Doze toneladas de alimentos não perecíveis, arrecadadas durante a 34ª Exposição Agropecuária de Porto Nacional (34ª Expoagro), serão doadas, nesta quinta-feira, 9, a instituições beneficentes do município. A entrega acontecerá às 16h, na sede social do Sindicato Rural de Porto Nacional, localizado na Avenida Ibanez Aires, no Setor Aeroporto (ao lado da Saneatins).
Pela credibilidade que possui perante a população de Porto Nacional, coube ao Ministério Público Estadual (MPE) indicar as instituições a serem beneficiadas. Serão oito, todas da própria cidade: Apae, Comsaúde, Centro de Estudo e Ação Comunitária Dom Alano Du Noday (CEACDAN), Fazenda da Esperança, Lar Batista F.F.Soren, Abrigo João XXIII, Abrigo Tia Angelina e o Tiro de Guerra de Porto Nacional.
A indicação das instituições beneficiadas foi feita pela 3ª Promotoria de Justiça de Porto Nacional, que possui atuação na área do Consumidor, em colaboração com a 7ª Promotoria de Justiça de Porto Nacional, que atua na área da Cidadania.
Ingresso Beneficente
A 34ª Expoagro aconteceu entre os dias 6 e 14 de setembro, no Parque de Exposições de Porto Nacional. A arrecadação dos mantimentos se deu por meio do “Ingresso Beneficente”, caracterizado pelo abatimento da metade do valor do ingresso a quem doasse um quilo de alimento não perecível. O “Ingresso Beneficente” foi estabelecido por meio de entendimento entre Sindicato Rural de Porto Nacional, Ministério Público Estadual e Procon. Com ele, tinha-se acesso ao Parque Agropecuário, onde ocorreram shows nacionais, rodeios e exposições, entre outras atividades.
A partir de janeiro de 2015, as atuais 22 legendas representadas por parlamentares passarão a ser 28
Independentemente do resultado final das eleições para Presidência da República, qualquer dos eleitos deve enfrentar dificuldades para aprovar propostas na Câmara dos Deputados, principalmente as relacionadas às reformas e a direitos de segmentos mais vulneráveis da sociedade. Nas urnas, os eleitores acabaram optando por renovar mais de 40% dos deputados federais. Nesse universo, incluíram seis novos partidos na Casa. A partir de janeiro de 2015, as atuais 22 legendas representadas por parlamentares passarão a ser 28.
“Houve uma pulverização partidária e a governabilidade ficará mais difícil”, explicou o analista político Antonio Augusto de Queiroz, diretor de Documentação do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap). “Os grandes partidos encolheram, especialmente PT e PMDB, e houve crescimento de pequenas e médias legendas. Isso obrigará o futuro presidente da República a negociar com eles, que não se pautam por questões programáticas ou ideológicas”, alertou.
Com as votações nos estados, o PT continua tendo a maior bancada na Câmara, com 70 deputados, mas perdeu assentos. Na atual legislatura, o partido tem 88 parlamentares. O PMDB também teve a bancada reduzida, passando dos atuais 71 para 66 deputados. Entretanto, permanece como o segundo mais representado na Casa. O PSDB aumentou de 44 para 54 deputados o número de parlamentares na Câmara.
A força das pequenas e médias legendas ocorrerá no caso de alianças. Partidos novos, criados depois das eleições de 2010, como Solidariedade, PROS e PEN, elegeram, respectivamente, 15, 11 e dois deputados federais. Entre as pequenas bancadas, também estão incluídos PDT, com 19 parlamentares, e PRB, com 20. “Se formam uma aliança, superam os grandes com facilidade. A consequência é que a possibilidade de reformas, principalmente a Reforma Política, fica reduzida, porque esses partidos podem entender que serão prejudicados, impedidos de se eleger nas próximas eleições”, avaliou Queiroz. Na opinião do analista, outro aspecto, que pode ser avaliado como má notícia, é o perfil de grande parte dos novos deputados.
“Alguns são pastores evangélicos, apresentadores de televisão, especialmente de programas policialescos, ou parentes de políticos famosos [mais de 70 deputados]. Isso tornará o próximo Congresso mais conservador”, afirmou Antonio Augusto. Lembrou a eleição de nomes como o de Celso Russomano (PRB-SP), deputado federal mais votado do Brasil, com mais de 1,5 milhão de votos, e Jair Bolsonaro (PR), defensor da ditadura militar, que teve 461 mil votos e foi o deputado federal mais votado do Rio de Janeiro.
Outro exemplo é o caso do pastor Marco Feliciano. Depois do período polêmico à frente da Comissão de Direitos Humano da Câmara, obteve quase o dobro dos votos conquistados nas eleições de 2010, somando no pleito de ontem (5) 392 mil votos.
Queiroz salientou que, caso as previsões sejam confirmadas, propostas sensíveis como aborto, maioridade penal e direitos de lésbicas, gays, bissexuais e travestis (LGBT) correm o risco paralisação. “Houve esse expressivo crescimento de setores mais conservadores e uma redução da bancada ligada aos movimentos sociais. Partidos de esquerda perderam mais deputados desses setores sociais. Embora representativa, a renovação não é, necessariamente, qualitativa”, assinalou.
Os resultados divulgados ontem pela Justiça Eleitoral ainda podem ter modificações. A conclusão depende do julgamento de candidaturas analisadas pela Lei da Ficha Suja, como é o caso do deputado federal Paulo Maluf (PP-SP).
PMDB e PT foram os que mais elegeram governadores nos 13 estados que definiram a eleição no primeiro turno.
PMDB e PT, principais partidos de sustentação da presidente e candidata à reeleição, Dilma Rousseff (PT), saíram na frente dos adversários e foram os que mais elegeram governadores nos 13 estados que definiram a eleição no primeiro turno. O PMDB elegeu quatro governadores e o PT, três. O PSDB, do candidato a presidente Aécio Neves, reelegeu Geraldo Alckmin em São Paulo e Beto Richa no Paraná sem a necessidade de segundo turno.
O PMDB elegeu os governadores Renan Filho, em Alagoas, Paulo Hartung, no Espírito Santo, Jackson Barreto, em Sergipe e, no Tocantins, Marcelo Miranda. Os eleitos do PT foram Rui Costa, na Bahia, Fernando Pimentel, em Minas Gerais, e o partido ainda reelegeu Wellington Dias, no Piauí.
PSB, com Paulo Câmara em Pernambuco, PCdoB, com Flávio Dino no Maranhão, PDT, com Pedro Taques em Mato Grosso e PSD, com a reeleição da Raimundo Colombo em Santa Catarina, foram os quatro outros partidos que também elegeram governadores na votação de hoje sem a necessidade de segundo turno.
Apesar de a votação eletrônica no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) apontar a reeleição em primeiro turno do governador de Roraima, Chico Rodrigues (PSB), o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) daquele estado ainda não contabilizou os votos de Suely Campos (PP). Ela assumiu em setembro a vaga do marido, Neudo Campos (PP), que desistiu da disputa após ter a candidatura impugnada. Com a contabilização manual dos votos, o segundo turno no estado deverá ser entre Rodrigues e Suely, segundo o TRE de Roraima.
Outros 13 estados e o Distrito Federal terão eleições entre os dois mais bem colocados no próximo dia 26 de outubro, com destaque para o terceiro maior colégio eleitoral do País, o Rio de Janeiro, com a disputa entre Luiz Fernando Pezão (PMDB) e Marcelo Crivella (PRB).
O Estado de Minas e da Redação
As condições do acordo foram definidas e Youssef já pode começar a depor perante um grupo de procuradores da República e a Polícia Federal
O Ministério Público Federal e o doleiro Alberto Youssef, alvo da Operação Lava Jato, assinaram nesta quinta feira (2) acordo de delação premiada. Após uma semana de sucessivas reuniões para ajustar os termos do acordo, Youssef e seus advogados assinaram o documento em que ele se compromete a revelar detalhes do esquema de lavagem de dinheiro e corrupção na Petrobras.
“Confirmo que o acordo está assinado e definido, mas não posso revelar as condições por força do sigilo”, declarou o advogado criminalista Antonio Figueiredo Basto, defensor de Youssef.
As condições do acordo foram definidas e Youssef já pode começar a depor perante um grupo de procuradores da República e a Polícia Federal. O acordo, porém, só terá validade se for homologado pelo Supremo Tribunal Federal - a Corte é competente para o caso porque deputados são citados como beneficiários de propinas.
O acordo segue praticamente a mesma linha da delação do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, apontado pela PF como parceiro de Youssef. O ex-diretor, depois de prestar longos depoimentos à Procuradoria, ganhou o benefício da prisão domiciliar - nesta quarta feira (1º) ele foi transferido para sua casa, no Rio.
Youssef é réu em cinco ações da Lava Jato, denunciado por organização criminosa, corrupção, evasão de divisas e lavagem de dinheiro. Na iminência de pegar pena superior a 50 anos de prisão, ele decidiu fazer o acordo de delação.
O doleiro já havia feito delação em outro caso, o escândalo do Banestado - esquema de evasão de divisas nos anos 1990 por meio Foz de Iguaçu. Ao ser preso pela Operação Lava Jato em março deste ano, contudo, o acordo foi cancelado e a Justiça reabriu duas ações penais do caso Banestado contra ele. Em uma delas ele já foi condenado a quatro anos e quatro meses de prisão por corrupção.
Último encontro dos candidatos teve altos e baixos, muito bate boca e pouco espaço para apresentação de propostas, corrupção toma conta do debate na TV antes das eleições
O último debate entre os candidatos à Presidência da República, realizado na noite dessa quinta-feira (2) pela Rede Globo, foi marcado pela troca de acusações e pela ausência de propostas para o País. Houve uma polarização dos debates entre Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB), este muito à vontade no debate. Aécio por muitas vezes foi convidando por Dilma para responder perguntas. Nas simulações de segundo turno das pesquisas de intenção de voto, Dilma venceria Aécio com mais facilidade. O quadro restabelece a polarização política que domina o País há 20 anos, com as eleições nacionais sendo definidas entre PT e PSDB.
Aparentando nervosismo, Marina Silva (PSB) também foi uma das mais questionadas pelos outros candidatos. Um tema recorrente da socialista foi a cobrança pela apresentação do programa de governo. Marina apresentou o texto há cerca de um mês, enquanto Aécio só divulgou o seu documento nesta semana e Dilma não apresentou o seu.
Participaram do debate, ainda, Luciana Genro (PSOL), Eduardo Jorge (PV), Levy Fidelix (PRTB) e Pastor Everaldo (PSC).
O primeiro bloco foi marcado pelo bate-boca dos candidatos “nanicos”, que relembraram a polêmica causada por Levy Fidelix quando falou dos homossexuais no debate da TV Record, domingo passado. Eduardo Jorge exigiu que o candidato pedisse desculpas. “Você não tem moral nenhuma quando fala disso”, rebateu Fidelix, acrescentando que Eduardo Jorge é contra posições que defende, como a proibição do aborto e permanência da criminalização das drogas. Em seguida, Fidelix e Luciana Genro deram continuidade ao assunto. A candidata disse que o discurso de ódio de Fidelix é semelhante ao que era pregado pelo nazismo e na época da escravidão.
Outro ponto de destaque foi o enfrentamento entre Marina e Aécio. O tucano questionou sobre o que seria a nova política e uma possível anuência de Marina com o mensalão do PT. A socialista rebateu afirmando que o PSDB também foi conivente com um esquema de compra de votos no Congresso para aprovar o projeto da reeleição. “A nova política está na postura de que, mesmo dentro de um partido, nunca se rendeu ao que é ilícito e ilegal”, respondeu a candidata.
A candidata do PSB citou, no segundo bloco, como proposta para a área de segurança o Pacto Pela Vida, implantando em Pernambuco pelo ex-governador Eduardo Campos, e prometeu ampliar para R$ 6 bilhões os recursos para a área. No terceiro bloco, o Pacto voltou a ser abordado por Marina.
A terceira e a quarta partes do debate foram marcadas por fracos embates entre os três principais candidatos. Dilma e Aécio divergiram sobre os programas sociais e, depois, sobre política econômica, com muitas citações de números, comparando as ações dos governos do PSDB e PT. Dilma e Marina debateram sobre corrupção. As duas candidatas ainda continuaram o embate após a tréplica, com intervenção do mediador.
O que disseram
A ex-ministra do governo Lula foi categórica na resposta, citando a denúncia de compra de votos para a aprovação da emenda da reeleição no Congresso durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, cabo eleitoral de Aécio. “A nova política estava na postura de que mesmo estando em um partido, nunca se rendeu aquilo que é ilícito e ilegal, como é o caso de mensalão. Você também esteve no partido que começou o mensalão, que foi a compra da reeleição. E você mesmo continuou no partido. Pessoas boas existem em todos partidos, e pessoas que cometem erros, como nos mensalões do PT e do PSDB, também existem”, afirmou.
Aécio também instigou Marina ao citar sua proposta de governar com quadros e não com partidos. “Tenho dúvida sobre seu conceitos de bons”, disse o tucano, relacionando, sem citar nomes, indicações de Marina para o Ministério do Meio Ambiente. Segundo ele, cargos importantes na estrutura da pasta foram ocupados por petistas derrotados nas urnas. “Nada mais velho na política do que nomear para cargos públicos aqueles que perderam nas urnas”, concluiu Aécio.
“Em primeiro lugar, você falou que eu fui atacada injustamente pelo PT, e também fui atacada injustamente por seu partido. Pela primeira vez na história desse País os dois se juntaram para atacar uma pessoa. Existem pessoas honradas e sérias em todos os partidos, inclusive no seu, e você vai chamar de velha política?”, reagiu Marina.
Petrobras e Correios
Antes, respondendo à pergunta de Luciana Genro (PSOL) sobre corrupção, que abriu o debate, Dilma voltou a sustentar que demitiu o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa.
Pastor Everaldo, que manteve uma espécie de tática de “dobradinha” com o candidato do PSDB, questionou Aécio sobre suspeitas de uso eleitoral dos Correios e as denúncias envolvendo a Petrobras. “É vergonhoso o que vem acontecendo no governo, a Petrobras deixou as páginas de economia para as páginas policiais. Os Correios, centenário, está a serviço da candidatura do PT em Minas Gerais, quem disse isso foi uma liderança do Partido dos Trabalhadores. Boa parte da correspondência enviada por nós não chegou aos destinatários”, aproveitou o tucano, que manteve a artilharia contra a adversária do PT: “Dilma disse que demitiu o diretor Paulo Roberto da Costa, mas a ata da Petrobrás disse que ele renunciou. Além disso, ele recebeu elogios por sua atuação. Este senhor está sendo obrigado a devolver R$ 70 milhões roubados da Petrobras.”
Privatizações
Em três oportunidades, Dilma escolheu Aécio para responder suas perguntas. No segundo bloco, a petista optou pelo tucano antes mesmo de o mediador sortear o tema da pergunta. O mediador se desculpou pela confusão e pegou o papel sobre as estatais. A petista questionou o tucano sobre discursos dele, como líder do PSDB no Senado, a respeito da hipótese de se privatizar a Petrobras. Aécio preferiu retomar a discussão sobre a demissão do ex-diretor da petrolífera.
“Fizemos privatizações em setores que eram necessários. No nosso governo, a Petrobras vai ser devolvida aos brasileiros”, disse o tucano, que depois, ao debater com Eduardo Jorge, agradeceu a presença do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso na plateia e foi aplaudido.
Quando estiveram frente a frente, Dilma e Marina trocaram ironias mesmo após o tempo previsto para a discussão entre as duas já ter se esgotado.
A candidata do PSB questionou a petista sobre o fato de ela não ter entregue o programa de governo. A petista levantou dúvidas sobre a capacidade da adversária de governar o País. Marina, então, voltou ao tema corrupção, dizendo que houve uma “demissão premiada” de Paulo Roberto Costa. Dilma rebateu: “O seu diretor, nomeado por você, de fiscalização do Ibama, foi afastado pelo meu governo por desvio de recursos. E nem por isso eu saio por aí dizendo que você sabia da corrupção. Sejamos honestas.”
No momento mais tenso do debate, Luciana Genro questionou Aécio sobre o mensalão mineiro, “a origem do mensalão” e disse que “a privataria tucana foi o início da privatização”. O tucano acusou a adversária de fazer um “ espetáculo sem a menor conexão com a realidade”.
“Quem não tem conexão com a realidade é você”, respondeu a candidata do PSOL. “Tu é tão fanático das privatizações e corrupção que você chegou a ponto de fazer um aeroporto com dinheiro público e entregou as chaves para o seu tio.”. Os candidatos reagiram com dedos em riste. “Não seja leviana”, acusou Aécio.
Bolsa Família
Marina, na sua primeira oportunidade de perguntar, tratou de programas sociais e reafirmou o compromisso de manter o Bolsa Família. Ela também prometeu criar o 13.º salário para o programa – algo que não consta de seu plano de governo. “A minha proposta em relação aos programas sociais é que eles devem ser estendidos para alcançar a maior parte da população que não foi alcançada. Propomos dar o 13.º salário para aquelas pessoas que vivem do Bolsa Família.”
Com Estadão e da Redação