“Os que se calam dizem mais coisas do que aqueles que estão sempre a falar”
OCTAVE MIRBEAU
Por Edson Rodrigues
O Palácio Araguaia já tem seu grupo formado para o confronto eleitoral de 2022.
Mauro Carlesse já deu provas suficientes de ser um homem e um político de pouca conversa e muita ação. Chegou ao Poder Legislativo no “baixo clero”, aos poucos foi montando uma rede de aliados, chegou à presidência da Casa de Leis, foi eleito governador em uma eleição indireta após a cassação de Marcelo Miranda e, depois, foi eleito novamente, só que no voto popular, governador do Estado.
Com o mesmo grupo de deputados estaduais e o mesmo grupo político, vem enfrentando a pandemia de coronavírus – agora, na segunda “onda” –, mantendo o controle das ações.
Em paralelo, conseguiu reenquadrar o Tocantins à Lei de Responsabilidade Fiscal, está cumprindo suas promessas de campanha, como a construção do Hospital Regional de Gurupi, a construção da nova ponte sobre o Rio Tocantins em Porto Nacional, e deu ordem para a construção do Hospital Regional de Araguaína, prepara a construção da rodovia que dá acesso a São Felix do Jalapão, onde iniciará a construção de um aeroporto, que será a largada para a consolidação da Região como um polo turístico internacional e abrigará, também extensas fazendas voltadas à produção de grãos.
Seu time já está formado para 2022 e até os olhos mais ingênuos dos tocantinenses já enxergaram que o Palácio Araguaia e a Assembleia Legislativa estão “fechados” entre si e o candidato ao governo que atende aos interesses dos dois endereços tem nome e sobrenome: Wanderlei Barbosa, vice-governador, prestigiadíssimo pelo grupo político do governo, é considerado “a cereja do bolo” governista, a que representa participando de todos os eventos governamentais, faz discursos com recados diretos à oposição de cada região do Estado, e está escaladíssimo pelo “técnico” do time, Mauro Carlesse, que continuam construindo e fortalecendo seu time, enquanto aguarda para saber qual ou quais serão seus adversários.
NO AGUARDO
Enquanto isso, os prefeitos e moradores dos 139 municípios tocantinenses, dentre eles a capital, Palmas, continuam aguardando as obras ligadas aos empréstimos junto ao Banco do Brasil, à Caixa Econômica Federal, prometidas pelo governo que vem, até agora, parcialmente, cumprindo.
Essas promessas ainda estão no papel, mas poder ser colocadas em prática já nas próximas semanas, assim como outras ações que estão para ser deflagradas pelo Palácio Araguaia, que vem organizando o cronograma das ações administrativas e políticas a serem postas em prática após o “recesso branco” do Carnaval, com a liberação do Orçamento do Estado, e suas dotações orçamentárias.
Serão anunciadas, nas próximas semanas, ações que abrangerão todo o território tocantinense, que vão desde pavimentação asfáltica, recuperação de estradas vicinais, pacote de construção de centenas de pontes, intensificação da distribuição de cestas básicas e outras ações sociais voltadas a minimizar os efeitos da Covid-19 nas famílias de baixa renda.
Não há dúvidas de que a sucessão estadual está deflagrada e há, pelo menos, três plataformas políticas em plena formação e aprimoramento, visando concorrer ao governo do Tocantins.
OPOSIÇÃO
A oposição, em todo o Brasil, tem se mostrado desarticulada, dividida, sem discurso comum, assolada por brigas e discussões internas, que se tornaram públicas por meio da mídia. Depois de ser humilhantemente derrotada pelo Palácio do Planalto nas eleições da Câmara Federal e do Senado se viu ainda mais sem rumo, principalmente dois grandes partidos que abrigam possíveis adversários do presidente Jair Bolsonaro na disputa pela presidência em 2022: DEM e PSDB.
Assim como no Brasil, no Tocantins a oposição também “patina na largada”, com as bases totalmente desmotivadas. Mesmo tendo ótimos nomes, a maioria com serviços prestados ao Estado e aos 139 municípios, os oposicionistas parecem ter sofrido, por parte do governo Mauro Carlesse, os mesmos revezes aplicados pelo presidente Jair Bolsonaro em nível nacional, seguindo a mesma cartilha, cooptando detentores de mandatos no Legislativo estadual e federal.
Mauro Carlesse tem a maioria dos deputados na Assembleia Legislativa, inclusive membros de partido de “oposição”, motivo que permite ao governador exercer seu mandato em “céu de brigadeiro”.
Carlesse consegue esse feito adotando a política da boa vizinhança com os deputados oposicionistas e tendo o apoio do presidente da Casa de Leis, deputado Toinho Andrade, seu amigo e aliado e dos demais parlamentares que formam seu grupo político desde a eleição indireta que o levou, pela primeira vez, a ser eleito governador, conseguindo, com o mesmo grupo, mais duas vitórias para o mesmo cargo, em um mesmo ano.
O JUIZ
Mas, vale sempre lembrar que o grande juiz, a grande autoridade de qualquer processo eleitoral é o eleitor.
Nas eleições municipais do ano passado os eleitores já deram um recado claro, direto e rebelde à classe política, derrotando candidatos “invencíveis”, renovando em 75%, em média, as Câmaras Municipais, dentre elas Porto Nacional e Palmas, lugares onde a classe política, como disse o “velho lobo” Zagalo, “esqueceu de combinar a vitória com o time adversário”.
Será que os políticos vão combinar com os eleitores??
Cronograma de entregas de vacinas foi anunciado ontem
Por Agência Brasil
O Ministério da Saúde informou nesta terça-feira (16), em Brasília, ter garantido mais 54 milhões de doses da vacina CoronaVac contra a covid-19. Acrescentou ter assinado novo contrato com o Instituto Butantan, que desenvolve o imunizante em parceria com o laboratório Sinovac.
A previsão, considerando os 46 milhões de doses já contratadas, é distribuir aos estados 100 milhões da vacina até setembro.
Segundo o ministério, além da CoronaVac, o Brasil receberá mais 42,5 milhões de doses de vacinas fornecidas pelo Consórcio Covax Facility até dezembro. Também foram contratadas mais 222,4 milhões de doses de vacina contra covid-19 em produção pela Fundação Oswaldo Cruz, e parte desses imunizantes já começou a ser entregue mês passado.
A previsão do Ministério da Saúde é assinar, nos próximos dias, contratos de compra com a União Química. Entre os meses de março e maio, o laboratório deve entregar dez milhões de doses da vacina Sputnik V.
O ministério também espera contratar da Precisa Medicamentos mais 30 milhões de doses da Covaxin, também entre março a maio.
Como será
Confira o cronograma de entregas de vacinas:
Consórcio Covax Facility
Entregas de 42,5 milhões de doses:
Março: 2,65 milhões de doses da AstraZeneca
Até Junho: 7,95 milhões de doses da AstraZeneca
O consórcio, coordenado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), funciona como um centro de distribuição internacional de vacinas. O Brasil receberá, ainda, aproximadamente mais 32 milhões de vacinas contra a covid-19 produzidas por laboratórios de sua escolha até o final do ano, conforme cronogramas estabelecidos exclusivamente por esse consórcio.
Fundação Butantan – Corodonavac/Sinovac
Entregas de 100 milhões de doses:
Janeiro: 8,7 milhões - entregues
Fevereiro: 9,3 milhões
Março: 18,1 milhões
Abril: 15,93 milhões
Maio: 6,03 milhões
Junho: 6,03 milhões
Julho: 13,55 milhões
Agosto:13,55 milhões
Setembro: 8,8 milhões
Fundação Oswaldo Cruz – Oxford/Astrazeneca
Entregas de 222,4 milhões de doses:
Janeiro: 2 milhões - entregues
Fevereiro: 4 milhões
Março: 20,7 milhões
Abril: 27,3 milhões
Maio: 28,6 milhões
Junho: 28,6 milhões
Julho: 1,2 milhões
A partir da incorporação da tecnologia da produção do IFA (Insumo Farmacêutico Ativo), a Fiocruz deverá produzir e entregar mais 110 milhões de doses no segundo semestre de 2021.
Entrega de 10 milhões de doses (importadas da Rússia) – Previsão de assinatura de contrato esta semana.
O presidente, no entanto, afirmou que não faria nada em relação à censura dos jornais por ser "um democrata"
Por iG Último Segundo
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a criticar a imprensa e disse que o "certo" seria tirar alguns jornais de circulação, dizendo que são " fábricas de fake news ". No entanto, afirmou que não tomaria nenhuma medida em relação a isso por defender a democracia. A declaração foi feita em um vídeo publicado no perfil do Instagram do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL).
Além disso, Bolsonaro também criticou a restrição imposta pelo Facebook para que recebesse imagens de seus apoiadores sobre os impostos cobrados em combustíveis. O presidente afirmou que a Advocacia-Geral da União (AGU) foi acionada para que investigue o bloqueio imposto pela plataforma, que proibiu a publicação de imagens em páginas de conteúdo político.
"O certo é tirar de circulação Globo , Folha de S.Paulo , Estadão , Antagonista . São fábricas de fake news . Agora deixa o povo se libertar, ter liberdade. Logicamente, se alguém extrapolar alguma coisa, tem a Justiça para recorrer. Agora o Facebook vir bloquear a mim (sic) e a população. É inacreditável que isso impere no Brasil. E não há reação da própria mídia", afirmou.
Apesar da declaração, Bolsonaro disse que não tomaria providências para a censura aos jornais por ser "um democrata".
Preço dos combustíveis
No último dia 11, sob pressão dos setores de transporte e dos caminhoneiros devido ao preço dos combustíveis, o presidente disse aos apoiadores que mandassem a foto das notas fiscais e valores pagos após abastacerem os veículos. De acordo com Bolsonaro, o intuito é encontrar indícios de bitributação e esclarecer as alíquotas pagas em impostos federais e estaduais.
"Aos críticos: fiquem tranquilos, vocês estão sempre preocupados com alguma coisa. Os combustíveis continuam aí com uma nuvem muito carregada no horizonte mas vamos resolver esse problema", disse Bolsonaro.
Investigações por estupro atingem nomes da cúpula do Congresso
Com Estadão Contudo
A articulação do Palácio do Planalto com o Centrão para controlar o Congresso levou à cúpula da Câmara e do Senado parlamentares com extensa folha de pendências com a Justiça. Dos 14 integrantes das Mesas Diretoras de ambas as casas (presidente, vices e secretários), oito respondem ou são investigados por crimes diversos que vão de estupro e recebimento de propina até contratação de funcionários fantasmas e fraude em licitação.
Todos foram alçados às funções pelos colegas parlamentares e com uma ajuda extra do presidente Jair Bolsonaro. Como o Estadão revelou, o governo liberou ao menos R$ 3 bilhões em recursos extras para captar parte dos votos que elegeram Arthur Lira (Progressistas-AL) presidente da Câmara e Rodrigo Pacheco (DEM-MG) para o comando do Senado e a consolidar uma maioria governista em postos-chave do Congresso.
As demandas judiciais, no entanto, passaram ao largo das discussões para a formação das respectivas Mesas. O único que sofreu algum desgaste por figurar no banco dos réus foi Lira, alvo da Lava Jato e de outros inquéritos. Mas, apesar do discurso anticorrupção repetido a exaustão na campanha eleitoral de 2018, o histórico do líder do Centrão não impediu Bolsonaro de abraçá-lo.
Lira é réu no chamado caso do “quadrilhão do PP”, formado por parlamentares que se articularam para desviar dinheiro da Petrobrás, segundo a Procuradoria-Geral da República. Também é acusado de corrupção por indícios de ter recebido R$ 106 mil em propina para emprestar apoio político ao então presidente da Companhia Brasileira de Transportes Urbanos. Um assessor de Lira, de acordo com a denúncia, foi escalado para levar o dinheiro de São Paulo a Brasília. Acabou descoberto ao camuflar cédulas pelo corpo.
Nos escaninhos do Judiciário de Alagoas, o nome de Lira também se repete. Além de órgãos de fiscalização, há litígios com pessoas comuns. Um deles se arrasta desde 2018. Fazendeiro, o deputado arrendou uma propriedade para criar 400 cabeças de gado. Pouco depois, disse que a terra só estava em condições de receber 50 e deixou de pagar o valor contratado. O proprietário faleceu e a família segue sem receber. “Ele se recuperava de um câncer e nem isso amoleceu o coração do deputado. Recuperamos a terra e continua o processo de cobrança dos débitos”, contou o advogado Igor Manoel de Barros Bezerra, que representa a família.
A 2.ª Secretaria da Câmara é da deputada Marília Arraes (PT-PE). Aliada de Lira, ela impôs uma derrota ao próprio partido ao vencer a disputa interna e ficar com o cargo. O Ministério Público de Pernambuco ajuizou ação que pede a devolução de R$ 156 mil gastos, segundo o órgão, para pagar quatro assessores que não davam expediente na Câmara do Recife. O caso é de quando ela era vereadora na capital pernambucana.
Em novembro de 2020, a carreira política do senador Irajá Silvestre Filho (PSD-TO) sofreu um abalo. Uma modelo de 22 anos acusou o parlamentar, de 38, de a ter estuprado em um hotel, em São Paulo. O caso teve grande repercussão. Menos de três meses depois, antes de qualquer desfecho na investigação aberta pela polícia paulista, ele foi eleito pelos pares 1.º secretário do Senado, função com elevado poder político e administrativo.
Senador Romário acusado de fazer uso irregular da verba de gabinete
No Senado, dos sete integrantes da Mesa, seis são alvo de ao menos uma investigação. O 2.º vice-presidente, Romário Faria (Podemos-RJ), é investigado em inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) que apura indícios do uso irregular da verba de gabinete.
Gestores
Para além de Irajá e Romário, os outros quatro carregam ações resultantes de atos praticados ainda como gestores, quando eram do Poder Executivo em seus respectivos Estados. São casos que se arrastam há anos na Justiça e passam pelo chamado “elevador processual”, um vaivém de instâncias e esferas competentes para cuidar dos processos. Aliados minimizam as pendências jurídicas e confidenciam o espírito de corpo do Congresso, porque parlamentares que foram ou pretendem ser gestores estão passíveis de serem processados pelo que chamam de “burocracias” da gestão pública.
É o caso de Rogério Carvalho (PT-SE), condenado em primeira instância, em 2019, por irregularidades em contratos assinados quando foi secretário de Saúde de Sergipe. Já 4.º secretário, Weverton Rocha (PDT-MA), comandou a pasta de Esportes do Maranhão e ainda responde a ação por indícios de fraudes em um contrato de 2008.
O 1.º vice-presidente do Senado, Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), e o 2.º Secretário, Elmano Ferrer (Progressistas-PI), têm pendências relacionadas aos períodos em que foram prefeitos de suas cidades, Campina Grande (PB) e Teresina (PI), respectivamente. Os casos envolvem suspeita de contratação de empresa fantasma a repasses eleitorais não declarados – caixa 2 de campanha.
Na Mesa Diretora do Senado, a exceção é Pacheco. Aos 44 anos, tem uma ascensão meteórica. Antes do atual mandato de senador, teve apenas um outro, de deputado federal. É proveniente da advocacia. Costumava frequentar tribunais não como réu, mas como advogado deles. Atuou em crimes variados, de homicídio a corrupção. No escândalo do mensalão, defendeu o ex-diretor do Banco Rural Vinicius Samarane.
Parlamentares dizem que casos são inconsistentes
Os integrantes das Mesas da Câmara e do Senado alegam que os processos e investigações das quais são alvos têm inconsistências ou são motivados por adversários para gerar desgastes políticos.
Por meio da assessoria, Arthur Lira disse que ao longo de uma década vem apresentando esclarecimentos à Justiça. “Ao longo desses anos, os processos que vieram a julgamento foram arquivados, em geral, porque não existiam provas. Tenho a tranquilidade de que os próximos que vierem a julgamento terão o mesmo desfecho.”
Marília Arraes afirmou que a ação a que responde é fruto de sensacionalismo político. Uma ação penal chegou a ser arquivada, mas um processo na área cível foi aberto em 2020. “Novamente no período eleitoral”, disse.
O senador Veneziano Vital do Rêgo chegou a ter quase 30 investigações no Supremo Tribunal Federal. Ele disse que a maioria é fruto de denúncias infundadas de seus adversários políticos e a maior parte delas já foi arquivada.
O advogado do senador Irajá, Daniel Bialski, disse não haver qualquer indício de crime e que, após a conclusão de perícia no celular da mulher que acusou o parlamentar de estupro, o caso deverá ser arquivado.
A assessoria do senador Weverton Rocha informou que o parlamentar “provará que não houve ilícito”, mas uma “denúncia política”. Rogério Carvalho afirmou que não cometeu qualquer ato ilegal quando secretário em Sergipe. Elmano Férrer e Veneziano Vital do Rêgo também negam irregularidades. Romário, por sua vez, não se manifestou.
“É claro que a política não é o ofício da bagatela, a pragmática da ninharia. Quem cuida de coisas pequenas, acaba anão”
ULYSSES GUIMARÃES
Por Edson Rodrigues
O MDB, o maior partido político brasileiro, com a maior bancada no Senado e a segunda maior bancada na Câmara Federal, abriga boa parte das principais lideranças políticas brasileiras, mas se mantém, cautelosamente, em silêncio, diante das circunstâncias atuais.
O partido não fala, apena age no momento certo e sempre com muita propriedade, em busca do equilíbrio e do entendimento.
Os membros da sua cúpula nacional e seus líderes no Congresso permanecem recolhidos, em silêncio, articulando reservadamente, apenas observando os movimentos do centrão e da “lua de mel” com o Palácio do Planalto.
Rodrigo Maia, Baleia Rossi e Jose Sarney
O presidente nacional da legenda, deputado federal Baleia Rossi (SP), foi candidato à presidência da Câmara dos Deputados e acabou derrotado, esmagado e humilhado pela trupe palaciana e, mesmo assim, se mantém em silêncio absoluto.
Por sua vez, os próceres do partido, os ex-presidentes da República José Sarney e Michel Temer, além de Renan Calheiros, Eduardo Braga e o senador tocantinense Eduardo Gomes, mantém a mesma linha de ação, do silêncio absoluto, evitando que qualquer ação do partido seja como “a faísca que acende o pavio”.
OPOSIÇÃO
Vale ressaltar que uma das principais características do MDB é saber ser “oposição” –principalmente nos governos militares –, pois já foi “situação” e sabe onde o calo aperta em cada situação vivida pela União, afinal, pelo seu tamanho e importância, é um partido que raramente fica fora da “órbita palaciana” por conta, justamente, da sua força no Congresso Nacional.
Formado por homens e mulheres equilibrados e cientes de seu valor na política nacional, o MDB soube fazer a leitura correta deste momento de turbulências e incertezas político-partidárias, em que desavenças internas em todos os partidos foram suscitadas pela ação do Palácio do Planalto, como é o caso extremo do DEM e do PSDB, e se mantém em stand by para evitar os desgastes políticos desnecessários.
O MDB tem plena consciência de que seu candidato, Baleia Rossi, só foi “tratorado” pelo governo federal por ser aliado ao grande desafeto do próprio Jair Bolsonaro, o presidente da Câmara Federal Rodrigo Maia e o Palácio do Planalto não teve alternativa senão usar todas as suas forças para eleger o seu candidato e derrotar Baleia Rossi e evitar a abertura de um hipotético impeachment.
EXEMPLOS
O próprio Michel temer chegou a passar por momentos semelhantes e foi salvo por sua composição com o Congresso, por isso, o MDB não vê com tanta surpresa a derrota de Baleia Rossi e vai passar este período de recesso fazendo avaliações de cada lance aplicado nas eleições do Congresso Nacional e definindo sua forma de ação para cada situação, com equilíbrio e habilidade para manter o seu prestígio e não melindrar seu posicionamento no Senado, onde compôs com o Governo Federal e elegeu como primeiro vice-presidente, um de seus quadros.
Assim sendo, o tempo será o maior conselheiro e o melhor juiz da situação.
Só nos basta aguardar!