Instituição do regime atende à Emenda Constitucional n° 103, de 13 de novembro de 2019

 

Por Sara Cardoso

 

O Governador em exercício do Estado do Tocantins, Wanderlei Barbosa, participou na manhã desta quinta-feira, 4, no Instituto de Gestão Previdenciária do Estado do Tocantins (Igeprev-TO), da apresentação da minuta do Projeto de Lei (PL) que institui o Regime de Previdência Complementar no Tocantins. O PL atende à Emenda Constitucional n° 103 (última reforma previdenciária) de 13 de novembro de 2019, que determinou o prazo de até dois anos para a implantação do novo regime nos estados e nos municípios que têm Regime Próprio de Previdência Social (RPPS).

 

Estavam presentes além do governador, secretários de Estado e representantes dos Poderes e Instituições. O presidente do Igeprev, Sharlles Fernando Bezerra Lima, explicou do que trata o Projeto de Lei e dos benefícios previstos para o Estado, assim como para os servidores públicos.

 

“A instituição desse Regime de Previdência Complementar é uma obrigatoriedade que precisamos atender, pois o não cumprimento da Emenda Constitucional gera uma irregularidade passível de bloqueio do CRP [Certificado de Regularidade Previdenciário]. Além disso, temos benefícios com este tipo de regime, como impacto positivo nas contas públicas em médio e longo prazo, para o Estado, e a possibilidade de manter o mesmo nível de renda, que se tinha quando estava trabalhando, para o servidor”, destacou o presidente.

 

O presidente ainda reforçou que o Projeto de Lei apenas prevê a instituição do regime e que o plano de benefícios ainda será amplamente debatido. “Elaboramos a minuta do Projeto de Lei buscando contemplar todas as obrigatoriedades legais para constituir o Regime de Previdência Complementar. Mas esta lei é apenas de instituição do regime. A parte principal, que precisa de um debate e de um entendimento por parte de todos os servidores e poderes, é com relação ao plano de benefícios que atenda da melhor forma a todos”, explicou.

 

Atento aos esclarecimentos, o governador Wanderlei Barbosa reforçou sua preocupação em garantir a tranquilidade dos servidores após anos de contribuição para o desenvolvimento do Estado. “Este é um momento de grande importância, pois não adianta cuidarmos dos servidores na ativa sem reservar a eles uma tranquilidade no momento da aposentadoria. Os técnicos que têm conhecimento aprofundado do assunto têm o aval do Governo para fazer o que for necessário, da maneira correta e legal, para garantir essa tranquilidade. Vamos cumprir a lei e debater o quanto for necessário para chegarmos juntos ao melhor plano, fazendo bem o dever de casa, sem deslocamento de receita e sem endividamento, para que o Estado não perca sua capacidade de investimentos”, afirmou o governador.

 

A minuta do PL ainda será aperfeiçoada para que siga para apreciação da Casa Civil e, seja publicada como Medida Provisória, e, posteriormente, enviada para a Assembleia Legislativa do Estado, a fim de transformá-la em lei.

 

Estiveram presentes na apresentação os secretários Executivo da Casa Civil, Sebastião Neuzin; da Administração, Bruno Barreto; do Planejamento, Sergislei Moura; da Fazenda, Jairo Mariano; o presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Napoleão Souza Luz Sobrinho; o procurador-geral do Estado, Elfas Cavalcante; o procurador-geral de Justiça, Luciano Casaroti; a defensora pública-geral do Tocantins, Estellamaris Postal; subdefensor público-geral, Pedro Alexandre Gonçalves; o deputado estadual Ivory de Lira, representando a Assembleia Legislativa, entre outras autoridades que se fizeram presentes ao evento.

 

Entenda

 

O Regime de Previdência Complementar tem o objetivo de oferecer uma proteção a mais ao trabalhador durante a aposentadoria. É uma segurança previdenciária adicional àquela oferecida pela previdência pública, para os quais as contribuições dos trabalhadores são obrigatórias. No RPC, o benefício de aposentadoria será pago com base nas reservas acumuladas individualmente ao longo dos anos de contribuição, ou seja, o que o trabalhador contribuiu ao longo de sua vida profissional formará a poupança que será utilizada no futuro para o pagamento de seu benefício.

 

“O RPC vai permitir ao servidor, facultativamente, acumular reservas para que no futuro, possa desfrutar de uma complementação proporcionando uma qualidade de vida melhor. Isso é bem interessante nos casos em que o trabalhador tenha um rendimento atual bem maior que o valor do limite estabelecido para sua futura aposentadoria pela previdência social, em razão das suas contribuições”, lembrou o presidente do Igeprev.

 

A quem se aplica o novo regime?

 

O Regime de Previdência Complementar é destinado aos servidores públicos civis do Tocantins, titulares de cargos efetivos, inclusive para os membros do Poder Judiciário, Ministério Público, Tribunal de Contas e Defensoria Pública. Ele deve se aplicar automaticamente aos servidores que ingressarem no serviço público estadual a partir da aprovação do plano de benefícios, facultado o direito de requerer, a qualquer tempo, o cancelamento de sua inscrição.

 

Os efetivos que ingressaram antes da data de aprovação do plano poderão, mediante livre, prévia e expressa opção, aderir ao novo regime.

 

Benefícios

 

Para os servidores, destacam-se como benefícios: possibilitar a manutenção do nível de renda da ativa; diversificar as fontes de pagamentos dos benefícios; ter potencial de rentabilidade com investimentos em renda fixa, renda variável e outras; possibilidade de acompanhar e controlar o saldo e a rentabilidade da sua conta; possibilidade de cobertura para os riscos de morte, invalidez e sobrevivência.

 

Já para o Estado, dentre outros benefícios, destacam-se estabelecer um teto máximo igual ao do INSS para o Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) e diminuir as despesas futuras do RPPS; possibilitando o aumento de recursos para outras áreas como Saúde e Educação.

 

“O Estado, em longo prazo, consegue diminuir os valores dos benefícios pagos aos seus servidores e, para o servidor, é possível ter uma renda compatível com a que recebia quando estava na ativa”, reforçou o presidente do Instituto, Sharlles Fernando.

 

Posted On Quinta, 04 Novembro 2021 17:53 Escrito por

Chefe do Executivo prestou depoimento em Brasília no inquérito que apura suposta interferência na Polícia Federal

 

Por Renato Souza e R7

  O presidente Jair Bolsonaro prestou depoimento na Polícia Federal, em Brasília, na noite de quarta-feira (3). O chefe do Executivo foi ouvido por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), no âmbito do inquérito que investiga se ele interferiu na corporação.

 

O R7 teve acesso à íntegra do depoimento. O presidente respondeu a todas as perguntas feitas pela PF. Ele disse que indicou pessoalmente ao ex-ministro da Justiça Sergio Moro o nome de Alexandre Ramagem para diretor-geral da corporação. De acordo com Bolsonaro, ele recomendou a troca no comando da PF por suspeitar de vazamentos para veículos de imprensa de informações sigilosas de investigações em andamento.

 

Bolsonaro afirmou que Moro concordou com a troca, mas impôs uma condição. O ex-ministro teria aceitado a promoção de Ramagem ao cargo máximo da corporação desde que ele fosse indicado para uma vaga no STF.

 

Questionado sobre declarações a respeito de possível interferência na PF do Rio de Janeiro, Bolsonaro disse que tinha preocupações com a integridade de sua família, especialmente com o filho Carlos Bolsonaro, que é vereador na cidade do Rio.

 

O chefe do Executivo afirmou ainda que sugeriu a Moro a troca de superintendente no Rio porque avaliava que "talvez" o delegado Ricardo Saad não tivesse autonomia suficiente para tomar decisões necessárias. Bolsonaro disse que considera o Rio um estado complicado, que necessitava de maior atenção.

 

Acusações do ex-ministro

O inquérito foi aberto após declarações do ex-ministro Sergio Moro, que alegou que Bolsonaro teria tentado interferir nos trabalhos da Polícia Federal.

 

Moro citou uma reunião no Palácio do Planalto em 22 de abril do ano passado. Na ocasião, o que teria chamado a atenção de Moro teria sido a frase "vou interferir", dita pelo presidente. No depoimento, Bolsonaro alegou que em nenhum momento citou interferência nos trabalhos de investigação.

 

Sobre a frase, o chefe do Executivo disse que estava tratando de sua segurança pessoal e de sua família. O teor da oitiva está com o ministro Alexandre de Moraes. A partir de agora, Moraes pode tomar as decisões finais sobre o caso. O depoimento do presidente era a última diligência prevista.

 

Em nota, a defesa de Moro disse que "foi surpreendida" com o depoimento do presidente, "sem que a defesa do ex-ministro fosse intimada e comunicada oficialmente, com a devida antecedência, impedindo seu comparecimento a fim de formular questionamentos pertinentes, nos moldes do que ocorreu por ocasião do depoimento prestado pelo ex-ministro em maio do ano passado".

 

 

Posted On Quinta, 04 Novembro 2021 15:42 Escrito por

Winity II Telecom leva a faixa de 700 MHz

 

Por Andreia Verdélio 

As operadoras Claro, Vivo e TIM arremataram três lotes na faixa de 3,5 GHz, o principal do leilão da tecnologia móvel 5G, realizado hoje (4) pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). A Winity II Telecom levou a frequência de 700 MHz, e como é uma empresa ainda não detentora de faixa de radiofrequência, o Brasil terá uma nova operadora móvel com abrangência nacional.

 

O leilão começou nesta quinta-feira e deve terminar só amanhã (5). Ainda serão analisadas as propostas para as faixas de 2,3 GHz e de 26 GHz.

 

As frequências têm finalidades específicas e em cada faixa as empresas dão os lances em lotes diferentes. Os lances vencedores na faixa de 3,5 GHz foram: R$ 338 milhões (ágio de 5,18%, valor acima do mínimo previsto no edital) da operadora Claro para o lote B1; R$ 420 milhões (ágio de 30,69%) da Vivo para o lote B2; e R$ 351 milhões (ágio de 9,22%) da TIM para o lote B3.

 

O edital previa ainda um quarto lote na faixa de 3,5 GHz, com abrangência nacional, mas não houve lance. O direito de exploração das faixas será de até 20 anos.

 

As empresas vencedoras têm compromissos de investimento definidos pelo Ministério das Comunicações e aprovadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e pela Anatel. O objetivo das contrapartidas é sanar as deficiências de infraestrutura, modernizar as tecnologias de redes e massificar o acesso a serviços de telecomunicações do país.

 

Entre os compromissos estão migrar o sinal da TV parabólica para liberar a faixa de 3,5GHz para o 5G, arcando com os custos; construir uma rede privativa de comunicação para a administração federal; instalar rede de fibra óptica, via fluvial, na Região Amazônica; levar fibra óptica para o interior do país; e disponibilizar o 5G em todos as capitais até julho de 2022.

 

Faixa de 700 MHz

A Winity II Telecom ofereceu o maior lance, R$ 1,427 bilhão na primeira faixa a ser leiloada, de 700 MHz, de abrangência nacional. O valor pago é 805% superior ao mínimo exigido.

 

A operadora tem direito à exploração do serviço por 20 anos, que pode ser prorrogado, e prevê o cumprimento da obrigação de construir infraestrutura de cobertura 4G em 625 localidades do país que não têm acesso à internet e em 31 mil quilômetros de rodovias federais.

 

O 5G é uma nova tecnologia que amplia a velocidade da conexão móvel e reduz a latência, permitindo novos serviços com conexão com segurança e estabilidade, que abrem espaço para o uso de novos serviços em diversas áreas, como indústria, saúde, agricultura e na produção e difusão de conteúdos.

 

O leilão tem valor de arrecadação total previsto de cerca de R$ 50 bilhões, caso todos os lotes sejam arrematados. Desse total, R$ 10 bilhões serão em outorgas para o governo e os outros R$ 40 bilhões serão utilizados pelas empresas nas obrigações estabelecidas.

 

 

 

Posted On Quinta, 04 Novembro 2021 15:41 Escrito por

Inquérito para apurar se houve participação de terceiros no atentado cometido por Adélio Bispo havia sido arquivado; Os argumentos da Justiça para liberar reabertura de investigação sobre facada em Bolsonaro

 

Com Agências

O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) autorizou na quarta (3/11) a reabertura de uma investigação sobre as circunstâncias da facada que o presidente Jair Bolsonaro, então candidato, sofreu durante a campanha eleitoral de 2018.

A investigação, que apura se o autor da facada, Adélio Bispo, teve algum tipo de apoio ou financiamento, estava parada desde 2019 por causa de uma liminar (decisão provisória) concedida pelo próprio TRF-1 a pedido da OAB (Organização dos Advogados do Brasil) nacional e da OAB de Minas Gerais.

 

As entidades haviam entrado com um mandado de segurança contra uma decisão da 3ª Vara Federal de Juiz de Fora que autorizou, no âmbito da investigação, a quebra do sigilo bancário do advogado Zanone Manuel de Oliveira Júnior, defensor de Adélio, além de busca e apreensão de documentos do advogado, como livros-caixa, recibos, comprovantes de pagamentos de honorários e seu telefone celular.

 

A OAB defende que a quebra do sigilo violava a prerrogativa de sigilo profissional da advocacia, ou seja, o sigilo necessário para o advogado exercer sua profissão. A entidade afirma também que "foi pega de surpresa" pela quebra de sigilo e que deveria ter sido "previamente comunicada para acompanhar a diligência".

A liminar (decisão provisória) do TRF-1 de 2019 acatou o pedido. No entanto, na quarta, dois anos depois, o julgamento do mandado de segurança pela 2ª seção do tribunal derrubou a liminar por 3 votos a 1 e autorizou a continuação das investigações. Entenda os argumentos da decisão.

 

Advogado e cliente

O TFR-1 entendeu que a quebra de sigilo do advogado não fere a prerrogativa de sigilo profissional porque a investigação não é sobre a relação entre Oliveira Junior e Adélio, ou seja, entre o advogado e seu cliente.

Os desembargadores afirmam que o que está sendo investigado é se existe alguma relação com supostos patrocinadores.

 

Ou seja, os desembargadores entenderam que o que a investigação quer descobrir é se houve algum financiamento da tentativa de homicídio, e não uma devassa na relação entre o advogado e seu cliente - essa sim protegida pelo sigilo profissional.

 

O desembargador Ney Bello ressaltou que a proteção entre cliente e advogado não pode de nenhuma maneira" ser escrutinada porque se trata "da garantia fundamental" do direito de defesa. Ele lembrou que essa prerrogativa é protegida inclusive por jurisprudência do STF.

 

"Mas a questão que se discute aqui não é a relação entre o réu Adélio e o advogado que foi contratado. É a relação porventura existente entre uma terceira pessoa e aquele que também atuou como advogado", disse Bello no julgamento.

 

O desembargador Saulo José Casali Bahia concordou com esse entendimento e afirmou que a relação de Oliveira Junior com terceiros que tenham eventualmente pago a defesa de Adélio não é protegida por sigilo.

 

"Não se pode falar entre proteção de sigilo profissional quando a relação entre advogado e financiador não envolve prática de advocacia, mas mero pagamento de serviço advocatício em favor de outro", disse Casali Bahia.

 

A desembargadora Maria do Carmo Cardoso também votou pela continuação da investigação, formando maioria.

 

O voto contra foi do relator do caso, o desembargador Néviton Guedes, que entendeu que a investigação fere sim a prerrogativa da advocacia.

 

Ele já havia concedido liminar em favor da OAB com o argumento de que era incorreta a premissa de que a investigação não tem ligação com a relação entre advogado e cliente. Guedes defendeu também que há outros caminhos para se fazer a investigação sem violar o sigilo do advogado.

 

O Conselho Federal da OAB afirma que " atua em defesa das prerrogativas do advogado, do sigilo garantido, pela Constituição, entre advogado e cliente".

 

Um eventual recurso no caso, diz a entidade, "será oportunamente analisado após a disponibilização da decisão".

 

Posted On Quinta, 04 Novembro 2021 15:38 Escrito por

Dias atrás, um imbecil, pré-candidato a governador nas eleições estaduais de 2022, quis enfiar “goela abaixo” de tudo e de todos, um argumento chulo, sem consistência nem fundamentos, de que os governos do PT não cometeram atos de corrupção, lavagem de dinheiro, evasão de divisas, muito menos, montou a maior organização criminosa que já habitou os principais edifícios governamentais da esplanada dos ministérios, em Brasília.

 

Por Edson Rodrigues

 

Os erros processuais cometidos nas denúncias e condenações dos envolvidos nessa saga de crimes contra o erário público brasileiro, um recorde mundial, praticado por parte da cúpula do PT e membros dos quatro governos consecutivos que os iludidos eleitores brasileiros concederam à essa corja, não fazem sumir os crimes cometidos.  Os crimes, os atos não republicanos, o descaso com o dinheiro público, a ambição e a ganância dos membros do PT que sitiaram o governo federal em seus anos de glória, continuam lá, provados, atestados ee fundamentados, faltando, apenas, que nossos magistrados revisem seus ritos e apliquem as condenações devidas.

 

Apesar de ser considerado “bicudo”, o ex-ministro e pré-candidato à presidência da República, Ciro Gomes, foi um dos poucos que, por várias vezes, alertou as autoridades sobre os erros jurídicos que estavam sendo cometidos e que poderiam resultar na anulação das condenações, como acabou acontecendo.

 

STF EM MOMENTO DÚBIO

 

Mas, vale ressaltar um detalhe que apenas os grandes observadores políticos conseguem enxergar no que se pode chamar de “momento dúbio” do STF.

 

Com a maioria dos seus ministros indicados pelos governos petistas (8 de 11), o STF se viu, desde o início do governo de Jair Bolsonaro, sendo alvo de ataques de membros do governo federal e do próprio presidente da república.  Insuflados pelos ataques, os apoiadores de Bolsonaro passaram a ir à ruas pedindo impeachment ou intervenção no STF.

 

A partir desse engrossamento de opiniões contrárias a si, o STF adotou uma postura de embate a Jair Bolsonaro, como ministros respondendo, pontualmente – e com assertividade –aos ataques verbais e “tirando da gaveta” o único instrumento capaz de evitar a reeleição de Jair Bolsonaro em 2022: os erros processuais cometidos pelas instâncias que julgaram e condenaram o ex-presidente Lula à cadeia.

 

Prisão do ex-presidente Lula

 

O STF passou a anular decisões e condenações que seus próprios ministros, em plenário e em decisões monocráticas, confirmaram as penalidades aplicadas à Lula.  O ex-presidiário petista retomou o status de ex-presidente e, o principal, sua elegibilidade – mesmo que momentânea.

 

O simples fato de Lula estar livre e com possibilidades de se candidatar à presidência em 2022 já insuflou a militância mais xiita, que vem tentando desesperadamente repetir os atos populares que reuniam centenas de milhares de pessoas, à base do pão com mortadela, para demonstrar que ainda tem forças.

 

O problema é que esqueceram de combinar com o povo.  E as centenas de milhares de pessoas que iam se vestir de vermelho, empunhar bandeiras vermelhas e entoar as velhas canções esquerdistas – repetimos, à base de pão com mortadela – se limitaram às centenas, não ocuparam os espaços, viram que não são mais apoiados pelas massas, que os eleitores estão conscientes e que, mesmo que Lula seja realmente candidato á presidência – fato que ele mesmo já não vê com tanta facilidade assim – será muito difícil que o PT consiga reconquistar seu espaço ao sol político no Brasil.

 

O QUE O POVO SABE E NÃO EESQUECE

 

A Petrobras acionou a Justiça para interromper a prescrição de processos contra Antonio Palocci, o ex-ministro que delatou mesadas e mordomias de Lula bancadas por empreiteiras que superfaturavam contratos na estatal.

 

No pedido, a companhia busca obter tempo para cobrar do delator o ressarcimento pela roubalheira. A manifestação da petroleira, no entanto, é um duro golpe na narrativa petista que tenta apagar a corrupção na estatal.

 

Cleptocracia, é um termo de origem grega, que significa, literalmente, “Governo de ladrões”, cujo objetivo é o do roubo de capital financeiro dum país e do seu bem-comum, conceito extraído da enciclopédia Wikipédia.

 

Prisão de Antonio Palocci ex-ministro da Fazenda no governo do ex-presidente Lula

 

No caso dos governos do PT, considerando-se o número de ex-ministros, ex-diretores de empresas estatais, políticos da base governista, seus parceiros, sócios e colaboradores partidários, réus, processados ou condenados, a revelação que fica é que o Brasil viveu uma cleptocracia clássica.

 

Nos quatro governos do PT anos a sociedade brasileira, aquele que trabalha e paga impostos, assistiu um festival de escândalos na gestão dos negócios do Estado brasileiro.

 

O calendário de escândalos registra:

 

  1. Mensalão com aliados, membros ou parceiros do governo federal condenados pelo STF, tais como: José Genoino, ex-presidente do PT; José Dirceu, ex-ministro da Casa Civil; Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT; Deputado João Paulo Cunha (PT-SP); Henrique Pizzolato, ex-diretor do Banco do Brasil; Roberto Jefferson, deputado cassado (PTB-RJ); Deputado Waldemar Costa Neto (PL-SP); Pedro Corrêa, deputado cassado (PP-PE); José Borba, ex-deputado (ex-PMDB-PR); Romeu Queiroz, ex-deputado (PTB-MG); Carlos Alberto Rodrigues, ex-deputado (PL-RJ).

2.“Escândalo do DNIT”(envolvendo os ministros Anderson Adauto e Sérgio Pimentel).

  1. Escândalo dos Bingos (Primeira grave crise política do governo Lula) (ou Caso Waldomiro Diniz);

4.Escândalo dos Fundos de Pensão

  1. A) Fundos de Pensão dos Correios – Postalis – rombo de R$ 5 bilhões
  2. B) Fundos de Pensão da Petrobras – Petros – rombo de R$ 20 bilhões
  3. C) Fundos de Pensão do Banco do Brasil – Previ – rombo de R$ 13 bilhões
  4. D) Fundos da CEF – Funcef – rombo de R$ 12,5 bilhões
  5. Operação Porto Seguro – Rosemary de Noronha - Entre os acusados estão o ex-diretor da Agência Nacional de Águas (ANA) Paulo Vieira, o ex-diretor da Agencia Nacional de Aviacao Civil (Anac) Rubens Vieira e o irmão deles Marcelo Vieira, além da ex-chefe do escritório da Presidência em São Paulo Rosemary Noronha, e os advogados Marco Antonio Negrão Martorelli e Patrícia Santos Maciel de Oliveira.
  6. Caso Erenice Guerra (PT) - Pessoa de confiança desde que Dilma Rousseff era ministra de Minas e Energia, Erenice Guerra saiu da Casa Civil depois que a revista Veja publicou matéria denunciando que ela fazia parte de esquema intermediado pelo seu filho, Israel Guerra, e teria ajudado uma empresa do setor aéreo a fechar contrato em termos favorecidos com os Correios. Em seguida, o jornal Folha de S. Paulo trouxe matéria na qual uma empresa de Campinas acusava o filho de Erenice de cobrar dinheiro para obter liberação de empréstimo no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.
  7. Enriquecimento do ministro Antonio Palocci (PT-SP) – Um dos coordenadores da campanha presidencial de Dilma Rousseff, Palocci já havia deixado o Ministério da Fazenda no governo de Luiz Inácio Lula da Silva por envolvimento com a quebra de sigilo bancário do caseiro Francenildo Santos Costa. A vítima denunciou a existência de uma casa na capital federal utilizada por lobistas de Ribeirão Preto ligados a Palocci. Ao retornar com papel de protagonista à cena política, o então ministro-chefe da Casa Civil no início do governo Dilma, caiu novamente por não conseguir explicar o crescimento exponencial do seu patrimônio.
  8. Caso Ideli Salvatti (PT-SC) – Ex-ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, teve o nome envolvido em denúncias de irregularidades na compra de 28 lanchas pelo Ministério da Pesca. Segundo reportagem do “Estado de S.Paulo”, a empresa Intech Boating foi contratada para construir lanchas-patrulhas de mais de R$ 1 milhão cada. Após a contratação, contudo, a empresa afirma ter sido procurada pelo PT de Santa Catarina para doar R$ 150 mil ao comitê local. O PT catarinense pagou 81% dos custos da campanha de Ideli ao governo daquele estado, em 2010. Ela perdeu a eleição e assumiu o Ministério da Pesca em 2011.
  9. Caso Fernando Pimentel (PT-MG) - Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel passou o fim do ano passado na corda bamba por conta de suspeitas de tráfico de influências entre 2009 e 2010. Nesse período, ele foi proprietário de uma consultoria que manteve contratos com empresas que ganharam licitações com a prefeitura de Belo Horizonte, chefiada pelo ministro até o final de 2008. A consultoria rendeu a Pimentel cerca de R$ 2 milhões, quantia superior ao patrimônio declarado pelo ministro ao Tribunal Superior Eleitoral em 2008.
  10. Caso do Ministério dos Transportes – O ministério que mais recebe recursos públicos e muito cobiçado (e assediado) por políticos e empresários, é alvo de escândalo de grandes proporções. A crise foi de tal envergadura que até hoje o governo Dilma sofre com os reveses ocorridos na pasta durante o seu primeiro ano de governo, inclusive paralisando obras de infraestrutura essenciais ao País.

As denúncias de irregularidades no ministério envolviam desde pagamentos de propina ao PR, partido da base do governo e controlador da pasta, e corrupção ativa a custos altos em obras, aplicação desenfreada de aditivos em contratos e deficiência na fiscalização de projetos.

 

Apreensão de dinheiro era uma constante nos governos do PT

 

Ao todos, saíram por conta dos escândalos na pasta, 21 pessoas, incluindo o então ministro Alfredo Nascimento, o diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit), Luís Antonio Pagot, e o diretor presidente da Valec, José Francisco das Neves – ambos órgãos são os principais ligados ao ministério.

 

  1. Caso do Ministério dos Esportes - Um outro ministério se envolveu em problemas e voltou a manchar a administração Dilma. O então Ministro dos Esportes Orlando Silva é envolvido em esquema de desvio de dinheiro em programa da pasta, visando beneficiar seu partido, o PCdoB. Depois de alguns dias de agonia, é substituído pelo deputado Aldo Rebelo.
  2. Caso do Ministério do Trabalho - O ano de 2011 ainda não tinha acabado e o Ministério do Trabalho é acusado de cobrar propina de organizações não-governamentais. Entidades com convênios assinados com a pasta eram obrigadas a pagar “pedágio” para receber recursos. O então ministro Carlos Lupi tentou negar a existência do esquema, mas, no fim, saiu do governo.
  3. Escândalo da Petrobras: desvio de mais de R$ 49 bilhões com superfaturamento e outras fraudes para financiar a base aliada do governo no congresso, partidos políticos, financiamento de campanhas eleitorais e enriquecimento ilícito.

 

A diretoria da Petrobras que resultou num bando de malfeitores foi nomeada pelo ex-presidente Lula, com a seguinte composição: Diretor de Abastecimento, Paulo Roberto Costa; Diretor da área internacional, Jorge Zelada; Diretor da área internacional, Nestor Cerveró, ; Diretor de Serviços, Renato Duque, além dos gerentes, Pedro Barusco e Eduardo Musa.

 

Apanhados também na operação lavajato: João Vacari Neto, ex-tesoureiro do PT; José Dirceu, ex-ministro e ex-dirigente do PT; o ex-deputado federal André Vargas (sem partido-PR) e seus irmãos e o ex-deputado federal Pedro Corrêa (PP-PE), sua filha, a ex-deputada federal Aline Corrêa (PP-SP). Ainda o pecuarista José Carlos Bumlai, amigo íntimo do ex-presidente Lula, que entrava no seu gabinete sem aviso.

 

SAUDAÇÕES!

Finalizando, fica a pergunta a esse pré-candidato que tenta apagar o passado nebuloso e podre de um partido que enganou a nação e que “tirou milhões da pobreza” – para dar para os países “amigos”: será que vale, mesmo, a pena assumir essa atitude de imbecilidade – não podemos chamar de outra coisa – e tentar enganar o povo tocantinense, afirmando que o pré-candidato à presidência do PT para a eleição presidencial de 2022, não é/foi corrupto?

 

Será que ainda há condições de provar o contrário das provas apresentadas à Justiça que levaram à condenação não de Lula como de todos os principais próceres do PT? 

 

E olha que esses foram só os casos mais sérios, ficando uma renca de outros pequenos delitos que não valem a pena ser citados.

 

Posted On Quinta, 04 Novembro 2021 07:16 Escrito por