Ministros da Fazenda e Agricultura participam da abertura da Tecnoshow Comigo 2015 – feira de tecnologia rural do Centro-Oeste, em Goiás. O anúncio será feito pela presidente Dilma Rousseff e, segundo Levy, haverá um “realinhamento natural” dos juros do programa. A ministra (Kátia Abreu) também comentou que, obviamente, os juros terão aquele realinhamento natural, diante da situação que a gente está vivendo. O mercado analisa que a aumento será de 8%.

Até o final do mês o governo federal deve divulgar o Plano Safra 2015/2016. O anúncio foi feito pelos ministros Joaquim Levy (Fazenda) e Kátia Abreu (Agricultura), no final da manhã desta segunda-feira (13), durante a abertura oficial da Tecnoshow Comigo, em Rio Verde (GO).  O presidente da Comigo, Antonio Chavaglia, disse que o setor está esperançoso que as medidas venham de encontro aos anseios da classe.

"Não podemos deixar as pessoas abandonarem o campo. Temos de proteger a renda do produtor rural. Sem acesso ao crédito e preços mínimos decentes, o produtor não consegue sustentar sua família com dignidade", alertou Chavaglia em discurso de improviso no Auditório 1 do Centro Tecnológico da Comigo (CTC).

O presidente da cooperativa que reúne produtores do Sudoeste goiano elencou as dificuldades e incertezas que o setor passa no momento, não só pelas oscilações constantes do dólar, mas, principalmente, pela falta de reajuste do preço mínimo dos grãos e da insuficiência do seguro agrícola. "Nos Estados Unidos, o agricultor tem seguro que garante as intempéries e o preço mínimo. Precisamos de um sistema parecido", disse.

À ministra Kátia Abreu, Chavaglia reivindicou mais recursos para o seguro rural. "Ao menos R$ 5 bilhões para atender aproximadamente 70% dos produtores. O preço mínimo não é reajustado há dez anos. O governo precisa ter mais carinho pelo agronegócio", afirmou Chavaglia, sob fortes aplausos.

Para o ministro Joaquim Levy, Chavaglia insistiu no pedido de mais crédito e de taxas de juros compatíveis, considerando o longo prazo. "Sei que é um desafio muito grande para sua pasta, mas necessitamos de mais recursos e de longo prazo. O produtor trabalha com planejamento de longo prazo, de 10, 15 anos."

Ex-presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Kátia Abreu discorreu sobre as principais demandas dos produtores. Ela revelou que está em estudo, pelo Ministério da Agricultura, uma lei agrícola para regular o setor e estabelecer um plano safra de longo prazo (hoje é anual). A ministra também garantiu que o Plano Safra 2015/2016 terá, no mínimo, os mesmos recursos de 2014/2015 – R$ 156 bilhões.

"Vamos manter os recursos, mas os juros não serão mantidos. Os juros serão compatíveis com o ajuste fiscal que o governo federal está promovendo. Até o final do mês a presidenta Dilma vai anunciar o plano, com valores, volume de crédito e taxas", afirmou Kátia Abreu.  Outra boa notícia será o lançamento, no dia 29 de abril, do Plano Nacional de Defesa Agropecuária, cuja missão será creditar confiança e respeitabilidade ao produto brasileiro.

 

Classe média rural

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que dispensou o uso do púlpito para discursar, anunciou que aumentará o volume de recursos para a classe média rural entre 20% e 25%. As condições, segundo ele, serão apresentadas até o final do mês, juntamente com as medidas de custeio da próxima safra e o seguro agrícola. "Queremos garantir tranquilidade para que todos possam se dedicar à sua terra e ter acesso às tecnologias, com uma classe média cada vez mais forte no campo." Segundo ele, o agronegócio vai ajudar na "arrumação" da casa da economia nacional.

Primeiro ministro da Fazenda a participar da abertura oficial da Tecnoshow Comigo, Levy reafirmou a política de austeridade fiscal. "Não podemos prometer coisas grandiosas que não conseguiremos cumprir. Já estamos vivendo muita intempérie para acentuarmos as incertezas."

 

Autoridades presentes

Além dos ministros Joaquim Levy e Kátia Abreu, estiveram presentes na solenidade de abertura o ministro do Turismo, Vinicius Lages, o vice-governador José Eliton, o prefeito de Rio Verde, Juraci Martins, a senadora Lúcia Vânia, deputados federais, Heuler Cruvinel e Marcos Montes, deputado estadual, Lissauer Vieira, presidente da Embrapa, Maurício Lopes, presidente da OCB, Márcio Lopes de Freitas, vice-presidente da CA, José Mário Schreiner, diversos prefeitos, vereadores e representantes de entidades de classe.

 

Fonte: Tecnoshow Comigo 2015

 

Posted On Terça, 14 Abril 2015 07:21 Escrito por

Algumas nomeações feitas pela ministra da Agricultura, Kátia Abreu causaram estranheza entre os funcionários mais antigos da pasta

 

Por Eumano Silva – Revista Isto É

Algumas nomeações feitas pela ministra da Agricultura, Kátia Abreu causaram estranheza entre os funcionários mais antigos da pasta. Um exemplo é seu cabeleireiro de Tocantins, Célio da Costa, agora assessor no gabinete de Kátia. Também provocou incômodo a indicação de Tânia Mara Garib para chefe da Assessoria de Gestão Estratégica do Ministério. Amiga da ministra, Tânia é odontóloga e, no final de abril, vai viajar para Austrália e Nova Zelândia para visitar áreas de ovinocultura e bovinocultura.

 

Critérios de escolha

Kátia Abreu defende a nomeação de Tânia Mara Garib. Diz que ela ocupa cargos públicos desde 1996 e que ela já foi secretária de Desenvolvimento Social do Mato Grosso do Sul. A viagem, assegura, será sem ônus para o governo. Em relação a Célio da Costa, a ministra afirma que os funcionários são escolhidos por “confiança” e “competência”.

 

O loteamento de Kátia Abreu

(Revista IstoÉ 15/01/15)

Ignorando pedido da presidente Dilma, a ministra da Agricultura indicou para compor sua equipe pessoas que respondem a ações na Justiça e já provoca constrangimento no ministério.

Entre os indicados o senhor Décio Coutinho foi condenado, em outubro de 2013, pela Justiça Estadual de Mato Grosso por improbidade administrativa. A justiça espera a devolução ao erário, segundo os procuradores de R$ 1,15 milhão.

Luizevane Soares Mizurine, subsecretário de Planejamento, Orçamento e Gestão do Ministério da Agricultura, segundo a Revista IstoÉ, é réu num processo de busca e apreensão de um carro por inadimplência. Ou seja, o novo responsável pelo orçamento da Agricultura responde a um processo por falta de pagamento.

Kátia Rocha foi nomeada assessora da Ministra, ela foi secretária de Estado da Cultura e presidente da Fundação Cultural de Tocantins quando o órgão foi questionado sobre o pagamento de cachês para duplas sertanejas fazerem shows no Tocantins. Kátia Rocha foi denunciada ao MP por improbidade administrativa por ter dado calote em profissionais do curso de capacitação em gestão cultural em Palmas, em 2012.

A ministra Kátia Abreu não se constrangeu em importar integrantes da CNA e de Tocantins para a Agricultura. Além de Coutinho e Rocha, para a Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio ela indicou a superintendente de Comércio Exterior da CNA, Tatiana Palermo. O loteamento desenfreado já provoca constrangimentos aos funcionários de carreira do Ministério da Agricultura. Desde a terça-feira 6, cerca de dez assessores de Kátia vinculados à CNA tomam conta das dependências da pasta, mesmo sem estarem oficializados no “Diário Oficial”.

Posted On Domingo, 12 Abril 2015 05:48 Escrito por

Operação batizada de 'A Origem' deteve os ex-deputados André Vargas (ex-PT),  Luiz Argôlo (ex-PP) e Pedro Corrêa (PP) e mais quatro pessoas em seis Estados e no DF, nova prisões podem acontecer com ex-gestores

 

A Justiça Federal no Paraná confirmou que entre os sete presos da 11ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada na manhã de hoje (10), estão os ex-deputados federais André Vargas (sem partido, PR), Luiz Argôlo (SD-BA) e Pedro Corrêa (PP-PE), que foi condenado na Ação Penal 470, o processo do mensalão.

Também foram presos Leon Vargas, irmão de André Vargas, Ivan Vernon da Silva Torres, Elia Santos da Hora, secretária de Argôlo, e Ricardo Hoffmann, diretor de uma agência de publicidade.

André Vargas foi cassado em dezembro pela Câmara dos Deputados. Os parlamentares decidiram condená-lo por envolvimento em negócios com o doleiro Alberto Youssef, preso pela Polícia Federal na Operação Lava Jato por participação em um esquema de lavagem de dinheiro.

Em outubro, o Conselho de Ética da Câmara aprovou o pedido de cassação de Argôlo, acusado de participar de negócios ilegais com Alberto Youssef.

Cerca de 80 policiais federais cumprem 32 mandados judiciais: sete de prisão, nove de condução coercitiva e 16 de busca e apreensão nos estados do Paraná, da Bahia, do Ceará, de Pernambuco, do Rio de Janeiro, de São Paulo e no Distrito Federal. Segundo a Polícia Federal, também foi decretado o sequestro de imóvel de alto padrão na cidade de Londrina, no Paraná.

De acordo com a PF, a atual fase tem como bases a investigação feita em diversos inquéritos policiais e a baixa de procedimentos que tramitavam no Supremo Tribunal Federal, apurando fatos criminosos atribuídos a três grupos de ex-agentes políticos, que abrangem os crimes de organização criminosa, quadrilha ou bando, corrupção ativa, corrupção passiva, fraude em procedimento licitatório, lavagem de dinheiro, uso de documento falso e tráfico de influência.

A Justiça Federal do Paraná também confirmou o nome do ex-deputado Luiz Argôlo entre os presos da 11ª fase da Operação Lava Jato Gustavo Lima/Câmara dos Deputados

O órgão informou que a investigação abrange, além de fatos ocorridos no âmbito da Petrobras, desvios de recursos em outros órgãos públicos federais.

Os presos serão levados para a Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, onde permanecerão à disposição da Justiça Federal.

Ass. PF Ag Br.

Posted On Sexta, 10 Abril 2015 09:35 Escrito por

Josias de Souza – do UOL

No dialeto dos economistas, a palavra meltdown é usada para descrever a situação terminal de economias que fogem ao controle e derretem. O termo foi adaptado. Na versão original, serve para designar usinas nucleares que se autodestroem quando seus reatores entram em combustão. Na noite passada, um ministro readaptou a expressão para traduzir o estágio atual do segundo governo de Dilma Rousseff. A presidente chega à marca dos cem dias em meio a um processo de meltdown. Impotente, ela assiste ao derretimento do seu poder.

Na economia, Dilma já havia acomodado o futuro de sua gestão nas mãos de tesoura de Joaquim Levy, que se dedica na Fazenda a desfazer a ilusão de estabilidade vendida pelo petismo na campanha presidencial do ano passado. Na política, a semana terminou com Dilma jogando tudo para o alto e se entregando a Michel Temer. A articulação com o Congresso migrou da Casa Civil de Aloisio Mercadante para o gabinete do vice-presidente da República. A plateia ficou com a impressão de que caberá ao PMDB decidir se Dilma vai derreter ou não.

Ao empossar-se no segundo mandato, em janeiro, a presidente reeleita ainda alimentava a ilusão de que presidiria. Na economia, demorou a expressar em público o apoio às medidas amargas do ajuste fiscal de Joaquim Levy. Na política, cercou-se de conselheiros petistas, desprezou Temer e adotou um plano para minar o poderio dos peemedebistas. Terminou sitiada pelo PMDB, que acomodou Renan Calheiros e Eduardo Cunha nas presidências do Senado e da Câmara. Encrencada na Operação Lava Jato, essa dupla se dedica a emboscar o governo e a empinar projetos com algum apelo popular.

Cavalgando a insatisfação dos partidos governistas com a autossuficiência de Dilma, Renan e Cunha tornaram, por assim dizer, irrelevantes os partidos de oposição. Que se desdobram para retomar o protagonismo. Nesta quinta-feira, os líderes oposicionistas na Câmara recorreram à ironia para demarcar a ultrapassagem da data mágica dos cem dias. Os deputados Mendonça Filho (DEM), Carlos Sampaio (PSDB) e Rubens Bueno (PPS) divertiram-se ao redor de um bolo preto com inscrições cáusticas em vermelho: “Sem Dias de Dilma 2”.

Responsável pela encomenda do bolo, Mendonça Filho elevara o tom desde a véspera. “A presidente abriu mão de governar”, dissera o líder do DEM, no calor do anúncio de que Dilma terceirizara a articulação política do Planalto a Temer. “É preciso que alguém avise que, constitucionalmente, ela ainda está na chefia do governo. Dilma terceirizou tudo, a economia e a política.”

O senador Aécio Neves, presidente do PSDB, adotou o mesmo tom: “A presidente fez uma renúncia branca. Ela não renunciou ao cargo, mas renunciou ao governo. Esse é o fato concreto. Nós vamos ter que viver a partir de agora essa nova experiência do presidencialismo sem presidente.”

Sob denúncias de corrupção e com a gestão tisnada pelo envelhecimento precoce, Dilma não usufruiu da trégua que costuma ser concedida a todo governante em início de mandato. Foi bombardeada até por Lula que, em privado, desanca sua administração e se queixa de não ser ouvido. As críticas aumentaram na proporção direta da queda da popularidade de Dilma, hoje uma presidente minoritária, aprovada por apenas 13% dos brasileiros, segundo o Datafolha.

Nunca um governo começara assim, tão por baixo. No alto mesmo, apenas os juros, a inflação e a temperatura do asfalto. A exemplo do que sucedera às vésperas dos protestos de 15 de março, Dilma atravessa uma fase de TPM —tensão pré-manifestação. As redes sociais convocam um novo ronco para este domingo (12). Mãos postas, a presidente e seus auxiliares rezam para que menos gente desça ao meio-fio. Sob pena de apressar o meltdown.

Convertida pelas circunstâncias numa presidente sem marca, Dilma atenua suas resistências ideológicas e aprende a engolir sapos. Hoje, está 110% comprometida com o arrocho fiscal de Joaquim Levy, que lhe capturou a aura na economia. Na política, torna-se cada vez mais concessiva. Acaba de autorizar Temer a reabrir o balcão de cargos e verbas, onde costumam se formar os escândalos. Espera-se que a operação renda ao governo a aprovação no Congresso do ajuste fiscal de Levy, ainda neste mês de abril. Essa votação é tida como vital para que o governo tome um pouco de ar.

 

Dilma agora só dispõe de três anos e 265 dias para esboçar uma reação e evitar o derretimento

 

 

Posted On Sexta, 10 Abril 2015 07:19 Escrito por

Por Edson Rodrigues

Existe um fato que deve ser exposto antes de fazermos uma análise dos 100 dias de governo Marcelo Miranda. O Tocantins, por ser o Estado caçula da federação, não tem ainda musculatura industrial que proporcione arrecadação suficiente para cobrir os gastos de custeio da ‘máquina’, tão pouco para investimentos.

Os governos anteriores usufruíram de recursos federais que a união disponibilizou, em várias parcelas, para instalação do Estado. Esse montante contribuiu para investimentos em diversas áreas como: construção civil, projetos agrícolas, saneamento básico, construção de estradas, hospitais e reservatórios de água, entre outras. É claro que um Estado tão jovem e promissor também teve facilitado a capitação de recursos em outras áreas, como aquisição de empréstimos em nível nacional e internacional. Passado o tempo devido, findou-se essa fonte, secou esse poço de recursos.

Todos os governantes que passaram pelo Palácio Araguaia, concederam progressões e promoções e realizaram concursos públicos. Os demais poderes como; o judiciário, os tribunais eleitoral e de contas, Defensoria Pública e Ministério Público, expandiram suas instalações, tanto na capital quanto no interior do Estado.

O Tocantins figura, hoje, entre os Estados que pagam os melhores salários em diversas categorias. Junta-se a isso tudo o poder legislativo onde todos têm, constitucionalmente, seu percentual garantido no orçamento do Estado.

Como podem constatar, os compromissos a cumprir são muitos, mas a fonte é uma só, o poder executivo.

 

O caixa estourou

O inchamento da folha de pagamento, com o funcionalismo público [efetivos e comissionados], bem como os gastos com os demais poderes e as irresponsabilidades de gestões passadas [últimos 12 anos], não poderia ter outro resultado se não esse que aí está, déficit m todas as contas públicas.

Por outro lado, o Diário Oficial do Estado (DOE) tem demonstrado o contrário com tantas nomeações de pessoas e criação de secretarias extraordinárias, cujo intuito é única e exclusivamente ‘acomodar companheiros’. Dessa forma, ou o governador Marcelo Miranda resiste às pressões, ou não segurará a ‘batata quente’ quem terá em mãos num curto espaço de tempo.

 

Comportamento bipolar

Diante de tanta adversidade, o governo não pode continuar com um comportamento bipolar; pela manhã, ‘seus’ deputados falam em déficit, caixa vazio e dificuldades sem fim. À tarde, abarrotam o Diário Oficial de nomeações em cargos comissionados e assessoramento, cujos salários giram em torno de quatro, cinco, nove mil reais ou mais. Isso sem mencionar a criação de secretarias extraordinárias, simplesmente para acomodar ‘apaniguados’. Tudo isso põe em questão a veracidade dos discursos que relatam as dificuldades pelas quais o Estado passa, põe interrogações nas falas que dizem que o Estado esteja passando por dificuldades financeiras.

O governo federal já admite extinguir alguns Ministérios, secretarias gerais e cargos comissionados. Por que não seguir o mesmo caminho, dando ao povo tocantinense uma prova de que está cortando a própria carne para economizar e sair da escuridão em que se encontra?

Governo e sociedade devem ter a consciência de que estamos mergulhados em uma profunda crise econômica de recessão, pelo visto, de longa duração. Portanto, neste ano, dificilmente será feito qualquer investimento, já que será um ano de ajustes, pouca gordura.

Uma saída é sermos verdadeiros com nossos irmãos. 2015 está difícil e poderá ficar muito mais.

 

Comunicação: um desafio a ser vencido

O Palácio Araguaia, na pessoa do governador Marcelo Miranda e da cúpula da articulação política, tem demonstrado muita timidez e leniência nas ações de enfrentamento da crise financeira do Estado. Já é notado por parte da sociedade e formadores de opinião, um vazio dentro do governo.

Em nosso entendimento, falta atitude ao governo, um plano ousado de recuperação do Estado e, acima de tudo, falta uma comunicação direta com a sociedade para que esta se sinta motivada e incentivada a acreditar nas mudanças que o Estado necessita.

Tal leniência tem motivado e alimentado as discórdias das diversas classes de trabalhadores do setor público do Estado. Da mesma forma, o governo tem demonstrado, em determinadas situações, estar desmotivado, frio e omisso no que se refere à transparência de suas ações. Essa ‘deficiência” na comunicação, por parte do Palácio Araguaia, involuntariamente remete ao entendimento de que nada foi feito nesses 100 dias de governo. Deixa também a mensagem de que tudo de ruim que aí está, foi causado pela atual gestão.

Assim sendo, a população passa a ver, no governador Marcelo Miranda, um governo chorão, medroso, frouxo e incompetente e, caso esse mal não seja estancado, poderá virar uma epidemia.

 

Prestígio de Marcelo Miranda

Mesmo com tanto desgaste pessoal, adquiridos nesses 100 dias de governo, Marcelo Miranda ainda tem saldo positivo junto aos próprios funcionários públicos, sociedade e demais poderes. Porém, o limite de tolerância está chegando ao fim. É chegada a hora de o governo apresentar uma agenda positiva, um balanço do que já foi feito e o que está programado para fazer, preferencialmente em curto prazo.

O Tocantins ainda é um Estado em pleno desenvolvimento e, com a chegada da ferrovia norte sul, já em funcionamento, é visível a expansão do agronegócio e da industrialização de nossas matérias-primas agregando valores. Cabe ao governo a adoção de uma comunicação mais positiva, motivadora e incentivadora e, para isso, o melhor ‘garoto propaganda’ é o próprio governador, com seu jeito simples, humilde e carismático.

O povo necessita acreditar em dias melhores, precisa ter esperanças de que o governador Marcelo Miranda vai promover as mudanças que o Estado precisa. Já passou o tempo de chorar e lamentar e jogar a culpa no passado. É momento de olhar para o futuro e convocar homens e mulheres de bem para se juntar ao governo numa caminhada em busca de soluções e, juntos, comunicadores e governo construir um Estado com mais e melhores oportunidades, mais harmônico e mais acolhedor.

 

 

Conquistas do governo em 100 dias de administração

Há fatos positivos no governo Marcelo Miranda que, diante de tantos conflitos e desencontros, passam despercebidos aos olhos da população, já que a opinião pública evidencia, consideravelmente os fatos negativos. Involuntariamente o governo tem sido lento, no que se refere à comunicação. Falamos isso com fundamentos palpáveis.

 

Fatos positivos

Prodoeste

O governador Marcelo Miranda, antes mesmo de tomar posse como governador do Estado, iniciou conversas com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (Bird) para ressuscitar o programa Prodoeste, irresponsavelmente abandonado pelos governos anteriores. O governo do Estado acaba de receber um sinal verde para dar continuidade ao projeto, com recursos internacionais.

Projeto Rio Formoso

O projeto Rio Formoso também estará, a partir de agora, se restabelecendo e passando por reestruturação com possibilidades de produzir duas safras de grãos e uma de melancia, por ano.

São duas importantes conquistas para o Tocantins, ambas frutos de um trabalho do governador Marcelo Miranda e sua equipe, com destaque para o secretário de Agricultura, Clemente Barros.

Outro fato que a população ainda não tem conhecimento e que tem recebido grande volume de investimentos é na área da saúde. Porém, o caos que se instalou no setor é tão grande que dificulta a visualização dos fatos positivos que tem acontecido por lá. São milhares de cirurgias por serem feitas, todas deixadas para trás, pelos governos anteriores. O que tem causado superlotações em todos os hospitais regionais, as farmácias dos hospitais estavam sem estoque por falta de pagamento aos fornecedores e muito outros problemas, todos evidenciados na mídia diária já começam a serem resolvidos.

Pagamento de plantões atrasados, contratação de profissionais, pagamento de fornecedores e prestadores de serviços são ações que já fazem parte da realidade do quadro da saúde.

O secretário Samuel Bonilha tem demonstrado muita competência em administrar com eficiência uma área espinhosa e que estava caótica, que é a saúde do Tocantins. Mas para isso ele não tem parado p ver o bonde passar, tem ido buscar soluções onde é necessário. Tem conversado com os diversos segmentos da área, na busca de soluções para os mais variados problemas enfrentados pela saúde do Estado. Mas infelizmente essas ações não têm aparecido na grande mídia. O que falta é mais ousadia na comunicação governamental. Falta ousadia aos deputados, na defesa do governo. Já que são tantos os que compõem a base de apoio ao governo, na Assembleia Legislativa.

Dentre os 24 deputados que compõem a Assembleia Legislativa do Tocantins, o governo já tem o apoio da maioria, então por que tem dificuldades em defender o governo e parar com os discursos amarelados [cantos de grilo gripado]. “O Estado está quebrado”; “Os governos anteriores inviabilizaram o atual governo”; “O governo chegou ao limite prudencial da folha”.

Realizam uma audiência pública para expor a situação financeira do governo, mas o Diário Oficial traz, todos os dias, centenas de nomeações.

Os membros da bancada do governo têm sim que ocupar a tribuna da Casa de Leis, mas para dizer as coisas boas que o governo está fazendo. Precisam parar com o discurso de terra arrasada.

O governo precisa se mostrar mais. É lamentável que não tenha quem faça isso, já que preferem continuar com a velha ‘cantiga de grilo rouco’.

Quem viver, verá!

Posted On Quinta, 09 Abril 2015 20:41 Escrito por
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