Nem mesmo o jogo da seleção brasileira, ou o evento realizado pela prefeitura em um local próximo, fez com que o movimento que lançou a candidatura de Joaquim Maia à prefeito de Porto Nacional ficasse menor. A Câmara ficou lotada e todos ouviram atentamente as palavras deste filho da terra que se apresenta como uma alternativa de mudança no jeito de administrar.
Num movimento que lotou o plenário da Câmara, neste dia 8, o Partido Verde oficializou Joaquim Maia como pré-candidato a prefeito de Porto Nacional.
O evento intitulado Movimento por uma Atitude de Cidadania, que o Partido Verde tem levado pra todo o Estado, filiando e lançando pré-candidatos a prefeito e vereadores, tem feito do PV o partido que mais cresce no Tocantins. Até o momento, cinquenta e oito municípios terão candidato do PV disputando a prefeitura, inclusive em Gurupí e Paraíso. Além de centenas de candidatos ao cargo de vereador.
Joaquim Maia recebeu o apoio de uma multidão que se aglomerou na Câmara, lotando todos os assentos e corredores do Plenário. Entre as autoridades estavam a vice-Governadora do Tocantins, Cláudia Lelis, também do PV, o presidente Regional do PV, Marcelo Lelis, o presidente Metropolitano Deocleciano Gomes, o presidente do PV de Paraíso, Nando Milhomem e dos deputados Cleiton Cardoso, Wanderley Barbosa, Valdemar Júnior e Ricardo Aires. Vereadores de Porto e presidentes de outros partidos estavam presentes.
Além das autoridades, participaram do evento os novos filiados ao PV que concorrerão às vagas de vereadores. Veja quadro ao lado.
Apoio
Joaquim Maia recebeu o apoio direto da vice-Governadora Cláudia Lelis, que ressaltou suas qualidades de companheiro e de homem íntegro. O presidente Marcelo Lelis ressaltou que a decisão tomada por Joaquim Maia, em abrir mão de uma reeleição garantida para vereador na capital é de muita coragem e comprometimento. “Nos meus anos de vida pública, a decisão tomada por Joaquim Maia é, de longe, a mais ousada que já vi. Em Palmas ele tinha uma reeleição garantida e abriu mão dela para vir trabalhar pela sua terra natal, numa demonstração de que a sua missão em servir seus irmãos portuenses está muito além de suas vontades pessoais. Siga em frente meu amigo e conte com todos nós do PV.” Pronunciou Lelis.
Os deputados Cleiton Cardoso e Wanderley Barbosa afirmaram em bom tom que Joaquim Maia é o candidato que Porto Nacional precisa para dar um passo a mais no seu desenvolvimento. “Chega de familiocracia, chega deste domínio por duas famílias, temos que dar a Porto Nacional uma administração moderna e Joaquim Maia é o nome certo para que isto aconteça. Filho de Porto, Joaquim trás em seu caráter toda a boa índole adquirida pela boa educação dada por Zuíno e tia Nikita. Conte comigo, Kim Maia, estamos juntos. Tem o meu apoio total nesta caminhada pelo progresso de nossa querida Porto Nacional.” Disse o deputado Wanderley Barbosa.
Do mesmo modo, o deputado Cleiton Cardoso afirmou o seu apoio à pré-candidatura de Joaquim Maia. “Sei da sua história, do quanto você é um bom homem, do quanto você é um bom pai e sei que, ao abrir mão de uma reeleição certa para vereador em Palmas, você o fez por querer contribuir com Porto Nacional com o seu trabalho e dedicação. Estou junto nesta caminhada, independente de partido, eu sou Joaquim Maia.” Afirmou o deputado Cleiton Cardoso.
Usando a palavra o deputado Valdemar Júnior disse que Joaquim Maia representa o novo e trás a verdadeira mudança que Porto Nacional espera nas próximas eleições. Se dirigindo ao deputado Ricardo Ayres, que também é pré-candidato a prefeito, pelo PSB, Valdemar Jr, disse que eles têm que caminhar juntos por essa mudança.
Chamamento
O que Joaquim Maia sempre viu como “missão” foi impulsionado pelo chamamento que passou a receber de várias pessoas e segmentos da sociedade portuense. Pessoas que conhecem o seu caráter, a sua idoneidade e disposição passaram a chamá-lo para que participasse ativamente da vida política de Porto Nacional, na expectativa de grandes mudanças. Diante este movimento crescente, Maia decidiu: “Estando na vida pública, devo seguir as provocações e chamamentos que cada momento nos apresenta, principalmente vindo de Porto Nacional, onde estão minhas raízes. E, neste momento, aquela que sempre pensei ser a minha maior missão, bate à minha porta. Chegou o momento de me colocar à disposição dos meus irmãos portuenses para, juntos, buscarmos um novo jeito de administrar a nossa querida Porto Nacional. Para isso, vamos levar a todos as propostas do nosso Partido Verde.”
O sentimento de mudança que se alastra pela cidade de Porto Nacional se justifica pela carência deste povo que há muitos anos vem presenciando a alternância da administração em torno de dois nomes. O momento que atravessa o País, o Estado, o Município, demonstra que mudanças precisam ser feitas, e o PV vem neste momento debatendo junto à sociedade as mudanças necessárias.
Agradecimento
Joaquim Maia, que antes do início de suas palavras se emocionou com um vídeo enviado por sua mãe, dona Nikita, ausente por estar em Goiânia acompanhando seu outro filho em tratamento, agradeceu a todas as autoridades presentes. Mas os novos filiados ao PV de Porto Nacional, que tiveram suas fichas abonadas na noite, que Joaquim fez questão de destacar e dar a eles um agradecimento especial. “Tenho que agradecer o apoio que estou recebendo de todos, de cada um de vocês aqui presente, mas quero destacar a importância e o empenho de cada um de vocês que se apresentam hoje como pré-candidato a vereador por Porto Nacional através do Partido Verde. Hoje vocês tiveram suas fichas abonadas por nós, amanhã terão o abono dos eleitores de Porto Nacional. Vamos juntos, andar por Porto, em cada setor, ouvir de cada Portuense a sua expectativa, a sua necessidade para que, juntos, possamos traçar o nosso programa de governo que dará a cada cidadão portuense mais qualidade de vida. Obrigado a todos e vamos juntos nesta caminhada por uma cidade melhor.”
Joaquim Maia: Filho de Porto!
Joaquim Maia, como todo filho de Porto, que teve sua infância nos anos 70 e 80, cresceu em meio a muitos amigos brincando pelas ruas e praias da nossa tranquila cidade. Filho de seu Zuíno e dona Nikita, pessoas conhecidas e queridas por sua boa índole, Joaquim Maia e seus irmãos Marcelo Maia, Marquinho Maia e Rosana, herdaram dos pais uma boa formação moral e religiosa.
Terminando os estudos que a cidade oferecia, Joaquim Maia foi para Brasília buscar a sua formação, onde, na UNB, formou-se Engenheiro Civil, tendo sido o primeiro de sua turma. Já diplomado, retornou para o Tocantins, e foi contratado pela Saneatins, em Palmas, passando a ser um dos responsáveis pela implantação do sistema de água e esgoto da capital. No ano de 2002 casou-se com a portuense Aline Aires, filha de Justino e dona Temes Manduca.
Entrando para a vida pública
Com o seu jeito simples e justo de liderar seus companheiros de trabalho, passou a ser cobrado pelos amigos da Saneatins para que fosse candidato a vereador por Palmas. Assim, em 2012, candidatou-se pela primeira vez a vereador pelo Partido Verde e, numa campanha modesta, foi eleito como o sétimo mais votado da capital.
Seu mandato, tem sido marcado pela coerência e pela luta diária em defesa dos direitos dos cidadãos. Eleito na oposição ao prefeito, assim permaneceu e como ele próprio afirma, “se me elegeram na oposição, aqui devo permanecer, não tenho o direito de mudar a vontade do povo”. Na Câmara, tem desempenhado o papel do contraditório questionando as ações do Executivo que vê como contrárias aos interesses do povo, fiscalizando e denunciando irregularidades. Um opositor que tem dos colegas vereadores um grande respeito, sendo visto como um destaque na Câmara Municipal.
Mas é em Porto Nacional, sua terra natal, que Joaquim Maia sente que tem a cumprir uma grande missão: “Porto Nacional é sem dúvida uma das principais cidades do nosso Estado, reconhecida como berço da cultura tocantinense, sabemos que Porto pode muito mais. O seu grande momento está por vir, com a industrialização que está chegando Porto não pode errar. Temos que promover, a quatro mãos, ações que efetivem esta grande retomada para o desenvolvimento. Novos tempos estão por vir, grandes mudanças estão por acontecer e, por isso, Porto precisa de mudanças e o Partido Verde, vem para consolidar esse novo tempo.”
Pré candidatos do PV em Porto Nacional
ADAZIEL
ASSIS DA APAE
BRAUNA
CARLAO SILVA
DJALMA ARAUJO
DAIANA PAULINO
DA PAZ
EDSON OLIVEIRA
ESTRELINHA (RAIMUNDO NONATO)
HENRIQUE (COMERCIARIOS)
IRMAO ROBERTO
JOAO DUARTE
JEAN CARLOSLEÔNIDAS
LOURIVAL
MARLON PEREIRA
MARCELO ALESSANDRO
MARILVAN
MARCELO PARANHOS
OSMANO
PIN JUNIOR
PASTOR EDILSON
PATRICIA NAVES
POETA COWBOY
ROSE AGENTE DE SAUDE
RUBENS FOTÓGRAFO
RODRIGO ALVES
SANDRA SULINO
SARGENTO WADSON
TENENTE SALMON PUGAS
WELLITON DI
ZEZIM LIMA
Há tempos que o nome de José Genildo Coelho de Carvalho, comerciante da pequena Monte do Carmo vem sendo sondado por partidos políticos para concorrer ao cargo de prefeito. Seu histórico pessoal e familiar seriam os grandes trunfos de sua candidatura, certamente fadada ao sucesso.
Nascido em Monte do Carmo, Genildo fez o segundo grau em Porto Nacional, de onde saiu para São Paulo, onde se formou em contabilidade e administração, sempre sustentando seus estudos com muito trabalho e com muitas dificuldades. Foi bancário e funcionário da Volkswagen em São Paulo, gerente de frigorífico em Santarém, no Pará e, de volta ao Tocantins, administrador de um frigorífico da família Murad, em Araguaína.
De volta à sua terra natal e munidos de toda a bagagem adquirida em sua formação como pessoa, montou um pequeno comércio, que hoje se multiplicou em um supermercado, uma loja de material de construção e lhe rendeu alguns imóveis e uma propriedade rural. Tudo isso, segundo Genildo, conquistado graças ao povo de Monte do Carmo, que depositou confiança em seu trabalho e, principalmente, á sua esposa, conselheira e companheira de batalha, Dona Luzirene Freitas, que lhe deu um casal de filhos, que lhe deram um neto. Seu filho, Genildo de Carvalho Junior já segue os passos do pai, e é comerciante na cidade e sua filha, Gisele Pires de Carvalho, formou-se em medicina e trabalha no próprio Tocantins.
SONHO ADIADO
Quanto à possibilidade de ser prefeito de Monte do Carmo Genildo é bem sincero, e afirma que sempre teve esse sonho, de poder retribuir a confiança que a população da cidade depositou na sua pessoa, o levando a ser um empresário bem sucedido e poder sustentar com dignidade a sua família.
Mas é a dignidade o grande empecilho entre ele e a cadeira de prefeito. Para Genildo, sua honra e sua dignidade estão acima de tudo e, hoje, assumir o cargo de prefeito traz uma proximidade muito grande com a corrupção: “por mais honesto que você seja, a política, nos dias atuais, traz junto consigo a necessidade de negociações, de pagar “comissões”, de ter a Câmara ao seu lado e isso, infelizmente, está sendo feito da maneira errada.O sistema é corrupto e eu não quero me envolver com isso. Agradeço imensamente aos partidos e às pessoas que confiaram em meu nome para as eleições, mas o momento, para mim, não é propício. Quem sabe daqui a 8, 10, 15 anos, eu possa aceitar essa incumbência e retribuir tudo que essa gente boa e honesta de Monte do Carmo me proporcionou?”, profetizou.
Genildo, porém, não foge à luta e diz que vai esperar que as chapas para a concorrência à prefeitura sejam apresentadas para escolher qual delas vai apoiar: “vamos apoiar e participar ativamente da campanha daquele que acharmos ser o melhor para Monte do Carmo.Quero continuar a contribuir para o desenvolvimento da nossa cidade e da nossa região, não só reinvestindo aqui tudo o que ganhamos como empresários, mas participando da vida social, religiosa, esportiva e artística da nossa Monte do Carmo. Foi aqui que nasci e é esta cidade que quero ver se desenvolver, dando oportunidades cada vez maiores para a sua boa gente”, finalizou.
Em 2012, o Tribunal havia livrado os 15 réus
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu reabrir uma ação de improbidade administrativa contra 15 condenados do mensalão, entre eles o ex-ministro José Dirceu, o ex-presidente do PT José Genoíno e o ex-tesoureiro Delúbio Soares, além de Marcos Valério, pivô do escândalo revelado em 2005.
A decisão proferida nessa terça, 13, pelo ministro Herman Benjamin, abre a possibilidade de o grupo ser condenado a ressarcir os cofres públicos por causa do esquema de corrupção revelado em 2005.
Em 2012, o Tribunal havia livrado os 15 réus sob a justificativa de que ministros de Estado, como é o caso de José Dirceu, não responderiam pelo ato de improbidade administrativa, e sim de responsabilidade. Outra justificativa é de que os demais réus já haviam respondido pelo crime em outras ações no âmbito do Mensalão.
As defesas dos réus nessa ação têm cinco dias após a publicação da medida para recorrer, no próprio STJ.
O Ministério Público Federal chegou a apelar da decisão na época, mas o recurso usado obrigou o envio dos autos ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região e só então ao STJ, o que impediu até agora o prosseguimento e qualquer andamento da ação.
O novo entendimento questiona a decisão anterior. O ministro relator argumenta: "Se o STJ decretar a "morte" desta Ação Civil Pública, réus condenados criminalmente pelo STF deixarão de responder, na órbita cível, por eventual improbidade administrativa."
Presidente disse que nunca fez da vida pública um meio para obter vantagem pessoal
Num dos discursos mais duros desde que foi reeleita, a presidente Dilma Rousseff criticou os "moralistas sem moral" e "conspiradores" que tentam obter o impeachment para interromper um mandato conquistado com 54 milhões de votos.
Sem citar nominalmente nenhum dos adversários ou conspiradores, Dilma disse que nunca fez da vida pública um meio para obter vantagem pessoal.
Ela entrou no auditório do centro de convenções do Anhembi, em São Paulo, acompanhada dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e José Mujica (Uruguai), e discursou na abertura do 12º Congresso da CUT.
"Eu me insurjo contra o golpismo e suas ações conspiratórias, e não temo seus defensores. Pergunto com toda a franqueza: quem tem força moral, reputação ilibada e biografia limpa suficientes para atacar a minha honra?" discursou, sendo aplaudida de pé por uma plateia de mais de 2.000 sindicalistas e militantes simpáticos ao governo.
No discurso de 37 minutos, Dilma foi interrompida seis vezes sob aplausos e gritos de "não vai ter golpe" e "Dilma, guerreira do povo brasileiro".
A presidente fez ainda duros ataques às tentativas de instaurar um processo de impeachment sem, segundo ela, haver fato jurídico definido ou qualquer fato que a desabone.
"O artificialismo dos argumentos é absoluto. A vontade de produzir um golpe contra o funcionamento regular das leis e das instituições é explícita. Jogam no quanto pior, melhor, o tempo todo. Pior para a população e melhor para eles", disse a presidente.
Sem mencionar o ex-presidente João Goulart (1919-1976), deposto pelo golpe militar de 1964, a mandatária também traçou um paralelo com o episódio - usando as expressões "filme já visto" e "final trágico" - e fez um apelo à base social da esquerda brasileira.
"Ninguém deve se iludir. Nenhum trabalhador pode baixar a guarda", disse.
Ao prometer não se dobrar, ela desafiou a oposição: "Quem quer a paz social e a normalidade institucional não faz a guerra política e não destila ódio e intolerância".
"A obsessão dos inconformados com a derrota nas urnas [quer] obstruir o mandato de uma presidenta eleita contra quem não existe acusação de crime algum. Lutaremos e não deixaremos prosperar", disse.
Dilma também defendeu o uso dos bancos oficiais para o financiamento de programas sociais - manobra conhecida como "pedaladas fiscais" e que foi condenada, por unanimidade, pelo TCU (Tribunal de Contas da União). Ela disse que o governo vai continuar questionando os critérios da reprovação das contas do Executivo.
"Teremos uma decisão equilibrada do Congresso Nacional. O que chamam de 'pedaladas fiscais' são atos administrativos usados por todos os governos", afirmou.
"Estão tentando usar a análise das contas de meu governo pelo Tribunal de Contas da União para montar o ato final do golpe. (...) Falam de pedaladas fiscais, mas são eles que produzem pedaladas políticas. Não querem aceitar o rito congressual normal. Não querem que o Congresso dê a palavra final sobre as contas", disse.
Dilma disse que o governo continuará questionando a decisão do TCU que reprovou as chamadas "pedaladas fiscais" - atrasos em repasses de recursos devidos pelo governo a bancos oficiais para gerar superavit fiscal.
Presidente da Câmara afirma que liminares do Supremo não alteraram seu papel de aceitar ou rejeitar denúncias contra Dilma. Liminares bloqueiam possível caminho para impeachment
O Supremo Tribunal Federal concedeu três liminares que bloqueiam um possível caminho para a abertura de um processo de impeachment na Câmara dos Deputados contra a presidente Dilma Rousseff.
Não cabe ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha, definir as regras sobre um eventual pedido de impeachment da presidente Dilma, mas um roteiro foi apresentado por Cunha em setembro, em resposta a perguntas feitas pela oposição, diz a decisão do STF.
O presidente da Câmara dos Deputados, anunciou nesta terça-feira que vai recorrer até esta quarta das liminares concedidas pelos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki e Rosa Weber que suspenderam o rito de tramitação de pedidos de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. Ao mesmo tempo, Cunha comunicou o arquivamento de mais cinco solicitações de afastamento da petista.
"A Casa vai responder, vai recorrer e enquanto isso a gente continua decidindo. Não há qualquer alteração em relação ao meu papel originário de aceitar ou indeferir. Eu indeferi cinco agora [pedidos de impeachment]", disse ele. "Sem dúvida vou recorrer das liminares. Isso é um tema muito complexo e não dá para uma decisão monocrática dessa prevalecer. Isso vai ter que ser decidido pelo plenário do STF. Vou recorrer até amanhã", completou ele.
Eduardo Cunha não considera que a última das liminares da ministra Rosa Weber barre qualquer análise de pedidos de impeachment, ainda que ela tenha determinado que o presidente da Câmara se abstenha de "receber, analisar ou decidir qualquer denúncia ou recurso contra decisão de indeferimento de denúncia de crime de responsabilidade contra a presidente da República". Depois de desencontros na interpretação de sua decisão, Weber esclareceu que a liminar trata apenas de recursos apresentados em plenário - justamente o roteiro articulado pela oposição. O entendimento do peemedebista é que ainda cabe a ele definir previamente se são cabíveis ou não os pedidos de impeachment.
Politicamente, a decisão do Supremo de barrar o rito definido por Cunha dá fôlego à presidente Dilma, depois de uma enxurrada de derrotas na semana passada. Pelo menos por ora - até o julgamento do mérito dos pedidos no plenário do STF -, os processos de impeachment não devem ter continuidade no Congresso. Se antes o desafeto Cunha prometia celeridade na análise de todos os pedidos, incluindo o mais robusto deles, o assinado pelos juristas Hélio Bicudo e Miguel Reale Jr, depois das liminares do STF o discurso ficou mais ameno: "Pode ser que eu tome a decisão de aguardar o Supremo. Eu vou refletir".