DIÁRIO DO NORDESTE
A advogada Beatriz Catta Preta, responsável por firmar nove dos 22 acordos de delação premiada realizados na Operação Lava Jato, relatou em entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo, ter deixado os casos relacionados ao esquema de corrupção na Petrobras por ter sido alvo de ameaças. De acordo com ela, decidiu abandonar a advocacia para garantir a segurança da família e dos filhos. "Decidi encerrar minha carreira na advocacia. Fechei o escritório", confirmou a advogada, que relatou que as ameaças vieram de "integrantes da CPI da Petrobras, dos que aprovaram" sua convocação no início do mês.
Beatriz Catta Preta relata ameaças veladas e confirma ter fechado escritório de advocacia
Na semana passada, a criminalista anunciou que deixaria os casos ligados à Lava Jato, depois de vir à tona o depoimento em que o lobista Julio Camargo, seu cliente, afirmou ter pago US$ 5 milhões em propina para o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Questionada, a advogada disse não poder afirmar que ameaças partiram do presidente da Câmara.
Ela confirma que Camargo comentava com ela sobre a relação entre o peemedebista e o esquema na Petrobras e afirmou que os depoimentos estão "respaldados". "Todos os depoimentos sempre vieram respaldados, com informações, dados, provas definitivas, nunca houve só o dizer por dizer", afirmou.
Inicialmente, o lobista disse em delação premiada que não tinha conhecimento da participação de parlamentares no esquema. Em depoimento prestado no último dia 16, no entanto, Camargo foi categórico sobre o pagamento de valores a Cunha. O deputado nega as acusações. Beatriz Catta Preta informou que seu cliente não relatou a participação de Cunha no início por "receio", mas a previsão de que o acordo de delação determina que o colaborador não pode mentir ou omitir informações levou o lobista "a assumir o risco, aquele risco que ele temia, e levar todos os fatos à Procuradoria-Geral da República".
Ao Jornal Nacional, a advogada disse receber "ameaças veladas" e um "constrangimento incessante". "Infelizmente pela questão de segurança e pela questão da proteção eu tomei essa decisão", afirmou. Segundo ela, as ameaças não foram diretas.
Ela nega que tenha deixado o País para Miami ou "fugir" do Brasil, disse que estava apenas passando férias nos Estados Unidos. "Nunca cogitei sair do País", disse. Beatriz Catta Preta afirmou ainda que é "absurdo" o valor de mais de R$ 20 milhões que dizem que ela teria recebido pelas delações da Lava Jato. "Não chega perto da metade disso", afirmou. Segundo ela, todos os valores recebidos pelo escritório foram declarados.
Hoje, a partir das duas horas da tarde, representantes da Prefeitura de Porto Nacional e da Caixa Econômica Federal, comandarão o sorteio das casas populares do Conjunto Habitacional Irmã Edilia, o antigo Conjunto Paraíso, próximo ao Parque Agropecuário da cidade.
Da assessoria de Imprensa
O ato acontecerá no auditório do Centro Cultural Durval Godinho, que certamente receberá cerca de 300 beneficiados pelo Programa Minha Casa Minha Vida, que a partir desta etapa de sorteio caminha para a finalização do processo que é a entrega das chaves destas unidades habitacionais a seus donos, solenidade ainda com data a ser definida pelas instituições governamentais envolvidas.
Por Josiane Mendes
Após realizar estágio no Hospital e Maternidade Dona Regina, em Palmas, a acadêmica de Serviço Social da Fundação Universidade do Tocantins (Unitins) Lohany Burjack Guimarães Botelho decidiu tirar dali a ideia para seu projeto de pesquisa e Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). A reitora da Unitins, professora Elizângela Glória Cardoso, foi a orientadora do trabalho. A pesquisa da acadêmica é a primeira do curso de Serviço Social da Unitins na área da Saúde.
Com o tema A materialização da diretriz operacional da política nacional de humanização: acolhimento, Lohany fez entrevistas com 20 pacientes, nos setores de alto risco, alojamento conjunto e ginecologia para entender como se dá o processo de relacionamento entre os profissionais de saúde e os usuários, assim como o funcionamento da rede de serviços de saúde.
Questionando as pacientes sobre como as usuárias do hospital avaliavam a diretriz Acolhimento da Política Nacional de Humanização, constatou que 60% delas aprovam o acolhimento pelo hospital, de acordo com suas percepções.
A pesquisa mostrou ainda que 90% das usuárias participantes declaram que seus acompanhantes não foram impedidos de entrar no hospital, 65% estavam satisfeitas com o atendimento dos profissionais da recepção, 65% estavam satisfeitas com os serviços ofertados pelo hospital, 45% estavam satisfeitas com a estrutura física do hospital, 65% estavam satisfeitas com o atendimento de forma geral e 70% das usuárias não conheciam a Carta de Direitos dos (as) Usuários (as) da Saúde.
Satisfação
Satisfeita com o resultado da pesquisa, Lohany diz que espera ter contribuído para uma melhor qualidade do serviço oferecido pelo hospital.
A reitora também comemora a realização do trabalho da acadêmica. Com especialização em Gestão das Clínicas nas Regiões de Saúde pelo Instituto Sírio Libanês de Pesquisa (2014), Elizângela considera que a pesquisa atingiu o seu objetivo e comprovou o que está bom e também o que precisa ser melhorado no setor de acolhimento.
Elizângela lembra que o profissional formado em Serviço Social também é um profissional de saúde, assim como caracterizado pelo Conselho Nacional de Saúde, através da Resolução nº 218 de 06 de março de 1997, e confirmado pelo Conselho Federal de Serviço Social.
Para a professora Andrea Siqueira Montalvão, com especialização em Gestão em Saúde pela Universidade Federal do Tocantins (2011), a pesquisa possibilita “dar visibilidade à importância do acolhimento no serviço de saúde, assim como é preconizado na política de humanização do Serviço Único de Saúde (SUS)”.
Por Davino Lima
O Presidente do Departamento Estadual de Transito do Tocantins (Detran-TO), coronel Eudilon Donizete Pereira, reuniu-se na tarde desta quinta, 30, com representantes de Centros de Formação de Condutores (CFC) de todo o estado. O encontro teve como objetivo promover o diálogo entre o órgão e a classe, além de estabelecer a institucionalização de uma comissão formada pelos representantes, a qual participará das decisões tomadas pelo Detran-TO.
A comissão será formada pelos donos dos CFCs e terá como objetivo contribuir na gestão do órgão no que diz respeito à normatização do processo de obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Para tal, após a sua formação, a comissão será legalmente reconhecida pelo Detran.
O dono de CFC categoria A, Helder Messias, aponta os benefícios desse posicionamento, tanto dos CFCs, quanto do Detran. “Ao garantir esse diálogo constante o Detran-TO está quebrando barreiras e melhorando um sistema que a anos está defasado”.
O Presidente do Detran, observa que essa interação do órgão com os Centros de Formação de Condutores trata-se de uma necessidade e a comissão representa o ideal da gestão, que preza pela proximidade entre governo/órgão e os representantes da sociedade. “A participação é fundamental para que possamos construir uma gestão a qual atenda ás necessidades de todos”, comentou Eudilon Donizete Pereira.
A comissão
A ideia de uma comissão permanente, a qual possa ajudar na estrutura normativa do transito no Tocantins, priorizando sempre a qualidade do ensino e os interesses da população geral, veio por meio do diálogo entre os CFCs e a Gerencia de Credenciamento e Controle do Detran-TO, que já buscava essa aproximação em suas interações diárias e no serviço prestado.
Através da Gerencia de Credenciamento e Controle o Detran-TO normatiza as atividades dos CFCs, assim como de despachantes e clínicas médicas que oferecem os exames necessários para a obtenção da CNH. Desta forma, qualquer empresa deste ramo precisa ser credenciada junto ao Detran-TO, para que possa desempenhar as suas atividades dentro do estado.
Ao encerrar mais uma etapa do projeto Caminhos da Justiça na Comarca de Tocantinópolis o presidente do Tribunal de Justiça do Tocantins (TJTO), Ronaldo Eurípedes, defendeu a disponibilização, com transparência, da produtividade dos servidores e magistrados do Poder Judiciário do Tocantins.
A medida fará parte das mudanças que a gestão do Poder Judiciário já está implantando para melhorar a prestação jurisdicional no Tocantins, apresentadas pelo desembargador durante o encontro na tarde desta sexta-feira (31/7).
O presidente lembrou sua trajetória profissional na região para destacar a felicidade em se reunir com os servidores da Comarca de Tocantinópolis para buscar soluções para os problemas enfrentados hoje pelo Judiciário, de forma unificada.
"Este poder não pode ser fracionado, não existe mais servidor de uma comarca, mas, sim, do Poder Judiciário e é preciso aproveitar o momento histórico para oferecermos uma prestação jurisdicional que a sociedade quer: célere, moderna e transparente", defendeu o desembargador.
O presidente também abordou os projetos como Contadorias Unificadas, ampliação das competências dos magistrados e abrangência das comarcas para aglutinar cidades mais próximas geograficamente, o PPA (Programa de Preparação para Aposentadoria), entre outras.
Além dos servidores, participaram do encontro o diretor-geral do TJTO, Francisco Alves Cardoso Filho, a Chefe de gabinete da presidência, Gizella Bezerra, o coordenador de Gestão Estratégica, Estatísticas e Projetos, José Eudacy Feijó de Paiva, os juízes da Comarca Helder Carvalho Lisboa, Erivelton Cabral Silva e o diretor do foro, Ariostenes Guimarães, que elogiou o projeto “Caminhos da Justiça”. Para o juiz, o projeto proporciona aos servidores e juízes das comarcas a oportunidade de dialogar com a gestão do Judiciário. "É fundamental para sabermos qual o projeto de gestão em vigor e para que a gestão do tribunal conheça a realidade de cada comarca".
O juiz apontou como ponto importante a ser observado pela gestão a relação de juízes por habitantes e assegurou que irá repassar ao Tribunal de Justiça as demandas dos servidores entre elas, a de capacitação em processo judicial eletrônico, pela afinidade com a atuação do Judiciário. "Precisamos de treinamento de processo eletrônico com urgência", pediu.
Ele garantiu que os magistrados e servidores estão totalmente dispostos a colaborar com as mudanças previstas para o Judiciário. "Nós estamos motivados para corrigir os erros e avançar, estamos aqui para somar com espírito de transparência e modernidade".
Os servidores formaram uma comissão para apresentar ao juiz Arióstenes as sugestões da Comarca para a formatação de ideias para melhorar o desempenho do Judiciário. Após a coleta, o magistrado encaminhará a documentação ao TJTO.
Nesta semana, o projeto “Caminhos da Justiça” percorreu as comarcas de Wanderlândia e Xambioá (28/7), Ananás e Araguatins (29/07), Augustinópolis e Axixá (30/7) e, nesta sexta-feira (31/7), Itaguatins e Tocantinópolis fechando o total de 29 das 42 comarcas que o projeto percorrerá para apresentar projetos estratégicos de gestão, ouvir as demandas locais e debater ideias e boas iniciativas que possam tornar mais eficiente o trabalho do judiciário.