O empresário Carlos Amastha, atual prefeito da Capital tocantinense, Palmas, que estava na cidade, no Estado, no momento certo – para ele, lógico.
Por Edson Rodrigues
Vendo a vontade do povo por mudanças, principalmente econômicas, ele, que na época, era o “bambambã” do mundo empresarial do Tocantins, com um empreendimento empresarial em expansão, juntou a isso o fato de ser uma pessoa simpática, educada e com um grande trabalho de marketing pessoal, terminou seu o shopping Capim Dourado e entrou na política partidária.
Amastha foi esperto o bastante para saber que, antes de tudo, precisaria se legitimar no campo político, e saiu em busca dos dois únicos políticos que representavam lideranças legítimas na Capital, que tinham “bandeiras” muito próximas aos clamores populares, que eram o combativo Wanderlei Barbosa e o então popular Sargento Aragão. Amastha procurou construir sua candidatura em cima do que a população mais almejava dos políticos de então.
Amastha se tornou candidato a prefeito de Palmas, tendo Wanderlei Barbosa o seu principal avalista político, pregando uma proposta de dias melhores ao povo palmense, principalmente aos grandes e pequenos empreendedores, com a possibilidade de todos serem beneficiados com uma administração de ação social, de justiça, com novas oportunidades aos jovens.
Como candidato, fez promessas exatas, de acordo com as necessidades da a comunidade, chegando a falar, por várias vezes, na construção de um hospital na zona sul e outro na zona norte de Palmas, médicos da família, postos de saúde equipados e com remédios... Realmente, naquela campanha, o empresário Carlos Amastha havia se transformado no que se pode chamar de um verdadeiro político, que soube juntar sua capacidade empreendedora – inegável – com a aparente vontade de mudar uma realidade que há anos castigava os cidadãos da Capital tocantinense.
Elegeu-se prefeito de Palmas, causando uma surpresa geral, mas sua máscara caiu logo depois, quando o homem das mudanças se transformou em um político partidário “bipolar”. Antes mesmo de tomar posse, implodiu sua parceria com um de seus principais avalistas, o então deputado estadual Sargento Aragão. Seu vice-prefeito que, segundo fontes, não concordava na “importação” de “estrangeiros”, todos amigos de Amastha de longa data, para assumir os principais cargos do primeiro, segundo e terceiro escalões da prefeitura de Palmas.
Com o rompimento, Amastha estava livre para formar sua equipe, e ainda com o apoio de seu outro avalista, o também deputado Wanderlei Barbosa. Amastha convidou a irmã de Wanderlei, Dona Berenice, para secretária da Educação, contemplando o maior distrito e região de Palmas, no qual vinha fazendo um trabalho de qualidade voltado para a educação escolar. Mas, pouco tempo depois, Amastha perde, também, o apoio de Wanderlei Barbosa, pois Berenice já não aguentava mais os boicotes em sua secretaria.
Assim se fez a grande transformação do empresário Carlos Amastha em um político “bipolar”. O prefeito formou seu quadro de auxiliares com pessoas, em sua maioria, vinda do sul, todos seus amigos e sem nenhum laço familiar, políticos ou de amizade, seja na Capital, seja no Estado.
Aos grandes, médios e pequenos empresários, à comunidade, à população, aos investidores, à juventude, à classe política, o prefeito “bipolar”, Carlos Amastha, presenteou coletivamente com multas de trânsito, estacionamentos pagos, ISSQN, ICMS e IPTU com aumentos fora da realidade econômica, falta de remédio nos postos de Saúde, proibição de Vans circulando nas quadras da Capital e fechamento de escolas. O cidadão, o eleitor que acreditou em Amastha, acabou recompensado com seu nome em destaque no SPC, por não ter conseguido pagar as taxas exorbitantes cobradas pela administração municipal.
É esse Carlos “Bipolar” Amastha que, agora, tira seu novo às das mangas e deve apresentar ao povo palmense, como seus novos avalistas, a maioria dos vereadores da Câmara Municipal dentre eles o seu presidente Rogério Freitas – que os comanda – e, segundo fontes, a família Abreu em sua plenitude, com o deputado Irajá Abreu e a senadora e ministra Kátia Abreu. O que não se sabe, ainda, é se esse novos “alicerces” de uma candidatura de Amastha à reeleição, reunirão as mesmas qualidades apresentadas por Aragão e Barbosa, à época de sua primeira empreitada.
Mas, quem irá fazer o reconhecimento desse aval, é o eleitor, no dia da eleição. Aos seus novos avalistas, recomenda-se olhar o tratamento que Amastha dispensou aos primeiros: o povo, Sargento Aragão e o deputado Wanderlei só o eleitor saberá se Carlos “Bipolar” Amastha, merece ou não mais 4 anos de mandato.
Os ex-avalistas de Carlos “Bipolar” Amastha
A matéria completa sobre a candidatura de Amastha à reeleição, os leitores poderão acompanhar na próxima edição do jornal O Paralelo 13 impresso.
Sargento Aragão
Deputado Wanderly Barbosa
Oa atuais Avalista do prefeito
Kátia Abreu e Irajá Abreu
Presidente da Câmara Municipal de Palmas Rogério Freittas
Olhando para um passado recente, pode-se dizer que a senadora e ministra Kátia Abreu foi empurrada “goela abaixo” do PMDB tocantinense, tendo em vista que o presidente da legenda, ex-deputado federal Jr. Coimbra, era radicalmente contra o ingresso da senadora no partido para ser candidata a reeleição ao Senado. Para ingressar nas fileiras peemedebistas, a senadora precisou contar com o total aval do vice-presidente da república e presidente nacional do PMDB, Michel Temer.
Por: Edson Rodrigues
Pode-se dizer que Kátia aproveitou-se dos apuros do então pré-candidato da legenda, Marcelo Miranda, que estava prestes a ser engolido pelas articulações de Eduardo Siqueira Campos, que arquitetava a formação de um “chapão”, com vários partidos na coligação, dentre eles o próprio PMDB de Jr. Coimbra, que tinha 75% do partido sobre o seu controle. O plano era que o ex-governador Siqueira Campos renunciaria um ano antes para viabilizar a legalidade da candidatura de Eduardo ao governo do Estado.
Só que a senadora Kátia, querendo ficar com a amiga Dilma Rousseff, entrou no jogo, pactuou com o então pré-candidato Marcelo Miranda, com a então presidente do PMDB Mulher, deputada Josi Nunes, com o vice-prefeito Derval de Paiva, e foi ao amigo Michel Temer e sentenciou a intervenção no partido, que a tornou presidente da comissão provisória do PMDB- TO. O plano da formação do blocão foi para o ralo, Coimbra perdeu força e palanque, e acabou ficando com a primeira suplência, enquanto que Eduardo teve que se contentar com a condição de deputado estadual.
Kátia foi reeleita senadora, e Marcelo governador do Tocantins pelo 3° mandato. O problema é que, mesmo antes de tomarem posse, Kátia e Marcelo se desentenderam na formação da equipe de governo, e, dessa forma, racharam o PMDB, que enfrentou uma sangria lenta e dolorosa no Estado nos últimos anos.
NOSSO PONTO DE VISTA
Mas, eis que podem estar contados os dias da permanência de Kátia Abreu no PMDB, caso não aconteça, muito em breve, um entendimento entre a presidente Dilma Rousseff e a cúpula do PMDB nacional que, dizem, arquiteta planos de apoiar a oposição em um possível pedido de impeachment de Dilma.
Esse entendimento, talvez aconteça no próximo dia 15 de novembro, data em que o PMDB nacional fará uma convenção para discutir uma pauta que traz como destaque justamente a decisão de ficar ou não no governo. Se a convenção fosse hoje, a tese do rompimento com Dilma ganharia com mais de 80% dos votos, levando-se em conta o desgaste do governo provocado pelo “pacote de maldades” anunciado no início da semana, com a criação de novos impostos (CPMF e Cia.) e o aumento nas alíquotas de tributos já existentes, que contribuiu para a manutenção da popularidade da presidente abaixo da casa dos 8%. Se depender do PMDB, na Câmara, leia-se Eduardo Cunha, o “pacote de maldades” nem vai à votação no plenário este ano.
KÁTIA NA BERLINDA
A senadora e ministra Kátia Abreu estava na comitiva do vice-presidente Michel Temer em uma viagem oficial à Rússia, porém segundo a mídia nacional, Kátia suspendeu repentinamente sua presença na comitiva. Apesar dos sinais, a ministra nega tal ruptura com Temer e com o PMDB nacional, mas, a se observar bem os fatos, o clima para Kátia no PMDB nacional começa a azedar, principalmente com o presidente Eduardo Cunha.
São três as situações mais prováveis que impediriam Kátia de ficar no PMDB:
1- Caso o partido decida romper com o governo Dilma Rousseff na convenção nacional, marcada para novembro.
2- Se o PMDB votar pelo impeachment da presidente Dilma.
3- Caso o PMDB derrote a presidente Dilma na votação do “pacote de maldades” que ressuscita a CPMF.
Esses três fatores seriam impedimentos à continuidade de Kátia no PMDB pelo simples motivo de que a senadora e ministra é amiga pessoal da presidente Dilma Rousseff, e sabe como ninguém que Dilma enfrentou o ex-presidente Lula, o PT nacional e outros aliados deles do PMDB, todos contrários à sua indicação para o ministério da Agricultura.
A convivência das duas não é só institucional, é de amizade, de ombro a ombro e por ser leal a presidenta Dilma Rousseff, com o PMDB rompido com o governo Dilma, caso a senadora fique no partido, corre o risco de ser expulsa da legenda.
Lembramos que O mandato de presidente da república, senador e prefeito, pertence ao titular e, não, à legenda pela qual foi eleito. Assim sendo, a senadora não corre o risco da perda do mandato.
TOCANTINS
Com esse clima político em Brasília, quando a senadora e ministra é principal atração, aqui no Tocantins o quadro político está prestes a explodir, tal qual
panela de pressão. Como ficará o PMDB dos Abreu, caso a cúpula nacional do partido decida ser oposição à presidente Dilma Rousseff?
E se for votado e aprovado o impeachment da presidente Dilma, Kátia, por ser uma pessoa de personalidade forte, uma mulher de posição, leal e amiga de Dilma, se verá obrigada a mudar de legenda, sem correr risco da perda do mandato?
E o PMDB no Estado? Volta 100% ao comando do Palácio Araguaia, com um prazo curtíssimo para a saída e filiações dos correligionários de Kátia para que possam ser candidatos a um mandato eletivo em 2016, nas eleições municipais?
Os seguidores dos Abreu vão seguir a ministra ou ficar no PMDB?
“Só quem conhece o segredo da noite, tem o direito ao milagre do amanhecer”. Golbery do Couto e Silva.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Como política não é matemática e nada é exato, tudo pode mudar de uma hora para outra, por maior que seja o número de fatores que possam levar a essa mudança. Logo, caso Dilma consiga contornar a atual situação e, em nome da governabilidade do País, trazer, de uma forma ou de outra, o PMDB, novamente, para junto de sua base aliada e, consequentemente, aprovar no Congresso e no Senado o seu “pacote de maldades” – com CPMF e tudo, mostrando um realinhamento com a cúpula do PMDB nacional – leia-se Michel Temer, Eduardo Cunha e Renan Calheiros –, e Kátia Abreu for para a Casa Civil, indo Mercadante para a Educação, não temos dúvida que a senadora tocantinense irá se tornar o personagem mais forte em toda essa história e potencial candidata à reeleição de Dilma Rousseff em 2018.
Como dissemos, tudo isso depende, primeiramente, do PMDB, do Congresso e do Senado aprovarem o “pacote de maldades”.
Quem viver, verá!
Cada vez mais distante do governo, a bancada do PSB do Senado disparou mais uma saraivada de críticas ao governo Dilma. Os senadores prepararam uma nota questionando as novas medidas de ajuste fiscal anunciadas ontem pelo Palácio do Planalto. No documento, os sete senadores socialistas dizem que a presidente Dilma Rousseff "apenas corre atrás do prejuízo" ao tentar "recompor o Orçamento para 2016".
Por Edson Rodrigues
Os parlamentares também criticam a ausência de propostas como a taxação de grandes fortunas e a "pouca relevância dada aos aspectos inflacionários e recessivos do aumento da carga tributária em moldes regressivos."
As críticas ocorrem depois que notícias de que setores do PSB começaram a flertar com o impeachment. Membros da executiva nacional do partido se encontraram com os senadores José Serra e Aécio Neves, do PSDB. Também iniciaram aproximação com o vice-presidente Michel Temer.
REFLEXOS NO TOCANTINS
Essas atitudes da cúpula nacional do PSB colocam em cheque um casamento que parecia tranqüilo no Tocantins. A aproximação do clã dos Abreu, por meio do deputado federal Irajá, com o prefeito de Palmas, Carlos Amastha pode terminar sem nem ter começado direito.
Seguindo o raciocino oposicionista, o PSB contrário ao governo Dilma mata qualquer chance de Amastha conseguir levantar os recursos necessários para a construção do VLT – Veículo Leve sobre Trilhos –, cujo contrato junto à prefeitura de Palmas foi assinado com a Caixa Econômica Federal (CEF) no fim de 2014.
Com que cara Amastha vai à Brasília, de pires na mão, solicitar a liberação de recursos.
Outro ponto será como a senadora e ministra Kátia Abreu vai administrar essa situação de ser “a mulher forte do governo Dilma” e apoiar o prefeito da Capital do seu Estado, cujo partido quer apear a presidente do Palácio do Planalto?
Será que a presidente vai aceitar essa situação ou cobrará um posicionamento assertivo de sua ministra?
Com a palavra, o clã dos Abreu!
Quem viver, verá!
NOTA DA BANCADA DO PSB NO SENADO FEDERAL SOBRE AS MEDIDAS DE AJUSTE ANUNCIADAS PELO GOVERNO
A bancada do Partido Socialista Brasileiro (PSB) no Senado Federal, reunida nesta terça-feira (15/09), para analisar as novas medidas de ajuste, anunciadas pelos ministros Joaquim Levy, da Fazenda, e Nelson Barbosa, do Planejamento, considera que o governo apenas corre atrás do prejuízo ao tentar, com atraso, recompor o Orçamento para 2016, enviado ao Congresso Nacional, com uma previsão de um déficit de R$ 30 bilhões. Infere-se uma intenção também tardia de acalmar os mercados após o rebaixamento da nota do Brasil.
Considera que seria mais correto anunciar, imediatamente, os cortes nas despesas do governo e a reforma administrativa, antes mesmo de propor novos sacrificios para a sociedade.
E, o que é pior, o faz com medidas que frustram as expectativas de uma abordagem mais macroeconômica da crise que estamos enfrentando.
Considera lamentavel a omissão de qualquer medida de taxação de grandes fortunas ou que torne mais eficiente a cobrança dos débitos bilionários de grandes sonegadores, assim como parece dar pouca relevância aos aspectos inflacionários e recessivos do aumento da carga tributária em moldes regressivos.
A bancada socialista no Senado Federal, apesar de considerar que essa posição, agora anunciada, é melhor que a letargia anterior, que paralisava o governo, após consultas aos governadores do Partido, e levando em conta os interesses nacionais, vai analisar o impacto dessas medidas nos Estados, ao mesmo tempo em que reafirma sua dificuldade política em apoiar medidas que retirem direitos já adquiridos dos trabalhadores, como, por exemplo, o congelamento de reajustes salariais.
Brasília, 15 de setembro de 2015
Senador João Capiberibe (AP), líder da bancada
Senador Antonio Carlos Valadares (SE)
Senador Fernando Bezerra Coelho (PE)
Senadora Lídice da Mata (BA)
Senadora Lúcia Vania (GO)
Senador Roberto Rocha (MA)
Romário (RJ)
Nesta segunda-feira, dia 14, o presidente do Diretório Estadual ex-senador e “juiz de paz”, Derval de Paiva, conseguiu dar um passo importantíssimo em direção à união do partido em todo o Estado.
Por: Edson Rodrigues
Segundo uma fonte presente à reunião, a participação do PMDB da Capital no governo do Estado foi assegurada pelo governador Marcelo Miranda, que considerou a reunião uma espécie de “reintegração de posse” ao diretório da Capital, que estava meio que alijado do dia-a-dia palaciano, por uma série de insatisfações e mals-entendidos.
A cúpula do partido esteve com o governador Marcelo Miranda no Palácio Araguaia, além de vereadores da Capital e prefeitos municipais da legenda. A reunião foi comandada pelos articuladores políticos do governo, Derval de Paiva, Dr. Herbert “Buti” Brito e Paulo Sidney e foi um verdadeiro “lava roupas”, franca, respeitosa, sincera e aberta, quando foi dada a oportunidade de todos falarem.
Com muita sabedoria, humildade, carisma e, principalmente, calma, o anfitrião, governador Marcelo Miranda soube ouvir, observar e controlar a temperatura, mesmo quando as divergências despontaram.
Derval de Paiva foi o mediador, sempre contando com a artimanha que lhe é peculiar, aliada à simplicidade dos secretários, Dr. Buti e Paulo Sidney, que sempre intervinham para fazer pequenos ajustes nas discussões. A união partidária, o fortalecimento da legenda e a sucessão municipal palmense compuseram a pauta da reunião.
Segundo duas fontes que participaram da reunião o resultado foi altamente positivo, salutar, quando muitos entraram armados “até os dentes”, mas com a forma com que foram recebidos e tratados pelo governador Marcelo Miranda, não houve clima para ninguém pegar em armas. O “juiz de paz” e “filósofo” Derval de Paiva foi tão sábio na condução da reunião, que todos saíram satisfeitos com suas participações, quando falaram, discutiram e puderam reclamar, apresentando críticas, sugestões, demandas e reivindicações, tudo com o máximo respeito.
Estiveram presentes os vereadores Carlos Braga, Rogério Freitas, Joel Gomes, Hermes, e o presidente da legenda em Palmas, o Lázaro Borges.
RESGATE DA REPRESENTATIVIDADE E GAGUIM CRITICADO
A reunião da noite de segunda-feira foi muito mais que um simples acertar de ponteiros. Trata-se do resgate de uma representatividade que estava ameaçada de desaparecer. Afinal, o PMDB sempre esteve presente de forma significativa na vida do Tocantins. Desde a sua criação, na Assembleia Constituinte de 1988, presidida pelo maior peemedebista de todos os tempos, Ulysses Guimarães, até no decorrer da história política do Estado, à qual a legenda emprestou diversos nomes, desde os governadores Moisés Avelino, Marcelo Miranda, passando por senadores, deputados federais, estaduais, prefeitos e vereadores em todos os rincões do Tocantins.
Espera-se, agora, que tudo o que foi discutido e apresentado seja colocado em prática o mais breve possível, visto que as eleições municipais de 2016 já estão em pauta para todas das legendas, enquanto o PMDB precisava “arrumar a casa” para entrar definitivamente na briga, com chances de vitórias significativas que resgatarão, de vez, sua credibilidade e representatividade.
O único ponto destoante da reunião foi o nome de Carlos Gaguim, a quem foram tecidas duras críticas pela maneira com que vem se comportando politicamente e com quem parece que o PMDB não quer mais nada que os una.
“Gaguim, com sua arrogância e comportamento “bipolar”, deve ou baixar sua cabeça ou procurar outra legenda que o agüente”, afirmou uma fonte presente à reunião.
Agora é esperar pra ver no que dá.
Quem viver, verá!
A deputada federal Josi Nunes realizou, neste último domingo, junto com os seus companheiros do PMDB, amigos e líderes de outras agremiações, dentre eles, o combatente e competente vereador Canção, os deputados Carlos Carlesse e Eduardo do DERTINS, presidente do PPS e presidente da CPI da SENEATINS, uma reunião que contou com a emblemática presença do empresário Oswaldo Stival.
Por Edson Rodrigues
A intenção é a articulação para a candidatura de um nome independente, genuíno, puro e que tenha bom trânsito como todos os segmentos da Capital da Amizade. Com as últimas movimentações no tabuleiro político da cidade, caso Stival seja esse nome, dificilmente o grupo liderado por Josi Nunes, perde a disputa pelo paço municipal gurupiense.
PREFEITO LAUREZ
O prefeito Luarez Moreira, que precisou do prestigio da família Nunes, leia-se, deputada Josi Nunes, presidente do PMDB Mulher, filha do ex-deputado e ex-prefeito, Jacinto Nunes, um defensor ferrenho da autonomia do povo do Norte Goiano, e da ex-primeira dama de Gurupi, ex-deputada estadual e federal e ex-secretária de Ação Social do Estado Dolores Nunes, parece, agora, depois de eleito, render-se à força de outra família influente de Gurupi, mas que sempre foi o contraponto da família Nunes: a família Abreu, da senadora e ministra Kátia Abreu.
Laurez, que no passado foi um opositor à senadora e ministra Kátia Abreu, quando foi eleito deputado federal no mesmo partido de Kátia, mas que, antes de tomar posse, saiu da agenda chamando Kátia de “o Siqueirão de saia”, recentemente firmou um entendimento político articulado pelo deputado federal Irajá Abreu. Por meio desse pacto, segundo os bastidores políticos, a família Abreu emplacou, a senhora Marta Maria Barbosa como secretária de Desenvolvimento Urbano de Gurupi e, em breve, colocará Goyaciara Cruz, viúva do saudoso João Cruz, o “João do Povo”, como secretária de Ação Social.
Marta Maria Barbosa foi uma dura opositora da deputada Josi Nunes na última campanha disputada pela deputada. Segundo um grão-mestre do PMDB gurupiense, o compromisso da legenda com o prefeito Laurez termina no próximo dia 31 de dezembro, impreterivelmente, após essas nomeações. E foi mais além e revelador: “estamos escanteados, corneados, mas conscientes”, e completou: “caso a deputada Josi Nunes queira ficar com o atual prefeito Laurez, o PMDB gurupiense dificilmente estará unido nos próximas eleições”, sentenciou.
Para os aliados da vice-prefeita Dolores Nunes, a movimentação de Laurez é um sinal vermelho na sala de comando da cúpula do PMDB em Gurupi, uma vez que o grupo já está de posse da informação de que um terceiro nome está sendo imposto pela família Abreu, desta vez para a secretaria municipal da Agricultura, o que confirmaria, segundo essa fonte, em um “sangramento a conta-gotas” de Josi Nunes ou do apoio do PMDB ao governo de Laurez Moreira.
A movimentação de Laurez rumo aos braços de Kátia Abreu parece estar desagradando a todos os seus aliados, e vem colocando em andamento uma grande mobilização política para evidenciar a liderança da deputada Josi Nunes. O deputado estadual Carlos Carlesse já anunciou que deve se filiar ao PR, do senador Vicentinho Alves “com uma grande festa em Gurupi”, conforme ele mesmo adiantou. Já o deputado estadual Eduardo do Dertins se prontificou a subir no palanque de Josi Nunes e “passar quanto tempo for preciso lá em cima para explicar às pessoas a importância e o valor de Josi Nunes para Gurupi”, de acordo com o próprio deputado.
NOSSO PONTO DE VISTA
Assim como os grandes caciques e analistas políticos, não vemos meios de o prefeito Laurez Moreira, consiguir manter sua gestão em céu de brigadeiro, acendendo uma vela para Deus e outra para o diabo. Muito menos para a deputada Josi Nunes fingir que tudo está bem, principalmente com as nomeações de Marta Maria Barbosa e Goyaciara Cruz, que, conforme nos informou uma fonte, são cruciais para que a família Abreu atue, digamos, com mais ânimo, para a liberação de recursos federais para a administração de Gurupi.
Laurez terá que tomar uma decisão urgente, ainda este ano, se pretende ficar com Kátia Abreu ou com Josi Nunes.
Para um membro da cúpula do PMDB gurupiense, “não há como engolir a família Abreu goela abaixo. Uma certeza nós temos: a deputada Josi Nunes já teve uma longa conversa com os deputados Carlos Carlesse e Eduardo do DERTINS, com o empresário Oswaldo Stival (FOTO), com o vereador Canção e com os principais líderes partidários. Pela sua personalidade, pelo seu comportamento, pelo seu carisma, seu amadurecimento político, na hora certa ela saberá o rumo a seguir. Um rumo onde todas essas lideranças possam caminhar juntos, com um mesmo discurso, sob um mesmo líder. E esse caminho, dificilmente, será junto ao prefeito Laurez Moreira.
Quem viver, verá!