própria ficou estável em 25,9 milhões de pessoas, enquanto o número de empregados no setor público cresceu 4,1% e chegou a 12,1 milhões.

 

Aumento do rendimento real


A Pnad mostrou, também, que o rendimento real habitual cresceu pelo segundo mês consecutivo, após dois anos sem crescimento. Esse resultado se deu, sobretudo, por conta da pressão inflacionária.

 

Em agosto, o salário médio do trabalhador brasileiro chegou a R$ 2.713 – estável na comparação com agosto do ano passado, mas 3,1% acima do apurado no trimestre anterior

“Esse crescimento está associado, principalmente, à retração da inflação. Mas a expansão da ocupação com carteira assinada e de empregadores também são fatores que colaboram”, diz Beringuy.

 

O maior aumento percentual do rendimento real se deu entre os empregadores – subiu 11,5%, cerca de R$ 689 a mais. Entre o grupo de empregados com carteira de trabalho assinada, o crescimento foi de 2% (mais R$ 51).

 

Entre os setores, se destacaram “agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura”, com alta de 7,2% (R$ 123 a mais), “Indústria”, que subiu 4,4% (R$ 111), “Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas”, com 3,5% (R$ 77), “Informação, Comunicação e Atividades Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e Administrativas”, com alta de 5,5% (R$ 205).

 

 

Posted On Sexta, 30 Setembro 2022 13:28 Escrito por

A família O PARALELO 13 acredita ter cumprido sua função como veículo de comunicação e formador de opinião no processo eleitoral de 2022, com uma cobertura jornalística sempre respeitosa aos candidatos majoritários e proporcionais, através de nossos artigos, análises políticas, colunas OLHO NO OLHO e PANORAMA POLÍTICO e editoriais, sempre dentro da ética e do respeito.

 

Independente e destemido, mantivemos o equilíbrio necessário diante do clima criado na reta final da campanha por políticos que desejam se perpetuar no poder e não admitem que a imprensa possa exercer o seu direito de liberdade de expressão, garantido pela Constituição Federal de 1988.

 

Lamentável em todos os sentidos as agressões sofridas pelo casal Eduardo Mantoan e prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro, assim como a forma covarde de usar a imagem do grande estadista Siqueira Campos por uma pessoa que, num passado recente o chamou em palanque de ladrão e chefe de quadrilha e hoje divulga vídeo de velho Siqueira ao seu lado lhe hipotecando apoio. Em condições normais Siqueira não cometeria tal desatino.

 

Lamentável também a condução do processo eleitoral majoritário, onde apenas dois candidatos a governador estão discutindo projetos de gestão para os próximos quatro anos, caso sejam eleitos.

 

Em respeito à história de coragem e independência de O PARALELO 13, e para evitar fazer críticas sobre comportamentos, atos e práticas de candidatos e candidatas a cargo majoritário, quando poderíamos ser mal interpretados, criando dúvidas sobre nossa isenção nesse processo eleitoral, achamos por bem, a partir dessa sexta-feira, 30/09, não publicar nenhuma análise, editorial ou reportagem sobre as candidaturas majoritárias de governador e senador, com a firme certeza do dever cumprido na cobertura das eleições estaduais de 2022.

 

Aos nossos parceiros, colaboradores, leitores,  seguidores e aos eleitores e eleitoras do Tocantins os nossos agradecimentos.

 

Até a próxima segunda-feira, quando faremos uma análise dos resultados das urnas.

 

FAMÍLIA O PARALELO 13

 

Posted On Sexta, 30 Setembro 2022 09:34 Escrito por O Paralelo 13

O candidato a deputado estadual pelo MDB agradeceu aos tocantinenses pela oportunidade de falar a cada um sobre suas propostas, pelas manifestações de apoio, reafirmou que sua vitória será de todos os tocantinenses e que será representante do povo e não fará um mandato baseado em interesses pessoais ou de outros políticos

 

Por Edson Rodrigues

 

Às vésperas do processo eleitoral que acontece neste domingo, dia 02 de outubro, O Paralelo 13 entrevistou o portuense, candidato a deputado estadual, Arlindo da Rebram. Com uma adesão expressiva ao seu projeto ele pontua que encerra sua campanha com o sentimento de dever cumprido, em que foi feito um trabalho maravilhoso e os resultados estão sendo surpreendentes. “Nós contamos com o apoio de lideranças em 45 municípios, o que para mim é um número significativo, mas receber a manifestação das pessoas do Tocantins pelo trabalho que desenvolvemos ao longo desta campanha representa muito e tenho certeza que esta vitória não será do Arlindo, mas de todos os tocantinenses”, pontua o candidato que acredita em aproximadamente 70% no índice de renovação da Assembleia Legislativa com as eleições deste ano. Arlindo garante que sua afirmação se baseia no sentimento de mudança, de renovação, de alternância de poder, visto e sentido nas ruas, nas casas, no comércio, em todos os cantos por onde passou.

 

Na contramão dos demais candidatos que desembolsaram muito dinheiro para subsidiar seus projetos, Arlindo menciona que sua campanha está sendo feita com voluntários. “Realmente o nosso trabalho iniciou com nossos amigos e a nossa família. Eu fiz questão de desenvolver este trabalho de formiguinha para que todas as adesões fossem pelas propostas, pelo coletivo e não ouvisse insinuações do gênero: foi o prefeito que levou, ou o governador, algum político com mandato. Nossos companheiros tem trabalhado dia e noite na nossa campanha, ajudando, estão porque acreditam. Hoje de mandatário contamos com o apoio do vereador Geilson e do ex-vereador Fábio Alves, no mais são pessoas do comércio, empresários, microempresários e muitos jovens que foram aderindo voluntariamente. Que vão as reuniões para nos ouvir, quando a gente sai vem nos parabenizar, dizer que podemos contar com o seu voto e tem sido assim no decorrer de toda a campanha. Eu sabia que iria ser, mas eu não imaginava que fosse a esse ponto”.

 

O candidato lembrou da caminhada realizada há alguns dias em Porto Nacional, que contou com aproximadamente 1.500 pessoas. “Não foi carreata, foi caminhada, um sol quente. Não demos um centavo, um litro de gasolina, quem participou realmente nos apoia e acredita. Apesar da surpresa, pela quantidade de pessoas busco fazer o meu trabalho sempre com humildade, companheirismo. Faço questão de honrar todos os meus compromissos na vida particular, enquanto empregado e empresário e o resultado tenho visto agora”, pontua satisfeito.

 

Outro diferencial da campanha de Arlindo da Rebram que chama a atenção do eleitor tocantinense e vem ao encontro do que a sociedade busca de um modo geral reflete na postura do candidato e de seus apoiadores. Um trabalho voltado para propostas, sem agressões, xingamentos ou denuncismo. O candidato reforça que “essa questão de xingar não agrega. Fazer denúncias por interesses pessoais não é papel de um político correto, um político que quer fazer, trabalhar pelo seu povo.  As denúncias quem tem que cuidar é o judiciário, é o Ministério Público Federal, Polícia Civil. Então nós temos o poder é de fiscalizar e as nossas propostas foram elaboradas em cima disso”.

 

Adesão dos Jovens

 

Hoje cerca de 50% dos jovens não sabem ou ainda não escolheram seus candidatos a deputado estadual e federal. Os dados vão além e mostram que o eleitor com faixa etária de 16 a 26 anos de idade não têm interesse pela política e este é um resultado de diversos fatores. No entanto, a campanha de Arlindo da Rebram conta com um número expressivo de jovens, para ele o apoio se deve ao desejo de mudança e principalmente ao incentivo e oportunidades que os jovens tem em sua campanha e terão em seu mandato. “Temos que desenvolver políticas públicas para que o jovem seja inserido no mercado de trabalho. Querem trabalhar e às vezes não tem essa oportunidade. É muito natural que o empresário pergunte onde você trabalhou, mas como ele vai falar de suas experiências se não tiver oportunidade de adquiri-las”, questiona. Arlindo menciona ainda os idosos, que com uma perspectiva de vida cada vez maior, buscam se reinserir no mercado de trabalho após a aposentadoria.

 

Tocantins

Arlindo pontuou que vai trabalhar muito para contribuir com propostas e implantação de políticas públicas que resultem na geração de empregos, contribua para melhorar as condições de vida da população. Buscar alternativas que possibilite uma saúde com mais responsabilidade, assim como auxilie para que o Tocantins consiga garantir segurança pública aos municípios. “Hoje, setenta municípios não tem um policial. Então a gente tem que trabalhar duro, para resolver questões como esta, pois as pessoas precisam desta sensação de segurança para ir e vir. Assim como o produtor rural requer incentivos para facilitar sua vida e ampliar suas fontes de renda. É desta forma que queremos atuar.

 

Kátia Abreu e Marcelo Miranda

A reunião de encerramento da campanha de Arlindo da Rebram contou com a participação de duas grandes personalidades da política tocantinense: a senadora e candidata à reeleição, Kátia Abreu e o ex-governador, candidato a deputado estadual e presidente do MDB, Marcelo Miranda. Questionado se a presença dos políticos tinha como foco demonstrar força e avalizar seu trabalho, Arlindo explicou que a grande festa, no Jardim Querida, “foi um evento organizado pelo atual gestor, o prefeito Ronivon Maciel e mais do que força demonstra a importância da boa política, pregada durante toda a campanha, das oportunidades de mostrar o trabalho e os bons nomes para que a comunidade analise e escolha. Fiquei lisonjeado em poder, mais uma vez falar para todos os portuenses”.

 

O candidato mencionou mais uma vez acreditar em sua vitória, vitória que segundo ele é do povo. “Será uma vitória da renovação. Viajei pelos municípios mostrando as nossas propostas, falando com as lideranças, com as famílias, com as pessoas trabalhadores e estamos recebendo a cada dia, cada hora mensagem força. Então eu tenho certeza que nós vamos ter uma votação muito forte no interior, assim como em Palmas onde trabalhamos bastante. E nestes últimos dias vamos fixar nossas agendas em Porto Nacional, Ponte Alta, Monte do Carmo, Silvanópolis para encerrar com chave de ouro”, disse Arlindo, entusiasmado.

 

Aos indecisos

 

Arlindo da Rebram fez questão de deixar a sua mensagem aos indecisos, àqueles que querem e acreditam que transformar o Tocantins é possível. “Nosso trabalho foi feito todo com voluntários, até temos muitas lideranças nos municípios, mas elas também se voluntariaram. Diante disso garanto que não vamos decepcionar, não vamos fazer um mandato para o governador, vamos fazer um mandato para a população que nos elegeu. Sempre digo que os nossos representantes ganham as eleições com o voto do povo e depois mudam, deixam de representa-los para ser deputado do governador e nós não vamos fazer isso, vamos trabalhar pelas pessoas, cuidar de gente”. 

 

O candidato a deputado estadual agradeceu a cada um que nos manifestou apoio, que o recebeu na sua casa, no seu trabalho. Aos empresários, aos microempresários, ao trabalhador rural, aos companheiros que, de acordo com ele, estão trabalhando dia e noite voluntariamente, ligando para outros amigos, pedindo voto. “Sei que fazem isso porque confiam no nosso trabalho e é fácil trabalhar com um candidato que você conhece. Fizemos uma campanha sem dinheiro, uma campanha sem estrutura financeira, mas uma campanha de pé no chão, humilde, que vem a cada momentos crescendo muito e só tenho a agradecer a população do meu estado, e garantir que não serei um parlamentar de Porto Nacional, mas um deputado do Tocantins”, concluiu.

 

 

Posted On Sexta, 30 Setembro 2022 06:51 Escrito por

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), líder da corrida ao Planalto, e o presidente Jair Bolsonaro (PL), em segundo nas pesquisas, protagonizaram trocas de ataques e acusações no debate entre candidatos à Presidência na TV Globo nesta quinta-feira (29), a três dias do primeiro turno.

 

POR JOELMIR TAVARES E FELIPE BÄCHTOLD 

 

Eles fizeram sucessivos pedidos de resposta por ofensas pessoais, ofuscando os outros cinco candidatos no estúdio. O clima geral foi de nervosismo e tumulto, com participantes se atropelando nas falas.

 

Lula também foi alvo de Ciro Gomes (PDT), Simone Tebet (MDB), Soraya Thronicke (União Brasil), Padre Kelmon (PTB) e Felipe D'Avila (Novo), que mencionaram casos de corrupção na era PT como o mensalão e o petrolão e a derrocada econômica da gestão Dilma Rousseff (PT).

 

Bolsonaro também recebeu ataques de Ciro, Tebet e Soraya, mas teve apoio de Padre Kelmon e D'Avila ao longo do debate.

 

O petista atacou Bolsonaro pelo descaso com a pandemia e a economia, revidou os ataques dos rivais, saiu em defesa dos governos do partido e usou o espaço para reforçar mensagens de sua campanha, como a promessa de combate à fome, redução da desigualdade e retomada do desenvolvimento.

 

Agitado, Bolsonaro foi repreendido em diferentes momentos pelo mediador William Bonner por tentativas de interrupção quando não tinha o direito de fala. O jornalista pediu obediência às regras acordadas previamente com todas as campanhas. Lula também foi orientado a respeitar as normas nos momentos em que falou fora de seu tempo oficial.

Jair e Ciro Gones 

 

"O presidente quando aparecer aqui, por favor, minta menos", disse o petista, perguntando ao antagonista sobre o sigilo de cem anos adotado por Bolsonaro sobre questões sensíveis para aliados e familiares, as denúncias de desvios no MEC e a "quadrilha da vacina", que tentou negociar imunizantes contra a Covid-19 com cobrança de propina.

 

O candidato à reeleição rebateu: "O ex-presidiário diz que eu decretei o sigilo da minha família. Qual o decreto, me dá o número do decreto? [...] Para de mentir". Bolsonaro contrariou fatos ao afirmar que faz "um governo limpo, sem corrupção, orgulho nacional".

 

O mandatário e o ex-presidente apontaram escândalos um do outro, citando acusações que envolvem filhos, como a investigação de rachadinhas no gabinete do hoje senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).

 

O presidente, que chamou Lula de mentiroso e traidor da pátria, devolveu: "Rachadinha é teus filhos roubando milhões de empresas após a tua chegada ao poder. Que governo de propina? Não tem propina. Nada tem [de escândalo] contra o meu governo, nada. Deixe de mentir. Tome vergonha na cara, Lula".

 

O candidato à reeleição trouxe ainda ao encontro o assassinato do prefeito petista Celso Daniel, em 2002, buscando associar Lula ao crime. Lula rebateu: "Eu fui procurar o Fernando Henrique Cardoso para a Polícia Federal entrar no caso".

 

Demonstrando irritação com o tom dos ataques e se desculpando pelo excesso de pedidos de resposta -que, segundo ele, atrapalhavam o ritmo do debate--, o ex-presidente disse que o principal oponente mentia: "Seja responsável, você tem uma filha de 10 anos assistindo o programa que você está fazendo".

 

Ex-presidente Lula e Padre Kelmon 

 

Bolsonaro se referiu ao petista várias vezes como ex-presidiário e usou a pauta da corrupção para fustigá-lo, dizendo que "a roubalheira imperava" e que ele acabou "com a mamata". Ele também usou temas morais e religiosos para se contrapor ao petista, com alusões a comunismo e desarmamento.

 

O presidente afirmou que antes havia no país uma "cleptocracia", que "o governo Lula foi o chefe de uma grande quadrilha" e que "o que está em jogo é o futuro de uma nação".

 

"Nós não podemos continuar num país da roubalheira. O governo que nos antecedeu não tinha qualquer compromisso, qualquer respeito com a família brasileira. É um governo que quis impor a agenda da ideologia de gênero [...], que quer a liberação das drogas. Esse governo do PT, ou melhor, desgoverno... Por exemplo, Lula defendia que se roubasse um celular para tomar uma cervejinha."

 

O candidato à reeleição, porém, decidiu não perguntar a Lula no momento em que teve chance de interpelá-lo em bloco de temas livres. Procurou se desvincular do pagamento das emendas de relator do Orçamento no Congresso.

 

Bolsonaro, que começou o debate em evidência, sobretudo pelos embates com o líder nas pesquisas, ficou apagado a partir do segundo bloco. Ciro foi outro que começou em alta, mas logo perdeu espaço.

 

No início, Ciro chamou Lula para debater, expondo acusações de corrupção. O ex-presidente repetiu medidas de seu governo para fortalecer órgãos de controle e investigação, acrescentando exaltações a conquistas que os mais pobres tiveram durante seu governo e a ganhos também dos mais ricos.

 

Ciro e Lula tiveram momentos de acerto de contas no ar, expondo mágoas do passado em que foram aliados e da campanha atual, em que o pedetista adotou retórica agressiva contra o ex-parceiro. Lula disse que nunca escondeu que teve a ajuda do ex-ministro para governar e retrucou críticas que ele tem feito ao PT. Ciro afirmou ter deixado o governo "justamente por conta das contradições de economia e, o mais grave, as morais".

 

O candidato do PDT não ensaiou recuar. Salpicou falas sobre corrupção generalizada, falou em delatores que confessaram desvios e citou devoluções de dinheiro. Em dado momento, disse que Lula é mais hábil que Bolsonaro para desviar a atenção do público, ao distorcer números para exaltar governos do PT. Acusou o oponente de fazer conchavos e não reconhecer erros.

 

"O mais grave é que parece que o presidente Lula não quis aprender nada com as amargas lições que tomou. Não dá para aceitar esse tipo de nonsense de que não aconteceu nada [em matéria de corrupção]. Não dá para fazer de conta que não aconteceu. Esse paraíso que ele descreve quando vem aqui resultou na tragédia do Bolsonaro."

 

Ciro também provocou Bolsonaro ao evocar acusações contra seu governo e seus familiares. Ele fez seus últimos apelos por votos, colocando-se como alternativa à polarização, queixando-se de que "esse país está mergulhado num conchavo absolutamente mortal".

 

Foram concedidos dez direitos de resposta nos quatro blocos, quatro favoráveis a Lula, quatro a Bolsonaro, um a Kelmon e um a Soraya. O debate, que começou às 22h30, entrou pela madrugada. A série de imprevistos e direitos de resposta prolongou a duração. Só na parte final a discussão tomou um rumo menos bélico, com espaço para exposição de ideias sobre habitação, agricultura e educação.

 

O nanico Kelmon fez dobradinha com Bolsonaro, unindo-se ao presidente em críticas a Lula e à esquerda usando argumentos parecidos com o do presidente. Ele reverberou a narrativa de que o petista, se eleito, contribuirá para uma suposta aniquilação de cristãos no Brasil e buscou relacionar o líder nas pesquisas a episódios de perseguição na Nicarágua.

 

"Nós sabemos que a esquerda quer calar a voz dos padres, da igreja, que denigre aqueles que querem fazer o bem. Estamos procurando colocar isso como informação para que as pessoas tenham consciência de que nessa eleição precisam escolher homens de direita."

 

O religioso também se desentendeu com Soraya sobre a proposta da candidata de criar um imposto único. Ele disse que o país não precisa de mais tributos e que a oponente o desrespeitou, o que ela contestou.

 

"Nós temos um candidato cabo eleitoral do candidato Jair Bolsonaro, que por sua vez é o cabo eleitoral do candidato Lula", disse a senadora sobre Kelmon.

 

Em pergunta sobre combate ao racismo, o candidato do PTB novamente bateu boca com Soraya, que disse que o adversário é um "padre de festa junina". A candidata ainda falou que ele e Bolsonaro são "nem-nem, nem estuda nem trabalha". Kelmon reclamou, em direito de resposta, de desrespeito religioso.

 

Lula e Kelmon entraram em uma discussão ríspida no terceiro bloco que levou Bonner a interromper o debate. Os microfones foram cortados, e as câmeras não mostraram a cena por completo. O petista demonstrou irritação e reagiu a provocações de Kelmon sobre corrupção chamando-o de "candidato laranja".

 

O religioso assumiu a candidatura do PTB após Roberto Jefferson ser impedido pela Justiça Eleitoral. "Quando quiser falar de corrupção, olhe para outro, e não para mim", disse o ex-presidente. Kelmon se referiu a ele como "descondenado" e "cínico". Lula chamou o padre de impostor, de "alguém disfarçado", que não pode se dizer padre nem cristão.

 

Na confusão, Bonner chegou a pedir para o religioso ficar calado. O jornalista reiterou a necessidade de obediência às regras previamente acordadas.

 

Tebet afirmou lamentar o nível do debate, com pouco espaço para discussões sobre os problemas reais do país e muito tempo dedicado a brigas.

 

Ela tentou aproveitar o espaço para falar de saúde, ambiente, economia e redução da desigualdade, mas também alfinetou Bolsonaro pela demora na compra de vacinas contra a Covid-19. "Hoje o que vemos aqui não é apresentação de propostas, mas ataques mútuos", disse a emedebista.

 

Tebet e Lula, ao falar de ambiente, criticaram a política ambiental do presidente. Antes, a emedebista já havia dito que na questão ambiental Bolsonaro foi o pior presidente da história do país.

 

Bolsonaro disse que o Brasil é exemplo para o mundo e que há florestas que periodicamente sofrem com incêndios. "Então a falta de chuva é responsabilidade minha?", disse. O presidente teve altercações também com Soraya, mas saiu do debate sem ofensas de maior gravidade às mulheres participantes, como vinha ocorrendo em suas aparições.

 

Felipe D'Ávila demonstrou concordância com o atual presidente em assuntos de economia e afirmou que a volta da esquerda seria um desastre para o país. O postulante do Novo defendeu a ideologia liberal, que é a base de seu programa de governo, e uma nova reforma trabalhista. Ele fez dobradinhas com Tebet sobre temas concretos e reclamou do que classificou como "baixo nível" do encontro.

 

O debate foi o segundo ao longo da campanha de primeiro turno com a presença dos principais candidatos, já que Lula só compareceu ao primeiro evento do tipo, no fim de agosto, e se ausentou de outro realizado no último sábado (24). Bolsonaro participou de ambos.

 

No primeiro turno, um debate entre candidatos pode se estender até as 7h da sexta-feira imediatamente anterior ao dia da eleição, segundo resolução de 2019 do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). De acordo com o texto, no caso de segundo turno, os horários de realização dos debates não poderão ultrapassar a meia-noite da sexta-feira imediatamente anterior ao dia do pleito.

 

O embate na Globo é tratado como decisivo pelas duas campanhas, já que o ex-presidente tem a possibilidade de vencer em primeiro turno, mas não possui margem folgada nas pesquisas --ele alcançou 50% dos votos válidos no Datafolha divulgado nesta quinta.

 

Enquanto a candidatura do PT avalia como determinante o desempenho do presidenciável para tentar conquistar votos de indecisos na reta final e combater a abstenção, a equipe de Bolsonaro espera que o debate renda algum fôlego ao presidente e desgaste o rival, aumentando a chance de segundo turno.

 

 

 

Posted On Sexta, 30 Setembro 2022 06:42 Escrito por