Ataques do presidente às urnas eletrônicas e insinuações de que pode tumultuar o processo eleitoral foram tema de reunião de ministros com o parlamentar
Por Laryssa Borges
Com a escalada do discurso do presidente Jair Bolsonaro contra as instituições e a volta dos ataques às urnas eletrônicas, o presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira (PP-AL) ouviu de quatro ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) apelos para que suba o tom contra o chefe do Executivo e marque posição clara contra qualquer discurso golpista ou teoria conspiratória envolvendo as eleições. A mensagem dos juízes a Lira foi clara: por ter como atribuição dar andamento a eventuais processos de impeachment contra Bolsonaro, ele teria autoridade política para frear a verborragia do presidente e baixar a temperatura da retórica que erroneamente emula as Forças Armadas como garantidoras do pleito.
Os ministros do STF disseram a Lira que a Corte teve papel crucial na articulação política para que o Congresso rejeitasse o voto impresso, negociando diretamente com partidos para que colocassem deputados mais ponderados na discussão do tema, e afirmaram que, diante da insistência de Bolsonaro de tentar colocar em xeque o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o presidente da Câmara precisa se posicionar com mais veemência contra cada insinuação contra o sistema eleitoral e a democracia.
Na terça-feira 10, em um evento com investidores nos Estados Unidos, Lira defendeu as urnas eletrônicas e o sistema eleitoral brasileiro. “Eu fui eleito nesse sistema durante seis eleições e não posso dizer que esse sistema não funciona. O sistema é confiável”, declarou. “Precisa de ajustes? Precisa. Mas é importante que tenhamos tranquilidade política no pleito. E nós haveremos de ter. O povo vai escolher, sem o eufemismo de dizer que aquela urna presta, que aquela urna não presta”, acrescentou. A fala do deputado foi interpretada no STF como uma resposta aos apelos dos ministros feitos dias antes.
O encontro aconteceu durante visita da parlamentar ao município
Com Assessoria
Na manhã desta sexta-feira, 13, em visita a Axixá do Tocantins, a deputada federal e pré-candidata ao Senado professora Dorinha foi recebida na sede da Prefeitura Municipal pelo prefeito Dr. Auri-Wulange, vereadores e lideranças políticas. A visita faz parte de um giro que a parlamentar tem feito pela região do Bico desde essa quinta-feira.
Durante o encontro, professora Dorinha destacou que "cada recurso destinado ao município de Axixa é de fundamental importância para o desenvolvimento local, que necessita de benfeitorias em todos os campos da administração".
O prefeito comemorou os valores destinados por Dorinha ao município, e ressaltou sua importância para o desenvolvimento local. “Professora Dorinha tem contribuído significativamente com a nossa cidade e por isso eu, e toda a população, agradecemos pela sua ajuda e dedicação em trazer recursos para que Axixá possa crescer e oferecer melhor qualidade de vida para nossos moradores. O seu apoio é imprescindível para o trabalho da prefeitura, deputada Professora Dorinha”, disse Dr. Auri-Wulange.
Feitos
Ao todo, Dorinha enviou R$ 11.507.537,70 ao município, destinados para investimentos em Educação e infraestrutura. Deste valor, foram cerca de R$ 300.000,00 para aquisição de um ônibus escolar; R$ 694.916,89 para cobertura de quadras escolares; R$ 9.219.913,81 para construção de creche e escola, além de R$ 1.300.000,00 para aquisição de maquinários.
Sem conseguir fechar alianças nas fileiras da centro-direita, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conta agora com o apoio do deputado Paulo Pereira da Silva (SP), presidente do Solidariedade, para atrair os "desgarrados" da terceira via. Em articulações de bastidores, Paulinho da Força, como é conhecido, tenta levar políticos e eleitores do PSD de Gilberto Kassab e também do União Brasil para a campanha do PT ao Palácio do Planalto.
Com Estadão Conteúdo
O Solidariedade é, até hoje, o único partido de centro na coligação nacional que sustenta a candidatura do PT e reúne também o PSB, PCdoB, PV, Rede e PSOL. Agora, as negociações têm sido feitas com o objetivo de garantir que partidos da chamada terceira via liberem seus diretórios estaduais e abram palanques para Lula, impedindo o avanço do presidente Jair Bolsonaro (PL).
"Eu venho fazendo esse papel. Estou tentando ampliar a aliança nos Estados com personalidades da política. Em Minas, por exemplo, tenho conversado com a turma do Romeu Zema e, na Bahia, com o ACM Neto", disse Paulinho da Força. A estratégia, no caso, é para construir os movimentos "Lulema", em Minas, e "Luneto", na Bahia.
O governador Romeu Zema tentará a reeleição pelo Novo, com apoio do Solidariedade, e ACM Neto é pré-candidato do União Brasil ao governo da Bahia. Antes da ofensiva para atrair eleitores de Zema, o PT começou a negociar o apoio do prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), que vai disputar o governo de Minas. Até agora, porém, há impasse nas tratativas com Kalil por causa de divergências em relação à vaga para o Senado.
Dividido entre a adesão a Lula e a Bolsonaro, o PSD - comandado por Kassab - não terá candidato próprio ao Planalto e deve liberar os diretórios para que apoiem quem bem entenderem. Kassab chegou a convidar o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (MG), o ex-governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite (PSDB) e também o ex-governador do Espírito Santo Paulo Hartung para que se candidatassem ao Planalto, mas não obteve sucesso na empreitada.
Desembarque
O União Brasil, por sua vez, desembarcou do grupo da terceira via, que tem enfrentado dificuldades para lançar chapa única à sucessão de Bolsonaro. Até agora, por exemplo, não há acordo entre o ex-governador de São Paulo João Doria (PSDB) e a senadora Simone Tebet (MDB). Após desistir desse casamento, o União Brasil anunciou como pré-candidato seu presidente nacional, o deputado Luciano Bivar (PE).
Como mostrou o Estadão, o Planalto ameaçou tirar cargos do partido, caso fosse selada a aliança do partido com o MDB, PSDB e Cidadania. A ideia é levar uma parte do União Brasil - que tem quase R$ 1 bilhão de recursos dos fundos eleitoral e partidário, além do maior tempo de TV na campanha - para apoiar o projeto de reeleição de Bolsonaro.
Ainda assim, Paulinho da Força tem procurado nomes conhecidos do PSD e do União Brasil, que possam garantir a liberação de bancadas. No PSD, por exemplo, ele mantém conversas com o senador Omar Aziz (AM), que foi presidente da CPI da Covid, e com o deputado Marcelo Ramos (AM). Vice-presidente da Câmara, Ramos chegou a comparecer ao ato que selou a aliança entre o Solidariedade e o PT, no último dia 3.
Em meados de abril, a relação entre o presidente do Solidariedade e o PT chegou a ficar estremecida. O deputado demonstrou descontentamento com vaias que recebeu em um encontro de Lula com sindicalistas. Na ocasião, ele questionou se a disposição do petista em construir uma aliança ampla para derrotar Bolsonaro era para valer. O atrito foi contornado numa reunião organizada pela presidente do PT, Gleisi Hoffmann.
De qualquer forma, assim como o ex-governador Geraldo Alckmin - que se filiou ao PSB após 33 anos nas fileiras tucanas e foi escolhido vice na chapa de Lula -, o nome de Paulinho da Força está longe de ser consenso entre militantes do PT. Um dos motivos citados para a desconfiança é o de que, em 2016, os dois defenderam o impeachment da então presidente Dilma Rousseff.
No lançamento da chapa com Alckmin no dia 7, o ex-presidente fez acenos a forças políticas de centro. "Mais do que um ato político, essa é uma conclamação. Aos homens e às mulheres de todas as gerações, todas as classes, religiões, raças e regiões do País. Para reconquistar a democracia e recuperar a soberania", afirmou o petista.
Aliados do ex-presidente admitiram, nos bastidores, que a aliança atual é considerada insuficiente e há a necessidade de se aglutinar mais forças políticas ao centro para se formar, de fato, uma frente ampla.
O presidente do PDT no Tocantins, Laurez Moreira, esteve no município de Paraíso do Tocantins, na tarde desta quarta-feira, 11, onde se encontrou com o ex-governador, Moisés Avelino. A conversa girou em torno do cenário político tocantinense, suas possibilidades e sobre a construção de um projeto sólido para o futuro do Estado.
Da Assessoria
Laurez destacou a importância de ouvir pessoas que tenham história no Tocantins. “Estamos em ano eleitoral e é muito importante trocar ideias com pessoas que realmente têm responsabilidade com o Estado. Moisés Avelino é uma referência na política. Em breve terei que tomar decisões e conversar sobre o que é melhor para o Tocantins é essencial”, disse Laurez Moreira.
“É uma satisfação muito grande falar com o Laurez, um amigo de coração que confio muito e acredito. Falamos sobre o processo político do nosso estado, que com certeza está em evolução. Conversamos sobre o que a gente pensa e imagina para o Tocantins, para estas eleições de outubro e pensando sempre que a gente possa acertar no melhor para governar o nosso estado e conduzi-lo para um caminho que nós desejamos e queremos daqui para frente”, declarou o ex-governador Moisés Avelino.
Moisés Avelino
Moisés Nogueira Avelino é médico e agropecuarista. Foi o segundo governador do Tocantins, deputado federal por dois mandatos e, por três vezes, prefeito da cidade de Paraíso do Tocantins, onde reside atualmente.
O ex-presidente e líder das pesquisas ao Palácio do Planalto participou de evento em Juiz de Fora (MG) nesta quarta-feira, 11
Por Maria Carolina Marcello
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), líder das pesquisas ao Palácio Planalto, afirmou nesta quarta-feira que o governo e o setor empresarial devem desistir das tentativas de privatização de empresas como a Petrobras e a Eletrobras.
"Eu quero aproveitar esse calor democrático dessa sala e dizer ao governo e dizer aos empresários: parem de tentar privatizar as nossas empresas públicas. Quem se meter a comprar a Petrobras vai ter que conversar conosco depois da eleição", disse o ex-presidente em evento em Juiz de Fora (MG).
"Pare de tentar privatizar a Eletrobras. Porque se não fosse a Eletrobras, não teria o programa Luz Para Todos... e só pode ser feito porque a empresa era pública!", acrescentou, citando ainda os Correios, o Banco do Brasil, a Caixa Econômica e o BNDES.
Lula citou venda da BR Distribuidora sob o pretexto de aumentar a competitividade e, assim, reduzir os preços dos combustíveis. Mas avaliou que, na verdade, o processo levou à importação dos combustíveis, tornando-os mais caros.
"E o presidente da República, ao invés de ter coragem de colocar a mão e resolver o problema, ele fica trocando de presidente da Petrobras e de ministro de Minas e Energia. Ele na verdade não sabe o que está fazendo nesse país", disse.
Criticado pela alta dos preços de combustíveis, o presidente Jair Bolsonaro exonerou Bento Albuquerque do cargo de ministro de Minas e Energia nesta quarta-feira e nomeou Adolfo Sachsida para substitui-lo. O novo ministro é declaradamente defensor de ideias liberais e crítico a políticas intervencionistas, de subsídio ou controle de preços no setor de energia.
Em seu primeiro pronunciamento no cargo, o novo ministro anunciou que uma das primeiras medidas à frente do cargo será a solicitação de estudos sobre a desestatização da Petrobras.
Ao referir-e à inflação do país como o "preço da irresponsabilidade", Lula creditou boa parte dela aos preços controlados, como o da energia elétrica, o do diesel, do gás e da gasolina.
O petista também fez uma analogia com o ex-presidente Juscelinho Kubitschek, cujo mote era o de fazer o país desenvolver "50 anos em 5", prometendo promover um crescimento do país equivalente a 40 anos nos 4 anos de mandato presidencial.
"GOLPE DEMOCRÁTICO"
Lula também aproveitou para comentar mais uma vez os ataques de Bolsonaro ao sistema eleitoral, alvo preferencial do presidente, que vem colocando em dúvida a lisura das urnas eletrônicas. Nesta quarta, Bolsonaro voltou a bater na tecla, afirmando que não teme o resultado de um pleito que ocorra de forma "limpa".
"O Bolsonaro fala em golpe todo dia... ele vai ver o golpe que ele vai sofrer dia 2 de outubro. O povo brasileiro vai dar um golpe no autoritarismo dele e vai restabelecer a democracia neste país. Vai ser o primeiro golpe democrático e popular", disse o ex-presidente.
"Um golpe sem fuZil, um golpe sem metralhadora,... é um golpe da eleição democrática", acrescentou Lula, dizendo que se as urnas eletrônicas pudessem ser violadas ele não teria sido eleito duas vezes para a Presidência da República.