Por Edson Rodrigues
O governo do Estado está realizando uma série de encontro regionais com prefeitos, vereadores, lideranças políticas, classistas e com a sociedade em geral para discutir o Plano Plurianual (PPA) 2016-2019. Os encontros já foram realizados no Bico do Papagaio e nas Regiões Norte e Sudeste do Estado. Nesta segunda-feira (21), foi a vez da cidade de Palmeirópolis sediar o evento, que sempre conta com a participação do governador Marcelo Miranda.
Até aí, tudo bem. Mas, nos anos anteriores, esse mesmo encontro foi realizado na cidade de Gurupi, pólo da região Sul do Tocantins e escolhida por todos os governos para sediar a reunião.
Gurupi é a terceira maior economia do Estado (população e eleitorado também figuram na terceira colocação do Tocantins) e conta com grande representatividade política, tendo dois deputados estaduais – Carlos Carlesse e Eduardo do Dertins –, uma deputada federal – Josi Nunes – e uma senadora e ministra – Kátia Abreu.
Então, por que Palmeirópolis?
Para os seguidores, correligionários e simpatizantes do prefeito de Gurupi, Laurez Moreira,” esse foi um claro recado do Palácio Araguaia e da deputada federal Josi Nunes”.
A aproximação de Laurez com o clã dos Abreu, leia-se deputado federal Irajá Abreu e senadora Kátia Abreu, que culminou com a nomeação de indicados do clã para cargos do primeiro escalão do governo gurupiense, somada ao jantar oferecido pelo prefeito ao ex-governador Siqueira Campos e esposa, foi a gota d’água para transbordar a insatisfação do Palácio Araguaia com o prefeito, segundo uma fonte próxima a ele.
O problema é que a insatisfação palaciana com a administração de Gurupi, é, na verdade, um boicote aos cidadãos gurupienses, ao povo que transformou a cidade na Capital da Amizade do nosso Estado. Antes de pensar em qualquer tipo de boicote ou de picuinha, o Palácio Araguaia deveria fazer os repasses da área da Saúde, que deixaram de ser feitos pelo governo de Sandoval Cardoso, mas que punem injustamente um povo que ajudou muito a eleger Marcelo Miranda. Segundo a prefeitura de Gurupi, não são apenas repasses da Saúde que estão em atraso.
Mas, ainda segundo um membro do governo Laurez, “a cidade vai com a economia muito bem, obrigado. Não temos folha de pagamento em atraso, fornecedores batendo à nossa porta, muito menos prestadores de serviços. Tudo isso graças a uma administração séria, competente e feita com planejamento prévio”.
Esse membro do governo gurupiense completa, afirmando que “a resposta virá na hora certa. Foi a sociedade gurupiense quem resolveu homenagear Siqueira Campos, pelos serviços prestados à cidade e ao Estado. A senadora e ministra Kátia Abreu é uma força política nacional, filha da nossa terra e, além de respeito, merece ser ouvida e levada a sério, principalmente estando à direita da presidente da república, podendo fazer muito mais pela nossa cidade, quer o Palácio Araguaia queira ou não”.
NOSSO PONTO DE VISTA
Não dse pode negar que Josi Nunes é uma das maiores lideranças políticas da região Sul do Tocantins, senão a maior, em prestígio pessoal. Na última campanha, com seu “jeito Josi de ser”, amealhou nada menos que 17 mil votos só na cidade de Gurupi e 56 mil votos em todo o estado, sagrando-se a terceira deputada federal mais bem votada.
Essa mesma Josi, tem desenvolvido um bom relacionamento com o prefeito da sua cidade, Laurez Moreira, a quem trata como amigo, enquanto seus correligionários tentam convencê-la a vir candidata à prefeitura nas próximas eleições, ação que ela vem protelando, sempre colocando em primeiro plano esse seu bom convívio com o atual prefeito.
O problema aparece quando Josi nota a aproximação de Laurez com o clã dos Abreu, com quem jamais subiria em um mesmo palanque.
Mas, como culpar Laurez Moreira que, como gestor, deve procurar sempre trazer o melhor para sua cidade e, no momento, a aproximação com Kátia Abreu significa uma aproximação dos recursos federais? Abrir espaços em na administração municipal para indicados de Kátia Abreu é apenas a contrapartida dessa aproximação natural e necessária.
Enquanto isso, segundo a mesma fonte da administração gurupiense, ainda não está certo se Laurez mudará ou não de partido, o que só engrandece o fato do prefeito ter recebido o casal Siqueira Campos para um jantar, já que a população estava homenageando o governador que mais levou obras para a cidade.
O certo é que Laurez é um político que sempre esteve acima das picuinhas políticas e é natural, com a aproximação do fim do prazo da “janela” para mudança de partidos, que haja um certo burburinho nos bastidores acerca das últimas movimentações do prefeito de Gurupi. Mas, passado esse prazo, tudo deve voltar ao normal na Capital da Amizade.
Só não pode é menosprezar a inteligência do povo.
Quem viver, verá!
Encontro da bancada do PSB, realizado nesta terça-feira, que contou com a presença dos governadores Rodrigo Rollemberg, do Distrito Federal, Paulo Câmara, de Pernambuco, e Ricardo Coutinho, da Paraíba, anunciou a nova posição do partido: em vez de manter independência em relação ao governo da presidente Dilma, o PSB agora é oposição.
“Entendemos que é um governo moribundo, temos que encontrar um meio de o país não sangrar por muito tempo”, disse o presidente da legenda, Carlos Siqueira.
Mais do que isso, o PSB também anunciou apoio impeachment contra a presidente. “Há uma tendência bastante forte de que se o impeachment chegar ao plenário da Câmara ele será aprovado também pela nossa bancada”, afirmou Siqueira.
AMASTHA E KÁTIA
No Tocantins, os reflexos desse anúncio atingem em cheio ao prefeito da Capital, Carlos Amastha e a senadora e ministra Kátia Abre.
Amastha por ser o presidente estadual da legenda e estar correndo os corredores ministeriais “com o pires na mão”, em busca de recursos para saldar promessas de campanha junto ao povo palmense, como é o caso do Veículo Leve sobre Trilhos – VLT – um dos carros-chefe de sua miríade de promessas.
Já Kátia Abreu entra no bolo por estar articulando, junto com seu filho, deputado federal Irajá Abreu, um possível apoio à reeleição de Amastha e fazendo a ponte entre Irajá e alguns ministros de pastas as quais o prefeito de Palmas vem procurando tentando levantar recursos.
Como Kátia explicaria o apoio, em seu Estado, a um candidato que é o presidente local de uma sigla que acaba de se declarar oposição e a favor do impeachment de sua “melhor amiga”?
Leia, abaixo, material distribuído pela legenda:
Parlamentares do PSB defendem ida para oposição e Executiva Nacional é convocada
PSB - 22/09/2015
O Partido Socialista Brasileiro (PSB) deve deixar a posição de independência e assumir postura de oposição ao governo da presidente Dilma Rousseff. Esta é a opinião das bancadas socialistas na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, que será submetida na próxima semana pelo presidente da legenda, Carlos Siqueira, à Executiva Nacional.
Caberá ao colegiado definir a posição oficial do partido em relação ao governo federal. “Entendemos que é um governo moribundo, temos que encontrar um meio de o país não sangrar por muito tempo”, afirmou Siqueira, após o encontro nesta terça-feira, 22, em Brasília, que reuniu também os governadores Rodrigo Rollemberg (DF), Paulo Câmara (PE) e Ricardo Coutinho (PB).
No encontro, a maioria dos parlamentares se disse favorável a um eventual pedido de impeachment da presidente da República caso venha a ser colocado em votação. “Há uma tendência bastante forte de que se o impeachment chegar ao plenário da Câmara ele será aprovado também pela nossa bancada”, afirmou Siqueira.
Os congressistas também concordaram em votar contra a recriação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), proposta pelo governo com o objetivo de tentar cobrir o rombo nas contas públicas. “Ninguém aprova a CPMF”, afirmou o presidente do PSB.
Na reunião, os governadores do PSB se disseram preocupados com o impacto da crise sobre Estados e municípios, relataram as dificuldades em sua gestão e deram detalhes sobre as medidas adotadas nas últimas semanas para tentar reverter o quadro.
Quem viver, verá!
Mais um ladrão do PT vai para a cadeia com pena de 14 anos e 4 meses
O ex-deputado e ex-primeiro vice-presidente da Câmara André Vargas foi condenado nesta terça-feira (22/9) a 14 anos e 4 meses de prisão por ter recebido propina como prêmio por ter auxiliado uma empresa a fechar contratos com a Caixa Econômica Federal e com o Ministério da Saúde. Para o juiz federal Sergio Fernando Moro, responsável pelos processos da operação “lava jato”, a prova de que a agência de propaganda Borghi Lowe repassou R$ 1,1 milhão em forma de “comissões” a empresas de fachada já caracteriza corrupção.
A agência fechou ao menos três “contratos milionários” entre 2008 e 2013. Segundo a sentença, ficou comprovada também lavagem de dinheiro porque o dinheiro saía da agência, passava por fornecedoras subcontratadas e ia parar nas empresas LSI Solução e Limiar Consultoria, controladas por André Vargas e seus irmãos, Leon e Milton. Essas companhias seriam “receptáculos de valores ilícitos”, sem atividades rotineiras.
O juiz reconheceu ainda faltar “detalhes” da forma como a agência foi efetivamente favorecida, mas disse que nem Vargas nem Ricardo Hoffman, dono da Borghi Lowe, mostraram álibis plausíveis para explicar a movimentação financeira. Moro entendeu que, embora “dificuldades da investigação” tenham impedido identificar agentes da Caixa e do ministério capazes de favorecer a Borghi Lowe nos negócios, ficou evidenciado que Vargas “tinha relação próxima com o ex-diretor de marketing da Caixa, Clauir dos Santos”, e participou de nove reuniões no Ministério da Saúde entre 2011 e 2014.
A decisão também reconhece que causa estranheza atribuir a um deputado federal o papel de intermediar contratos da administração pública. Mas diz que isso retrata “uma lamentável prática brasileira” que “verdadeiramente acontece” no país, pois cargos públicos são loteados por critérios políticos.
Moro rejeitou apenas a parte da denúncia que acusava os réus de organização criminosa por falta de indícios sobre vínculo associativo entre os acusados. “Entre corrupto e corruptor há acordo de vontade criminosa, o acerto do pagamento de propina em relação sinalagmática, mas não vínculo associativo.”
O ex-parlamentar foi condenado a pagar multa de R$ 1 milhão. Leon Vargas teve a pena de prisão fixada em 11 anos e 4 meses e Hoffmann, em 12 anos e 10 meses. Moro ainda manteve a prisão preventiva dos réus.
Ele citou ainda que o doleiro Alberto Youssef, um dos primeiros delatores da “lava jato”, relatou interferências do ex-deputado na contratação do laboratório Labogen pelo Ministério da Saúde. Esse caso, porém, ainda está sob investigação.
“Especulativo vício de competência”
A defesa de Vargas apontou que o caso deveria ter sido enviado ao Supremo Tribunal Federal, porque o ex-deputado teve conversas interceptadas com Youssef quando ainda atuava na Câmara dos Deputados, tendo foro por prerrogativa de função. Moro, porém, disse que só “na fase ostensiva” da investigação a Polícia Federal constatou que André Vargas era um dos interlocutores do doleiro. Nesse momento, diz o juiz, todo o material foi repassado ao STF.
Na prática, ressalta, nada mudaria. “Como o acusado não mais exerce mandato parlamentar, o especulativo vício de competência, ainda que existente, estaria sanado, pois, caso tivesse sido percebido na época que André Vargas era o deputado federal a única consequência jurídica seria antecipar a remessa do feito ao Supremo Tribunal Federal, com seu inevitável retorno, como também aconteceu, a este juízo. Assim, o vício de competência, ainda que existente, seria relativo e ratificável.”
A defesa alega ainda que as empresas Limiar e LSI receberam recursos lícitos por serviços privados e que em nenhum momento o Ministério Público Federal demonstrou como o cliente teria favorecido a agência de propaganda. Os advogados entendem ainda que a denúncia deveria ter citado agentes públicos responsáveis pela suposta fraude na Caixa e no Ministério da Saúde. Os irmãos de Vargas e o dono da agência também negaram as acusações.
O ex-deputado deixou o PT e teve o mandato cassado em dezembro de 2014. Os antigos colegas da Câmara entenderam que ele quebrou o decoro parlamentar por ter intermediado negócios do doleiro Alberto Youssef com o Ministério da Saúde. Vargas também passou férias com a família usando um avião pago pelo doleiro.
Folhapress e redação
O governador Marcelo Miranda recebeu nesta terça-feira, 22, em seu gabinete, um grupo de 11 prefeitos tocantinenses. Na ocasião o governador reforçou a importância da relação institucional entre o Governo do Estado e os municípios, no sentido de estabelecer uma agenda positiva para atender às demandas da população.
“Precisamos estar integrados no mesmo propósito, que é levar políticas públicas efetivas aos cidadãos tocantinenses. Estamos à disposição para discutir ações que atendam aos anseios da população”, destacou o governador.
Para o prefeito de Dois Irmãos, Francisco Carlos Tozzatti (Chicão), o resultado da reunião foi bastante positivo. “O governador, como sempre, foi muito transparente e disposto a contribuir no que for possível”, comentou. Na avaliação do prefeito, todas as esferas de governo passam por um momento de retração da economia, mas os gestores não podem deixar de prestar os serviços básicos e indispensáveis à população.
“O volume de repasses (do FPM) de setembro deste ano é 40% inferior ao mesmo período do ano passado. Isso é uma coisa irreal, uma vez que todas as despesas aumentaram”, concluiu o prefeito.
O prefeito de Caseara, Renato Almeida, também compartilhou da mesma opinião e destacou que a reunião foi uma oportunidade de dividir com o governador as dificuldades que atravessam os respectivos municípios. “Foi uma conversa muito boa, que pode resultar em parcerias com os municípios. O governador se mostrou solidário com as nossas dificuldades”, declarou.
Para o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Osires Damaso, que acompanhou o grupo de prefeitos, a reunião marcou um relacionamento mais estreito entre os prefeitos desses municípios e o Governo. “O governador nos recebeu muito bem e os prefeitos saíram satisfeitos, porque ficou aberta a possibilidade de um trabalho de parceria, o que demonstra que o Governo está no caminho certo”, disse Osires.
Participantes
Além do secretário de Estado da Articulação Política, Paulo Sidnei, participaram da audiência os prefeitos de Campos Lindos, Jessé Pires Caetano; Piraquê, João Batista Sobrinho; Carmolândia, Sebastião Barros; Dois Irmãos, Francisco Carlos Tozzatti; Goianorte, Luciano Pereira de Oliveira; Barrolância, Leila de Sousa Araújo rocha; Araguanã, Alan Brasil Alves de Sousa; Caseara, Renato de Almeida; Araguaçu, Luziano Pereira Rocha; Juarina, Antônio Pereira da Silva; e de Filadélfia, Edenilson da Silva e Sousa.
Jarbas Coutinho
Começou nesta segunda-feira, 21, a segunda etapa do mutirão de cirurgias ortopédicas de alta complexidade realizada por meio do Projeto Suporte, que acontece no Hospital Geral de Palmas (HGP). Os procedimentos seguem até a próxima sexta-feira, 25, e são realizados por 15 profissionais do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia Jamil Haddad (Into) com apoio dos profissionais do HGP.
Segundo o anestesista e coordenador do projeto, José Luiz Ramalho, 30 pacientes serão atendidos. “São 30 procedimentos de alta complexidade para implante de próteses nos joelhos, que exigem em torno de duas horas para cada cirurgia”, explicou, acrescentando que a colaboração da equipe do HGP tem sido fundamental. “Recebemos total apoio do hospital e isso faz toda diferença”, disse.
Segundo a diretora-geral do HGP, Renata Duran, o mutirão atende aos anseios da gestão, dos órgãos de controle e dos usuários. “Estamos otimistas em relação ao resultado dos procedimentos que trarão melhor qualidade de vida a estes 30 pacientes”, destacou.
A cirurgia para implante de prótese de Aparecida Rossi, 62 anos, aconteceu nesta segunda e, antes de passar pelo procedimento, ela relatou a confiança na restauração de seu joelho. “Após tanta espera, a minha expectativa é muito positiva. Que Deus abençoe e que logo eu volte para casa”, falou.
Maria Sônia dos Santos, 54 anos, também comemora a boa expectativa para a chegada do dia de sua cirurgia. “Considero a minha cirurgia como um presente de Deus. Espero que daqui a uns cinco meses eu já esteja correndo e fazendo minhas caminhadas”, destacou.
Mutirão
A realização do mutirão no Tocantins é resultado de um Convênio de Cooperação Técnica firmado entre a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) e o Into/Ministério da Saúde.
No mês passado, a primeira etapa do mutirão no HGP contribuiu para oferecer uma melhor qualidade de vida a 13 pacientes. O mutirão atendeu aos pacientes com fraturas e deformidades que estavam no cadastro da Central Nacional de Regulação de Alta Complexidade.