Na ocasião, Ciro falou de seu projeto de governo, seus feitos políticos e abordou temas como preço dos combustíveis, desemprego e educação
Por Camila Xavier
Ao falar sobre o índice de desempregados e informais, sobre a produção de alimentos no Brasil, e sobre o ensino superior de Medicina, ele cometeu equívocos
Na última segunda-feira (13), o G1 deu início à sua série de entrevistas com os presidenciáveis. O ex-governador do Ceará, ex-ministro de Estado, advogado e professor universitário Ciro Gomes (PDT) foi o primeiro entrevistado.
A pré-candidata Simone Tebet (MDB) será a próxima participante, no dia 20 de junho, e o pré-candidato André Janones (Avante), participará em 11 de julho.
O ex-presidente e pré-candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PT) foram igualmente convidados, mas, de acordo com o G1, não confirmaram presença no prazo determinado.
Confira a apuração da reportagem do Yahoo! Notícias sobre algumas das afirmações de Ciro Gomes.
Desemprego, desalento e informalidade
"70 de cada 100 pessoas do mundo do trabalho ou estão no desalento, desistiram de procurar emprego, ou estão desempregadas abertamente ou estão na mais terrível informalidade da história brasileira"
Pré-candidato à Presidência, Ciro Gomes (PDT), em sabatina em 14 de junho de 2022
A taxa correta seria, na verdade, 51 de cada 100 pessoas. De acordo com os dados mais recentes – do primeiro trimestre de 2022 – da PNAD Contínua do IBGE, há no Brasil 107,2 milhões de pessoas na força de trabalho.
Em relação ao desemprego, são 11,9 milhões de pessoas desempregadas e 4,6 milhões de pessoas no desalento. Já o número de pessoas na informalidade totalizou 38,2 milhões no mesmo período. Juntos, esses números totalizam aproximadamente 54,8 pessoas no desemprego, desalento e informalidade, o que representa 51% da força de trabalho e não 70%.
Produção de alimentos
"Nós somos o maior produtor de alimentos do planeta terra"
Pré-candidato à Presidência, Ciro Gomes (PDT), em sabatina em 14 de junho de 2022
De acordo com os dados de 2020 – os mais recentes disponibilizados pela FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura) – o Brasil foi o quarto maior produtor de alimentos do mundo, conforme o valor bruto da produção de alimentos.
O Brasil produziu naquele ano um total de US$ 125,3 bilhões em alimentos. Os três primeiros colocados, respectivamente, foram China com uma produção de US$ 1,5 trilhão; Índia, com US$ 382 bilhões; e Estados Unidos, com US$ 306,4 bilhões.
Ensino Superior
"A melhor escola de Medicina do Brasil, pelo ranking do MEC, está em Sobral"
Pré-candidato à Presidência, Ciro Gomes (PDT), em sabatina em 14 de junho de 2022
O curso de Medicina do campus de Sobral da UFC (Universidade Federal do Ceará) não está classificado como o melhor do país, de acordo com os indicadores do MEC (Ministério da Educação) que avaliam a qualidade do ensino superior no país.
O primeiro dos indicadores consultados foi o Enade (Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes) de 2019, que avalia o rendimento dos alunos dos cursos de graduação. Segundo o resultado, o curso de Medicina do campus da UFC em Sobral ficou na posição 49.
Os três melhores cursos do país, de acordo com esse indicador, são os da UFV (Universidade Federal de Viçosa), da PUCRS (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul), e da UFVJM (Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri), localizada em Diamantina, Minas Gerais.
Outro indicador também disponibilizado pelo MEC é o CPC (Conceito Preliminar de Curso), que usa como base quatro fatores:
Nota do curso no Enade
IDD (Indicador de Diferença entre os Desempenhos Observado e Esperado)
Informações sobre o percentual de professores com mestrado, doutorado, assim como o regime de trabalho
Percepção dos estudantes sobre a formação
De acordo com esse indicador, o curso de Medicina da UFC em Sobral ficou na posição 109. Os três melhores colocados foram a Universidade de Franca, a PUCRS e a UEPG (Universidade Estadual de Ponta Grossa).
Sem acordo para montagem de palanques nos estados, PT e PSB adiaram para a próxima semana uma reunião que definiria as chapas da coligação. Há divergências em ao menos sete estados, sendo São Paulo um deles.
POR : CATIA SEABRA, JULIA CHAIB E VICTORIA AZEVEDO
No último dia 31, os presidentes dos partidos, ao lado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), que será seu vice na chapa, haviam fixado o prazo desta quarta-feira (15) como data-limite para resolver os entraves.
Além de São Paulo, há percalços nas chapas no Rio de Janeiro, no Espírito Santo, no Rio Grande do Sul, em Pernambuco, em Santa Catarina e na Paraíba.
A presidente do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), reconheceu que o impasse persiste nos estados e que, em decorrência da Covid e da agenda de viagem do ex-presidente, era preciso adiar o encontro.
Gleisi também não descartou a possibilidade de o PT intervir onde for necessário para chegar a um acordo. "Com a Covid-19 e as viagens, o ex-presidente Lula não poderia participar da reunião. E, obviamente, ele tem um papel importante nas articulações", disse.
A parlamentar lembrou ainda que o ex-governador Márcio França (PSB) testou positivo para Covid nesta semana.
A disputa em São Paulo é uma das mais delicadas. Enquanto o PT defende a candidatura do ex-prefeito Fernando Haddad e diz que não irá retirar esse nome da disputa, França tem dado sinais de que também não irá desistir.
O PSB convocou para a próxima segunda-feira (20) uma reunião com seus pré-candidatos aos governos estaduais em busca de uma solução.
"Até o momento não há novidade alguma, lamentavelmente", afirmou o presidente do PSB, Carlos Siqueira.
Em entrevista, pedetista disse que só em “repúblicas bananeiras” o Exército opina sobre o processo eleitoral
Da CNN
O pré-candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, afirmou nesta segunda-feira (13) que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso errou ao convidar as Forças Armadas para participarem do processo eleitoral deste ano — por meio da Comissão de Transparência Eleitoral (CTE), liderada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) —, diante das desconfianças levantadas por Jair Bolsonaro sobre as urnas eletrônicas.
Em entrevista ao podcast “O Assunto”, do G1, o pedetista afirmou que não cabe às Forças Armadas opinar sobre eleições.
“O que não é razoável é envolver militar no processo eleitoral. Erro grave do ministro Barroso, erro do ministro da Defesa […]. De boa fé, ele cometeu um dos erros graves neste momento, convidar o Exército para entrar no processo eleitoral. Que isso?”, questionou Ciro.
O convite às Forças Armadas foi feito por Barroso em agosto do ano passado, quando ele ainda presidia o TSE. Na última sexta-feira (10), o Ministério da Defesa enviou novos questionamentos ao TSE sobre a lisura do pleito. A Corte respondeu aos pontos citados, defendendo “paz e segurança” nas eleições.
A CNN procurou o ministro Barroso para comentar as declarações, mas ele disse que não vai se manifestar. O Ministério da Defesa ainda não respondeu.
Ainda segundo o pedetista, caberia ao Exército apenas garantir a segurança no dia do pleito.
“Sob ordem da Justiça [eles podem participar]. Como sempre fizeram, sob ordem da Justiça, em determinados lugares, onde se pede muita atenção. Chama. Eles são ali o fator de ordem para que a eleição ocorra com tranquilidade. Eu estou falando de chamar o Exército para dar opinião sobre o processo eleitoral. Isso não tem nada a ver com as Forças Armadas. Isso é coisa de república da banana.”
Com informações da Yahoo!finanças
Pré-candidata do MDB e da terceira via à Presidência da República, a senadora Simone Tebet (MS) afirma que o presidente Jair Bolsonaro (PL) não tem a força necessária para dar um golpe caso perca as eleições e diz que as divergências dentro do próprio partido em torno de seu nome são normais.
Em entrevista à Folha de S.Paulo neste sábado (11), dois dias depois de ter obtido aval da cúpula do PSDB para aliança, ela reconheceu ainda que não seria o nome do MDB para a disputa presidencial se os principais caciques do partido estivessem unidos para fazer a escolha.
"Estamos vivendo um momento em que a democracia está sob ataque, diante de uma análise muito clara, mas o Brasil soube se armar contra esses ataques nos últimos três anos", declara Tebet.
"O presidente não tem mais a força... Porque você não tem golpe, não tem ataque à democracia sem povo na rua. Você não vai ter povo na rua brigando por outro resultado que não o resultado do dia das eleições. Não há ataque à democracia sem povo, quando as instituições estão fortes. Então, eu não me preocupo."
Bolsonaro promove diversos ataques ao sistema eleitoral brasileiro e insinuações golpistas sobre o pleito deste ano. O mandatário alega que aceitará o resultado se eleições forem limpas, ao mesmo tempo em que semeia dúvidas sobre a segurança das urnas eletrônicas.
Terceira via
Tebet foi escolhida a candidata da terceira via numa aliança que também envolve o PSDB e o Cidadania. Embora tenha sido indicada candidata pela cúpula do MDB, ela ainda enfrenta resistências em diferentes estados, onde os dirigentes se dividem entre Bolsonaro e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
"É uma construção [a minha candidatura]. Se fosse uma candidatura uníssona [no MDB], unânime, absoluta, não seria eu a candidata. Eu não tenho dúvida disso", diz.
Pelos termos da aliança em construção, o vice na chapa de Simone deve ser indicado pelo PSDB.
A senadora evita entrar no mérito de suas preferências para o posto. Apenas adianta que seria uma "honra" ter como companheiro de chapa o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), que vem sendo apontado como favorito pela cúpula dos dois partidos.
Afirma ainda que tem poder de veto ao nome do seu vice, mas que se sente "muito confortável" em deixar a escolha para os presidentes dos partidos.
A senadora por Mato Grosso do Sul também rebate as críticas de que evita tomar posição em relação a temas polêmicos. Adversários de sua candidatura apontam que ela fica em cima do muro e procura não se comprometer em temas espinhosos.
A parlamentar responde que essa visão vem sendo divulgada justamente como uma forma de desacreditá-la, em um momento de confirmação de seu nome na corrida eleitoral.
"O Brasil é muito mais complexo do que um sim ou não. Se alguém espera um sim ou não da minha parte, vai cair do cavalo", diz. "Eu sou contra o aborto, salvo nos casos previstos na Constituição. Agora, como democrata que sou, vou dizer que não aceito que o Congresso Nacional discuta essa questão? Como assim?", questiona.
"Eu sou a favor de privatização, mas sou contra a privatização da Petrobras. Por isso sou em cima do muro?", afirmou a senadora. "Então não tem sentido. Eu não tenho respostas prontas para um Brasil tão complexo. Ninguém tem. E quem acha que é oito ou 80 está levando o Brasil para a mesma radicalização que condena."
A senadora afirma que não vai ser atraída para "um lado ou outro radical" e que sempre buscou "alternativas equilibradas de centro".
Simone também sem força...
Simone Tebet patina nas intenções de voto, somando apenas 2% na última pesquisa Datafolha. Sua pré-candidatura havia sido lançada pelo MDB no dia 8 de dezembro, embora ela só tenha sido confirmada o nome da terceira via recentemente.
A pré-candidata, no entanto, afirma que parte da dificuldade em subir nas sondagens ocorreu porque "ninguém acreditava" em sua candidatura.
"Hoje não, hoje eu sou a pré-candidata. Começamos nesta semana ou na semana passada. E a partir de agora é só crescer [...] Temos pelo menos 40% de pessoas que dizem que não votam nem em um nem outro, que estão prontos a mudar o voto", completa.
Sobre a Petrobras, a senadora disse que nada impede que a empresa tenha lucros, mas que não pode haver "só um lado da moeda".
"O fato de ela estar mal gerida e mal administrada não pode servir de desculpa para a privatização. Isso é desculpa de quem quer privatizar", afirmou. "Ela não deu certo no passado e não dá certo no presente porque sempre foi usada como instrumento ideológico ou de política erráticas para comprar o Congresso Nacional ou para ganhar eleição."
A pré-candidata busca sempre ressaltar a importância de ser mulher na corrida presidencial, mas pesquisas ainda mostram que suas intenções de voto são predominantemente de homens. Simone Tebet afirma que isso se dá porque as mulheres ainda não decidiram o seu voto.
"As pesquisas têm mostrado que a mulher também é a mais indecisa e a que mais rejeita Lula e Bolsonaro. Ela ainda não se decidiu. E isso para mim é muito importante, é um grande ativo. Como ela é a que mais rejeita Lula e Bolsonaro e como ela ainda não se decidiu, vai ser decisiva para essa eleição", afirma.
Ao mesmo tempo em que se mostra como uma candidata para as mulheres, Tebet virou motivo de memes na internet por conta de fotos que a mostram rodeada dos dirigentes políticos que articularam a sua candidatura, sendo que todos são homens.
"Sim, é óbvio que me incomoda até porque eu luto contra isso a vida inteira", afirma sobre a situação, embora evite criticar aqueles que articulam a sua candidatura.
"E não foi nessa reunião. Não é culpa do MDB ou do PSDB, isso é a formação partidária no Brasil", conclui.
Após ter acesso às pré-nominatas proporcionais de 90% dos partidos tocantinenses, inclusive dos que têm candidatos à reeleição para deputado federal, a conclusão a que o Observatório Político de O Paralelo 13 chegou é a de que ninguém ou quase ninguém irá conseguir se reeleger apenas com seus próprios votos, sem que sejam necessários os votos da legenda ou da federação partidária.
Por Edson Rodrigues
Essa conclusão veio por meio de uma minuciosa análise das pesquisas de consumo próprio em poder dos partidos e candidatos, em que o potencial de votos de cada um já começa a se desenhar e, pela atual conjuntura política e pelo número exacerbado de candidatos, a eleição por mérito próprio é uma missão quase impossível.
O panorama é simples. Os novos candidatos são numerosos e muitos deles com ótimo potencial de votos, principalmente os que já partem de eleições para a Assembleia Legislativa e, agora, vão tentar a Câmara Federal. Já a maioria dos que tentam a reeleição para deputado federal vêm mostrando uma queda no número de votos eleição após eleição. Em alguns casos, a perda de votos chega ao patamar dos 40%, e não há nenhum indício que mostre que, em dois de outubro, essa tendência possa mudar. Muito pelo contrário.
O fim das coligações (que saiu da cabeça dos próprios deputados federais, diga-se de passagem) que atormentou a vida dos candidatos a vereador nas últimas eleições municipais, agora volta para assombrar os deputados federais, de mão dadas com as federações partidárias – outra bela ideia dos congressistas. Os dois fatos, juntos, colocam as comissões provisórias estaduais “debaixo do braço”, sem nenhum poder de decisão a respeito de com quem vão atuar ou buscar apoio mútuo, cerceando a possibilidade de expandir território ou influência, conquistando ou fazendo surgir novas lideranças.
AFASTAMENTO E PROXIMIDADE: A DIFERENÇA CRUCIAL
Após passarem quatro anos exercendo suas funções no Congresso Nacional, os deputados federais que, em sua maioria se mantiveram, por diversos motivos, afastados de suas bases, mantendo contato apenas com os “chefetes” que recebem um salário mensal da Câmara Federal como “assessores” e passam o resto do tempo cuidando dos seus interesses pessoais, deixando de cumprir com suas funções de fazer saber à população as atividades do parlamentar que representam, divulgando os atos em benefício dos municípios, deixando apenas os prefeitos e meia dúzia de “puxa-sacos” cientes do que acontece no Congresso Nacional.
Isso tudo, justamente, em tempos em que nunca se viu tanto dinheiro vindo do governo federal para os municípios, em forma de maquinário pesado, automóveis, caminhões, ambulâncias e recursos especiais no auge da pandemia, que poderia ter sido, facilmente, atrelados à ação dos congressistas. Na maioria dos casos, os prefeitos entregaram os “presentes” à população, enalteceram suas participações, mas não contaram que os benefícios chegaram via bancada federal.
ESCLARECIMENTOS
E é bom que fique bem claro que os municípios e o Estado do Tocantins jamais receberam tantos recursos federais oriundos de emendas impositivas, convênios, Codevasf ou Calha Norte, além das verbas para o combate à Covid-19.
A única coisa que não ficou clara nisso tudo foi quem conseguiu qual recurso para qual município. O trabalho de comunicação dos deputados federais ficou bem abaixo do esperado para efeitos eleitorais e, essa ausência de comunicação ou de “paternidade” dos recursos e benefícios recebidos pelos municípios vai custar muito caro em dois de outubro.
Enquanto isso, os deputados estaduais “nadam de braçadas”, estando sempre em contato com as bases e fazendo suas tarefas de casa no quesito “mostrar serviço”, se aproveitando e tirando proveito positivo da facilidade maior que têm de se manter em contato ou, até mesmo, presentes junto às suas bases nos municípios.
Mesmo assim, muitos desses deputados estaduais que cumpriram bem suas missões, terão dificuldades em se eleger, pois as previsões de renovação nos quadros da Assembleia Legislativa já giram em torno dos 60%. E, se até para esses bons Legisladores a situação está ruim, imagina para os deputados federais, com todas as dificuldades aqui apresentadas...
CONTA QUE NÃO FECHA
Os cálculos atuais consideram um mínimo de 70 a 80 mil votos para a eleição de um deputado federal. Dos atuais deputados federais tocantinenses, é muito pouco provável que algum consiga essa margem de votos, da mesma forma que os novos pleiteantes a uma vaga na Câmara Federal.
Desta forma, com base nas pré-nominatas a que O Paralelo 13 teve acesso, dos partidos que possuem candidatos à reeleição, será um milagre, sozinhos ou com federação, conseguirem eleger dois deputados federais, sem levar em conta outros ingredientes indigestos que entram nessa “receita”.
Estamos falando da frieza e do desânimo dos eleitores, que têm demonstrado completo desinteresse e decepção com a maioria da classe política. Esses eleitores são membros de famílias que ficaram órfãs com a Covid-19, das que perderam sua principal renda com as demissões de milhares de servidores contratados e das que sempre permaneceram abaixo da linha da pobreza, sem ter chances ou oportunidades de melhorar sua qualidade de vida pela inação dos seus “representantes”.
A conta “eleitor + voto = eleição”, simplesmente não fecha no Tocantins.
OS BONS “PAGAM” PELOS RUINS
Como afirmou o saudoso Ulysses Guimarães, “na política não existem milagres”. Ou seja, à custa de muito trabalho e resignação, talvez alguns deputados federais até consigam se reeleger. Talvez os que façam parte dos “bons”, que se preocuparam em oxigenar a economia dos municípios que representam, ou que trataram de ajudar os tocantinenses no auge da pandemia de Covid-19, ou os que fizeram isso tudo e conseguiram manter contato com suas bases eleitorais. Mas, como acontece nos julgamentos em massa, em situações assim, os “bons” acabam pagando pelos “ruins”, pois a sensação que fica é sempre a pior.
Fato é que, pelo menos, 98% da população tocantinense não sabe o que os deputados federais trouxeram de benefícios para o Estado ou para os municípios. Essa é a realidade nua e crua que os postulantes a uma reeleição para a Câmara Federal terão que enfrentar neste processo eleitoral.
É por isso que O Paralelo 13 pode afirmar com tranquilidade que será muito difícil um deputado federal tocantinense se reeleger com seus próprios votos. Quem conseguir pode levantar as mãos para o céu, pois estará contrariando os prognósticos e o próprio Ulysses Guimarães, do alto de toda a sabedoria política que acumulou em décadas de política.
A conferir!