Pesquisa Ibope divulgada nesta quinta (15) sobre o segundo turno em Goiás mostra o atual governador Marconi Perillo (PSDB) com 56% dos votos válidos; o adversário dele, Iris Rezende (PMDB), tem 44%; se forem incluídos os votos brancos e nulos e dos eleitores que se declaram indecisos, os votos totais da pesquisa estimulada são os seguintes: o tucano tem 50%, o peemedebista soma 39%; brancos e nulos são 8%; os que não sabem são 3%
A pesquisa Ibope divulgada nesta quinta-feira (15) sobre o segundo turno em Goiás mostra o atual governador Marconi Perillo (PSDB) com 56% dos votos válidos. O adversário dele, Iris Rezende (PMDB), tem 44%. Este é o primeiro levantamento divulgado pelo instituto no segundo turno no Estado.
Se forem incluídos os votos brancos e nulos e dos eleitores que se declaram indecisos, os votos totais da pesquisa estimulada são:
- Marconi Perillo (PSDB): 50%
- Iris Rezende (PMDB): 39%
- Branco/nulo: 8%
- Não sabe/não respondeu: 3%
No primeiro turno, Marconi Perillo teve 45,86% dos votos válidos e Iris Rezende, 28,40%% (veja os números completos da apuração).
O Ibope perguntou em qual candidato o eleitor não votaria de jeito nenhum. Veja os números:
- Marconi Perillo - 34%
- Iris Rezende - 37%
- Poderia votar em ambos - 20%
- Não sabe/não respondeu - 12%
O Ibope ouviu 812 eleitores em 41 municípios do estado de 12 a 14 de outubro. A margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%, o que quer dizer que, se levarmos em conta a margem de erro de três pontos, a probabilidade de o resultado retratar a realidade é de 95%. A pesquisa foi registrada no Tribunal Eleitoral Regional (TRE-GO) sob o protocolo GO-00191/2014.
Leonardo Souza Em entrevista à Folha nesta segunda (13), o governador da Bahia, Jaques Wagner, disse que o tema da corrupção "é rejeitado" pela população e que ninguém ganha eleição dizendo "sou honesto", "até porque ninguém acredita". A frase de Wagner banaliza a corrupção, como se fosse algo cultural do Brasil, contra o qual não deveríamos nos revoltar. É uma forma de pasteurizar todos os políticos, de dizer que os sucessivos casos de corrupção que marcaram (e marcam) os governos do PT são nada mais do que manifestação natural do nosso país. Já a presidente-candidata Dilma Roussef vai num caminho tortuoso diferente do de Wagner. Afirma Dilma que os escândalos vieram à tona nos últimos anos porque nas gestões do PT os órgãos de fiscalização, investigação e controle têm liberdade e são incentivados a cumprir o seu papel. Tal afirmação talvez se encaixe no governo Lula, mas certamente não na administração Dilma Rousseff. No governo Lula, a Polícia Federal recebeu investimentos e cresceu. Em seu governo, a Corregedoria-Geral da União foi rebatizada de Controladoria Geral da União e aprimorada ao longo de seus dois mandatos. No governo de Dilma, os dois órgãos têm sofrido cortes drásticos. Com o menor orçamento dos últimos quatro anos, a CGU diminuiu bastante as ações de combate ao desvio de recursos públicos, sobretudo no interior do país. Os delegados da PF também têm sido alvo de cerceamento. No ano passado, por decisão do ministro José Eduardo Cardozo (Justiça), um novo procedimento passou a ser exigido dos delegados. Desde então eles são obrigados a informar a seus superiores se suas operações envolvem "pessoas politicamente expostas". A quem interessa saber se políticos estão sendo investigados e com que finalidade? No governo Lula, não havia essa regra. O governo de Dilma fez de tudo para sepultar duas Comissões Parlamentares de Inquérito, a do bicheiro Carlinhos Cachoeira e a que atualmente apura os desvios na Petrobras. As centenas de milhares de pessoas que foram às ruas no ano passado provam que Wagner está errado. O principal motivo da indignação dos manifestantes eram justamente a corrupção e seus subprodutos. Hospitais impróprios, estradas esburacadas, transporte público ineficiente (ou inexistente, em muitos casos), falta de segurança pública, ensino de baixa qualidade etc. são consequência direta da corrupção, do dinheiro público que é criminosamente desviado de sua finalidade. Dizer que a corrupção é um tema "rejeitado" pela população é subestimar demais o cidadão, o eleitor.
Leonardo de Sousa é Jornalista
Cinco empresas terão que apresentar documentos para comprovar licitude de repasses à conta de Alberto Youssef, investigado por lavagem de dinheiro
A Justiça Federal do Paraná convocou cinco empreiteiras para comprovar a licitude de repasses milionários feitos para a conta do doleiro Alberto Youssef. A decisão do juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Criminal de Curitiba, segundo o Jornal Nacional, visa investigar suspeitas de que as empresas integraram o esquema de lavagem de dinheiro capitaneado pelo doleiro e investigado pela Polícia Federal na operação Lava Jato.
O JN listou as empreiteiras citadas por Moro: Piemonte Empreendimentos, que teria repassado 8,5 milhões de reais, Consórcio Mendes Júnior e Mendes Júnior Trading e Engenharia (cerca de 5,5 milhões de reais), Engevix (3,2 milhões de reais), Galvão Engenharia (1,5 milhão de reais) e OAS e OAS Engenharia (1 milhão de reais).
Na última terça-feira, a Polícia Federal já havia intimado as empreiteiras a comprovar os pagamentos. A PF abriu inquérito para apurar o propósito desses repasses e deu prazo de cinco dias para as empresas colaborarem de forma espontânea. De acordo com o JN, o PT e a empreiteira Odebrecht pediram ao Supremo Tribunal Federal acesso ao depoimento de delação premiada de Youssef.
A construtora Mendes Júnior foi uma das empresas intimadas a "explicitar a natureza dessas transferências e fornecer a documentação pertinente, inclusive quanto a execução do objeto do contrato, em sendo o caso". Também foram intimadas: OAS Engenharia, Engevix, Unipar, Galvão Engenharia, Investminas Participações, Tipuana Participações, Phisical, Projetec Projetos, Coesa Engenharia, Metasa Indústria de Metais, Construtora OAS, JSM Engenharia, Astromarítima Navegação, Hope Recursos Humanos, Constran, UTC Participações, Consórcio RNEST, Empresa Industrial Técnica e Arcoenge.
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Com base na quebra de sigilo bancário, o juiz registra, por exemplo, um depósito de R$ 8,5 milhões da Piemonte Empreendimentos na conta da GFD Investimentos, uma das empresas de Youssef, que também recebeu transferências da Treviso Empreendimentos (R$ 4,4 milhões), Mendes Jr. Trading e Engenharia e Consórcio Mendes Júnior MPE SE (R$ 5,5 milhões).
Outra empresa atribuída a Youssef, a MO Consultoria, recebeu depósitos da Investminas (R$ 4,3 milhões), Engenvix (R$ 3,2 milhões), Jaraguá Equipamentos Industriais (R$ 1,9 milhão), Galvão Engenharia (R$ 1,5 milhão), Construtora OAS e OAS Engenharia (R$ 1,1 milhão), Coesa Engenharia (R$ 435,5 mil) e Consórcio SEHAB (R$ 431,7 mil).
Informações revista Veja e assessoria da PF PR
A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal, rejeitou o pedido da Advocacia-Geral da União para suspender o pagamento de auxílio-moradia a juízes de todo o país. Nessa sexta-feira (10/10), a ministra julgou mandado de segurança em que o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, solicitou que o Supremo derrubasse a liminar do ministro Luiz Fux, que estendeu o benefício mensal, de R$ 4.377, para todos os juízes federais, estaduais, da Justiça Militar e da Justiça do Trabalho. As informações são do G1 e da Agência Brasil.
Rosa Weber não analisou o mérito da questão. Ela indeferiu o pedido da AGU, alegando que o mandado de segurança não é instrumento adequado para tentar derrubar a decisão liminar do colega. Segundo a ministra, existe um recurso contra a decisão de Fux, que ainda será analisado pelo ministro.
Para a ministra, a legislação veda a concessão de mandado de segurança quando existe possibilidade de recurso contra a decisão judicial. Com isso, a ação proposta pela advocacia-geral será arquivada.
Adams argumentava que, por meio de uma decisão monocrática e provisória, o ministro Luiz Fux gerou grande despesa aos cofres púbicos sem apontar a fonte de receita. O advogado-geral da União afirmou ainda que o Executivo deveria ter sido citado no processo, antes da concessão da liminar.
Pagamento regulamentado
Na terça-feira (7/10), o Conselho Nacional de Justiça regulamentou o pagamento de auxílio-moradia para juízes federais e estaduais. A regulamentação veio depois da liminar de Fux, que instava o CNJ a fazê-la.
Em setembro, Fux determinou o pagamento do benefício com base na Lei Orgânica da Magistratura. Conforme o artigo 65, inciso II, além dos salários, os juízes podem receber vantagens, como ajuda de custo para moradia nas cidades onde não há residência oficial à disposição. Depois do CNJ, o Conselho Nacional do Ministério Público (CMNP) também regulamentou o benefício para procuradores da república e promotores estaduais.
A liminar é resultado de ações da Associação dos Magistrados Brasileiros e da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho. As entidades alegaram que o benefício não é pago pela Justiça Federal, apesar de ser garantido pela lei.
O pagamento do auxílio-moradia vem sendo motivo de atritos entre o Judiciário e o Executivo. Principalmente por causa do impacto nos cofres da União. O ministro Fuxatendeu a pedido da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), que reclamava do fato de o Ministério Público e a maioria dos tribunais de Justiça já pagarem o auxílio. Por uma questão de isonomia, pediam que os juízes federais também o recebessem.
Informações do Consulto Jurídico
O ex-diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa confirmou nesta quarta-feira, 8, em depoimento à Justiça Federal no Paraná que pagou propinas ao PT, ao PMDB e ao PP. Ele declarou que o esquema financiou a campanha eleitoral de 2010 de parlamentares e partidos. Costa depôs durante duas horas, em Curitiba, no processo em que é acusado de corrupção e lavagem de dinheiro desviado das obras da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. Disse que foi indicado para o cargo, em 2004, pelo então deputado José Janene (PP-PR) - morto em 2010, Janene foi réu no processo do mensalão do PT, no Supremo Tribunal Federal. O ex-diretor da Petrobras, que era funcionário de carreira da estatal, afirmou que chegou ao cargo com a missão de montar um esquema de propinas para políticos. Ele declarou que os pagamentos para os partidos eram divididos na proporção de "1% para um e 2% para outro" - sobre valores superfaturados de contratos da Petrobras com empreiteiras e fornecedores. O ex-diretor é personagem central da Operação Lava Jato, deflagrada em março. Durante oito anos ele ocupou o cargo estratégico na estatal. De acordo com a Polícia Federal, Costa e o doleiro Alberto Youssef são os mentores de organização criminosa que se infiltrou em órgãos públicos. Costa fez delação premiada ao Ministério Público Federal, homologada pelo ministro Teori Zavascki, do STF. Em troca de revelações, ele espera ter a pena reduzida. Nos depoimentos no âmbito da delação, citou, além dos partidos, nomes de políticos. Ontem, Costa não mencionou os nomes porque estava falando à Justiça Federal de primeira instância. Se citasse alguém, o caso teria de ser remetido ao Supremo, que tem competência exclusiva de processar parlamentares. Colegas Costa apontou nomes de outros diretores e ex-diretores da Petrobras que, segundo ele, faziam parte do esquema. Afirmou que recebeu "pessoalmente de Sérgio Machado (presidente da Transpetro) a quantia de R$ 500 mil". Citou Nestor Cerveró, ex-diretor de Internacional da empresa. Youssef também depôs ontem. O doleiro, que também fez delação premiada, e Costa revelaram valores da propina, como o esquema era operado e onde eram feitas as reuniões do grupo, além de indicarem atas, notas fiscais e outros documentos que, segundo eles, confirmam quem pagava e quem recebia. Os dois deram detalhes das offshores por onde transitaram valores da corrupção e as contas. "Não é depoimento de ouvir dizer, várias vezes eles (Costa e Youssef) disseram 'eu sim', 'eu fiz', 'conversei', 'estive'", relatou o criminalista Figueiredo Basto, que defende Youssef e acompanhou a audiência. Costa afirmou que em "outras diretorias" da Petrobras também havia esquema de propinas. "Havia um esquema de grupos atuando na Petrobras, cada um com seus interesses, cada um com seu operador." Ele e Youssef negaram serem os líderes da organização. "Os líderes estão fora desse processo, são agentes políticos, não são as empresas também", afirmou Youssef, segundo seu advogado. "O Paulo (Costa) deixou bem claro que esse esquema financiou a campanha de 2010, só não pode dizer de quem, mas de muita gente." O ex-diretor citou empreiteiras que teriam pago comissões, como a Camargo Correa. "As empresas e fornecedores estavam submetidas até à quebra se não pagassem propina. Quem não paga não participa." Além de Machado e Cerveró, ele apontou os nomes de outros ex-diretores da Petrobras - Renato Duque (Engenharia), José Eduardo Dutra (BR Distribuidora) e Jorge Zelada - que manteriam esquemas paralelos de propina na estatal, alguns em cruzamento com o esquema movimentado por ele e Youssef. Costa afirmou que não tinha autonomia na Petrobras para promover desvios. Por seus assessores, o presidente da Transpetro, Sérgio Machado, revelou indignação. "Essa história é uma maluquice. Nunca houve nada disso." O jornal O Estado de S. Paulo solicitou à noite manifestação da Petrobras e dos ex-diretores. Não houve retorno. O Consórcio CNCC, controlado pela Camargo Correa, informou que "não teve acesso ao depoimento e repudia qualquer acusação de atuação irregular".