Integrantes da força-tarefa de Curitiba afirmaram que a fala do presidente indica desconhecimento

 

Por Agência O Globo

 

Os procuradores da força-tarefa da Lava-Jato de Curitiba criticaram a fala do presidente Jair Bolsonaro, que disse ter acabado com a operação porque não há mais corrupção no governo federal .

Em nota publicada nesta quinta-feira (8), os integrantes do Ministério Público Federal (MPF) afirmaram que a fala do presidente indica desconhecimento sobre os trabalhos e a necessidade de sua continuidade.

 

"Sobretudo, reforça a percepção sobre a ausência de efetivo comprometimento com o fortalecimento dos mecanismos de combate à corrupção ", afirmaram os procuradores.

 

No comunicado, a Lava-Jato destacou que é uma operação conjunta de várias instituições do Estado e que ainda se faz necessária.

Os procuradores lembraram a deflagração da 76ª fase da operação nesta quarta-feira (7), quando houve a apreensão de quase R$ 4 milhões em espécie no endereço de um dos investigados.

"O apoio da sociedade, fonte primária do poder político, bem como a adesão efetiva e coerente de todos os Poderes da República, é fundamental para que esse esforço continue e tenha êxito", afirmaram os integrantes da força-tarefa.

 

No comunicado, eles reforçaram o compromisso na busca da promoção de justiça, apesar do que chamaram de "forças poderosas" em sentido contrário.

A fala do presidente aconteceu em um evento no Palácio do Planalto nesta quarta-feira (7). Bolsonaro disse ter "orgulho" da atuação do seu governo no combate à corrupção, mas acrescentou que "não é virtude, é obrigação".

 

"Eu desconheço lobby para criar dificuldade para vender facilidade. Não existe. É um orgulho, uma satisfação que eu tenho, dizer a essa imprensa maravilhosa nossa que eu não quero acabar com a Lava-Jato. Eu acabei com a Lava-Jato, porque não tem mais corrupção no governo. Eu sei que isso não é virtude, é obrigação", disse Bolsonaro, durante a cerimônia.

 

O discurso foi criticado pelo ex-ministro Sergio Moro , que foi responsável pelos processos da operação até deixar o cargo de juiz para assumir o Ministério da Justiça no governo Bolsonaro.

 

Moro rebateu mais tarde, sem citar a frase do presidente. O ex-ministro publicou nas suas redes sociais:

 

"As tentativas de acabar com a Lava Jato representam a volta da corrupção. É o triunfo da velha política e dos esquemas que destroem o Brasil e fragilizam a economia e a democracia. Esse filme é conhecido. Valerá a pena se transformar em uma criatura do pântano pelo poder?".

 

 

Posted On Quinta, 08 Outubro 2020 17:10 Escrito por

No acumulado do ano, total de requerimentos subiu 5,7%

 

Da Agência Brasil

 

Depois de dispararem no primeiro semestre por causa da pandemia do novo coronavírus, os pedidos de seguro-desemprego de trabalhadores com carteira assinada continuam a cair no segundo semestre. Em setembro, o total de pedidos recuou 10,6% em relação ao mesmo mês do ano passado.

 

Desde o início de junho, o indicador está em queda. Em setembro, 466.255 benefícios de seguro-desemprego foram requeridos, contra 521.572 pedidos registrados no mesmo mês de 2019. Ao todo, 61,8% dos benefícios foram pedidos pela internet no mês passado, contra apenas 2,9% em setembro de 2019.

 

O levantamento foi divulgado hoje (8) pela Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia, e considera os atendimentos presenciais – nas unidades do Sistema Nacional de Emprego (Sine) e das Superintendências Regionais do Trabalho – e os requerimentos virtuais.

 

Acumulado
Apesar da queda em setembro, os pedidos de seguro-desemprego continuam em alta no acumulado do ano, tendo somado 5.451.312, de 2 janeiro a 30 de setembro de 2020. O total representa aumento de 5,7% em relação ao acumulado no mesmo período do ano passado, que totalizou 5.157.026.

 

No acumulado do ano, 56,1% dos requerimentos de seguro-desemprego (3.059.828) foram pedidos pela internet, pelo portal gov.br e pelo aplicativo da carteira de trabalho digital; 43,9% dos benefícios (2.391.484) foram pedidos presencialmente. No mesmo período do ano passado, 98,3% dos requerimentos (5.068.033) tinham sido feitos nos postos do Sine e nas superintendências regionais e apenas 1,7% (88.993) tinha sido solicitado pela internet.

 

Perfil
Em relação ao perfil dos requerentes do seguro-desemprego na primeira quinzena de setembro, a maioria é do sexo masculino (60%). A faixa etária com maior número de solicitantes está entre 30 e 39 anos (33,5%) e, quanto à escolaridade, 59,4% têm ensino médio completo. Em relação aos setores econômicos, os serviços representaram 42,4% dos requerimentos, seguido pelo comércio (26,8%), pela indústria (14,8%) e pela construção (9,5%).

Os estados com o maior número de pedidos foram São Paulo (140.854), Minas Gerais (51.541) e Rio de Janeiro (36.430) e os que tiveram maior proporção de requerimentos via web foram Acre (96,2%), Sergipe (87,4%) e Tocantins (85,9%).

 

Atendimento
Embora os requerimentos possam ser feitos de forma 100% digital e sem espera para a concessão do benefício, o Ministério da Economia informou que alguns trabalhadores podem estar aguardando a reabertura dos postos do Sine, administrados pelos estados e pelos municípios, para darem entrada nos pedidos.

 

O empregado demitido ou que pediu demissão tem até 120 dias depois da baixa na carteira de trabalho para dar entrada no seguro-desemprego. Por causa da pandemia de covid-19, os postos do Sine passaram a investir em atendimento remoto para evitar aglomerações.

 

 

Posted On Quinta, 08 Outubro 2020 17:08 Escrito por

“Ponha uma sela em seus sonhos antes de cavalgá-los”

 

MARY WEBB

 

Por Edson Rodrigues

 

Mais uma vez, a imagem do Tocantins sangra em nível nacional, desta vez, servidores de municípios da região Norte do Estado, suspeitos de desviar recursos da Saúde Pública em benefício próprio, mesmo vendo as dificuldades que as famílias tocantinenses vêm enfrentando com a perda de entes queridos, no acompanhamento de outros nas UTIs dos hospitais públicos ou particulares e as dificuldades dos homens públicos, congressistas e deputados estaduais em trazer recursos com emendas impositivas.

 

A Polícia Federal cumpriu, na manhã desta quarta-feira (7), um total de 16 mandados de prisão contra um grupo suspeito de desviar recursos públicos da saúde em nove municípios da região norte do Tocantins. A operação contou com participação da Controladoria-Geral da União e Ministério Público Estadual. As autoridades também cumpriram ordens de sequestro de bens dos suspeitos no valor de R$ 12 milhões. A ação foi chamada de Bálsamo de Gileade.

 

Os mandados são cumpridos nos municípios de Araguaína, Aguiarnópolis, Sítio Novo do Tocantins, Ananás, Augustinópolis, Buriti do Tocantins, Luzinópolis, Praia Norte, Palmeiras do Tocantins, Riachinho, São Sebastião do Tocantins, Maurilândia do Tocantins e Imperatriz (MA).

De acordo com a Controladoria-Geral da União, as empresas investigadas emitiram 4.536 notas fiscais no período de 2016 a 2019, no valor de R$ 25.690.174,20. Do total de notas emitidas, 47% foram canceladas após a emissão, somando R$ 14.519.135,42. Mesmo assim, o valor era pago pelos municípios.

 

PEIXES GRANDES

Fontes de O Paralelo 13, em Brasília, garantem que, antes das eleições de 15 de novembro, pode ocorrer uma “operação monstruosa”, com malha grande, capaz de capturar os “peixes grandes”, que desviaram dezenas de milhões de reais dos cofres públicos.

 

Entre os investigados estão secretários de saúde e gestores do Fundo Municipal de Saúde de nove municípios investigados, na região do Bico do Papagaio. Os investigados poderão responder pelos crimes de peculato, fraude em licitações e participação em organização criminosa.

 

MOMENTO DE FAZER FAXINA

A operação atual e as que estão por vir, são apenas o início da “faxina” que a população dos 139 municípios tocantinenses pode fazer, com o auxílio das instituições fiscalizadora e da Polícia Federal, que merece todo o nosso aplauso, juntamente com a Justiça Federal, no combate à corrupção em pleno período eleitoral.

 

Espera-se que outras operações ocorram antes do dia 15 de novembro, para que eliminem do pleito os contraventores que estão roubando recursos e vidas neste momento de pandemia.  Afinal, lugar de ladrão é na cadeia, não no horário gratuito de Rádio e TV.

 

FERRAMENTA CRUCIAL

Dentro dos trabalhos desenvolvidos pela Polícia Federal e pela Justiça Federal está o sequestro de bens dos envolvidos, “engessando” as possibilidades de quem está usurpando o erário público em utilizar esses recursos nas campanhas eleitorais e de tirar proveito disso durante a campanha eleitoral, deixando a concorrência mais leal e mais igualitária entre os candidatos e impedindo que a superioridades econômica fraudulenta faça diferença no pleito em favor dos corruptos.

 

Posted On Quinta, 08 Outubro 2020 05:58 Escrito por

A parlamentar afirmou que o Brasil não está enfrentando como deve o problema da falta de acesso de alunos às aulas remotas e cobrou do ministro da Educação, também, a discussão, com estados e municípios, sobre formação de professores e produção de material didático

Por Edis Henrique Peres

 

A deputada Professora Dorinha Rezende (DEM/TO) afirmou, nesta quarta-feira (7/10), que o Brasil não está enfrentando como deve o problema do acesso de estudantes às aulas on-line nem a desigualdade entre os alunos nesta pandemia da covid-19. “Falar de ensino remoto, ou educação a distância, é, na verdade, se perguntar: ela está acontecendo para quem? A grande maioria dos alunos da rede pública não está tendo aula, não possui material de suporte e não tem acesso”, enfatizou, em entrevista ao programa CB.Poder, parceria entre o Correio e a TV Brasília. “Não adianta dizer, como o ex-ministro da Educação Abraham Weintraub disse, que 70% das famílias têm acesso à internet. Um celular, com pacote de dados limitados, que serve para a utilização de todo mundo, não é ter acesso às aulas.”

 

Relatora do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) na Câmara e presidente da Frente Parlamentar da Educação, Professora Dorinha afirmou que o retorno às aulas também trará desafios, pois haverá alunos na mesma sala com níveis de absorção do conteúdo diferentes, alguns que tiveram exercícios de revisão e outros que não. “A pandemia escancarou a desigualdade do sistema público e do sistema privado”, enfatizou. Ela lembrou que nem todas as escolas públicas têm banheiro, pia ou condições de higiene e que, para o retorno das atividades, adaptações precisam ser realizadas.

 

A parlamentar comentou o posicionamento do ministro da Educação, Milton Ribeiro, que disse não ser o papel da pasta tratar do retorno às aulas. “É muito importante que o MEC entenda que ele tem um papel de coordenação das políticas públicas. Coordenação com união, para discutir formação de professores, produção de material didático e a questão do acesso. Toda essa coordenação precisa ter condução do governo federal, compartilhada e respeitando a liberdade de estados e municípios”, frisou.

 

Professora Dorinha explicou que o prejuízo trazido pela pandemia não será recuperado em 2021, mas que o sistema vem pensando em soluções, como uma continuidade curricular entre o ano letivo de 2020 e 2021, para que haja uma sequência de conteúdos. A deputada acredita que serão necessários dois anos, utilizando-se dos recursos de televisão e internet, para a recuperação dos danos causados neste ano,

 

Segundo a deputada, a situação atual não é algo que a pandemia trouxe. A doença apenas “escancarou” e ampliou as desigualdades do país. “É preciso discutir como diminuir os prejuízos que o Brasil já tinha em relação aos resultados da educação”, emendou.

 

Fundeb

A deputada também comentou sobre a PEC 26/2020, que aumenta a participação da União nos recursos destinados ao Fundeb, além de mudar a forma da distribuição de verbas entre os estados. “Por exemplo: vamos imaginar uma cesta que os estados colocam, que 90% do dinheiro vem dos estados e municípios, e o governo federal botava 10%. E o que nós conseguimos votar? O governo federal vai, até 2026, dobrar esse dinheiro, vai passar para 23%. Isso vai permitir que cidades que nunca receberam dinheiro federal para ajudar na educação passem a receber”, disse.

 

 

Posted On Quinta, 08 Outubro 2020 05:44 Escrito por

Aconselhado por familiares, ex-ministro da Justiça e Segurança Pública estaria estudando a possibilidade de ir embora do Brasil

 

Por Jovem Pan

Aconselhado por familiares, o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, estaria estudando a possibilidade de ir embora do Brasil. Segundo informação publicada pela colunista Mônica Bergamo, da Folha de São Paulo, Moro teria dito a conhecidos que desistiu que ser candidato à Presidência em 2022, e que se arrepende de ter deixado o governo atirando. Para a ex-jogadora de vôlei e comentarista Ana Paula Henkel, do programa Os Pingos nos Is, da Jovem Pan, Moro foi vítima de “más influências”. “Acho que o Moro teve ao seu redor algumas más companhias que encheram a cabeça dele que poderia ser maior que o governo, que as reformas, que o Bolsonaro. Pagou para ver”, afirmou Ana Paula.

 

Para Moro, indicado ao Supremo deve ser comprometido com a agenda anticorrupção

 

Moro deixou o governo em abril, após Jair Bolsonaro exonerar o então diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo. Segundo o ex-ministro, o presidente tentava indicar para o cargo alguém mais próximo a ele e também exigia acesso a informações de inteligência da corporação. Após a acusação, a Procuradoria-Geral da República passou a investigar supostas interferências de Bolsonaro na PF. “Acho uma pena que Moro tenha sido desperdiçado por essas péssimas influências. Ele tinha uma agenda econômica firme com o apoio do ministro Paulo Guedes”, disse Ana Paula Henkel.

 

A comentarista lembrou, ainda, quando o presidente declarou que indicaria Moro para a primeira vaga que abrisse no Supremo Tribunal Federal (STF), antes de romper com o ex-ministro. Na semana passada, Bolsonaro escolheu o desembargador Kassio Nunes, o que desagradou grande parte da sua base aliada. “Se tivéssemos tido um ministro Sergio Moro como tivemos um juiz Sergio Moro seria muito interessante a gente estar discutindo esse tão controverso nome indicado ao STF. Quem sabe não estaríamos discutindo Moro no STF se ele não tivesse entrado na onda política e acreditado que ele era maior do que esse governo”, finalizou Ana Paula.

 

 

Posted On Quinta, 08 Outubro 2020 05:42 Escrito por