Senador do MDB é alvo de operação da Polícia Federal nesta quinta-feira (19); investigação aponta que ele recebeu R$ 5,5 milhões em propina

 

Com informações da Agência O Globo

 

Em ligação ao ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) colocou seu cargo de líder do governo no Senado à disposição do presidente Jair Bolsonaro. Pela manhã, endereços ligados ao parlamentar, como sua residência em Brasília e seu gabinete no Congresso, foram alvos de mandado de busca e apreensão da Polícia Federal.

"Já conversei pela manhã com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP) e com o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. Tomei a iniciativa de colocar à disposição o cargo de líder do governo para que o governo possa, ao longo dos próximos dias, fazer uma avaliação se não seria o momento de proceder uma nova escolha ou não. É um julgamento e um juízo que deve ser feito pelo presidente e ministro da Casa Civil", disse Fernando Bezerra.

 

Bezerra estava em seu apartamento funcional, em Brasília. Ao sair para reunião com advogados, falou rapidamente com jornalistas.

 

A operação apura suspeitas de desvios em obras públicas do Ministério da Integração Nacional, da época em que Bezerra era ministro da pasta no governo Dilma Rousseff (PT), para recebimento de propina por meio de doleiros. Baseia-se em uma delação premiada assinada como desdobramento da Lava-Jato, do doleiro João Lyra.

Bezerra não quis antecipar qual foi a reação de Onyx à sua ligação. "Eu não quero avançar em comentários. Acho que todos estão querendo aprofundar a análise em cima do que foi baseado todas essas ações que fomos vítimas hoje, para que o governo possa se manifestar. Mas quero deixar desde já o governo à vontade para que, fazendo o juízo da necessidade de um novo interlocutor, que não haverá, da minha parte, nenhuma dificuldade. Vou continuar ajudando na agenda que acredito, que é agenda da área da economia", disse.

Ele repetiu o tom da nota de sua defesa, alegando que houve excesso na ação: "Já me pronunciei por nota, comentando a extensão da decisão do ministro Barroso. Uma decisão judicial, a gente cumpre e, depois, recorre e discute. Acho que, para um argumento sobre essa extensão e esse excesso, a manifestação da PGR já diz tudo. Não havia nenhuma necessidade dessas diligências na minha residência e nos meus locais de trabalho".

Propinas de R$ 1,5 milhão
Segundo a decisão, em 2012, o senador Fernando Bezerra teria solicitado, por meio do auxiliar Iran Modesto, empréstimo de R$ 1,5 milhão a João Lyra. Uma parte foi obtida por transferências bancárias e R$ 500 mil em dinheiro vivo pago pelo delator Arthur Rosal na casa de Iran Modesto.

 

Só que as investigações apontam indícios de que os valores eram propina a eles e a aliados, além de dinheiro para quitação de gastos de campanha.

 

Depois, Iran Modesto teria indicado o pagamento do empréstimo seria feito pela OAS, que integrava o consórcio das obras de transposição do Rio São Francisco, "custeadas com recursos do Ministério da Integração Nacional, comandado por Fernando Bezerra de Souza Coelho". Outra construtora, Barbosa Mello, operacionalizaria o pagamento.

 

"Para a execução do acordado, foram forjados contratos de locação de caminhões basculantes sem operador e boletins de medição pela Câmara & Vasconcelos Locação e Terraplanagem Ltda. para a Construtora Barbosa Mello S.A. Foram emitidas as notas fiscais nº 0981 e 0994, nos meses de julho e agosto de 2013, cada uma no valor de R$ 656.400,00, efetivamente pagas", diz a decisão.

 

Conforme as investigações, "os elementos já obtidos pela Polícia Federal constituem indícios razoáveis de que empreiteiras com interesses em obras sob influência dos investigados tenham quitado, ao menos parcialmente (R$ 1.312.200,00), o empréstimo fornecido pelos colaboradores (de R$ 1,5 milhão). Os repasses de valores teriam sido realizados de forma dissimulada, por meio de contas de terceiros e simulação de contratos de prestação de serviços".

Outros valores
A investigação indica ainda que a OAS tinha um "setor de projetos estruturados" para geração de caixa dois e emissão de notas fiscais fictícias e superfaturadas – mais de R$ 40 milhões teriam sido gerados assim, segundo delatores. Os pagamentos tinham que ser autorizados por Léo Pinheiro ou Cesar Mata Pires, acionistas da OAS.

 

Segundo o delator João Lyra, ele participou de uma parte da geração do dinheiro, que era disponibilizado na conta de pessoas jurídicas controladas por ele. Ele sacava e entregava em espécie para funcionários da OAS.

 

João Lyra também relatou ter recebido pedido da OAS para dar R$ 670 mil ao senador Fernando Bezerra O valor teria sido entregue por um funcionário da empreiteira na Avenida Boa Viagem, em Recife.

 

A decisão relata ainda que o delator João Lyra mencionou outro pedido de empréstimo em 2014 de R$ 1,7 milhão para financiamento de campanhas de Fernando Bezerra Coelho, no mesmo modus operandi do empréstimo anterior, de 2012.

 

Lyra, então, procurou a OAS: "João Carlos Lyra afirmou que, antes de consentir com o empréstimo, teria procurado a Construtora OAS S.A. com o intuito de confirmar se a empresa, mais uma vez, arcaria com o adimplemento do mútuo. Segundo afirma, teria obtido essa confirmação de Adriano Santana de Quadros Andrade e Roberto Cunha, funcionários da empreiteira, que teriam relatado a existência de uma dívida remanescente de R$ 1.670.000,00 para com Fernando Bezerra Coelho". Diante disso, o dinheiro foi repassado em espécie para Iran Modesto.

 

A OAS, porém, não teria pago os valores e o empresário cobrou o senador, que pediu mais tempo em razão de ter tido o nome envolvido na Lava Jato, relata a decisão. As negociações para pagamentos do valor continuariam até 2017.

 

"Há indícios, portanto, de que ainda em 2017 o sistema de repasses de valores indevidos continuava, mesmo após a menção ao nome do Senador na 'Operação Lava Jato'", afirma o ministro.

Além disso, a Constremac teria repassado R$ 2 milhões para João Lyra para que o valor chegasse ao senador.

 

"As entregas de dinheiro, segundo o colaborador, eram feitas na sede da Constremac Construções S.A, em São Paulo. Em seguida, João Carlos Lyra entregava os valores no escritório Trombeta e Morales, que, por sua vez, realizava transferências para os destinatários indicados por Iran Padilha Modesto", relata a investigação.

 

Para o ministro, todos os fatos mostram "indícios razoáveis" da existência do esquema. "Os elementos já obtidos pela Polícia Federal constituem indícios razoáveis de que empreiteiras com interesses em obras sob influência dos investigados realmente transferido valores a 'operadores' de Fernando Bezerra Coelho. Os repasses de valores teriam sido realizados de forma dissimulada, por meio de contas de terceiros e simulação de contratos de prestação de serviços."

 

As buscas desta quinta são relacionadas às empresas que teriam participado do esquema de repasses.

 

Os investigados foram ainda intimados a comparecer, caso quisessem, para prestar depoimentos. Pela decisão de Barroso, tinham o direito de não ir, ir e ficar em silêncio ou ir com um advogado.

 

Bloqueio de bens
Sobre o bloqueio de bens solicitado, no valor de R$ 5,5 milhões em relação ao senador e de R$ 1,7 milhão em relação ao filho, o ministro considerou que era preciso aprofundar as investigações.

 

"Entendo prudente aguardar o aprofundamento das investigações antes de decretar medidas cautelares patrimoniais sobre os valores. É garantia fundamental do investigado o direito à razoável duração do processo, de modo que me parece desproporcional uma constrição tão elevada neste momento ainda distante do desfecho da apuração", disse.

 

 

Posted On Quinta, 19 Setembro 2019 13:32 Escrito por O Paralelo 13

Sindepol/TO parabeniza o Delegado pelos serviços prestados à comunidade de Porto Nacional

 

Com Sindipol

 

Com cerca de 25 anos de atuação na área de segurança pública, dez anos como Delegado de Polícia Civil no estado do Tocantins e sete anos lotado na cidade de Porto Nacional, Hudson Guimarães Leite recebe título de cidadão portuense. Homenagem foi realizada na terça-feira, 18, na Câmara Municipal de Porto Nacional e a entrega do título foi proposta pelo Vereador e Tenente aposentado, Salmon Pugas (PV).

 

 

No ano de 2011 o Delegado Hudson foi lotado na Delegacia de Porto Nacional e no período em que esteve no município foi titular no 3º Distrito, Delegado Regional da Polícia Civil, ocupou a 1ª e 2ª Delegacias e também a Delegacia da Mulher (DEAM), somando assim uma extensa folha de serviços prestados. Em 2018, o Delegado foi transferido para a capital, sendo relembrado na Câmara por suas diversas desarticulações de quadrilhas, cumprimento de mandados de busca e apreensão e elucidação de uma série de crimes de repercussão estadual.

 

“Esse reconhecimento é a consequência de um trabalho desenvolvido por toda a Polícia Civil de Porto Nacional. Me sinto honrado em ser o integrante a receber esse título. É gratificante, pois isso comprova a nossa responsabilidade com a comunidade que passa a confiar cada vez mais no nosso trabalho, mas precisamos ir além! É hora de arregaçar as mangas e fazer mais e mais pela segurança pública do nosso estado”, afirma confiante o Delegado.

 

Foram casos comandados pelo delegado a Operação Barão Vermelho, a morte do empresário do setor de postos de combustível, Wenceslau Leobas, a morte do trabalhador Everaldo e outros.

 

O presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia Civil, Mozart Felix, explica a importância da entrega do título de cidadão para a classe. “É uma alegria muito grande ver colegas sendo valorizados, é um ganho para toda a Polícia Civil, que recebe essa validação popular, reforça a confiança em nós e nos motiva a continuar realizando bons trabalhos”, afirma o sindicalista.

 

Hudson Guimarães Leite

O Delegado é natural de Uruçuí, no Piauí e ingressou na Polícia Civil do estado do Tocantins, em fevereiro de 2009. Antes de assumir como delegado, foi militar do Exército e agente de Polícia Civil do Estado de Goiás, computando cerca de 25 anos de atuação na área de segurança pública.

Posted On Quinta, 19 Setembro 2019 13:27 Escrito por O Paralelo 13

O deputado estadual Valdemar Júnior (MDB) usou a tribuna da Assembleia Legislativa, na tarde desta quarta-feira, dia 18, para fazer mais um compromisso com os moradores da região sudeste do Estado

 

Com Assessoria

 

O parlamentar se comprometeu em ajudar o município de Arraias com as despesas da Casa de Apoio na cidade de Barretos, São Paulo. O município alugou a Casa de Apoio em Barretos, a fim de atender aos pacientes da região, que fazem tratamento de câncer no Hospital de Amor.

 

O aluguel da Casa de Apoio foi possível após à Câmara de Vereadores aprovar um projeto de lei do Executivo, solicitando a autorização para a locação do imóvel.

 

Valdemar Júnior que representa a região sudeste do Estado, fez o compromisso de ajudar o município com as despesas do imóvel. “Eu me comprometi com o prefeito de Arraias e com os vereadores, que, durante a vigência do contrato do imóvel, estarei tirando do meu salário, a quantia de mil reais mensais, para ajudar com os custeios desta unidade habitacional na cidade de Barretos”, afirmou o parlamentar.

 

O deputado disse que a iniciativa do prefeito de Arraias Wagner Gentil, aliada ao apoio de todos os vereadores, é de suma importância para acolher e dar suporte aos pacientes em tratamento, não só de Arraias, como também de toda a região sudeste.

 

Graças a vontade política e administrativa do prefeito Wagner gentil, aliada ao apoio do vereador Joil Alves e de todos vereadores de Arraias, foi possível alugar uma residência na cidade de Barretos para atender não somente o arraiano, mas também o tocantinense morador da região sudeste do Estado, que ao chegar em Barretos para um tratamento difícil e caro, terá um ponto de apoio, e de estadia para realizar o seu tratamento, ou seja, uma preocupação a menos para enfrentar e buscar o sonho da sua vida, que é a saúde restabelecida”, destacou.

 

O deputado ainda lembrou que essa luta iniciou no mês de maio deste ano. “Tentamos por meio de requerimento na esfera estadual, em maio deste ano, a locação de uma Casa de Apoio na cidade, para acolher as pessoas enfermas que se deslocam do Tocantins para São Paulo, a procura de tratamento clínico. Mas, alguns meses se passaram e não obtivemos nenhum resultado prático dessa ação, lamentou Valdemar, enaltecendo que a atuação foi possível, graças ao trabalho na base, ou seja, no município a qual o deputado representa.

 

De acordo com o prefeito Wagner Gentil, o Arraias vai arcar com despesas de aluguel do imóvel no valor de R$2.500, além de custeios com água, energia e IPTU. “Tanto o paciente quanto o familiar que o acompanha, precisa de atenção especial. Então a Casa de Apoio vai oferecer o básico que um ser humano necessita” disse Wagner Gentil, destacando ser uma grande conquista para os arraianos.

Posted On Quinta, 19 Setembro 2019 13:25 Escrito por O Paralelo 13

Segunda fase da Operação Spoofing foi deflagrada nesta quinta-feira

 

Com Agências

A Polícia Federal (PF) prendeu dois novos suspeitos na segunda fase da Operação Spoofing , que investiga a invasão do Telegram do ministro da Justiça, Sergio Moro, e de outras autoridades públicas.

Estão sendo cumpridos dois mandados de prisão temporária (com prazo de cinco dias, prorrogável por mais cinco) e quatro de busca e apreensão em imóveis ligados ao grupo, em São Paulo, Ribeirão Preto e Brasília. De acordo com fontes da investigação, um dos presos é Thiago Eliezer Martins Santos. A PF não divulgou os nomes dos presos.

 

Os suspeitos têm ligação com o grupo liderado pelo hacker Walter Delgatti Neto, preso desde o dia 23 de julho. Os mandados foram expedidos pela 10ª Vara da Justiça Federal em Brasília.

 

A nova fase tem o objetivo de buscar um possível braço financeiro do grupo, para apurar se houve pagamento a Delgatti pela invasão do Telegram das autoridades públicas. Em depoimento à PF, o hacker admitiu ter sido autor da invasão, mas disse ter agido sozinho e não ter recebido pagamento. Os investigadores ainda desconfiam dessa versão e tentam descobrir se houve patrocinadores da ação.

 

Em seu último depoimento à PF, o delegado Luís Flávio Zampronha questionou Delgatti sobre um novo personagem surgido na investigação com quem ele manteve transações financeiras, Thiago Eliezer Martins Santos.

 

Delgatti confirmou que comprou um veículo Land Rover de Thiago, no valor de R$ 50 mil, e disse não saber explicar o motivo de ter feito uma transferência de R$ 4.500,00 para Thiago.

 

A PF investiga se esse novo personagem teve relação com as invasões e se pode ser um braço financeiro do grupo, liderado por Walter Delgatti.

Posted On Quinta, 19 Setembro 2019 13:22 Escrito por O Paralelo 13

Por Luciano Moreira – Correspondente O Paralelo 13 no Rio de Janeiro

 

Segundo levantamento do Grupo de Pesquisa em Políticas Públicas para o Acesso à Informação (Gpopai), da Universidade de São Paulo (USP), cerca de 12 milhões de pessoas compartilharam fake news no Brasil em junho deste ano. O levantamento, que monitorou 500 páginas digitais de conteúdo político falso ou distorcido, indica que tais notícias têm potencial para alcançar grande parte da população brasileira se considerada a média de 200 seguidores por usuário.

 

No Brasil, a Fundação Getúlio Vargas acaba de concluir um levantamento no qual aponta que os robôs – também conhecidos como contas automatizadas, que ficam clicando e massificando certas postagens para criar no meio da sociedade uma falsa sensação de apoio majoritário a uma determinada ideia ou pessoa – foram responsáveis por 10% do engajamento no debate de conteúdo político nas redes em 2018.

 

A influência das fake news sobre o voto no próximo ano é dada como certa para especialistas como a diretora da agência de checagem Lupa, Cristina Tardáguila. “Já existe notícia falsa hoje em dia em um cenário fora da campanha eleitoral. A probabilidade é 1.000% de notícias falsas permeando as campanhas”, afirmou.

 

O principal impacto das fake news é tumultuar o processo pelo qual as pessoas recebem as informações sobre questões de interesse público, diz Cristina, com efeitos de intensidade imprevisível. “A unidade básica da tomada de decisão é a informação. Se você está mal informado, você tomará más decisões”, afirma.

 

ÉPOCA DEMITE

Três integrantes do alto escalão de revista Época, a diretora de redação Daniela Pinheiro, o redator-chefe Plínio Fraga e o editor Marcelo Coppola, pediram demissão nesta terça-feira (17) após a repercussão negativa de uma matéria sobre a atuação de Heloisa Wolf Bolsonaro, esposa de Eduardo, como coach e psicóloga.

 

Publicada na última edição da revista, que entrou em circulação nesta segunda-feira (16) e também divulgada na internet, a reportagem "uma Bolsonaro ensina a vencer na vida" foi duramente criticada pela família presidencial e por seus apoiadores.

 

Após as respostas negativas, a cúpula da revista soltou uma nota afirmando que analisou a reportagem e que ela não extrapolava os limites éticos do jornalismo. Pouco depois o Grupo Globo publicou outra nota em que rebatia o entendimento dos gestores, confirmando que a matéria havia sim extrapolado a ética jornalista.

 

Assim, diante das divergências, os três membros da cúpula da Época foram demitidos pelo Grupo Globo.

 

FONTES

A “fonte” é o principal patrimônio de qualquer jornalista.  Uma das premissas do jornalismo, é que a “fonte” deve ser preservada a qualquer custo.  Mas, é preciso ter cuidado com as “fontes”, com sua credibilidade, com suas intenções, com sua índole.

 

Reza o manual do bom jornalismo que “após as entrevistas, a apuração jornalística segue com a avaliação do material que foi coletado. Compare informações ditas pelas fontes, e veja se há dados que vão em direções contrárias. Pense no modo que as informações serão recebidas pelo leitor. Se coloque no lugar do público, e avalie se será uma leitura agradável que irá agregar credibilidade.

 

Com o conteúdo da apuração em mãos, faça um estudo do que foi coletado, diante de possíveis problemas quanto a veracidade do depoimento ser contestado de alguma forma. Procure sempre ter respaldo com dados oficiais ou testemunhas que podem comprovar as informações que serão publicadas.  Uma informação falsa pode prejudicar de modo profissional, pessoal, emocional ou até mesmo fisicamente. A publicação de fake News pode acabar coma a carreira de um jornalista, por isso a postura ética e o cuidado na apuração devem ser essenciais.

 

Antes de dar como encerrado o trabalho de apuração, verifique novamente tudo que foi coletado, e o modo que o conteúdo será transcrito. Uma interpretação de texto feita de modo incorreto pode mudar completamente o rumo da notícia.

 

TOCANTINS

Nesta quarta-feira, o povo tocantinense amanheceu vítima de mais uma fake News que atinge a família do governador Mauro Carlesse.  Estamos falando isso porque prezamos pelo bom jornalismo, um jornalismo ético, sério, responsável e de credibilidade.

 

O alvo das fake News é o sobrinho do governador Mauro Carlesse, Claudinei Quaresmin, que teve seu nome envolvido em um processo de tráfico internacional de drogas, no Estado de São Paulo, cujo número processual inexiste em qualquer comarca paulista ou brasileira, conforme apurado por O Paralelo 13.

 

Pelo que foi apurado por O Paralelo 13, houve uma junção entre um processo em que Quaresmim aprecia como réu – já arquivado por falta de provas – com outro sobre tráfico internacional de drogas, culminando com uma identificação processual inexistente, sob o número 0003468-89.2017.8.26.0320.

 

Conclamamos nossos leitores a pesquisar esse número de processo e perceber que ele, simplesmente, não existe em nenhuma vara judicial de São Paulo, conforme a “reportagem” publicada.

 

Fica a pergunta:  ao publicar uma montagem grosseira, teria o veículo de comunicação a intenção de prejudicar Quaresmim e o Governo Carlesse por tabela ou teria sido ludibriado por sua fonte?

 

Essa incoerência de dados transforma a “reportagem” publicada, em uma grande fake News, que atinge a pessoa que montou uma equipe de marketing e de jornalismo que venceu três eleições consecutivas em um mesmo ano.

 

A intenção, se houve, seria evitar a participação de Quaresmim nas próximas eleições?

 

CONSEQUÊNCIAS

Sem importar a intenção, fica o veículo de comunicação – e os responsáveis por ele – sujeito às penalidades previstas na legislação para crimes virtuais.

 

O ministro do STF, Alexandre Moraes, também defendeu a aprovação imediata de uma regulamentação da propaganda eleitoral na internet como alternativa de freio à proliferação dos boatos. O impacto negativo de mentiras disseminadas especialmente nas redes não é pequeno. Estudo da Universidade de São Paulo (USP) apontou que mais de 12 milhões de pessoas – número equivalente a 6% da população brasileira – difundem as tais notícias falsas dentro do ambiente digital.

 

Estaria tal veículo – e seus responsáveis – pronto para receber “nos peitos” uma punição rigorosa?

 

Pois é. Nem precisa responder. Fake News, assim como o crime comum, não compensam!

Posted On Quinta, 19 Setembro 2019 06:08 Escrito por O Paralelo 13