Após ter acesso às pré-nominatas proporcionais de 90% dos partidos tocantinenses, inclusive dos que têm candidatos à reeleição para deputado federal, a conclusão a que o Observatório Político de O Paralelo 13 chegou é a de que ninguém ou quase ninguém irá conseguir se reeleger apenas com seus próprios votos, sem que sejam necessários os votos da legenda ou da federação partidária.

Por Edson Rodrigues

 

Essa conclusão veio por meio de uma minuciosa análise das pesquisas de consumo próprio em poder dos partidos e candidatos, em que o potencial de votos de cada um já começa a se desenhar e, pela atual conjuntura política e pelo número exacerbado de candidatos, a eleição por mérito próprio é uma missão quase impossível.

 

O panorama é simples. Os novos candidatos são numerosos e muitos deles com ótimo potencial de votos, principalmente os que já partem de eleições para a Assembleia Legislativa e, agora, vão tentar a Câmara Federal.  Já a maioria dos que tentam a reeleição para deputado federal vêm mostrando uma queda no número de votos eleição após eleição.  Em alguns casos, a perda de votos chega ao patamar dos 40%, e não há nenhum indício que mostre que, em dois de outubro, essa tendência possa mudar.  Muito pelo contrário.

 

O fim das coligações (que saiu da cabeça dos próprios deputados federais, diga-se de passagem) que atormentou a vida dos candidatos a vereador nas últimas eleições municipais, agora volta para assombrar os deputados federais, de mão dadas com as federações partidárias – outra bela ideia dos congressistas. Os dois fatos, juntos, colocam as comissões provisórias estaduais “debaixo do braço”, sem nenhum poder de decisão a respeito de com quem vão atuar ou buscar apoio mútuo, cerceando a possibilidade de expandir território ou influência, conquistando ou fazendo surgir novas lideranças.

 

AFASTAMENTO E PROXIMIDADE: A DIFERENÇA CRUCIAL

Após passarem quatro anos exercendo suas funções no Congresso Nacional, os deputados federais que, em sua maioria se mantiveram, por diversos motivos, afastados de suas bases, mantendo contato apenas com os “chefetes” que recebem um salário mensal da Câmara Federal como “assessores” e passam o resto do tempo cuidando dos seus interesses pessoais, deixando de cumprir com suas funções de fazer saber à população as atividades do parlamentar que representam, divulgando os atos em benefício dos municípios, deixando apenas os prefeitos e meia dúzia de “puxa-sacos” cientes do que acontece no Congresso Nacional.

 

Isso tudo, justamente, em tempos em que nunca se viu tanto dinheiro vindo do governo federal para os municípios, em forma de maquinário pesado, automóveis, caminhões, ambulâncias e recursos especiais no auge da pandemia, que poderia ter sido, facilmente, atrelados à ação dos congressistas. Na maioria dos casos, os prefeitos entregaram os “presentes” à população, enalteceram suas participações, mas não contaram que os benefícios chegaram via bancada federal.

 

ESCLARECIMENTOS

 

E é bom que fique bem claro que os municípios e o Estado do Tocantins jamais receberam tantos recursos federais oriundos de emendas impositivas, convênios, Codevasf ou Calha Norte, além das verbas para o combate à Covid-19.

 

A única coisa que não ficou clara nisso tudo foi quem conseguiu qual recurso para qual município.  O trabalho de comunicação dos deputados federais ficou bem abaixo do esperado para efeitos eleitorais e, essa ausência de comunicação ou de “paternidade” dos recursos e benefícios recebidos pelos municípios vai custar muito caro em dois de outubro.

 

Enquanto isso, os deputados estaduais “nadam de braçadas”, estando sempre em contato com as bases e fazendo suas tarefas de casa no quesito “mostrar serviço”, se aproveitando e tirando proveito positivo da facilidade maior que têm de se manter em contato ou, até mesmo, presentes junto às suas bases nos municípios.

 

Mesmo assim, muitos desses deputados estaduais que cumpriram bem suas missões, terão dificuldades em se eleger, pois as previsões de renovação nos quadros da Assembleia Legislativa já giram em torno dos 60%. E, se até para esses bons Legisladores a situação está ruim, imagina para os deputados federais, com todas as dificuldades aqui apresentadas...

 

CONTA QUE NÃO FECHA

Os cálculos atuais consideram um mínimo de 70 a 80 mil votos para a eleição de um deputado federal. Dos atuais deputados federais tocantinenses, é muito pouco provável que algum consiga essa margem de votos, da mesma forma que os novos pleiteantes a uma vaga na Câmara Federal.

 

Desta forma, com base nas pré-nominatas a que O Paralelo 13 teve acesso, dos partidos que possuem candidatos à reeleição, será um milagre, sozinhos ou com federação, conseguirem eleger dois deputados federais, sem levar em conta outros ingredientes indigestos que entram nessa “receita”.

 

Estamos falando da frieza e do desânimo dos eleitores, que têm demonstrado completo desinteresse e decepção com a maioria da classe política. Esses eleitores são membros de famílias que ficaram órfãs com a Covid-19, das que perderam sua principal renda com as demissões de milhares de servidores contratados e das que sempre permaneceram abaixo da linha da pobreza, sem ter chances ou oportunidades de melhorar sua qualidade de vida pela inação dos seus “representantes”.

 

A conta “eleitor + voto = eleição”, simplesmente não fecha no Tocantins.

 

OS BONS “PAGAM” PELOS RUINS

Como afirmou o saudoso Ulysses Guimarães, “na política não existem milagres”.  Ou seja, à custa de muito trabalho e resignação, talvez alguns deputados federais até consigam se reeleger. Talvez os que façam parte dos “bons”, que se preocuparam em oxigenar a economia dos municípios que representam, ou que trataram de ajudar os tocantinenses no auge da pandemia de Covid-19, ou os que fizeram isso tudo e conseguiram manter contato com suas bases eleitorais. Mas, como acontece nos julgamentos em massa, em situações assim, os “bons” acabam pagando pelos “ruins”, pois a sensação que fica é sempre a pior.

 

Fato é que, pelo menos, 98% da população tocantinense não sabe o que os deputados federais trouxeram de benefícios para o Estado ou para os municípios.  Essa é a realidade nua e crua que os postulantes a uma reeleição para a Câmara Federal terão que enfrentar neste processo eleitoral.

 

É por isso que O Paralelo 13 pode afirmar com tranquilidade que será muito difícil um deputado federal tocantinense se reeleger com seus próprios votos.  Quem conseguir pode levantar as mãos para o céu, pois estará contrariando os prognósticos e o próprio Ulysses Guimarães, do alto de toda a sabedoria política que acumulou em décadas de política.

 

A conferir!

 

 

Posted On Segunda, 13 Junho 2022 12:17 Escrito por

Com decisão, ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, que ainda pode recorrer ao TSE, não pode se candidatar a nenhum cargo pelo maior colégio eleitoral do país

 

Por Jovem Pan

 

Em julgamento concluído no início da noite desta terça-feira, 7, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SP) considerou irregular, por 4 votos a 2, a mudança de domicílio eleitoral do ex-juiz da Lava Jato Sergio Moro (União Brasil) do Paraná para São Paulo. A decisão da Corte representa uma derrota a Moro, que tem sido aconselhado por aliados a se candidatar a deputado federal pelo maior Estado país – uma candidatura ao Senado ou ao governo de São Paulo também tem sido aventadas nos últimos dias. Como a Jovem Pan mostrou, a possibilidade do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública do governo Bolsonaro brigar por uma vaga na Câmara dos Deputados é vista com bons olhos pela cúpula do União Brasil, que enxerga o ex-magistrado como um puxador de votos.

 

O TRE-SP julgou um pedido do Partido dos Trabalhadores (PT), que argumentava que o ex-juiz não demonstrou ter vínculos com São Paulo. O relator do caso, juiz Mauricio Fiorito, concordou com a tese da legenda. “Não se está a afirmar que o recorrido agiu de má-fé ou dolo no sentido de ludibriar a Justiça Eleitoral, mas que não se comprovou nos autos, de fato, que possuía algum vínculo com São Paulo quando solicitou a transferência do domicílio eleitoral”, afirmou. Fiorito também destacou que Moro se filiou ao Podemos, partido pelo qual foi alçado ao posto de pré-candidato à Presidência da República, pelo Paraná, onde nasceu – ele é natural de Maringá – e fez carreira como juiz.

 

Moro pediu a transferência de seu domicílio eleitoral no dia 30 de março. A Procuradoria Regional Eleitoral em São Paulo apresentou um parecer, no dia 23 de maio, no qual afirmava que não via irregularidade no movimento. “Os requisitos apontados pelo art. 55 do Código Eleitoral, em matéria de transferência de domicílio, foram atendidos pelo recorrido conforme documentos juntados aos autos, os quais atestam permanência superior a 3 (três) meses no local em questão”, escreveu o procurador-regional eleitoral substituto Paulo Taubemblatt. Na ação, o PT alegava que Moro não reside em São Paulo e, portanto, não poderia representar o Estado no Congresso Nacional. O ex-juiz da Lava Jato, por sua vez, apresentou como comprovante de residência a locação de uma unidade de um flat na zona sul da capital paulista, que teria se tornado “sua residência primária e base política”.

 

Cerca de duas horas depois da decisão do TRE-SP, Moro foi ao Twitter comentar o revés sofrido. O ex-juiz afirmou, sem dar detalhes, que anunciará em breve seus “próximos passos” na política. “Recebi surpreso a decisão do TRE de São Paulo na ação proposta pelo PT. Nas ruas, sinto o apoio de gente que, como eu, orgulha-se do resultado da Lava Jato e não desistiu de lutar pelo Brasil. Anunciarei em breve meus próximos passos. Mas é certo que não desistirei do Brasil”, escreveu.

 

Recebi surpreso a decisão do TRE de São Paulo na ação proposta pelo PT. Nas ruas, sinto o apoio de gente que, como eu, orgulha-se do resultado da Lava Jato e não desistiu de lutar pelo Brasil. Anunciarei em breve meus próximos passos. Mas é certo que não desistirei do Brasil.

 

— Sergio Moro (@SF_Moro) June 8, 2022

 

 

Posted On Quarta, 08 Junho 2022 06:51 Escrito por

Por:EDSON RODRIGUES

 

Na manhã desta terça-feira, 7 de junho, o amigo Cleber Toledo trouxe uma notícia reveladora: o afastamento da deputada federal Professora Dorinha (União Brasil) da Câmara dos Deputados, para se dedicar com exclusividade à sua candidatura a senadora. Até aí, nada demais. Mas, o que nos chamou a atenção foi a ascensão de Lázaro Botelho (PP) ao cargo. O movimento indica que Lázaro apoiará a candidatura da Professora Dorinha ao Senado e não a reeleição da senadora Kátia Abreu, presidente do PP no Tocantins.

 

Sem dúvida uma dúvida uma jogada de mestra da Professora Dorinha, causando desconforto para a senadora Kátia Abreu. Nossas fontes deixam bem claro que Lázaro Botelho tem garantida sua vaga como candidato a deputado federal nas eleições deste ano pelo partido, pois goza de ótimo conceito junto à cúpula do PP Nacional.

 

Mais detalhes sobre o afastamento da Professora Dorinha ainda esta semana aqui no OLHO POR OLHO.

Até breve.

Posted On Terça, 07 Junho 2022 10:53 Escrito por

O levantamento foi divulgado nesta segunda-feira (6); o empate técnico acontece em todos os cenários

 

Com Rede TV

 

O presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estão tecnicamente empatados em todos os cenários de pesquisa do instituto Gerp. O levantamento foi divulgado nesta segunda-feira (6).

 

O empate técnico ocorre tanto nos cenários estimulados, quando nomes são apresentados, quanto na pesquisa espontânea, em que não são sugeridos candidatos. A Gerp ouviu 2.095 eleitores em todas as regiões do país entre 30 de maio e 3 de junho.

 

A margem de erro é de 2,13 pontos percentuais para mais ou para menos. O levantamento foi registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-00123/2022. Veja a seguir os cenários.

 

Primeiro cenário induzido (quando são apresentados os nomes dos candidatos)

Lula (PT): 39%

Bolsonaro (PL): 37%

Ciro Gomes (PDT): 7%

André Janones (Avante): 3%

Michel Temer (MDB) 2%

Simone Tebet (MDB): 2%

Leonardo Péricles (UP): 1%

Não votariam em nenhum candidato: 4%

Não sabem ou não quiseram responder: 5%

Os demais candidatos não atingiram 1% das intenções de voto

 

Segundo cenário induzido (quando são apresentados os nomes dos candidatos)

 

Lula (PT): 39%

Bolsonaro (PL): 37%

Ciro Gomes (PDT): 8%

André Janones (Avante): 3%

Simone Tebet (MDB): 2%

Leonardo Péricles (UP): 1%

Não votariam em nenhum candidato: 4%

Não sabem ou não quiseram responder: 6%

Os demais candidatos não atingiram 1% das intenções de voto

Cenário espontâneo (quando não são apresentados os nomes dos candidatos)

 

Bolsonaro (PL): 31%

Lula (PT): 28%

Ciro Gomes (PDT): 1%

Não votariam em nenhum candidato: 1%

Não sabem ou não quiseram responder: 39%

Os demais candidatos não atingiram 1% das intenções de voto

 

Rejeição aos candidatos à Presidência

 

Bolsonaro (PL): 49%

Lula (PT): 43%

Michel Temer (MDB): 19%

Ciro Gomes (PDT): 14%

Luciano Bivar (UB): 7%

Simone Tebet (MDB): 7%

Pablo Marçal (Pros): 7%

Vera Lúcia (PSTU): 7%

José Maria Eymael (DC): 6%

Felipe D'Avila (Novo): 6%

André Janones (Avante): 6%

Leonardo Péricles (UP): 6%

Sofia Manzano (PCB): 5%

Não votariam em nenhum candidato: 2%

Não sabem ou não quiseram responder: 2%

Votaria em qualquer um deles: 1%

 

 

 

 

Posted On Terça, 07 Junho 2022 05:20 Escrito por

Com 90 parágrafos, o documento destaca o PT em ações de combate à corrupção, reforça o papel do estado na economia, enaltece o Bolsa Família e propõe a revogação do teto de gastos e da reforma trabalhista implementada pelo ex-presidente Michel Temer, além da revisão do regime fiscal.

 

Por Sérgio Roxo

 

A coordenação da pré-campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apresentou nesta segunda-feira as diretrizes para a elaboração do programa de governo para a eleição deste ano. Com 17 páginas e 90 itens, o documento trata, entre outros temas, da revogação da reforma trabalhista e do teto de gastos, além de defender o papel das empresas estatais na promoção do desenvolvimento.

 

O texto foi enviado aos sete partidos que devem compor a coligação (PT, PCdoB, PV, PSOL,PSB, Solidariedade, Rede e PSOL) e ainda poderá receber emendas até quinta-feira.

 

Apesar de se colocar contra a reforma trabalhista implantada pelo governo Michel Temer, o documento não prevê a volta do imposto sindical.

 

“O trabalho estará no centro de nosso projeto de desenvolvimento. Defendemos a revogação da reforma trabalhista feita no governo Temer e a construção de uma nova legislação trabalhista, a partir da negociação tripartite, que proteja os trabalhadores, recomponha direitos, fortaleça os sindicatos sem a volta do imposto sindical, construa um novo sistema de negociação coletiva e dê especial atenção aos trabalhadores informais e de aplicativos”, afirma um dos itens.

 

O documento ainda critica o atual regime fiscal do país:

 

“Vamos recolocar os pobres e os trabalhadores no orçamento. Para isso, é preciso revogar o teto de gastos e rever o atual regime fiscal brasileiro, que é disfuncional e perdeu totalmente sua credibilidade.”

 

Além disso, o texto se opõe de forma direta às privatizações da Petrobras, da Eletrobras e dos Correios. Defende um fortalecimento dos bancos públicos e das empresas estatais em geral na promoção do desenvolvimento.

 

“Será necessário proteger o patrimônio do país e recompor o papel indutor e coordenador do Estado e das empresas estatais para que cumpram, com agilidade e dinamismo, seu papel no processo de desenvolvimento econômico e progresso social do país.”

 

É defendida uma reforma tributária com elevação da taxação sobre “os muito ricos” e combate à sonegação. “Proporemos uma reforma tributária solidária, justa e sustentável, que simplifique tributos e distribua renda. Essa reforma será construída na perspectiva do desenvolvimento, ‘simplificando’ e reduzindo a tributação do consumo, corrigindo a injustiça tributária ao elevar a taxação de renda sobre os muito ricos, preservando o financiamento do Estado de bem-estar social, restaurando o 11 equilíbrio federativo, contemplando a transição para uma economia ecologicamente sustentável e aperfeiçoando a tributação sobre o comércio internacional. Queremos também corrigir um mecanismo que historicamente transfere renda das camadas mais pobres para as camadas de maior renda da sociedade: a sonegação de impostos.”

 

O documento ainda critica a atual política cambial e diz que ela contribui para a inflação. “Reduzir a volatilidade da moeda brasileira por meio da política cambial também é uma forma de amenizar os impactos inflacionários de mudanças no cenário externo. A orientação passiva para a política cambial dos últimos anos acentuou a volatilidade da moeda brasileira em relação ao dólar com consequências perversas para o índice de preços.”

 

 

Posted On Segunda, 06 Junho 2022 15:34 Escrito por
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