O peemedebista informou que começou a construir sua candidatura na bancada de seu partido
Depois de muitas reuniões e conversas com bancadas partidárias, o líder do PMDB, deputado Eduardo Cunha (RJ), oficializou hoje (2) sua candidatura à presidência da Câmara. Acompanhado do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e de muitos deputados de vários partidos, Cunha prometeu trabalhar pela independência da Casa.
“A Câmara independente, não quer dizer uma Câmara oposicionista, mas a Câmara independente quer dizer que não será submissa. Ela tem que ser o poder independente”, disse. O peemedebista informou ainda que começou a construir sua candidatura na bancada de seu partido e que fez uma pré-campanha de 30 dias.
O parlamentar ressaltou que a partir de agora começará a viajar pelo país, levando suas propostas para a chefia da Casa. “Vou visitar os parlamentares em suas bases, os poderes locais, governadores e deputados que estarão no primeiro mandato e ainda não vieram aqui na Câmara”, disse.
Ele destacou que o ato público de lançamento serve para buscar mais apoio e acabar com especulações sobre a possibilidade de desistir da disputa por motivos de composições políticas. “Este lançamento é demonstração cabal de que a candidatura é irremovível, aconteça o que acontecer, ela será levada à votação em 1º de fevereiro de 2015”.
O atual presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), pediu votos para o colega de partido. “A todos que reconhecem o nosso trabalho na busca da altivez do Legislativo, sem demérito aos outros candidatos que possam surgir, estou indicando voto para Eduardo Cunha".
Dois ex-diretores da Petrobras, Paulo Roberto Costa e Nestor Cerveró, ficaram frente a frente na CPI mista que investiga as denúncias de corrupção na empresa. Durante essa acareação, Paulo Roberto, que cumpre prisão domiciliar, declarou que confirma tudo o que já falou à Justiça federal. Ele também relatou que, na delação premiada - que é sigilosa - detalhou a participação de dezenas de políticos no esquema.
Uma varredura foi feita na sala da CPMI antes da acareação. Paulo Roberto Costa e Nestor Cerveró ficaram frente a frente. O ex-diretor de abastecimento repetiu que o esquema de corrupção está espalhado pelas obras no país.
“O que acontecia na Petrobras acontece no Brasil inteiro. Nas rodovias, nas ferrovias, nos portos, nos aeroportos, nas hidrelétricas. Isso acontece no Brasil inteiro, é só pesquisar. É só pesquisar, porque acontece”, afirma Paulo Roberto Costa.
Marcada por embates políticos, a acareação foi convocada para tirar dúvidas. Mas Paulo Roberto Costa e Nestor Cerveró passaram a sessão inteira dando versões completamente diferentes sobre os fatos questionados. Parlamentares reclamaram.
“Depoimentos diametralmente opostos. Alguém está mentindo aqui, provavelmente pela segunda vez. Nós precisamos saber qual dos dois está falando a verdade e qual dos dois está mentindo”, diz Arnaldo Jordy.
Cerveró e Paulo Roberto responderam sobre a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. Segundo o Tribunal de contas da União, o negócio gerou US$ 792 milhões de prejuízo. A compra foi aprovada pelo Conselho de Administração da empresa, que tinha na época empresários de prestígio na sua composição. Em depoimento à Justiça do Paraná, em outubro, Paulo Roberto confirmou afirmou que Cerveró recebeu propina. Cerveró negou e acusou Paulo Roberto.
Cerveró: Eu já tinha negado isso no meu depoimento. Eu posso debitar isso na conta de uma ilação do Paulo.
Paulo Roberto Costa: Não. Eu não vou fazer esse comentário aqui. Foi muito detalhado e esse depoimento está na mão do juiz, está na mão do Ministério Público.
Paulo Roberto foi questionado sobre a propina de US$ 1,5 milhão, que ele disse em depoimento sigiloso ter recebido para não atrapalhar a compra da refinaria de Pasadena. E se Cerveró também recebeu suborno, Paulo Roberto disse que os detalhes são sigilosos. “Isso está na minha delação premiada”, afirma Paulo Roberto Costa.
Em pelo menos um ponto os dois concordaram: disseram que a responsabilidade pela compra de Pasadena era de todos os integrantes do Conselho de Administração, que foi presidido por Dilma Rousseff. A presidente chegou a dizer neste ano que a compra foi uma decisão tomada com base em um parecer falho de Nestor Cerveró.
Paulo Roberto respondeu ainda sobre um e-mail, revelado pela revista “Veja”. A reportagem mostrou que Paulo Roberto escreveu em setembro de 2009 a Dilma Rousseff, então ministra da Casa Civil, alertando que o TCU havia recomendado ao Congresso a imediata paralisação de três obras da estatal. Entre elas, a Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco.
“Porque esse processo estava me enojando. E eu fiz aquele alerta que nós estávamos com problema”, afirma Paulo Roberto Costa.
No fim da sessão, Paulo Roberto foi perguntado sobre os políticos que citou na delação premiada.
Enio Bacci, deputado: Eu gostaria de sair daqui premiado com a informação de quantos políticos aproximadamente foram citados na delação. O senhor poderia me dar essa alegria?
Paulo Roberto Costa: O senhor não pode me deixar em situação constrangedora, mas algumas dezenas.
Em resposta à revista “Veja”, o Palácio do Planalto declarou que, em 2009, a Casa Civil era responsável pela coordenação do Programa de Aceleração do Crescimento, e que as devidas providências foram tomadas pra solucionar as pendências verificadas pelo TCU.
“Somos agentes políticos e não empregados. Quando eleitos nos dispusemos a trabalhar em prol da população e para isso recebemos um subsídio que não deve ser confundido com salário. Não nos cabe receber o 13º salário”.
Um projeto de emenda à Lei Orgânica nº 1, enviado dia 18 à Câmara Municipal de Palmas e assinada pelo prefeito Carlos Amastha (PP), propõe que a partir de 2014 o prefeito, vice-prefeito, secretários e vereadores possam começar a receber adicional de férias, 13º salário e gratificação natalina.
A proposta é fazer uma alteração na Lei Orgânica do Município e com isso a remuneração será feita exclusivamente por meio de um subsídio, "fixado em parcela única, sendo vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra de espécie remuneratória". Porém, o projeto deixa claro que serão garantidos tanto o adicional de férias quanto a gratificação natalina, com a justificativa de serem direitos sociais garantidos pela Constituição Federal. Se aprovada, emenda ainda dará direito a gratificação e adicional de férias. Custos com folha de pagamento somam mais de R$ 910 mil por ano. A repercussão sobre a possibilidade do pagamento tomou conta da imprensa e das redes sociais.
Para o vereador Joaquim Maia (PV) a proposta é inaceitável. “Sou contra o pagamento do 13º salário proposto pelo prefeito. Nós, eleitos pelo povo, temos que ter a noção que somos agentes políticos e não empregados, agentes que se dispuseram a trabalhar em prol da população. Somos representantes e não empregados do município e como agente político temos que ter a consciência de que não temos aqui um emprego e sim um mandato que deve ser entregue à população e que para tal desempenho já somos muito bem remunerados. Temos sim um subsídio e não um salário.”
Joaquim Maia pediu aos demais vereadores que analisem a questão com a visão voltada para as necessidades do povo. “Temos que ter consciência das necessidades de nosso povo, este valor para o pagamento do 13º proposto pelo prefeito, que se aproxima de 1 milhão de reais, deve ser empregado nas muitas necessidades que afligem nossa comunidade. Portanto, fica aqui o meu posicionamento contrário a esta emenda.” Disse o vereador Joaquim Maia.
Declarações foram resposta a empreiteira que tenta tirar processo da Justiça Federal do Paraná
O juiz federal Sérgio Moro, que conduz os processos da Operação Lava Jato, reagiu ontem duramente à tentativa dos advogados das empreiteiras envolvidas no processo que cartel, corrupção e propina na Petrobrás, de tirar a investigação da Justiça Federal do Paraná para encaminhá-la ao Supremo Tribunal Federal. Moro classificou de “fantasiosa a argumentação” de defensores das empresas de que ele estaria “ocultando o nome de agentes políticos envolvidos nos crimes” para manter sob sua tutela as investigações.
Alguns defensores dizem que Moro mandou prender os dirigentes das maiores construtoras do País para obter confissão. Ao mesmo tempo acusam o juiz de impedir que nomes de políticos sejam citados nos depoimentos, para evitar que o processo suba ao STF por conta do foro privilegiado. Em despacho divulgado ontem, o magistrado rebateu as alegações de parte das defesas de que as prisões cautelares decretadas visariam extrair confissões forçadas. “As prisões cautelares foram decretadas porque presentes seus pressupostos e fundamentos. Se, após a prisão, o investigado decidir colaborar ou não com a investigação, trata-se de escolha voluntária dele e que não guarda relação necessária com a manutenção ou revogação da preventiva, o que será decidido à parte”, assinalou Moro.
Em reclamação ao STF, a defesa de Gerson Mello Almada, vice-presidente da Engevix Engenharia – uma das empresas do “clube” da propina, segundo a Polícia Federal – argumentou que ao proibir a citação de nomes de políticos nos interrogatórios dos acusados, o magistrado “usurpou da competência do STF”. Moro destaca que tomou a decisão “para preservar a competência em primeiro grau de jurisdição”. No despacho, ele alega que “o objeto deste processo não envolve o crime de corrupção de agentes políticos, mas sim crimes licitatórios, de lavagem e, quanto à corrupção, apenas dos agentes da Petrobrás.”
“Não há agentes políticos aqui investigados, nem haverá, perante este Juízo, ação penal tendo no polo passivo agentes políticos ou por objeto crimes de corrupção de agentes políticos”, esclareceu Moro. O magistrado anotou. “Se o dinheiro supostamente desviado da Petrobrás foi, depois de lavado, usado pagar vantagem indevida a agentes políticos, trata-se de outro crime que não é objeto deste feito. Quanto a eventuais crimes de corrupção de agentes políticos, estes são de competência do Supremo Tribunal Federal e que já dispõe das provas pertinentes da colaboração premiada.”
Em sua reclamação ao Supremo, o criminalista Fábio Tofic Simantob argumenta que o juiz federal no Paraná cindiu as investigações quando se deparou com indícios de cometimento de crime por autoridades com prerrogativa de foro, notadamente o deputado federal André Vargas, então no PT, “sem submeter a questão ao Supremo”. Tofic classifica de “inaceitável cisão, em primeira instância, da investigação de suposto esquema que teria como razão de ser o locupletamento de agentes políticos com foro nesse Tribunal”.
Usurpação — O criminalista aponta o que chama de “usurpação da competência do Supremo Tribunal Federal mediante deliberada ocultação da descoberta de indícios de crime relacionados aos deputados federais André Vargas e Luiz Argôlo” – ambos de laços estreitos com o doleiro Alberto Youssef, operador do esquema de propinas e corrupção na Petrobrás. A defesa das demais empreiteiras aguarda o resultado do julgamento desta reclamação. Se a decisão for favorável ao executivo da Engevix, outros advogados poderão seguir a mesma linha de ação.
O juiz Sérgio Moro rechaçou com veemência a tese da defesa. Ele disse amparar sua conduta em decisão do próprio relator da Lava Jato, no âmbito de processo conexo de competência do STF. O juiz ressaltou que apenas buscou preservar a autoridade da Corte máxima. “A orientação realizada por este julgador, para que os depoentes não indicassem, em audiência, o nome de agentes políticos visou, a toda evidência, não esconder o fato da possível ocorrência de crimes da espécie, ou seja, corrupção de agentes políticos, naquele momento aliás já divulgado publicamente, mas sim preservar a autoridade da decisão da Suprema Corte que decretou sigilo sobre este conteúdo específico da colaboração premiada de Paulo Roberto Costa.”
O magistrado argumentou que não cabia a ele “violar a autoridade” do Supremo. “Se os eventuais crimes de corrupção de agentes políticos estão sendo apurados no Supremo Tribunal Federal – que, aliás, dispõe das provas e não este Juízo – e se aquela Suprema Corte decidiu por manter o sigilo, por ora, sobre aquelas provas, então não caberia a este Juízo violar a autoridade da decisão do Supremo permitindo que o nome dos supostos agentes políticos fosse, em audiência perante este Juízo, revelado.”
Sigilo no STF
Durante os depoimentos à Justiça Federal do Paraná, o ex-diretor de Serviços da Petrobras Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef, réus da Lava Jato, não puderam citar nomes de pessoas com foro privilegiado, por orientação de Sérgio Moro. Eles só podem mencionar o papel que autoridades tiveram no esquema ao Supremo Tribunal Federal.
"A orientação realizada por este julgador para que os depoentes não indicassem, em audiência, o nome de agentes políticos visou, a toda evidência, não esconder o fato da possível ocorrência de crimes da espécie, ou seja, corrupção de agentes políticos, naquele momento aliás já divulgado publicamente, mas sim preservar a autoridade da decisão da Suprema Corte que decretou sigilo sobre este conteúdo específico da colaboração premiada", explica Moro no despacho emitido nesta terça.
O magistrado também explicou que eventuais crimes de corrupção são de competência do Supremo que, de acordo com Moro, "já dispõe de provas pertinentes da colaboração premiada".
"Se os eventuais crimes de corrupção de agentes políticos estão sendo apurados no Supremo Tribunal Federal, e se aquela Suprema Corte decidiu por manter o sigilo, por ora, sobre aquelas provas, então não caberia a este Juízo violar a autoridade da decisão", argumenta o juiz.
Ele ainda menciona que caberá exclusivamente ao STF a decisão de quebrar o sigilo sobre os nomes de políticos citados pelos delatores à Corte.
O juiz completa o argumento ao afirmar que não está "usurpando" a competência do STF de julgar pessoas com foro privilegiado ao contrário do que foi alegado por parte das defesas, "inclusive estranhamente na imprensa e não nos autos".
"Ao contrário do alegado por parte das Defesas, inclusive estranhamente na imprensa e não nos autos, este julgador não está usurpando a competência do Supremo Tribunal Federal, antes, muito pelo contrário, respeitando estritamente suas decisões", conclui Moro.
Folha de São Paulo e G1
A secretária do Trabalho e da Assistência Social, Valquíria Rezende, e uma caravana de 24 delegados apresentarão as propostas do Tocantins na 3ª Conferência Nacional de Economia Solidária. O evento acontece em Brasília nesta quarta, 26, e quinta, 27, com o tema “Construindo um Plano Nacional de Economia Solidária para promover o direito de produzir e viver de forma associativa e sustentável”. As propostas do Tocantins foram elaboradas com base nos debates realizados nas 11 Conferências municipais e territoriais e a Conferência Estadual eventos que reuniram cerca de 670 pessoas entre representantes da sociedade civil organizada, poder público e empreendimentos solidários. O relatório estadual que será apresentado durante a III Conferência pode ser conferido no endereço; Sobre a Economia Solidária no Tocantins Em 2011, a Economia Solidária do Tocantins ganhou apoio significativo do Governo do Estado. Em parceria com os diferentes empreendedores sociais tocantinenses foi criada uma lei, instituído um Conselho com representantes de todas as regiões do Estado e criado um Fundo exclusivo para fomentar uma política estadual de Economia Solidária. Graças a essa iniciativa as famílias tocantinenses agora podem contar com importantes projetos na área como o Ecosol Territorial, Lixo e Cidadania, Troca Solidária entre outros que tem mudado a realidade do Estado. Por Lara Cavalcante