Os lideres dos partidos fazem chantagem pela volta das doações
Deputados do PMDB, DEM, PSDB, PP, PR e PTB não se conformam com o fim do “financiamento” empresarial de políticos, derrubado por votação no Supremo Tribunal Federal (STF) e também pelo veto da presidente Dilma Rousseff. O senador Aécio Neves defendeu que o Congresso vote a proposta de financiamento das campanhas mesmo após o presidente do Supremo, Ricardo Lewandowski afirmar que o projeto não terá validade.
Eles querem a todo custo que Dilma envie até amanhã (30), o decreto da reforma ministerial aprovada pelo Congresso há algumas semanas com o veto que deu às doações empresariais a partidos políticos.
Deputados decidiram na residência de Eduardo Cunha (PMDB) que vão derrubar o veto de Dilma e abrir caminho para que esse tipo de “financiamento” eleitoral continue valendo. E ameaçam com a pauta bomba de aumento de gastos.
O prazo para que a União publique o decreto da reforma política expira nesta quarta-feira. Os deputados têm pressa porque qualquer medida que altera o sistema eleitoral só valerá para a disputa de 2016 se entrar em vigor até o dia 2 de outubro.
Mesmo que o veto ao financiamento empresarial seja derrubado, não há garantias de que os candidatos e partidos poderão recolher doações junto a pessoas jurídicas nas próximas eleições. Isso porque, no último dia 17, o Supremo Tribunal Federal julgou procedente uma ação que pedia a inconstitucionalidade das doações privadas.
Mais cedo, a imprensa noticiou que Eduardo Cunha procurou Renan Calheiros, presidente do Senado, para discutir a aprovação emergencial de uma PEC (Proposta de Emenda Constitucional) para revalidar as doações empresariais para 2016. Não havia certeza, contudo, sobre a existência de tempo hábil no Congresso para encampar esse tipo de manobra.
Com 247 e Redação
O partido se define como grupo que nasceu da vontade de mulheres ativistas de movimentos sociais e populares que participam da vida política
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou na noite desta terça-feira (29), o registro do Partido da Mulher Brasileira (PMB). A sigla é a 35ª registrada no País. Desde 2009 o grupo tenta a formalização como legenda junto à Justiça Eleitoral. A partir de agora, a sigla pode lançar candidatos às eleições de 2016.
Parecer da Procuradoria-Geral Eleitoral de agosto aponta que o partido cumpriu os requisitos necessários para sua criação, entre eles a obtenção de 501 mil assinaturas de apoio, número superior ao exigido. "Após exame da documentação apresentada, a Secretaria Judiciária do Tribunal Superior Eleitoral informou que o quantitativo de apoio comprovado (....) excede o total exigido pela norma (486.679, correspondente a 05% dos votos válidos nas eleições de 2014) em 14.761 apoios", escreveu o vice-procurador-geral eleitoral, Eugênio Aragão, no parecer favorável ao registro do partido.
O partido se define como grupo que nasceu da vontade de mulheres ativistas de movimentos sociais e populares que participam da vida política, "progressistas", e de mulheres e homens que "manifestaram sempre sua solidariedade com as mulheres privadas de liberdades políticas, vítimas de opressão, exclusão e terríveis condições de vida".
"Todos os partidos políticos têm mulheres, contudo a vida cotidiana de mulheres continua na mesma, dia após dia, ano após ano. Apesar do trabalho partidário perseverante de muitas mulheres, os interesses de mulheres nunca foram prioritários. Os progressos para garantir uma maior presença feminina nos lugares de decisão têm sido demasiado lentos. Se acreditarmos nos valores democráticos, não podemos excluir metade da população das estruturas do poder", informa o partido, em sua página na internet.
A decisão foi tomada pela companhia na noite desta terça diante dos problemas de caixa da empresa após a forte alta do dólar nos últimos dias
A Petrobras decidiu reajustar em 6% o preço da gasolina e em 4% o preço do diesel nas refinarias. O aumento vigorará a partir da meia noite desta quarta-feira (30).
O preço nas bombas é livre e costuma ser reajustado à medida que o combustível com preço novo chegue aos postos.
Em geral, segundo o sindicato dos postos de combustíveis, o aumento de preço para o consumidor tem sido um pouco menor que o das refinarias.
A decisão foi tomada pela companhia na noite desta terça diante dos problemas de caixa da empresa após a forte alta do dólar nos últimos dias.
A estatal informou o aumento por meio de comunicado.
O reajuste é uma sinalização ao mercado de que a empresa, hoje comandada por Aldemir Bendine, tem autonomia para definir sua política de preços dos combustíveis.
"Os preços da gasolina e do diesel, sobre os quais incide o reajuste anunciado, não incluem os tributos federais Cide e PIS/Cofins e o tributo estadual ICMS", diz o comunicado da empresa.
Em 10 de setembro, a agência de classificação de risco Standard&Poor's rebaixou a nota da Petrobras, tirando dela o selo de boa pagadora.
Em entrevista ao jornal Opção, ex-governador falou sobre a perda de credibilidade do PMDB e a atuação de seu vice, cooptando lideranças disputar a prefeitura contra ele
“O PMDB do Tocantins está igual ao PMDB nacional. Está aí aos trancos e barrancos. Não tenho participado de reuniões, até mesmo porque nunca mais fui convidado”.
Essa frase de Avelino abre a entrevista ao jornaloista Gilson Cavalcante, ressaltando que “não estou reclamando disso, mas acho que eu devia, com a minha visão de vida política, dar palpites também”.
Avelino questiona a forma como a direção estadual do PMDB está articulando com as lideranças do interior do Estado. “Os que eu sei, não têm gabarito para fazer isso, porque falta credibilidade para fazer as articulações e os que fazem, estão fazendo tudo errado. E eu recebendo telefonema de lideranças do interior de todo o Estado dizendo que estão fora do processo e perguntando o que fazer. E eu respondo: eu não sei de nada, estou tão desligado, tão por fora como arco de barril”, explica Avelino, ao admitir que a representatividade do PMDB está diminuindo a cada ano que passa, porque o povo vai desacreditando no partido.
O ex-governador falou também sobre a situação dos municípios com a atual crise financeira que o País atravessa: “eu acho que não somente a prefeitura de Paraíso, mas todas as prefeituras que não têm recursos próprios, arrecadação pequena, como é o caso de 90% das prefeituras do Tocantins e do interior do Brasil, passam por grandes dificuldades, porque o Poder Central (governo federal), nas últimas décadas, jogou muitos encargos em cima das prefeituras e tirou o dinheiro das administrações municipais. Quando eu fui prefeito de Paraíso, há mais de 30 anos, fazia tudo sem ir a Brasília pedir dinheiro para governo nenhum. Realizava obras com os recursos que a prefeitura dispunha e hoje não tem mais. Hoje, é impossível a prefeitura comprar um caminhão, um trator, porque não tem recurso. Só para se ter uma noção, só no mês de setembro, o FPM caiu em média 38%, fora as quedas anteriores”, lastimou. A saída é fazer cortes e enxugar a máquina?
Estou reunindo o meu secretariado para ver o que se pode cortar; já fiz três reuniões nesse sentido. O grande problema é saber o que cortar. Na saúde, educação e assistência social não se pode cortar nada, porque depende do pessoal e da manutenção dos serviços. O que vou fazer é paralisar as obras, não iniciar as obras que estavam previstas, as que estão em andamento vamos ver o que pode continuar ou não e as que contam com recursos federais a gente vai manter com a contrapartida do município, porque não podem ser paradas. Já autorizei o recolhimento de máquinas, cortando abastecimento da frota de carros e reduzindo o número dos veículos em circulação. Estamos fazendo o possível e pedindo os órgãos para não gastar muito com energia elétrica. Fazer economia para ver se não deixamos atrasar a folha de pagamento dos servidores. Estamos na expectativa para ver o que vai acontecer com esse Brasil nos próximos seis meses.
Sobre a disputa pela reeleição, Avelino soltou mais uma de suas pérolas: “eu sempre digo: a gente entra em política por causa dos amigos e não sai por causa dos inimigos. Então, a gente está numa luta, numa guerra e se a gente não tomar cuidado é engolido pelo adversário. Eu já estou na hora de me aposentar, pela idade, pela história que eu tenho. Mas aconteceram uns fatos novos em minha cidade: o senador Vicentinho (PR) com o deputado Osires Damaso (presidente da Assembleia), do DEM, lançaram meu vice (Ari Arraes), que era o meu sucessor – tínhamos esse entendimento – para concorrer comigo. Aí mexeu comigo. Agora eu resolvi ir para a reeleição e vamos ver o que o povo quer. E tem outros candidatos também. (Ari era do DEM e foi para o PR).
Mas foi sobre asituação do PMDB que Avelino abriu a “caixa de ferramentas”: “o PMDB do Tocantins está igual ao PMDB nacional: aos trancos e barrancos, o tempo passando. Quando as coisas apertam, eu sou chamado para dar palpites, mas não é essa a questão. Quem está tocando o PMDB no Estado? O companheiro Derval de Paiva assumiu o partido num acordo que fizeram, mas ele tem autonomia? Está fazendo? Quem está andando no interior do Estado conversando com as lideranças dos municípios? Não sei de nada mais decisivo que acontece com o partido, só de fofocas, de briguinhas que chegam até mim. Isso vai para frente? E o diretório nacional está em paz? Coisa nenhuma. É metade de um jeito, metade de outro. Não há patriotismo, mas interesse de grupos. E os interesses acabam com o PMDB; primeiro, acabando com a credibilidade. Vamos ver o que vai dar nas eleições do ano que vem. Quantos prefeitos e quantos vereadores o PMDB vai eleger. A nossa representatividade está minguando a cada ano que passa, porque o povo vai desacreditando.
NOSSO PONTO DE VISTA
Nós, de O Paralelo 13, sabemos que o relacionamento entre Moisés Avelino e o Palácio Araguaia nunca foi boa e tende a se distanciar cada vez mais. Isso porque o ex-governador é da velha-guarda do PMDB, nunca saiu do partido, no qual faz parte da ala conservadora e é de poucas palavras, por isso, quando fala, suas declarações repercutem.
Logo, quando desata a falar sobre seu descontentamento, é porque é sério e deve ser levado em consideração. Essa entrevista mostra que Avelino está mordido e vai partir pra briga, transformando a sucessão municipal em Paraíso, que até então parecia que iria transcorrer de forma tranqüila e pacífica, num caldeirão prestes a entrar em ebulição.
Estivemos em contato com um membro do primeiro escalão da prefeitura de Paraíso, que deu uma ideia de como será o tom das eleições: “será um prazer derrotar o candidato apoiado por Vicentinho e pelo deputado Damaso”.
Pelo jeito, “o bicho vai pegar”.
Quem viver verá!
Francisco prometeu punição para todos os culpados
No último dia de sua viagem aos Estados Unidos, o papa Francisco se encontrou com um grupo de cinco vítimas de pedofilia - três mulheres e dois homens - por parte de membros do clero, de suas famílias ou de professores.
A reunião aconteceu na manhã no domingo (27), no seminário São Carlos Borromeo, na Filadélfia, e cada uma das pessoas estava acompanhada de um parente ou de alguém de confiança. Também participou o arcebispo de Boston, cardeal Sean Patrick O'Malley, que é presidente da comissão para a tutela dos menores instituída pelo Pontífice. Jorge Bergoglio escutou a história das vítimas, disse algumas palavras para todas e depois conversou com elas separadamente.
Segundo o porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, o Papa expressou sua "dor e vergonha" pelas feridas provocadas por membros do clero e renovou seu compromisso para que todas as pessoas que sofreram abusos sejam tratadas com justiça e para que todos os culpados sejam punidos.
O encontro durou cerca de meia hora e terminou com uma bênção de Francisco. Em seguida, ele se reuniu com bispos que participam do VIII Encontro Mundial das Famílias, na Filadélfia, e exprimiu "vergonha" pelos casos de pedofilia. "Esses crimes não podem ser mantidos em segredo por tanto tempo. Prometo que todos os responsáveis por abusos sexuais contra menores serão punidos", disse.
Desde que chegou aos EUA, no dia 22 de setembro, o Pontífice mencionou a pedofilia na Igreja em ao menos duas ocasiões. Na primeira delas, em Washington, ele elogiou o combate dos bispos norte-americanos contra crimes de abuso. Na segunda, em Nova York, ele também disse sentir "dor e vergonha" pela recorrência desse tipo de caso no catolicismo.
Reunião privada foi confirmada por Francisco, que confessou "vergonha" e pediu fim de "segredo" em volta de casos
Veja aqui as suas principais fala a respeito do tema até então considerado tabu na Igreja, Francisco confessou “vergonha” por ver que “pessoas que tinham a seu cargo o cuidado terno desses pequenos os tenham violado e causado danos profundos”
“Lamento-o profundamente. Deus chora”, declarou.
O Papa sustentou que os “crimes e pecados de abusos sexuais a menores não podem ser mantidos em segredo durante mais tempo”.
Nesse sentido, comprometeu-se a uma “zelosa vigilância” da Igreja Católica “para proteger os menores”.
“Prometo que todos os responsáveis vão prestar contas”, prosseguiu.
Francisco disse depois que os sobreviventes de abusos se tornaram “verdadeiros arautos de esperança e ministros de misericórdia”,
“Humildemente, devemos a cada um deles e às suas famílias a nossa gratidão pela sua imensa coragem para fazer brilhar a luz de Cristo sobre o mal do abuso sexual de menores”, insistiu.
Esta quinta-feira, em Nova Iorque, o Papa tinha recordado a “vergonha” dos casos de abusos sexuais envolvendo membros do clero e instituições eclesiais nos Estados Unidos da América, durante um encontro de oração com religiosos.
“Sei que vós, como corpo sacerdotal, diante do povo de Deus, sofrestes muito num passado não distante suportando a vergonha por causa de muitos irmãos que feriram e escandalizaram a Igreja nos seus filhos mais indefesos”, disse, na homilia da celebração de vésperas, em espanhol, na Catedral de São Patrício.
Dois dias antes, Francisco elogiou a resposta da Igreja Católica nos Estados Unidos aos “momentos obscuros” que viveu recentemente, numa referência indireta aos casos de abusos sexuais.
“Que tais crimes nunca mais se repitam”, declarou, numa homilia proferida perante os bispos norte-americanos, na Catedral de São Mateus, em Washington.
A intervenção sublinhou a “coragem” com que estas situações foram superadas, sem evitar “humilhações e sacrifícios”, tendo como prioridade recuperar “a credibilidade e a confiança requerida aos ministros de Cristo”.