O fraco desempenho dos candidatos de Lula na Bahia e em Minas Gerais mostra que a caminhada até o Planalto não será tão fácil

 

Da coluna  Radar; Por Robson Bonin

 

Não faz muito tempo, o clima de já ganhou se instalou na pré-campanha de Lula ao Planalto. O Radar já mostrou que aliados mais animados já até escolhiam entre si os ministérios que poderiam ou não ocupar no futuro governo petista.

 

As pesquisas eleitorais que mostram a estabilidade de Lula na dianteira da disputa ao Planalto contra Jair Bolsonaro são o motor desse otimismo imprudente. Para uma ala menos sonhadora dos aliados de Lula, no entanto, elas também oferecem importantes alertas.

 

Em Minas Gerais, estado que costuma decidir eleições, o governador Romeu Zema, nome bolsonarista no pleito, apareceu na pesquisa Real Time Big Data com 43% das intenções de voto. O candidato de Lula no estado é Alexandre Kalil, que tem 29% das intenções de voto, mesmo depois de ter feito eventos públicos com o petista e alardeado a aliança há semanas.

 

Na Bahia, o ex-prefeito de Salvador ACM Neto tem 58% das intenções de voto, segundo o levantamento do Paraná Pesquisas divulgado nesta terça. O candidato de Lula no estado é o petista Jerônimo Rodrigues, apoiado pelo governador Rui Costa, por Jaques Wagner e pelo MDB de Geddel Vieira Lima. Quanto tem o candidato lulista no estado? 15,8%.

 

O alerta das pesquisas ao petismo é de que o mar não anda tão tranquilo assim quanto seus apoiadores apaixonados pensam nos estados. A Bahia é o quarto colégio eleitoral mais importante do país, comandado pelo petismo há anos, e está abandonando o petismo, segundo as pesquisas. Minas decidiu a eleição de 2014 a favor de Dilma Rousseff e parece não querer o nome apoiado por Lula. Se os candidatos vão mal nesses lugares, algo não vai bem na campanha petista.

 

A boa notícia para Lula, no entanto, é que há tempo. A campanha propriamente dita ainda nem começou.

 

Posted On Terça, 12 Julho 2022 05:13 Escrito por

No levantamento estimulado, quando é apresentada uma lista de candidatos, o ex-prefeito de Salvador tem 56% das intenções

 

Do R7

 

O ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União Brasil) lidera em todos os cenários a disputa ao Governo da Bahia em 2022, revela pesquisa Real Time Big Data encomendada pela Record TV. No levantamento estimulado, em que é apresentada uma lista de candidatos, ele tem 56%. Na pesquisa espontânea, quando não são apresentados candidatos, ACM Neto aparece com 23%. O segundo colocado na estimulada é Jerônimo Rodrigues (PT), com 18% das intenções de voto.

 

Terceiro colocado na disputa ao Palácio da Ondina, João Roma (PL) aparece com 10% na estimulada e 5% na espontânea. O candidato Kleber Rosa (PSOL) tem 1% na estimulada e não pontua na espontânea.

 

Na pesquisa de rejeição, Jerônimo Rodrigues e João Roma empatam com 30% do eleitorado que diz que não votaria neles. Kleber Rosa vem em seguida, com índice de 20% de rejeição. Giovani Damico (PCB) aparece com 18%. Em quarto lugar está ACM Neto, com 17% de rejeição.

 

Senado

 

Entre os candidatos ao Senado, Otto Alencar (PSD) tem a preferência de 29% dos eleitores na pesquisa estimulada e 6% na espontânea. A segunda colocada é Raíssa Soares (PL), com 10% na estimulada e 4% na espontânea. Cacá Leão (PP) aparece em seguida, com 8% na estimulada e 3% na espontânea. Tâmara Azevedo (PSOL) tem 6% na estimulada e não foi mencionada na pesquisa espontânea.

 

Quando avaliada a rejeição dos candidatos, Otto Alencar e Raíssa Soares aparecem com 24%. Cacá Leão tem 28%, e Tâmara Azevedo aparece com 26%.

 

Na pesquisa de aprovação do Governo da Bahia, 55% dos eleitores aprovam a gestão de Rui Costa. Outros 35% desaprovam, e 10% dizem que não sabem ou não responderam. Quando avaliado o governo baiano, 41% o consideram ótimo ou bom, 27% regular e 26% ruim/péssimo. Não sabem ou não responderam foram 6%.

 

A pesquisa foi realizada entre os dias 6 e 7 de julho com 1.500 entrevistados, por telefone. A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. A pesquisa foi registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o número BA-02884/2022.

 

 

Posted On Terça, 12 Julho 2022 05:08 Escrito por

POR FÁBIO ZANINI

O PSDB de São Paulo debate o tratamento que será dado ao ex-governador João Doria na convenção estadual do partido, marcada para o dia 30 de julho, no ginásio do Ibirapuera. O evento oficializará a candidatura à reeleição do governador Rodrigo Garcia.

 

Dirigentes do partido na capital defendem que Doria tenha papel de destaque no evento, inclusive com direito a fala. "O ex-governador ganhou muito reconhecimento da população ao abrir mão de disputar a Presidência em nome de um projeto amplo", diz Fernando Alfredo, presidente do PSDB paulistano.

 

O cálculo também é estratégico: o ex-governador é uma carta na manga para a disputa da Prefeitura de São Paulo em 2024.

 

Outra parte da legenda, no entanto, avalia que o desgaste de Doria ainda é grande e pode respingar no atual governador. Adversários de Garcia já vêm usando a vinculação entre ambos como trunfo. Uma alternativa é convidá-lo para a convenção, mas sem direito a fala. Procurado, o ex-governador não quis comentar o assunto.

 

Posted On Terça, 12 Julho 2022 05:06 Escrito por

Nenhuma das candidaturas ao senado pode ser subestimada.  Cada uma tem sua própria musculatura política, sendo que, as quatro principais – Kátia Abreu, Dorinha Seabra, Ataídes Oliveira e Mauro Carlesse – têm bons fundos partidários, recursos próprios e bons tempo no Horário Obrigatório de Rádio e TV, com destaque para suas situações financeiras.

 

Por Edson Rodrigues

 

Logo, o fator determinante será saber com qual candidato ao governo cada uma dessas candidaturas ao Senado irá se lançar, uma vez que dependerão das estruturas de marketing político e da força das chapas proporcionais que cada grupo político está aglutinando.

 

Desta forma, saber com quem “colar” nesta campanha que se aproxima, será determinante para o sucesso ou o fracasso em dois de outubro.

 

MUNICÍPIOS

 

Outro fator a ser levado em consideração é o apoio em cada um dos 139 municípios, com especial atenção para os cinco maiores colégios eleitorais, onde a conquista de lideranças locais será o passo mais importante para formar uma boa base de votos que, somados, podem fazer a diferença.

 

Para isso, o trabalho de marketing político junto aos principais e mais tradicionais veículos de comunicação será um diferencial, pela penetração e influência que os mesmos têm junto à população que busca informações para formular seus votos, uma vez que para a disputa do cargo de governador, haverá segundo turno, já a de senador, tem que ser decidida em dois de outubro.

 

Após as convenções partidárias, quem já estiver com suas estruturas de campanha prontas, com o marketing político definido, parcerias com os veículos de comunicação e suas propostas a apresentar aos líderes políticos e aos eleitores “na ponta da língua”, certamente largará na frente, com muito mais chances de ganhar a confiança e a simpatia do eleitorado.

 

AQUECIMENTO

E a hora é agora, pois nessa disputa por uma única vaga de senador, para um mandato de oito anos, os atuais pré-candidatos ainda não conseguiram fazer chegar aos eleitores uma linha sequer de suas propostas. 

 

E a situação é ainda pior quando se percebe que há candidatos ao Senado que o eleitor nem sabe que é candidato ou não sabe o que já faz pelo Tocantins o seu histórico político.

 

Por enquanto, isso ainda não quer dizer que esses candidatos “desconhecidos” estejam fora do páreo, mas, sem sombra de dúvidas, é hora de reunir uma equipe profissional de marketing político e de comunicação, colocar suas ideias no papel e definir a estratégia de popularização dos seus nomes, o famoso “colocar o bloco na rua” e alinhar um planejamento para o uso do Horário Obrigatório de Rádio e TV que tenha complementação nas publicações permitidas nos veículos de comunicação.  Só com essa junção de meios, o candidato ao Senado conseguirá mostrar tudo o que que pode, quer e deseja fazer pelo eleitor.

 

Em época em que os comícios estão esvaziados, com as presenças apenas do pessoal das bandeirinhas, que recebem para estar ali, e que o povo não quer se arriscar em aglomerações, o trabalho de marketing e de mídia terá que ser muito bem planejado e executado.

 

ELEITORES DESINTERESSADOS

O maior desafio dos candidatos ao Senado será despertar o interesse dos eleitores em uma eleição atípica, em que, até a última amostragem, 47% não sabem em quem votar por não estar interessados em política ou simplesmente desconhecer os candidatos.

 

Os nomes para o cargo de governador são pronunciados naturalmente, tornando-se conhecidos sem muito trabalho.  Já o dos candidatos a senador, tem eleitor que nem sabe que haverá uma vaga em disputa em dois de outubro. Abrir a mente desses eleitores, colocar suas ideias, seus projetos e planos de ação para serem analisados, será um desafio hercúleo para os candidatos ao Senado.

 

Os debates serão as melhores oportunidades para concretizar suas propostas e fixar na mente do eleitorado suas qualidades e o porquê merecem ser eleitos para o senado, mas isso só vai acontecer se o eleitor já tiver em mente a ideologia política e o posicionamento dos candidatos.  E isso só vai ser possível se houver um trabalho anterior de marketing e mídia.

 

Segundo os números das pesquisas de intenção de voto para consumo interno, a eleição para o senado vai ser a mais difícil neste pleito.  Portanto, o recado está dado.

 

Quem não é visto, não é lembrado.  Fica a dica!

 

Posted On Segunda, 11 Julho 2022 07:05 Escrito por

A menos de dois quilômetros da avenida no centro de São Paulo onde milhares de evangélicos se reuniram neste sábado (9) para a Marcha para Jesus, o maior evento evangélico do país, no qual discursou o presidente e pré-candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL), um pequeno grupo de religiosos produziu um ato batizado de Jesus Está Aqui.

 

POR FERNANDA MENA

 

Diante da Catedral da Sé, no coração da capital paulista, lideranças cristãs, como o padre Júlio Lancellotti, da Pastoral do Povo da Rua, e a reverenda Alexya Salvador, líder da ICM (Igreja da Comunidade Metropolitana), e o pastor Átila Pastor Augusto, oraram, cantaram, lavaram os pés de pessoas em situação de rua e distribuíram cerca de 2.000 refeições.

 

O grupo se declara "contrário a fundamentalismos religiosos que têm usado a política para colonizar o povo com suas ideias", explica Alexya Salvador, que discursou durante o ato. "A ideia foi ser um contraponto à Marcha para Jesus, porque entendemos que precisamos estar em marcha com o povo oprimido, perseguido e que passa fome nas ruas da cidade."

 

Vestindo camisetas em que se lia "Jesus está aqui" e diante de cartazes e faixas com frases como "Jesus mandou alimentar, não armar as pessoas", as lideranças discursaram de maneira crítica ao presidente-candidato e às políticas de combate à fome do governo. Estudo apontou que hoje no Brasil 33 milhões de pessoas estão passando fome, número maior que há 30 anos, quando começou o movimento social de combate à fome no país.

 

Para a reverenda, que se declara "travesti, preta e periférica", é "uma vergonha para alguns evangélicos que um evento que reúne milhares de pessoas abra espaço para um político que persegue minorias e corpos LGBTQ, de mulheres e de pessoas negras".

 

Durante a Marcha para Jesus, o presidente Bolsonaro fez discurso em que disse "somos contra o aborto, contra a ideologia de gênero, contra a liberação das drogas e somos defensores da família brasileira".

 

Para a reverenda da ICM, igreja inclusiva que acolhe sem ressalvas fiéis LGBTQIA+, no ato Jesus Está Aqui, as lideranças cristãs "reafirmaram o posicionamento de que este não é um Jesus em que nós acreditamos".

 

"Nosso Jesus foi torturado e assassinado pelo poder político de seu tempo. Se Jesus estivesse aqui hoje, o atual governo federal o mataria de novo", diz ela.

 

Bolsonaro subiu por volta das 10h no trio, com uma comitiva política que incluiu Tarcísio de Freitas, seu candidato a governador paulista, e o deputado Marco Feliciano, ambos do PL de SP. O ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles também estava lá.

 

"Usar espaço de poder para falar de religião é uma coisa horrorosa", critica.

 

Alexya relata ter se emocionado durante o ato e diz ter visto muita gente chorando enquanto os religiosos cantavam e prosseguiam com a lavagem dos pés de pessoas em situação de rua. "Cheguei em casa muito impactada e muito mexida. Este foi o exemplo que Jesus nos deixou. Antes de partir o pão, sabendo que seria morto, ele lavou os pés de seus discípulos. Lavar os pés é servir."

 

O presidente foi à sua primeira Marcha para Jesus em 2018, quando o líder do ato, apóstolo Estevam Hernandes, disse que Bolsonaro faria bem em "pregar mais amor e tolerância". Hoje aliado do presidente, Hernandes diz pensar diferente e afirmou à Folha que, após conhecer o chefe do Executivo, sentiu que era um homem de Deus.

 

 

Posted On Domingo, 10 Julho 2022 04:36 Escrito por
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