Lula também afirmou em entrevista nesta quinta-feira (18/2) que o jogo político para as eleições de 2022 ainda não está definido; Huck é uma aventura, comentou sobre uma das apostas da direita
Por Natália Bosco
Perguntado sobre as eleições de 2022, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, nesta quinta-feira (18/2), que o pleito terá o tradicional segundo turno com um candidato da esquerda contra um da direita. O petista afirmou também que o presidente Jair Bolsonaro tem chance de reeleição. Lula disse ainda que uma possível candidatura à presidência do apresentador Luciano Huck seria “uma aventura”.
Em entrevista ao UOL, Lula comentou um possível apoio ao atual governador de São Paulo, João Doria (PSDB), em uma eventual disputa para presidente contra Bolsonaro, em segundo turno. Segundo ele, não há chance de dois candidatos de direita disputarem um segundo turno, assim como é difícil imaginar dois candidatos de esquerda irem para a mesma disputa, ressaltou. “Haverá um candidato representando a direita, isso já está claro nas pesquisas. E haverá outro candidato de esquerda”, pontuou.
O ex-presidente também afirmou que Bolsonaro tem chance de ser reeleito. “Eu acho que ele tem chance, em uma disputa de reeleição, de ir para o segundo turno. Quem está no poder sempre será um candidato forte à sua reeleição. O poder é uma máquina muito poderosa. Então, quem está no poder sempre poderá ser (reeleito), a não ser que ele seja um desastre”, opinou.
Para o petista, as chances de Bolsonaro são altas, uma vez que o atual presidente tem ainda uma grande base da direita o apoiando. “Embora ele (Bolsonaro) seja um desastre do ponto de vista social, do ponto de vista econômico, do ponto de vista político, ele mantém uma parcela da base mais à direita”.
Direita
Durante a entrevista, Lula foi questionado sobre as possíveis candidaturas à presidência de João Doria e do apresentador de tevê Luciano Huck. O ex-presidente, então, fez questão de lembrar que o jogo político ainda não está garantido. De acordo com Lula, a única garantia é a candidatura à reeleição de Bolsonaro e de um candidato da esquerda, que, segundo ele, pode ser do Partido dos Trabalhadores (PT) ou não.
“Eu, sinceramente, não sei qual será o potencial dos tucanos nessas eleições. E eu acho que o Huck é uma aventura. Achar que pegar um homem de televisão, colocar ele na frigideira da disputa política e ele vai conseguir sair bem é uma aposta que não está dada ainda. Nós não sabemos ainda o jogo, porque não está definido. O que nós sabemos é que o Bolsonaro tem um candidato, que é ele mesmo, e o PT está dizendo que tem candidato, caso não apareça uma aliança política melhor que o candidato do PT”, declarou.
Lula disse ainda da possibilidade de surgir uma “terceira via”. Para o ex-presidente, essa possibilidade não existe. “Os nossos adversários dizem o seguinte: 'Nós não precisamos da rivalidade entre PT e o bolsonarismo, nós precisamos de uma terceira via'. Esse negócio da terceira via é conto de fadas que nem as crianças acreditam mais”, disse.
O senador Chico Rodrigues (DEM-RR) reassumiu o mandato nesta quinta-feira, 18. O parlamentar, que estava licenciado após ter sido flagrado com dinheiro na cueca, é acusado de desviar recursos da covid-19. Ele nega a acusação.
Por Daniel Weterman
O senador Chico Rodrigues (DEM-RR) reassumiu o mandato nesta quinta-feira, 18. O parlamentar, que estava licenciado após ter sido flagrado com dinheiro na cueca, é acusado de desviar recursos da covid-19. Ele nega a acusação.
A licença do senador terminou na quarta-feira, 17, quando o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), liberou o retorno ao cargo. Hoje, o sistema do Senado coloca Rodrigues como parlamentar "em exercício". Ele pode pedir um novo período fora do cargo, o que não ocorreu até o momento.
De acordo com a Constituição e o regimento interno do Senado, um parlamentar não pode se licenciar do mandato por mais de 120 dias a cada ano. Como a licença foi dada em outubro, Rodrigues pode ficar por mais dois meses e meio longe dos holofotes.
O senador foi afastado do cargo há quatro meses por decisão de Barroso, após uma operação de busca e apreensão da Polícia Federal. Rodrigues tentou esconder o dinheiro dos agentes da PF, mas não obteve sucesso. Apesar de não prorrogar o afastamento do senador, Barroso decidiu mantê-lo fora da comissão criada para discutir os valores destinados a Estados e municípios com o objetivo de combater a pandemia do novo coronavírus.
O senador é alvo de uma representação no Conselho
Rodrigo Maia achou que o STF ia permitir que ele fosse candidato à presidência da Câmara e não preparou a candidatura do sucessor. O Supremo levou embora a escada, Rodrigo ficou pendurado na broxa, ACM Neto tirou a broxa, Rodrigo ficou solto no ar, se esborrachou, acabou obrigado a sair do partido.
Por Ricardo Rangel
ACM Neto deu um córner em Rodrigo Maia, ficou dono do partido, mas, insatisfeito, teve a brilhante ideia de piscar para Bolsonaro — com uma só cajadada, mataria dois coelhos: por um lado, dava o golpe de misericórdia em Rodrigo, pelo outro, garantia o apoio do presidente na eleição para o governo da Bahia. Espatifou-se: deu munição a Rodrigo, que ganhou o argumento de que ACM Neto tinha vendido o DEM ao bolsonarismo, criou um terremoto no partido, agora tem que provar a todo mundo que não é bolsonarista e evitar que os antibolsonaristas saiam em debandada.
Aécio Neves, com o doce objetivo de prejudicar seu desafeto João Doria, se entregou alegremente à tarefa de estimular o PSDB a abandonar o bloco de Baleia Rossi. Saiu com fama de traidor, e Doria aproveitou a deixa para reunir a cúpula do PSDB e exigir sua cabeça.
João Doria viu na confusão a oportunidade de livrar-se de Aécio com o apoio do tucanato e trazer Rodrigo e os antibolsonaristas do DEM para o PSDB, amarrando o apoio de todo mundo à sua candidatura. Mas Aécio ainda é forte no PSDB, e vários líderes tucanos estão em pé de guerra contra a fome de hegemonia do governador. Se Doria não jogar suas cartas muito bem, corre o risco de não apenas perder a parada, mas de ficar emparedado, e acabar tendo que sair ele mesmo do partido.
Excesso de malandragem, como se sabe, atrapalha.
“Não acho que quem ganhar ou quem perder, nem quem ganhar nem perder, vai ganhar ou perder. Vai todo mundo perder”, disse certa vez a grande filósofa Dilma Vana Rousseff.
Para entender os descaminhos da oposição, só Dilma, mesmo.
O parlamentar foi preso em flagrante pela Polícia Federal no âmbito de inquérito no STF que investiga notícias falsas
Com Câmara dos Deputados
A Mesa Diretora da Câmara dos Deputados determinou nesta quarta-feira (17) a imediata reativação do Conselho de Ética e representou contra o deputado Daniel Silveira (PSL-RJ) junto ao conselho.
O anúncio foi feito por meio de nota à imprensa. Também foi marcada reunião de líderes para esta quinta-feira (18), às 14 horas, para tratar da apreciação da medida cautelar decretada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Daniel Silveira foi preso em flagrante pela Polícia Federal na noite de terça-feira (16) no âmbito de inquérito no STF que investiga notícias falsas (fake news). Ele gravou e divulgou vídeo em que faz críticas aos ministros do Supremo e defende o Ato Institucional nº 5 (AI-5).
Nesta quarta, o STF decidiu por unanimidade manter o deputado preso. A decisão final sobre a prisão, no entanto, caberá ao Plenário da Câmara dos Deputados.
Segundo nota divulgada pela defesa de Daniel Silveira, “a prisão do deputado representa não apenas um violento ataque à sua imunidade material, mas também ao próprio exercício do direito à liberdade de expressão e aos princípios basilares que regem o processo penal brasileiro”.
Na ordem de prisão, o ministro do STF Alexandre Moraes considerou gravíssimo o episódio da divulgação do vídeo e disse que são “imprescindíveis medidas enérgicas para impedir a perpetuação da atuação criminosa de parlamentar visando lesar ou expor a perigo de lesão a independência dos Poderes instituídos e ao Estado democrático de Direito”.
Constituição
Hoje, a Constituição prevê que deputados e senadores são invioláveis, civil e penalmente, por opiniões, palavras e votos e não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os autos serão remetidos à Casa respectiva, para que a maioria absoluta decida, em voto aberto, sobre a prisão.
Os vereadores da Câmara Municipal de Palmas elegeram na tarde desta quarta-feira, 17, os presidentes e vice-presidentes das Comissões Permanentes da Casa. A eleição foi nominal e secreta.
Por Aline Gusmão
Confira como ficou a composição de cada Comissão:
Comissão de Constituição, Justiça e Redação
Presidente: Folha Filho (Patriota)
Vice presidente: Eudes Assis (PSDB)
Membros: Iolanda Castro (PROS), Moisemar Marinho (PDT) e Daniel Nascimento (Republicanos)
Suplentes: Rogério Freitas (MDB), Solange Duailibe (PT), Joatan de Jesus (Cidadania), Júnior Brasão (PSB) e Márcio Reis (PSL)
Comissão de Finanças, Tributação, Fiscalização e Controle
Presidente: Eudes Assis
Vice-presidente: Laudecy Coimbra (Solidariedade)
Membros: Solange Duailibe, Márcio Reis e Moisemar Marinho
Suplentes: Waldson da Agesp (Avante), Rogério Freitas, Marilon Barbosa (DEM), Mauro Lacerda (PSB) e Daniel Nascimento
Comissão de Administração Pública, Urbanismo e Infraestrutura Municipal
Presidente: Filipe Martins (PSDB)
Vice-presidente: Waldson da Agesp
Membros: Joatan de Jesus , Mauro Lacerda e Júnior Brasão
Suplentes: Folha Filho, Pedro Cardoso, Jucelino Rodrigues, Márcio Reis e Daniel Nascimento
Comissão de Políticas Públicas Sociais
Presidente: Waldson da Agesp
Vice-presidente: Filipe Martins
Membros: Rubens Uchôa (Cidadania), Daniel Nascimento e Márcio Reis
Suplente: Marilon Barbosa, Iolanda Castro, Jucelino Rodrigues, Mauro Lacerda e Júnior Brasão
Comissão de Cidadania, Direitos Humanos, Meio Ambiente e ética e Decoro
Presidente: Iolanda Castro
Vice-presidente: Eudes Assis
Membros: Rogério Freitas, Moisemar Marinho e Júnior Brasão
Suplente: Folha Filho, Pedro Cardoso (DEM), Rubens Uchôa, Márcio Reis e Daniel Nascimento
Comissão de Segurança Pública
Presidente: Jucelino Rodrigues
Vice-presidente: Pedro Cardoso
Membros: Marilon Barbosa, Júnior Brasão e Daniel Nascimento
Suplentes: Joatan de Jesus, Laudecy Coimbra, Waldson da Agesp, Mauro Lacerda e Moisemar Marinho
Comissão de Assuntos dos Direitos da Mulher
Presidente: Laudecy Coimbra
Vice-presidente: Iolanda Castro
Membros: Solange Duailibe, Márcio Reis e Mauro Lacerda
Suplente: Pedro Cardoso, Rogério Freitas, Marilon Barbosa, Júnior Brasão e Moisemar Marinho