Segundo ministro Ricardo Lewandowski, discussões vão ocorrer em breve
Por Paulo Victor Chagas - Repórter da Agência Brasil
O governo federal irá receber contribuições da sociedade civil, dos outros Poderes e de outros setores do país antes de finalizar e encaminhar ao Congresso a proposta que altera a Constituição Federal para ampliar as atribuições da União na segurança pública. A decisão foi tomada nesta quarta-feira (7), durante reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com ministros no Palácio do Planalto.
Segundo o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, o intuito é que a proposta seja pactuada politicamente antes de ser apresentada aos parlamentares. "Vamos ouvir os especialistas em segurança pública, quem sabe acadêmicos, aqueles que se dedicam ao estudo dessa matéria. Será uma discussão democrática, ampla, como se faz neste governo", disse o ministro. Ele afirmou que os presidentes dos Poderes Legislativo e Judiciário também serão ouvidos, além do procurador-geral da República.
Nas últimas semanas, o governo tem debatido internamente a ideia de incluir o Sistema Único de Segurança Pública (Susp) na Constituição Federal. O encontro de hoje contou com a presença dos representantes do alto escalão do governo que já foram governadores, além do advogado-geral da União, Jorge Messias. A ideia é que uma das próximas discussões reúna todos os 27 governadores.
Ricardo Lewandowski lembrou que o texto constitucional de 1988 não contempla questões complexas e atuais como, por exemplo, os crimes transnacionais, e ressaltou a necessidade dessa atualização até para cumprimento de acordos internacionais assinados pelo Brasil em áreas que vão desde a lavagem de dinheiro e o combate ao tráfico de pessoas até as criptomoedas. "O que nós estamos conscientes, e o presidente está de acordo, é que a União precisa atuar de forma mais presente, mas hoje não tem instrumentos para isso, pois o papel da União nesse aspecto não se encontra na Constituição. Porque a Constituição atribuiu o combate à criminalidade e a responsabilidade pela segurança pública apenas aos estados-membros da Federação e, parcialmente, aos munícipios quando se trata da Guarda Municipal."
Participaram do encontro os ministros Rui Costa (Casa Civil); Renan Filho (Transportes); Camilo Santana (Educação); Wellington Dias (Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome); e Waldez Góes (Integração e do Desenvolvimento Regional).
Consulta está disponível, desde as 10h, na Área do Candidato
Por Daniella Almeida
Os mais de 2,11 milhões de candidatos do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU) já podem conferir o seu local de realização da prova, a partir desta quarta-feira (7). Desde as 10h, o Cartão de Confirmação de Inscrição está disponível na Área do Candidato, mesma página em que a pessoa fez a inscrição. Para acessar, é preciso fazer login com os dados da conta no portal Único do governo federal, o Gov.br.
O cartão traz, entre outras informações, o número de inscrição, data, hora e local de prova, além de registrar que a pessoa inscrita terá direito a atendimento especializado ou tratamento pelo nome social, se for o caso.
Apesar de não ser obrigatório, o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) recomenda levar o cartão no dia da realização da prova, em 18 de agosto.
Os portões dos locais de provas serão abertos às 7h30 e fecharão às 8h30, no período matutino (horário de Brasília). No período vespertino, os portões abrirão às 13h e o horário de fechamento está marcado para 14h (horário de Brasília).
Correções
O candidato pode solicitar a correção de informações do cartão de confirmação, de acordo com o que ele solicitou no ato da inscrição, mas não é possível pedir para mudar de município de realização da prova.
Para solicitar correções no documento, os candidatos devem entrar em contato com a empresa aplicadora do concurso, a Fundação Cesgranrio, pelo telefone: 0800-701-2028.
Concurso
O concurso unificado oferece 6.640 vagas para 21 órgãos da administração pública federal. O certame terá, também, um banco de candidatos com mais de 13 mil candidatos classificados ficarão na lista de espera, com a possibilidade de novas convocações, inclusive para vagas temporárias que surgirem.
As novas convocações para os cargos previstos neste concurso poderão ser feitas a cada seis meses ou conforme a necessidade e o fluxo de liberação e desocupação dos cargos.
Os salários básicos iniciais dos aprovados variam de R$ 4.407,90 a R$ 22,9 mil, conforme o cargo.
De acordo com o novo cronograma do processo seletivo, os cadernos de prova estarão disponíveis a partir das 21h do mesmo dia de aplicação das provas (18 de agosto). E em 20 de agosto, será feita a divulgação preliminar dos gabaritos das provas objetivas.
O resultado do certame será divulgado em 21 de novembro e, em janeiro de 2025, começam as convocações para posse dos aprovados, bem como para os cursos de formação em carreiras específicas.
O jovem Hélio dos Santos Melo da cidade de Sampaio foi recebido no gabinete pelo senador Eduardo Gomes
Com Assessoria
Ele representa o Tocantins na edição 2004 do “Jovem Senador”. Estudante da Escola Estadual Sampaio, foi o primeiro colocado na disputa estadual com sua redação sobre o tema: “Os 200 anos do senado e os desafios para o futuro da democracia”.
Em Brasília está participando da “Semana de Vivência Legislativa”, de 5 a 9 de agosto. Representando todos os estados e o Distrito Federal, 27 participantes, um deles será o “Jovem Senador edição 2004”.
O senador Eduardo Gomes fez uma ampla explanação sobre o trabalho legislativo e citou exemplo de “Jovem Senadores” que ascenderam na politica. Colocou o gabinete à disposição e presenteou-o com exemplares da Constituição Federal, Vade Mecum e outras publicações.
A primeira-dama passou 4 dias na França e representou o presidente Lula, seu marido, em agendas oficiais. Foi a primeira vez que o governo do Brasil foi representado, em uma edição da Olimpíada, pela primeira-dama
Por Fábio Matos
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desembolsou R$ 83,4 mil, em passagens aéreas, para que a primeira-dama, Rosângela Lula da Silva, a Janja, pudesse ir a Paris (França) para acompanhar a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos.
Segundo dados do Painel de Viagens do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, obtidos pelo jornal O Estado de S. Paulo, trata-se do segundo gasto mais elevado entre todos os funcionários do governo federal no mês de julho.
No mês passado, Janja só foi superada por Gilmar da Cunha Trivelato, pesquisador da Fundação Jorge Duprat Figueiredo, de Segurança e Medicina do Trabalho (Fundacentro), que teve uma passagem de R$ 94,6 mil paga pelo governo.
Os valores destinados para o pagamento das duas passagens aéreas de Janja superaram os gastos do ex-chanceler Celso Amorim, atual assessor especial da Presidência da República para assuntos internacionais, que teve quatro passagens pagas pelo governo federal, ao custo total de R$ 75,5 mil.
No fim de julho, Amorim viajou para a Venezuela, como enviado especial de Lula para acompanhar as eleições presidenciais naquele país, supostamente vencidas pelo ditador Nicolás Maduro, sob alegações de fraude da oposição e de observadores internacionais.
A estadia de Janja em Paris
A primeira-dama da República passou 4 dias na França e representou o presidente Lula, seu marido, em agendas oficiais.
Janja desembarcou em Paris no dia 25 de julho e retornou ao Brasil no dia 29. Além de acompanhar a abertura dos Jogos, a primeira-dama foi recepcionada pelo presidente da França, Emmanuel Macron. Ela também se reuniu com ministros do governo brasileiro, prefeitos de cidades de vários países e representantes de bancos.
Foi a primeira vez que o governo do Brasil foi representado, em uma edição da Olimpíada, pela primeira-dama. Janja obteve sua credencial fora do prazo estipulado pelo Comitê Olímpico Internacional (COI).
O procurador-geral do regime de Nicolás Maduro (foto), na Venezuela, Tarek William Saab, anunciou a abertura de uma investigação sobre os líderes da oposição, María Corina Machado e Edmundo González Urrutia.
Por: O Antagonista
A ação do PGR de Maduro se dá após María Corina e González publicarem uma carta nesta segunda-feira, 5 de agosto, pedindo às Forças Armadas que “se coloquem ao lado do povo” e reconheçam a eleição do opositor. González assinou a carta como “presidente-eleito”.
“O Ministério Público da República Bolivariana da Venezuela informa ao país que em consequência da divulgação de um Comunicado do ex-candidato Edmundo González e da cidadã María Corina Machado onde, fora da Constituição e da Lei, anunciam falsamente um vencedor do eleições presidenciais que não sejam as proclamadas pelo Conselho Nacional Eleitoral, único órgão habilitado para tal, e nas quais se faz um incitamento aberto aos responsáveis policiais e militares para desobedecerem às leis; decidiu abrir uma investigação criminal contra ambos os signatários do documento inválido”, diz despacho de Saab.
A ditadura chavista, que controla as autoridades eleitorais, não liberou as atas das seções eleitorais até esta segunda, mais de uma semana após o pleito. Enquanto isso, apuração da base de María Corina e González aponta vitória do candidato opositor com 67% dos votos.
A PGR de Maduro investiga os líderes opositores pelos crimes de “Usurpação de Funções, Divulgação de Informação Falsa para Causar Angústia, Instigação à Desobediência de Leis, Instigação à Insurreição, Associação à prática de Crime e Conspiração”.
Como a oposição reagiu?
O secretário político do Vente Venezuela, partido de María Corina, José Amalio Graterol, denunciou o ato da PGR de Maduro.
“Tarek mordeu a isca, a conspiração e o golpe contra a soberania popular são claros”, escreveu Graterol no X.
Edmundo González é o presidente eleito de todos os venezuelanos e Tarek Williams Saab levanta-se publicamente numa atitude hostil contra o presidente eleito. Golpe de Estado.
Como Tarek Saab protegeu Odebrecht?
A Odebrecht pagou 173 milhões de dólares (hoje, quase 1 bilhão de reais) em propinas e financiamentos ilegais de campanhas venezuelanas ao longo de oito anos, de acordo com as indicações de documentos e depoimentos (inclusive de Euzenando) reunidos no Brasil e na Venezuela durante a investigação conduzida pela então procuradora-geral daquele país, Luisa Ortega Díaz.
Em 2017, no entanto, sob acusação de “traição”, Luisa foi destituída pela plenipotenciária Assembleia Nacional Constituinte (ANC), integrada exclusivamente por oficialistas do regime, fugiu para o exterior e seu trabalho foi invalidado e abandonado por Tarek William Saab, o cupincha de Maduro que a ANC colocou em seu lugar na Procuradoria e que atualmente persegue e denuncia opositores como María Corina Machado, como mostrei no X e no Papo Antagonista em 29 de julho, além de aplaudir o ditador diante de sua sanha autoritária e persecutória.
Ainda em 2017, o deputado opositor Juan Guaidó, então presidente da comissão de Controladoria da Assembleia Nacional, comandou uma sessão para discutir denúncias feitas pela ex-procuradora-geral. A Venezuela, de acordo com ele, havia fechado contratos públicos com a Odebrecht no valor de pelo menos 22 bilhões de dólares (hoje, mais de 126 bilhões de reais) para sete obras que seguiam inconclusas, entre elas uma usina hidrelétrica, projetos ferroviários e três pontes. A segunda ponte sobre o Lago de Maracaibo tinha 11 anos de atraso, 3.000% de supervalorização e apenas 36% de execução, segundo Guaidó.
“São 22 bilhões de dólares envolvidos em contratações, mais que o dobro das reservas internacionais da Venezuela, suficiente para pagar toda a dívida comercial do país”, detalhou o deputado do partido Vontade Popular (VP).
Em troca, a Odebrecht teria sido favorecida em mais de uma dezena de contratos públicos entre 2006 e 2014. A investigação de Luisa Ortega Díaz apontava que mais de 30 milhões de dólares [hoje, mais de 171 milhões de reais] haviam sido destinados pela construtora à campanha de Maduro de 2013, a mesma que contou com o vídeo de apoio de Lula. Parte do dinheiro – 9,93 milhões de dólares – foi transferida a partir do Meinl Bank, no qual a Odebrecht mantinha contas que utilizava para fazer pagamentos não contabilizados.