Peemedebistas de todo o Brasil aprovaram hoje (10), na Convenção Nacional do partido, a manutenção da aliança com o PT para a eleição presidencial de outubro próximo.
Os convencionais também aprovaram o nome do atual vice-presidente da República, Michel Temer, para novamente compor a chapa com a atual presidenta e pré-candidata à reeleição Dilma Rousseff.
A coligação com o PT e a indicação de Temer para a Vice-Presidência da República obtiveram 398 votos (69,7%) dos convencionais, enquanto os contrários à manutenção da aliança ficaram com 275 votos (30,3%). A aliança do PMDB com o PT nasceu em 2010 para a eleição de Dilma Rousseff e Michel Temer.
A cada discurso contrário à coligação, os grupos favoráveis à aliança vaiavam os oradores. Ao ser proclamado o resultado da disputa, Temer apelou aos correligionários pela unidade da legenda e lembrou que as convenções peemedebistas sempre foram marcadas por disputas, mas que, passado o embate, o partido voltava a se unir em defesa dos interesses do país.
“Quero dizer a todos que essa convenção não tem vencedores, nem vencidos. Temos que buscar a unidade do PMDB para vencer as eleições e eleger o maior número de deputados, senadores e governadores nas eleições de outubro próximo”, disse o vice-presidente aos convencionais.
Ele destacou que o PMDB terá participação mais efetiva no próximo governo. "Uma participação mais efetiva nas políticas públicas. Uma maior presença do PMDB na área social, assim como teve no passado. São ações relativas à saúde, à educação, à integração nacional, entre outras.”
Proclamado o resultado, a presidenta Dilma Rousseff foi ao Auditório Petrônio Portella, no Senado Federal, onde se realizou a convenção e agradeceu aos peemedebistas pela confiança depositada na parceria com o PT.
Dilma falou também sobre o crescimento do país em seu governo, sobre a importância da aliança com o PMDB, bem como sobre o total apoio recebido dos peemedebistas de todo o Brasil.
PDT oficializa apoio à reeleição de Dilma durante convenção em Brasília
O PDT oficializou nesta terça-feira, em votação na convenção nacional do partido, apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff. Na votação nenhum convencional levantou o crachá quando questionado quem era contra a aliança com a presidente.
Contudo, dissidentes que defendiam a candidatura própria e eram minoria, como o deputado Antônio Reguffe (DF) e os senadores Cristovam Buarque (DF) e Pedro Taques (MT), não estavam presentes na hora da votação.
O PDT vai ter candidato próprio em três Estados: Amapá, com o ex-governador Waldez Góes, que foi preso durante a campanha de 2010; Mato Grosso, com Taques; e Rio Grande do Sul, com o deputado Vieira da Cunha.
Os diretórios estaduais vão ter liberdade para apoiar palanques regionais ligados ao PT, PSDB e PSB . Segundo o presidente do PDT, Carlos Lupi, ainda falta acertar a coligação em “três ou quatro Estados”.
(Com Estadão Conteúdo)
O ex-governador Siqueira Campos recebeu apoio oficial dos 25 prefeitos da região do Bico do Papagaio para disputar uma vaga ao Senado Federal, nas eleições deste ano. O apoio foi declarado oficialmente na última quinta-feira, 29, quando nove prefeitos da região do Bico do Papagaio, representando os vinte e cinco prefeitos que integram o Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento do Bico do Papagaio (AMBIP), estiveram em Palmas, na sede do Diretório Regional do PSDB, onde entregaram ao ex-governador Siqueira Campos (PSDB). O manifesto pede que ele aceite “a missão de representar o Estado do Tocantins no Senado Federal”.
Segundo o manifesto, assinado pelos vinte e cinco prefeitos integrantes da AMBIP, com data do dia 27 de maio, a história de Siqueira Campos o credencia ao cargo de senador. “Muitos de nós não apoiamos sua ultima eleição, ou não fomos apoiados por ele, no entanto sabemos reconhecer sua história e sua determinação”, diz parte do texto.
Siqueira Campos é o político vivo com mais cargos ocupados na vida pública – são cinco mandatos de deputado federal (um constituinte), quatro de governador e um de vereador. Siqueira nunca disputou vagas ao Senado e nem à Presidência da República. Ele também figura na lista dos políticos brasileiros considerados Ficha Limpa.
Oposição
Já a oposição ou as oposições, só o Senador e governadoriável, Ataídes Oliveira, está com sua candidatura praticamente construída, com mais de 8 partidos, que podem lhe garantir cerca de 3.5 minutos no horário gratuito de rádio e TV, com mais de 36 candidatos a deputados estaduais, 20 deputados federais, e possivelmente, o deputado Marcelo Lelis como candidato a Senador.
PMDB
Bom, o maior partido da oposição ao Governo do Estado, continua sangrando, anêmico, desnutrido com a briga dos grupos dentro do partido, perdeu 4 deputados estaduais, e hoje antes de fechar a matéria, liguei para o Deputado e presidente licenciado do Diretório do PMDB Estadual, Deputado Federal e vice-líder da Bancada na Câmara dos Deputados, Júnir Coimbra, para saber sobre sua convivência com a Senadora Kátia Abreu, e o ex-governador Marcelo Miranda. Júnior Coimbra foi objetivo, “Olha, Edson, nunca conversei com a senadora e não tenho nenhuma reunião marcada com ela, mas, com o Marcelo Miranda, estamos conversando e viajamos até juntos, com os nossos companheiros”, finalizou, dizendo: “continuamos com nossos sonhos, nossos ideais e o nosso projeto, mas, junto com Marcelo Miranda”.
Em nenhum momento deu a entender que pretende ter a Senadora Kátia Abreu como sua candidata ao Senado, pelo PMDB. Independente, do que possa vir a acontecer, o saudoso amigo e irmão Salomão Venceslau, profetizou, foi o caminho que a Senadora Kátia Abreu escolheu para continuar no Senado, por mais 8 anos, o PMDB, até agora a profecia é correta, mesmo tendo a legenda para se candidatar, a Senadora Kátia Abreu terá muito trabalho na articulação para evitar uma explosão do PMDB.
Judicializada
Já avisamos prevendo que estas eleições serão judicializadas, tanto os partidos governistas, como o ministério público, Eleitorais Federais e Estaduais irão questionarem e impugnarem o registro da candidatura do ex-governador, Marcelo Miranda, que está com pendenga jurídica, chegue ao TRE e talvez, ao TSE, mesmo conseguindo uma liminar Marcelo Miranda pode até ter sua candidatura consolidada.
Base de apoio à reeleição de Sandoval Cardoso é expressiva
PR, PP, PRB, PSB, PDT, Solidariedade, DEM e PSDB esses são os partidos que formarão base de apoio à candidatura de reeleição do atual governador Sandoval Cardoso, arquitetada por Eduardo Siqueira Campos.
Além de ter construído uma base sólida, forte e expressiva, Eduardo sugou bons nomes dos partidos de oposição, que migraram para partidos da base governista, dando um grande bote na oposição.
Com a confirmação do nome de Sandoval como candidato à reeleição, Eduardo conquistou partidos fortes que migraram para a base governista formando uma coligação forte com a garantia de mais tempo no horário eleitoral gratuito de rádio e TV no Tocantins.
Com a votação pela rejeição das contas dos ex-governadores Carlos Gaguim e Marcelo Miranda, a candidatura de Sandoval Cardoso foi fechada com xchave de ouro.
Já o resultado do imbróglio do PMDB tocantinense só saberemos no próximo dia 30 de junho ou talvez no tapetão judiciário.
PMDB continha sua novela e está cada vez mais perdido no processo sucessório
Em conversa com vários pré-candidatos a deputados estaduais, o jornal O Paralelo 13, ouviu dos mesmo que há uma insegurança muito grande e que, inclusive, nunca foram chamadospara nenhuma conversa a respeito da posição e do futuro do partido nas eleições deste ano. “Não sabemos nem ao menos quem será nosso candidato a governador, a vice e a senador, como iremos coligar e como será a estrutura que o partido oferecerá para nós candidatos”, revela uma fonte.
Nessa mesma linha, outros estão pensando em desistir de lançar candidatura a deputado caso o ex-governador Marcelo Miranda esteja com seu nome sub-judice. “Uma candidatura assegurada por liminar, todos temos medo deganhar e não levar”, diz a fonte.
Outra preocupação dos pré-candidatos é não conseguirem doadores para suas campanhas devido á bagunça e insegurança instaladas no partido.
Apesar de torcerem o nariz para a candidatura da senadora Kátia Abreu à reeleição, os pré-candidatos reconhecem na senadora o único porto seguro do partido. “Ela pode viabilizar doadores de peso para o PMDB”, diz nossa fonte, que aponta que há um grande problema, que seria uma corrente muito forte dentro do partido que veta a coligação do PMDB com o PSD de Irajá Abreu, filho da senadora. Segundo nossa fonte, esse é um dos pensamentos dos candidatos, inclusive a deputado federal, como é o caso de Toinho Andrade.
Fontes ligadas ao ex-governador, afirmaram ao JornalO Paralelo 13, que o ex-governador Siqueira Campos teria dito que acha que já deu sua contribuição. Se realmente se confirmar a desistência de Siqueira, o nome cogitado para disputar a vaga ao Senado, na chapa de Sandoval Cardoso é a do deputado federal Eduardo Gomes, vice-presidente nacional do Solidariedade.
Gomes sempre ao lado dos Siqueira. É um dos poucos políticos tocantinenses que nunca abandonou suas raízes. Ficha limpa, já foi vereador de Palmas, presidente da Câmara Municipal, Deputado Federal por 4 legislaturas, foi membro da mesa como 1º Secretário, uns dos mais altos cargos no Congresso Nacional, realizou os trabalhos por vários anos; é o vice-presidente Nacional do partido do SOLARIEDADE, faz parte do alto clero na Câmara Federal.
Já o nome do candidato a vice, pode vir de Gurupi. Um membro da família Stival, Oswaldo Stival ou seu irmão João Stival, ou o ex-presidente da FIETO, Roberto Pires, como é uma consecutiva e política não é matemática, pode vir surpresas.
Sandoval já é certeza
O conglomerado da base governista caminha com uma certeza, a cabeça da Chapa é o atual Governador Sandoval Cardoso, candidatíssimo à reeleição com apoio de 85% dos deputados estaduais, com mais de 90% dos Prefeitos. Além disso, o chefe do executivo tocantinense começa a ganhar a simpatia do funcionalismo público, que já reconhece em suas ações fontes para a construção de um elo de diálogo.
Na presença de mais de 60 prefeitos e centenas de lideranças políticas, o Senador Vicentinho lança pré-candidatura do filho e declara apoio à reeleição de Sandoval Cardoso
Defendendo o entendimento e a unidade politica no Tocantins, além da continuidade dos trabalhos que estão sendo feitos em praticamente todos os municípios do Estado, o Senador Vicentinho Alves (SD), justificou seu apoio à pré-candidatura do governador Sandoval Cardoso em evento que reuniu, segundo o Senador, mais de 60 prefeitos e centenas de lideranças como ex-prefeitos, vereadores, presidentes de partidos e sociedade portuense.
Com o evento, realizado em sua residência, na noite da ultima sexta-feira, 06, Vicentinho destaca a unidade dos companheiros e espera pacificar ainda mais “sua família política”. O Senador disse esperar, com esse encontro, “contribuir modestamente com a união do nosso grupo político, semeando o entendimento entre nossos companheiros de partido e aliados”.
Lembrando que lutou por sua própria candidatura ao governo do Estado, Alves disse que, nesse momento, Sandoval é o nome mais apropriado para postular o cargo de governador do estado, já que foi ele “quem construiu as melhores condições de governabilidade, especialmente pelo seu perfil conciliador, trabalhador, firme e determinado”, declarou.
Senador Vicentinho ressaltou que Sandoval Cardoso está muito bem cotado na “família política” tocantinense, além de um “cumpridor da missão de governar”. O Senador disse que sempre acompanhou a forma de governar da atual gestão. “Estamos acompanhando a administração do governador e temos a segurança de já está sendo um bom governador e que vai continuar cada vez melhor governador e como Senador da República ele [governador Sandoval] sempre poderá contar comigo”, afirmou.
Ao contrario de recentes declarações, feitas pelos colegas Senadores, Vicentinho Alves disse ter plena convicção de que o Tocantins é um dos Estados que mais cresce no País, sendo isso demonstrado em diversas pesquisas feitas por Institutos Nacionais como o IBGE. “A nossa economia é a que mais cresce, estamos observando a infraestrutura do Estado melhor, tudo melhorando”, declarou lembrando que sempre será necessário fazer mais e, para isso, é preciso que os políticos do estado deem suas contribuições efetivas. “Em vez de criticarmos, temos é que trabalhar e contribuir, cada vez mais, para melhorar o nosso estado, acho que essa forma de fazer polícia, não é o ideal”, concluiu.
Durante o evento, o governador Sandoval Cardoso (SD) destacou a importância da parceria com o Senador Vicentinho Alves e deputados federais, especialmente na busca de recursos para o Estado. Ressaltou a confiança que o ex-governador Siqueira Campos depositou no grupo político, ao qual ele pertence e afirmou que “administra para o povo, sem pensar em cor partidária”.
Sobre a declaração de apoio do Senador Vicentinho Alves, Sandoval Cardoso disse que o apoio do Senador só aumenta a sua responsabilidade junto ao povo do Tocantins. “Sinto que minha responsabilidade aumenta a cada dia, especialmente recebendo um apoio como este do Senador Vicentinho e seus aliados políticos. É uma grande alegria ser recebido na casa do Senador, a quem eu considero um grande amigo e poder estar com os amigos do Senador, que são também meus amigos”, finalizou.
Vicente Júnior, Deputado Federal
Sobre a presença de lideranças políticas de todo o Estado em apoio a pré-candidatura de seu filho Vicente Júnior, para deputado federal, o Senador disse estar muito orgulhoso, uma vez que seu filho sempre o acompanhou em sua vida política. “Desde pequeno, o Jr. sempre me acompanhou em todos os lugares por onde andei, com isso aprendeu cedo a cuidar e respeitar as pessoas. Ele é muito querido, tanto no meio político quanto com os amigos, não tenho dúvidas quanto ao preparo dele para essa missão”, ressaltou.
De acordo com o Senador, caso o filho seja eleito, serão dois escritórios políticos em Brasília, dois orçamentos que, juntos, somarão R$ 30 milhões, para trabalhar em prol do Tocantins
Pela quantidade de pessoas que prestigiou o evento na casa do Senador Vicentinho, o ‘projeto’ da candidatura do Jovem Vicente Junior é apoiado, se não por toda, pela grande maioria da população portuense que se acostumou ter representantes nos principais cargos eletivos.
A capital da cultura sempre esteve presente no Senado Federal, na Câmara Federal e Assembleia Legislativa, se tornado importante berço de grandes personalidades políticas estaduais e nacionais. Porém na ultima legislatura, a cidade sentiu falta de um representante na câmara federal. A possível eleição do pré-candidato Vicente Jr., segundo o Senador, “busca preencher essa lacuna, esse vazio que tem que ser mantido pela população portuense”, justificou.
Filho de Porto Nacional e desde cedo acompanhando o Pai em sua vida política, Vicente Jr. diz seguir os passos do pai com orgulho. “Nossa cidade precisa e merece continuar no senário politico nacional e, eu espero estar à altura dessa responsabilidade”, declarou Vicente Jr.
Na opinião do presidente do Partido, Laurez Moreira (PSB), “Vicente Jr., apesar de jovem, tem grandes experiências por que vem fazendo política desde criança, acompanhando seu pai, seja coordenando campanha ou apenas ajudando. Então ele conhece bem o Estado, de norte a sul e de leste a oeste e, eu tenho certeza, que ele será um grande representante do povo tocantinense no Congresso Nacional”, declarou Moreira.
SD pode ter chapa majoritária com candidatura Eduardo Gomes ao Senado
Em meio a empolgação do discurso caloroso que o Senador Vicentinho Alves (SD) fez em sua residência na noite da última sexta-feira, para mais de 60 prefeitos e lideranças políticas de todo o Estado, ‘lançou’ a pré-candidatura do deputado federal Eduardo Gomes (SD) ao Senado. “Sinto que o Solidariedade tem uma grande chance de formar uma chapa majoritária, temos aqui grandes nomes para o Governo, o Senado e a Câmara Federal”, declarou.
Aclamado pelos convidados do Senador, Eduardo Gomes não negou a possibilidade de sair candidato ao Senado, nas eleições de outubro. Disse ser um soldado do povo tocantinense e estar sempre ao lado do governador Sandoval. “Estarei permanentemente ao lado do governador Sandoval Cardoso de maneira muito tranquila e serena”, afirmou.
Levantamento inédito da ONG Transparência Brasil aponta que 44% dos deputados e 64% dos senadores são familiares de outros políticos
Quase metade dos parlamentares têm parentes na política: 44% dos deputados e 64% dos senadores. É o que mostra mapeamento inédito das ligações familiares de congressistas eleitos em 2006 e 2010, por estado, partido, idade e gênero, feito pela ONG Transparência Brasil...
A Região Nordeste tem a maior proporção de congressistas com parentes políticos: 60% dos deputados e 70% dos senadores. É o caso dos presidentes das duas casas, o deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) e o senador Renan Calheiros (PMDB-AL). O pai de Renan foi prefeito e vereador de Murici (AL). Seu irmão Olavo é deputado estadual, seu irmão Renildo é prefeito de Olinda (PE), seu irmão Remi é prefeito de Murici (AL) e o filho, Renan Calheiros Filho, é deputado federal pelo PMDB. Alves é filho do ex-governador do Rio Grande do Norte Aluizio Alves, sobrinho do ex-prefeito de Natal Agnelo Alves e do senador Garibaldi Alves, primo do ministro da Previdência (e senador licenciado) Garibaldi Alves Filho e do atual prefeito de Natal (RN), Carlos Eduardo Alves.
Mulheres – O levantamento da Transparência Brasil encontrou mais laços familiares entre parlamentares mulheres: 58% das deputadas e 91% das senadoras. Muitas delas são ou foram casadas com políticos – ou as duas coisas, no caso de Lauriete (PSC-ES), mulher do senador Magno Malta e ex do ex-deputado Reginaldo Almeida. Estão neste grupo, entre outras: as deputadas Marinha Raupp (PMDB-RO), mulher do senador Valdir Raupp; Elcione Barbalho (PMDB-PA), ex-mulher do senador Jader Barbalho; e a senadora Gleisi Hoffman (PT-PR), mulher do ex-deputado e atual ministro das Comunicações, Paulo Bernardo. Partidos – Na Câmara, DEM e PMDB têm as bancadas com a maior proporção de políticos com familiares na política, 67% e 64%, respectivamente, incluindo: o líder do DEM, Mendonça Filho (PE), filho, irmão, cunhado e primo de políticos; e Nilda Gondim (PMDB-PB), que é filha do ex-governador da Paraíba Pedro Gondim, foi casada com o ex-deputado Vital do Rêgo e é mãe do senador Vita do Rêgo Filho e do ex-prefeito de Campina Grande Veneziano Vital do Rêgo. No Senado, as taxas mais altas são do PP (100%), PSDB (82%) e PMDB (78%). Todos os cinco senadores pepistas têm laços familiares com políticos, entre eles Francisco Dornelles (PP-RJ), primo de Getúlio Vargas, sobrinho de Tancredo Neves e também primo do senador e presidenciável Aécio Neves (PSDB-MG), por sua vez é neto de Tancredo e filho do ex-deputado Aécio Cunha. O PMDB do Senado abriga representantes de alguns dos mais poderosos clãs regionais, entre eles o ex-presidente José Sarney (AP), pai do deputado Sarney Filho (PV-MA) e da governadora do Maranhão, Roseana Sarney; Lobão Filho (MA), filho do ministro Edison Lobão e da deputada Nice Lobão; além de Renan (AL) e Barbalho (PA), entre outros. Clãs – Obviamente, não há nada de errado em seguir a carreira de um parente. Mas a disputa eleitoral não pode se resumir ao "pedigree" dos candidatos. O levantamento da Transparência Brasil chama atenção para o fato de que a maioria dos novos rostos do Congresso são, na verdade, membros mais jovens de velhos clãs políticos. Dos 228 deputados com parentes na política, 53% são "herdeiros". Entre os menores de 40 anos, 64% integram clãs. Entre os menores de 30 anos, a proporção chega a 78%. E isso que o levantamento só considera parentes eleitos e suplentes que efetivamente tenham assumido a cadeira, deixando de fora da conta secretários e candidatos derrotados nas urnas. O peso de um sobrenome fica evidente no batismo político: vários herdeiros adotam a marca do parente famoso, em vez de seu próprio nome civil. Zeca Dirceu (PT-PR), filho do ex-ministro preso José Dirceu, chama-se José Carlos Becker de Oliveira e Silva; Irajá Abreu (DEM-TO), filho da senadora Kátia Abreu (PMDB-TO), é Irajá Silvestre Filho; Marcelo Matos (PDT-RJ), irmão de Sandro Matos, prefeito de São João do Meriti, foi registrado como Marcelo Viviani Gonçalves; e André Moura (PSC-CE), filho dos ex-deputados Reinaldo e Lila Moura, chama-se André Luis Dantas Ferreira. Sobrevivência – Um Congresso em que o poder passa de uma geração a outra da mesma família pode acabar moldando uma base parlamentar avessa a mudanças, alerta Natália Paiva, coordenadora de projetos da Transparência Brasil. Isso na hipótese mais benevolente. Mais grave, a parentada pode servir como último recurso de políticos desgastados ou mesmo impedidos de disputar eleições. Em 2010, temendo encrencar-se com a Lei da Ficha Limpa, Joaquim Roriz desistiu da candidatura ao governo do Distrito Federal em favor da mulher, Weslian, cujo despreparo entraria para o anedotário da política brasileira. No fim, por decisão do Supremo Tribunal Federal, a lei não valeu para a corrida eleitoral de 2010. As eleições de 2014, portanto, serão as primeiras de âmbito estadual e federal na vigência da lei. E vários caciques já preparam a entrada em cena de seus herdeiros de ficha limpa. Entre os novatos que podem disputar seu primeiro mandato este ano estão Natanzinho, filho do deputado cassado e preso em 2013 Natan Donadon (ex-PMDB-RO), e Expedito Neto, filho do ex-senador pelo PSDB Expedito Júnior (GO), cassado em 2009.
Transparencia Brasil