Pré-candidato do PSOL publicou gráfico que mistura diferentes cenários da pesquisa Real Time Big Data e exclui a socialista
Por Pedro Augusto Figueiredo
A deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) criticou o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) por ignorá-la em uma publicação nas redes sociais sobre a pesquisa Real Time Big Data que mediu as intenções de voto na eleição para a Prefeitura de São Paulo. É a primeira crítica mais contundente da socialista ao candidato do PSOL após a equipe de Tabata rejeitar qualquer tipo de pacto de não agressão com Boulos.
Procurada, a pré-campanha do psolista preferiu não comentar as declarações de Tabata. Em âmbito nacional, os dois pertencem a partidos aliados: ele é apoiado pelo presidente Luiz Inácio da Lula Silva e o PT, enquanto ela tem o apoio do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB). Apesar disso, a equipe de Tabata promete que fará críticas igualmente duras a Boulos e ao prefeito Ricardo Nunes (MDB) porque precisa tentar romper com a polarização representada pelos dois — o chefe do Executivo paulistano tem o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A pesquisa, publicada nesta segunda-feira, 4, aponta que Boulos tem 34% dos votos, seguido de Nunes com 29%, e Tabata com 10%. Os percentuais são na pesquisa estimulada, quando uma lista de candidatos é apresentada aos eleitores. A margem de erro é de três pontos percentuais e o nível de confiança 95%. Foram 2 mil entrevistas realizadas entre o dia 1º e 2 de março.
O pré-candidato do PSOL publicou inicialmente uma imagem no Instagram cuja manchete é: "Boulos lidera com 34% contra qualquer adversário!". O gráfico exibe Nunes com 29%, seguido de Ricardo Salles (PL-SP) com 12%, Marcos Pontes (PL-SP) com 11% e Padre Kelmon (PRD) com 1%. Uma das estratégias de Boulos é se apresentar como um candidato de uma frente democrática capaz de derrotar o bolsonarismo na capital paulista.
No vídeo de Tabata, publicação de Boulos diz que ele lidera contra qualquer adversário; Padre Kelmon está na lista
O gráfico é incorreto, pois mistura cenários distintos testados pela Real Time Big Data. Como ainda não há uma definição de todos os candidatos que, de fato, vão concorrer, é comum que institutos de pesquisas apresentem listas alternativas de nomes para testar diferentes possibilidades. Cada cenário funciona como uma pesquisa diferente na prática, já que a lista de nomes apresentados aos entrevistados varia.
O cenário 2 inclui a candidatura de Salles, que aparece em terceiro, com 12%. Tabata cai para quarto lugar, mas mantém os 10%. No cenário 3, não há Salles e sim Pontes, que também alcança a terceira colocação, mas com 11%, enquanto a deputada federal permanece com 10% em quarto lugar.
No vídeo gravado como resposta, Tabata apresenta leituras da pesquisa que são positivas para ela, como ter a menor rejeição e o maior potencial de votos — a soma dos entrevistados que dizem que votariam nela com certeza ou que poderiam votar.
"Em nenhuma dessas leituras, não importa o quanto eu me esforce, eu consigo entender de onde o Boulos tirou esse gráfico que ele postou. Esse cenário não existe. Ele simplesmente retirou meu nome e colocou uma realidade que sequer faz sentido. Agora eu pergunto para vocês: o que é isso? É estatística criativa? É erro, alguém não tinha noção do que estava fazendo? Ou é safadeza mesmo?", questionou a deputada federal.
Na rede social de Boulos, usuários afirmam que ele apagou a publicação original após a polêmica. Quando o Estadão entrou no Instagram do deputado para checar a fala de Tabata, uma outra postagem estava no ar. Nela, a manchete mudou e passou a afirmar que Boulos venceria "qualquer candidato bolsonarista", segundo a pesquisa Real Time Big Data, e excluiu Padre Kelmon. A alteração, porém, foi feita antes do vídeo de Tabata ser publicado. A reportagem também questionou a equipe do deputado do PSOL sobre a mudança, mas a pré-campanha informou que também não comentaria.
A investigação sobre a tentativa de golpe de Estado é considerada por advogados do ex-presidente como a única com potencial de levá-lo à prisão
Com Agências
A Polícia Federal acredita que os inquéritos que envolvem o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) poderão ser finalizados em quatro meses. Em um dos processos, que investiga a tentativa de golpe de Estado, os investigadores apresentarão o relatório final até julho ao ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. Esse caso é considerado por advogados do ex-presidente como o único com potencial de levá-lo à prisão. As informações são da colunista Bela Megale, do jornal O Globo.
No entanto, a primeira investigação sobre Bolsonaro finalizada deve ser sobre a falsificação de certificados do ex-presidente, familiares e ex-assessores. Já a segunda será a que apura o caso das joias sauditas que entraram ilegalmente no Brasil.
No último depoimento prestado por Bolsonaro, no dia 22 de fevereiro, o ex-presidente se manteve em silêncio. A oitiva ocorreu no âmbito do inquérito que investiga uma tentativa de golpe de Estado. Em entrevista coletiva na saída da PF, o advogado da equipe de Bolsonaro, Paulo Bueno, alegou que o ex-presidente "nunca foi simpático a qualquer tipo de movimento golpista".
"Esse silêncio, quero deixar claro, não é simplesmente o uso do exercício constitucional silêncio, mas uma estratégia baseada no fato de que a defesa não teve acesso a todos os elementos pelos quais está sendo imputada ao presidente a prática de certos delitos", apontou.
Bueno acrescentou que a falta de acesso à delação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, e a conteúdos de mídias obtidas em celulares apreendidos em operações deflagradas pela corporação "impedem que a defesa tenha um mínimo de conhecimento de por quais elementos o presidente é hoje convocado ao depoimento".
A disputa pelas duas vagas ao Senado que se abrirão em 2026 promete ser a mais acirrada e a amais equilibrada da história política tocantinense. Além da participação natural dos senadores que terminam seus mandatos, muitos nomes já manifestaram suas intenções em disputar a Casa Alta, e outros ainda devem surgir
Por Edson Rodrigues
Saem na frente os que já têm estratégias e planejamentos em prática. Ficam para trás os que ainda precisam disputar – e conquistar – territórios políticos para viabilizar a concretização dos seus sonhos.
Os dois senadores que devem disputar a reeleição, Eduardo Gomes, presidente do PL estadual, e Irajá Abreu, presidente do PSD.
Senadores Eduardo Gomes e Irajá Abreu
Enquanto Eduardo Gomes vem se destacando como o campeão no carreamento de recursos federais para os 139 municípios e para o Estado do Tocantins, tanto na gestão de Jair Bolsonaro quanto na gestão atual, de Luiz Inácio Lula da Silva, mantendo-se como um dos mais habilidosos articuladores políticos do Senado e tendo o respeito de todos os seus pares, Irajá Abreu, apesar de ter bons serviços prestados aos municípios que representa, assumiu o papel de adversário número um do governo Wanderlei Barbosa, desfiando um rol de denúncias contra a gestão estadual junto a órgãos fiscalizadores federais, mas sem encontrar respaldo legal para que nenhuma delas fosse levada adiante.
NOVOS E VELHOS NOMES
Deputado Felipe Martins
O deputado federal Felipe Martins, do PL, é o mais novo pretendente ao Senado. Candidato mais votado à Câmara Federal em Palmas, a tendência é que seu principal apoio venha da classe religiosa, mais precisamente, das Assembleias de Deus, que o elegeram para a Câmara federal e de onde é oriundo. Felipe não esconde de ninguém sua postulação ao cargo de senador e vem trabalhando abertamente para fortalecer sua candidatura.
Deputado Vicentinho Junior
Outros dois deputados federais também devem disputar o Senado. Vicentinho Jr., do PP e Carlos Gaguim, do União Brasil.
Vicentinho Jr. Acumula três mandatos consecutivos de deputado federal, e é presidente de sua legenda no Tocantins.
Já Carlos Gaguim (foto) tem passagem pela presidência da Assembleia Legislativa, foi governador-tampão e é deputado federal em terceiro mandato.
WANDERLEI BARBOSA
Mas, de todos os pretendentes, além de Eduardo Gomes e Irajá Abreu, que vão para a reeleição, a candidatura mais conhecida e sabida com antecedência para o senado em 2026 é a do governador Wanderlei Barbosa, que não pode concorrer à reeleição e tem o Senado como caminho natural para sua carreira política.
Sábio e humilde, Wanderlei Barbosa nem comenta sobre esse desenvolvimento natural da sua candidatura ao Senado, mas seus aliados, correligionário, simpatizantes e, até, o povo tocantinense,
defendem sua candidatura à Casa Alta em 2026, mesmo que, para isso, tenha que renunciar ao governo do Estado meses antes.
Wanderlei é um político amadurecido, com uma expertise que se iniciou como vereador de Porto Nacional, presidente da Câmara Municipal de Palmas, deputado estadual, vice-governador e governador reeleito. Ele aproveita o momento de bons resultados – e ótima popularidade – em sua gestão para continuar focado nas obras estruturais que deixarão seu legado, como a nova ponte sobre o Rio Tocantins em Porto Nacional, os Hospitais Regionais de Gurupi e Araguaína e, em breve, o Hospital Regional de Porto nacional, obra anunciada em conjunto com o deputado estadual Valdemar Jr.
Wanderlei já demonstrou que há tempo para tudo e, para tudo, há o seu tempo. Sua candidatura ao Senado vai acontecer, mas será confirmado no momento oportuno, a ser estipulado pelo próprio governador, lá para meados de 2025.
Até lá, muitas especulações, muito diz que me disse, muitas pesquisas e muitos nomes irão entrar e sair dos holofotes, positiva ou negativamente.
Ganha quem errar menos e trabalhar mais!
A cidade de Araguaína testemunhou uma demonstração massiva de apoio do Partido Democrático Trabalhista (PDT) à pré-candidatura de Jorge Frederico (Republicanos) à Prefeitura de Araguaína, durante um evento de filiação que lotou a Câmara Municipal. O ex-prefeito e ex-vice governador do Tocantins, Paulo Sidnei Antunes, assinou sua carta de filiação ao partido, consolidando ainda mais a presença política da legenda na região
Com Assessoria
A ocasião foi marcada pela apresentação da chapa completa do PDT, composta por 22 candidatos e candidatas a vereador que apoiarão Jorge Frederico nas eleições de 2024. A presença maciça de apoiadores e simpatizantes do partido demonstrou o entusiasmo e a confiança na plataforma política apresentada.
O atual vice-governador do estado e presidente regional do PDT, Laurez Moreira, marcou presença no evento, reforçando o compromisso do partido com a pré-candidatura de Jorge Frederico em Araguaína, e sua determinação em alcançar progresso e desenvolvimento para a cidade.
Um dos pontos altos do evento foi a declaração de apoio unânime à pré-candidatura a prefeito de Araguaína do deputado estadual, Jorge Frederico. Tanto Paulo Sidnei Antunes quanto Laurez Moreira enalteceram o perfil trabalhador e arrojado do pré-candidato, destacando sua capacidade de liderança e sua visão para o futuro da cidade.
“Estou muito feliz com o Jorge Frederico disputando essa eleição. É um político que eu conheço muito bem, promissor e muito trabalhador”, afirmou Paulo Sidnei.
“Nós acreditamos muito no Jorge Frederico, sabemos que ele tem um amor profundo por essa cidade, conhece Araguaína como ninguém, sabe das necessidades de cada homem e cada mulher, e sei que ele está preparado para ser um grande prefeito”, destacou Laurez.
Quem também marcou presença foi o Deputado Federal, Lázaro Botelho, que junto com o seu partido, o PP, fará parte da coalisão de apoio a Jorge Frederico.
O deputado é pré-candidato a Prefeito de Araguaína, Jorge Frederico, destacou o perfil ético e transparente de Paulo Sidnei, comemorando a importante adesão a este projeto por Araguaína. “Quando se fala em Paulo Sidnei, o povo liga à reserva moral, ao respeito, à transparência com a coisa pública. Estou muito feliz em receber o apoio do PDT à minha pré-candidatura, nessa discussão tão ampla que estamos fazendo, que se constrói com o diálogo”, afirmou Jorge.
Em seu discurso, Jorge deixou claro que sua linha de trabalho será voltada ao combate à alta carga tributária em Araguaína, com uma administração moderna e arrojada, focada no respeito ao cidadão.
“Vou entregar o melhor serviço público da história dessa cidade, faremos uma revisão completa nessa planta de valores abusivos do IPTU e garantir mais apoio aos nossos empreendedores, que geram emprego e renda para Araguaína”, destacou Jorge Frederico.
Com a adesão de figuras políticas influentes como Paulo Sidnei Antunes e o respaldo de líderes como Laurez Moreira, o PDT se consolida como uma força significativa no cenário político de Araguaína, prometendo uma campanha eleitoral vibrante e promissora, ao lado de Jorge Frederico, nas eleições municipais de 2024.
Também prestigiaram as filiações o presidente da Câmara de Araguaína, vereador Marcos Duarte (SD); o presidente da União dos Vereadores do Tocantins (Uvet), vereador Enoque Neto (Republicanos); o vereador de Araguaína, Flávio Cabanhas (PTB); os presidentes municipais do PP e MDB, Dr. Cabral e Ferreirinha, respectivamente; os vereadores de Santa Fé do Araguaia, Genivaldo Aparecido de Andrade (SD) e Savana Kelle Silva (SD); o pré-candidato a prefeito de Santa Fé do Araguaia, Marcio Capivara (PDT); e diversos correligionários.
Nas redes sociais, ditador venezuelano classificou o encontro como 'proveitoso'; agro e empreendedorismo foram temas da reunião
Por Hellen Leite
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu nesta sexta-feira (1º) com o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, durante a Celac (Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos), em São Vicente e Granadinas, no Caribe. De acordo com a imprensa venezuelana, os dois discutiram assuntos relacionados à cooperação técnica em agricultura e pecuária. Além disso, abordaram a expansão da colaboração, os investimentos e a organização de um encontro entre empresários.
Nas redes sociais, Maduro postou fotos com o presidente Lula e classificou o encontro como "proveitoso". "O propósito é seguir consolidando relações diplomáticas em diferentes setores para o desenvolvimento mútuo. Compromisso e cooperação", comentou.
A reunião acontece em meio ao aumento da repressão a críticos e opositores pelo regime chavista. O governo brasileiro expressou preocupação com essa escalada, mas tem evitado fazer críticas públicas.
Além disso, o encontro também ocorre em meio a um cenário de tensão entre a Venezuela e a Guiana devido à disputa pelo território de Essequibo. A disputa começou depois que a Venezuela reivindicou a anexação do território.
Na quarta-feira (28), o ministério das Relações Exteriores, Mauro Vieira, avaliou que a disputa entre os dois países "não é um problema simples", mas que o Brasil conseguiu que as duas nações sentassem à mesa e iniciassem o diálogo.
"Por enquanto, a gente não resolveu o problema, mas conseguimos que os países se sentassem e começassem um diálogo, que não é curto, não é simples, mas começou", afirmou a embaixadora Gisela Padovan, que atua como secretária de América Latina do Itamaraty.
Questionada sobre o papel brasileiro na mediação da crise, Padovan destacou a neutralidade do governo e a busca por uma solução negociada. "O Brasil não se manifesta a respeito do cerne da questão entre Guiana e Venezuela porque não nos compete. O que nos compete é facilitar o diálogo. A nossa posição se baseia em defender que o problema e a solução são uma questão bilateral, de respeito aos tratados internacionais, que é base da nossa Constituição", disse.