A senadora e ministra Kátia Abreu vive um dos maiores dilemas de sua vida política:  ou apóia incondicionalmente a presidente Dilma Rousseff e aposta em sua permanência na presidência da República ou sucumbe às prerrogativas do PMDB nacional e inicia um afastamento gradual de sua grande amiga.

 

Por Edson Rodrigues

Kátia já foi taxativa quanto á possibilidade de abertura de um processo de impeachment: “sou contra”.  Seu posicionamento pode ser considerado natural a partir do momento em que assumiu uma amizade pessoal com Dilma.  Uma amizade que extrapola o campo político e adentra o patamar do relacionamento particular, coisa de comadre com comadre.

A lealdade de Kátia para com Dilma tem mais a ver com a sua escolha para um dos principais ministérios do governo federal – o da Agricultura – e, mais recentemente, com o fortalecimento de sua posição com a aglutinação do ministério da pesca.  Isso tem a ver com confiança companheirismo e, principalmente, amizade.  Uma espécie de estrada sem volta com obstáculos de nomes bem conhecidos como TCU, TSE, Congresso Nacional, escândalos de corrupção, impopularidade e, principalmente, opinião pública, todos contrários à Dilma ou, trocando em miúdos, á sua amizade.

A se levar em conta o ano que se aproxima, ano eleitoral. Ainda podemos acrescentar como pontos contrários a essa amizade uma economia ainda pior, com aumentos nos combustíveis, eletricidade, água, planos de saúde, tributos federais, estaduais, municipais, taxas para abertura de novas empresas e outros encargos, que só aumentarão o descontentamento da população para com o governo federal.

Logo, teremos uma ministra tocantinense entre a cruz e a espada, tendo que optar por apostar no milagre da recuperação total de Dilma ou na sua derrocada iminente.  Entre a manutenção de uma lealdade canina ou um afastamento gradual e salvador para suas pretensões políticas.

Tão sábia quanto foi para cultivar a amizade com a presidente Dilma Rousseff, Kátia Abreu o será para medir e calcular as consequências de seus atos.

Entre a manutenção da fidelidade e o posicionamento neutro, estão verbas, indicações e articulações que incluem o futuro político do seu clã.

Kátia Abreu não chegou aonde chegou por acaso.  Cabe a ela medir conseqüências e resultados ou para qual lado vai na estrada do destino.

Você poderá ter acesso a uma análise mais aprofundada na edição impressa da próxima semana.

De resto, quem viver verá!

Posted On Sábado, 10 Outubro 2015 09:28 Escrito por

Mais uma vez o sangue nas veias, o caráter e a proatividade da mulher tocantinense ganham destaque e se sobressaem em um campo de atuação.  Desta vez são o Palácio do Planalto e a Câmara Federal que sentem o quanto nossas mulheres são guerreiras, astutas e têm personalidade própria quando o assunto é o bem do povo do seu estado.  Dulce Miranda e Josi Nunes, ambas deputadas federais pelo PMDB não caminharam junto com a manada e surpreenderam com posicionamentos contrários àquilo que consideraram fora dos padrões da ética e da moralidade política.

 

Por Edson Rodrigues

As duas mostraram que são, efetivamente, legisladoras, deputadas federais á serviço do povo e, não, fantoches nas mãos de “líderes” políticos.

Primeiro se recusaram a assinar os documentos que selam a união do PMDB com o governo federal em troca de cargos e ministérios, pois subserviência é uma palavra que não está em seus dicionários.  Fizeram isso porque não compactuam com os desmandos do Palácio do Planalto que, desorientado, gastou mais que devia, se envolveu em casos de corrupção com empreiteiras e vem envergonhando o País no exterior com escândalos e mais escândalos sendo revelados à cada dia.

Não foi à esse PMDB que Dulce Miranda e Josi Nunes se filiaram.  Muito menos ao PMDB que privilegia a influência da senadora e ministra Kátia Abreu sobre a presidente Dilma Rousseff em detrimento do relacionamento da presidente com o governador Marcelo Miranda.

 

TOCANTINS

Josi Nunes e Dulce Miranda não querem que no Tocantins atue o PMDB que faz vistas grossas ao caos na Saúde, à recessão econômica pela qual o Brasil passa, ao aumento abusivo de impostos que só sobrecarrega os cidadãos e os empresários, e aos índices de violência que só aumentam em todo o País.

Elas querem o PMDB de Ulysses Guimarães, que lutava pelo povo e para o povo.  Não querem um governo paralelo no Tocantins, comandado por Kátia Abreu sob as benesses de Dilma Rousseff.  Elas entendem que isso só complica e dificulta o relacionamento entre o governo do Estado e o governo federal, enfraquecendo a figura de Marcelo Miranda e não vêem como um governo com os índices de aprovação mais baixos da história pode intervir de forma positiva na vida do tocantinense.

Dulce e Josi batem o pé, mostram que têm identidade própria, personalidade forte e, principalmente, maturidade política para decidir entre o certo e o errado, entre o que pode e o que não tem chances de dar certo, e observam com o olhar aguçado das águias toda e qualquer ameaça ao povo tocantinense, que as elegeu na esperança de que fizessem exatamente isso:  cuidassem dele como mães, como guerreiras e como protetoras.

E é exatamente essa análise que salta aos olhos dos que observam a atuação da duas, que preferem ficar ao lado do povo tocantinense, mesmo indo contra a maré do seu partido a nível nacional, do que ombrear com um governo que ruma para a execração política, sob risco de impeachment.

Dulce Miranda e Josi Nunes escolheram SER deputadas, na mais pura essência da função e, não, ESTAR deputadas, para apenas servir de massa de manobra.

O povo tocantinense agradece!

Quem viver verá!

Posted On Sexta, 09 Outubro 2015 09:50 Escrito por

Após pedir vistas ao processo e adiar a votação final sobre a Lei da Ficha Limpa no STF, o ministro Dias Toffoli proferiu seu voto sobre o tema e causou mais controvérsia no plenário do STF

 

Por Edson Rodrigues

Pelo entendimento de Toffoli, a Ficha Limpa vai contra o princípio da presunção de inocência e, portanto, seria inconstitucional.

Mas, como a votação já vinha acontecendo, é pouco provável que o posicionamento de Toffoli seja acatado.

Toffoli, indicado pelo PT, afirma que a Lei foi mal redigida e que abriria brechas para diversas interpretações, mas os votos de Luiz Fux e Joaquim Barbosa destroem o argumento do magistrado e mantém em 8 anos o período de inelegibilidade.

 

TOCANTINS

A se manter o entendimento quanto ao período de inelegibilidade, o governador Marcelo Miranda não poderia nem ter assumido a vaga no senado, muito menos ser candidato ao governo do Estado.

Vale lembrar que O Paralelo 13 já havia alertado aos leitores a possibilidade desse julgamento ter influência diretas na vida política do Tocantins, em artigo publicado no mês de maio deste ano.

Com a reabertura do julgamento, a possibilidade de uma decisão que afete a eleição de Marcelo Miranda ode acontecer em poucos dias e, na pior das hipóteses, o registro da candidatura do atual governador do Tocantins pode ser cassado, assim como pode acontecer com Cássio Cunha Lima, senador pelo estado da Paraíba.

O entendimento do STF aponta que a Lei da Ficha Limpa é absolutamente legal, faltando apenas definir sua aplicação.

Enquanto a minoria dos magistrados entende que o prazo de inelegibilidade seria de 3 anos, a corrente mais forte defende a inelegibilidade por oito anos, o que afetaria diretamente a vida política de Marcelo Miranda.

Agora, resta esperar o posicionamento da ministra Rosa Weber, que definirá, finalmente, qual será o caminho tomado pelo STF nessa questão.

Enquanto alguns comemoram, outros põem as barbas de molho, pois dias difíceis se avizinham.

Quem viver verá!

Posted On Quinta, 08 Outubro 2015 18:02 Escrito por

O Tocantins completa 27 anos nesta segunda-feira, cinco de outubro.  Durante todos esses anos, O Paralelo 13, fundado um ano antes da criação do Estado e veiculado mensalmente, vem lutando para divulgar as potencialidades do Tocantins, as suas belezas naturais, suas vitórias e seus exemplos.  Mas, nem sempre essas qualidades foram capazes de superar os problemas enfrentados pelo nosso povo.

 

Por Edson Rodrigues

O maior exemplo disso foi o “presente” que o povo tocantinense ganhou exatamente hoje, ao ver veiculada pela TV Globo nacional uma reportagem falando do atendimento dispensado aos pacientes de câncer do nosso Estado.  Apenas uma máquina para o tratamento existe no estado e, mesmo assim, ela está quebrada, levando nossos doentes a ter que se deslocar até o Maranhão – quanta ironia! – para receber um tratamento adequado.

E olha que a nossa Saúde é uma exceção à regra,  pois conta com um excelente gestor, Samuel Bonilha, mas, infelizmente, com pouca atenção do governo do Estado.  Onde sobra gestão faltam recursos. Ou seja, o Tocantins, hoje, é um Estado novo padecendo dos velhos vícios. 

Onde antes se reclamava dos pacientes do Pará, do Mato Grosso e do próprio Maranhão, que enchiam nossos hospitais em busca de atendimento de qualidade, hoje recorremos ao irmão mais pobre do Nordeste, o Maranhão, para poder tratar dos nossos pacientes de câncer.

O Tocantins, historicamente, sempre apresentou altos e baixos.  O problema é que os baixos sempre viram notícias nacionais, como é o caso da cassação do atual governador, Marcelo Miranda.  Um “baixo” que expôs muito o povo tocantinense a todo tipo de humilhação e vergonha, que vinha sendo esquecido com o passar do tempo.  Veio a ferrovia Norte-Sul, um “alto” significativo, abrindo novas fronteiras para a economia do nosso Tocantins, trazendo a chance de uma industrialização salvadora e redentora, mas eis que a obra empacou, as empresas travaram investimentos e, hoje, de novo, nosso governador enfrenta mais um pedido de cassação do seu mandato.  Só não virou notícia nacional, ainda, mas é um”baixo” que vem numa ora inoportuna, pois vai-se somar aos outros “baixos” que assolam o nosso país e o nosso Estado, transformando a situação em um momento muito complicado para o povo tocantinense.

 

Além da cassação de um governador, o Tocantins também teve governador biônico e desembargadores punidos por vender sentenças.  Para quem acha que isso é feio, um outro dado é ainda mais estarrecedor:  1.200 pessoas condenadas por improbidade administrativa em apenas 27 anos de existência do Tocantins!

Para quem acha que já basta, o governador Marcelo Miranda dá um recado claro de que ainda não passamos vergonha suficiente, ao manter em seu governo, contrariando a Lei, 13 pessoas sabidamente fichas-sujas, empossadas no primeiro e segundo escalões da administração estadual, entre eles o seu próprio tio, Dr. Luiz Antônio, que teve que se valer de uma liminar para poder tomar posse.  Uma verdadeira afronta ao bom-senso administrativo, pois é o único estado que teima em desrespeitar a Lei da Ficha Limpa, entregando orçamentos vultosos nas mãos de pessoas que a Justiça decretou impróprios para assumir cargos públicos.

Mais um dado ruim?  Lá vai:  na última quarta-feira, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, encaminhou, em caráter de urgência, ao STF, um requerimento em que pede a nulidade do “Trem da Alegria” da secretaria da Fazenda do Tocantins.  Uma ação do governo do Estado que transforma, da noite para o dia, fiscais em auditores da Receita Estadual, mesmo que não reúnam as exigências nem os conhecimentos técnicos para o cargo.

Caso o requerimento de Janot seja acatado pelo STF, os cofres estaduais terão que devolver todas as multas e reverter todas as ações desses fiscais/auditores.

Mas, vamos falar um pouco de coisas boas.

Primeiro, do povo tocantinense, que sempre se mostrou colaborativo, participante, consciente e, principalmente, resiliente, resistindo a todos os problemas com bravura.  Com apenas 27 anos de idade, o Tocantins, hoje, está muito bem prestigiado nas mais altas esferas do governo federal, com uma ministra – super-poderosa, que comanda a Agricultura e a Pesca do País, um primeiro-secretário da mesa diretora do Senado Federal e um secretário executivo nacional do ministério do Turismo.

Ou seja, o Tocantins vive, hoje, um momento em que seu povo é muito prestigiado por sua inteligência e sua capacidade, com filhos seus ocupando cargos estratégicos para o desenvolvimento do País e podendo contribuir para que nosso Estado receba uma atenção mais direta do governo federal...

Pena que o governador Marcelo Miranda não mantém, com nenhum dos três, ministra, senador ou secretário executivo nacional, um mínimo relacionamento institucional, muito menos harmônico, fechando portas importantíssimas para desafogar nossa economia...

Pois é, ia falar de coisas boas....quem sabe no nosso próximo aniversário...

Quem viver verá!

Posted On Segunda, 05 Outubro 2015 14:53 Escrito por

Posicionamento das deputadas federais Dulce Miranda e Josi Nunes pode colocar em cheque lealdade de Marcelo Miranda à Dilma Rousseff

 

Por Edson Rodrigues

 

Ninguém duvida mais da lealdade e do apoio do governador Marcelo Miranda à presidente Dilma Rousseff.  Disso temos várias provas.  Mas, como política não é matemática e, logo, nada é exato, de nada vale a fidelidade se ela não redunda nos votos de que o governo tanto precisa no Congresso nacional.

Pois se for medida em votos, a lealdade de Marcelo Miranda à Dilma Rousseff virou pó nesta sexta-feira, 2 de outubro.  Os dois únicos votos no Congresso que Marcelo podia “chamar de seus”, os de sua esposa, Dulce Miranda e da gurupiense Josi Nunes, deputadas federais pelo PMDB, debandaram para a parte minoritária do PMDB que foi contrária ao “ajuste” ministerial que apaziguou os ânimos de Michel temer, Eduardo Cunha, Leonardo Picciani e de Renan Calheiros.  Além disso, Dulce e Josi assinaram um documento que repudia o acordo do PMDB com Dilma.

Esse posicionamento assumido pelas duas deputadas tocantinenses instala um clima de distanciamento das duas e, por conseguinte, de Marcelo Miranda com o conglomerado do primeiro escalão de Dilma Rousseff e do vice-presidente Michel Temer e abala a convivência com o líder da bancada peemedebista, Leonardo Picciani e com o presidente do Senado, Renan Calheiros, numa demonstração clara de que o relacionamento dos tocantinenses com os caciques do PMDB está frágil e quebradiço.

Por outro lado, essa ruptura mostra que as deputadas federais tocantinense não compactuam com as barganha nem com a extorsão ao governo federal e que as duas querem mudanças reais na condução da política brasileira.

O problema é que, na prática, essa atitude deixa o governador Marcelo Miranda praticamente nu, pois ele terá que optar entre esse posicionamento ou a defesa canina que vinha desempenhando quanto ao governo Dilma e, somada ao fato de o presidente estadual do partido no Tocantins, Derval de Paiva ter defendido, recentemente, o impeachment da presidente da República, leva a crer que há um comportamento no mínimo dúbio por parte do Palácio Araguaia para com o Palácio do Planalto.

Isso enfraquece o discurso e o posicionamento de Marcelo Miranda, sempre favorável á Dilma e, nesse contexto, quem sai fortalecida é a senadora Kátia Abreu que, além de ter sido turbinada com o englobamento do ministério da Pesca pelo seu ministério da Agricultura, ainda passa a ser a principal interlocutora do PMDB no Tocantins.  Além disso, a senadora foi o elo entre o Palácio do Planalto e os dois indicados para os ministérios da Saúde e da Tecnologia, concretizando de vez sua influência sobre a presidente da República.

 

TOCANTINS

Em resumo, volta à tona toda a especulação acerca de uma nova intervenção da cúpula do PMDB sobre o diretório tocantinense do partido, o que pode significar uma troca nos comandos dos órgãos federais com representações no Tocantins, cujos titulares foram indicados por Dulce Miranda e por Josi Nunes.

Para piorar, a popularidade de Dilma no Tocantins segue em queda livre, ultrapassando a casa dos 90% de reprovação ao seu governo, sinalizando que as deputadas saíram na frente ao escolher o caminho do distanciamento.

Uma prova disso pode ser o fato de o vice-presidente Michel Temer ter recebido, na noite de ontem, os principais caciques do PMDB no palácio do Jaburu, em Brasília, ondee traçou com eles o balanço da reforma ministerial. Os peemedebistas comemoraram o fortalecimento do partido, que não só aumentou seu número de pastas na Esplanada como recebeu ministérios mais robustos.

 

Leonardo Picciani, líder do PMDB na Câmara, Celso Pansera (novo ministro da Ciência e Tecnologia) e Marcelo Castro (futuro titular da Saúde) chegaram ao Palácio do Jaburu logo depois de Dilma Rousseff ter formalizado os convites para que os deputados compusessem o primeiro escalão do governo.

 

Também estavam por lá Eunício Oliveira (líder do PMDB no Senado), Renan Calheiros (presidente do Senado), Eliseu Padilha (Aviação Civil) e Henrique Eduardo Alves (Turismo), além do senador Jader Barbalho e de Helder Barbalho (ministro da Pesca que assumirá Portos).

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, não foi convidado, muito menos as duas deputadas federais tocantinenses.

O futuro irá dizer quem agiu certo e quem “comeu mosca” nesse imbróglio.

Quem viver verá!

Posted On Sábado, 03 Outubro 2015 06:36 Escrito por
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