A iniciativa do Governo Federal prevê a oferta de 15 mil novas vagas e inclui dentistas, enfermeiros e assistentes sociais
Por Aldenes Lima e Andréa Reis
O secretário de Estado da Saúde, Afonso Piva de Santana, participou, na segunda-feira, 20, em Brasília, do lançamento da nova modulação do programa Mais Médicos, que agora passou a ser chamado de Mais Médicos para o Brasil. A iniciativa do Governo Federal, prevê a disponibilização de 15 mil vagas ainda em 2023, sendo cinco mil abertas por meio de edital, já neste mês de março e outras 10.000 no segundo semestre e serão oferecidas em um formato que prevê contrapartida dos municípios. O governo estima investir R$712 milhões de reais, neste ano, com a ação, que contará dentistas, enfermeiros e assistentes sociais.
“Viemos a Brasília com o objetivo de conhecer a nova modulação do Mais Médicos, para que juntos com o Governo Federal e municípios possamos trabalhar em prol da população tocantinense. O governador Wanderlei Barbosa nos deu esta missão e estamos trabalhando arduamente, por uma saúde pública melhor”, afirmou Afonso Piva.
Na ocasião, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, destacou a importância do relançamento do projeto. "O Programa é essencial para o Sistema Único de Saúde e para a sociedade brasileira e isso é fruto de um trabalho coletivo entre vários ministérios".
Durante o lançamento, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva reforçou os benefícios que o Mais Saúde para o Brasil trará para os brasileiros, principalmente aos menos favorecidos. "Estamos recuperando o que tinha dado certo e não há investimento maior que salvar uma vida. Queremos que todos os médicos que se inscrevam sejam brasileiros, formados adequadamente. Se não tiver condições, a gente vai querer médicos brasileiros formados no estrangeiro, ou médicos estrangeiros que trabalham aqui. Se não tiver, vamos fazer chamamento para que médicos estrangeiros ocupem esta tarefa. O que importa para nós não é saber a nacionalidade do médico, é saber a nacionalidade do paciente”, afirmou o presidente.
O Mais Médicos
Criado em 2013, o Mais Médicos chegou a ser responsável por 100% da atenção primária em 1.039 municípios, contratou mais de 18 mil profissionais e beneficiou 63 milhões de brasileiros. No Tocantins, o programa chegou a contar com 152 profissionais.
Com a nova modulação, o Governo Federal prevê que até o fim do ano cerca de 28.000 profissionais estejam fixados em todo o país, principalmente em áreas de extrema pobreza. A participação mínima no programa é de quatro anos, com cláusula de renovação por mais quatro. Quem atuar no programa terá desconto de 50% no Revalida (Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos). A seleção é feita por meio de edital e permite que os médicos façam especialização e mestrado em até quatro anos. Também recebem benefícios proporcionais ao valor da bolsa (de cerca de R$13.000 mensais) para fazerem residência em periferias e regiões isoladas. Para médicas, o governo também assegura o valor integral da bolsa no período de licença maternidade, de 6 meses, e também de 20 dias para a licença paternidade.
O presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), embarca nesta semana para sua visita oficial à China. É sua quarta viagem internacional como chefe de Estado, desde que assumiu o cargo, há menos de três meses. Na comitiva, mais de 200 pessoas, entre políticos e empresários, que devem ser recebidos pelo presidente chinês, Xi Jinping, e outras autoridades, para uma rodada de negociações entre os dois países
Com Yahoo Noticias
No Congresso, senadores e deputados, com intermediação das lideranças do governo e dos partidos, buscam um acordo entre Câmara e Senado sobre o fim das comissões mistas e a tramitação das medidas provisórias (MPs). Os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), viajam para a China com Lula. O presidente é o maior interessado numa composição entre os dois. A queda de braços entre as duas lideranças políticas prejudica o governo.
Cerca de 200 empresários e pelo menos 20 deputados, 7 senadores, ministros e governadores estarão na visita à China. A viagem está sob olhar mundial, já que se busca uma reaproximação de relações políticas entre os dois países e ocorre com as incertezas da guerra entre Rússia e Ucrânia como pano de fundo.
Parceiro
A China é o maior parceiro comercial do Brasil, desde 2009. Em 2022, a corrente de comércio atingiu recorde de US$ 150,5 bilhões. Os brasileiros exportam, principalmente, commodities agrícolas e minerais, como soja, minério de ferro e petróleo. O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, deve viajar com empresários do setor do agronegócio ainda no início da semana.
Pelo menos 20 acordos devem ser celebrados nas áreas de agronegócio, ciência e tecnologia, comércio, educação e cultura. Além de negócios comerciais, a turnê brasileira busca investimentos e uma diversificação de temas bilaterais, como transição energética, mudança climática e a segurança mundial.
Nos encontros oficiais, Lula tem agenda marcada com Xi Jinping, com o premiê chinês, Li Qiang, com o presidente da Assembleia Popular Nacional, Zhao Leji, entre outros.
A agenda desta semana na China será a quarta viagem internacional do presidente Lula, desde que assumiu o Planalto. Ele visitou o Uruguai e a Argentina, em janeiro. Em fevereiro, o presidente viajou para uma visita de Estados aos Estados Unidos, onde foi recebido pelo presidente norte-americano, Joe Biden, na Casa Branca, em Washington.
No retorno da China, há previsão de que Lula visita os Emirados Árabes, nos dias 1 e 2 de abril - a agenda ainda vai ser confirmada. Ele também deve ir para a Europa, ainda em abril.
Congresso
Na Câmara e no Senado, a semana é decisiva para um acordo sobre o fim as comissões mistas e o andamento das discussões e votações das MPs, do governo. A queda de braços entre Câmara e Senado não deve avançar para abril, na avaliação das lideranças ligadas ao governo Lula.
As medidas provisórias, por regra, têm 120 para serem analisadas, senão perdem a validade. A Constituição estabelece que as MPs são discutidas e votadas em comissão mista, formada por 12 deputados e 12 senadores, antes de irem para o Plenário, na Câmara e no Senado.
A pandemia da Covid-19 mudou o rito, e as MPs passaram a ser votadas diretamente no Plenário, primeiro na Câmara e depois no Senado. O que fortalece o poder dos deputados na relação com o Executivo e tem sido um dos motivos da crise entre as duas Casas.
Em fevereiro, Pacheco publicou um ato para retomar o funcionamento das comissões mistas. Mas Lira não assinou o documento. O caso acabou no Supremo Tribunal Federal (STF), depois que o senador Alessandro Vieira (PSDB-SE) entrou com um pedido judicial para que o presidente da Câmara seja obrigado a cumprir a Constituição.
Sem aprovação das MPs na Câmara, o Senado não pode votar o texto. No Congresso, pelo menos 15 MPs consideradas essenciais para o governo Lula, que estão editadas e prontas para serem votadas, seguem paradas. Entre elas, a reestruturação do governo, a reoneração dos combustíveis.
O governo e parlamentares buscaram uma alternativa para o problema, nos últimos dias. A aprovação de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que restabeleça o equilíbrio entre Senado e Câmara na análise das MPs. O tema foi discutido em reunião de líderes, na 5ª feira (16.mar), no gabinete de Pacheco.
Lira, autor da proposta, afirmou que PEC abre uma "alternância no modelo atual". Com a nova regra, as comissões mistas deixariam de existir, e as discussões e votações das MPs seriam iniciadas de forma alternada, na Câmara e no Senado. Segundo Lira, um "rito mais democrático".
Por Denise Luna
O Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP) defendeu que a decisão tomada na semana passada sobre o aumento de mistura do biodiesel ao diesel, para um teor de 12%, deve vir acompanhada “da revisão urgente das especificações atuais do biodiesel, compatíveis com os novos teores, acompanhando a evolução tecnológica dos motores e as metas governamentais de redução das emissões e da abertura da importação do biodiesel”.
O IBP reconheceu que a decisão do aumento de biodiesel ao diesel confere previsibilidade para que toda a cadeia esteja preparada para entregar o produto, e programar seus investimentos, mas destacou que é necessário o enquadramento regulatório de novas e mais modernas rotas tecnológicas de produção de biocombustíveis do ciclo diesel – como o diesel verde (HVO) e a parcela renovável do diesel de co-processamento produzido nas refinarias, hoje tecnologias amplamente utilizadas em nível mundial.
Mistura
No Brasil, a Petrobras tenta incluir o seu diesel R, produzido a partir de processamento de óleo diesel mineral com óleo vegetal, em uma unidade de hidrotratamento (HDT), no mandato da mistura ao diesel.
“Essas novas rotas tecnológicas devem ser contempladas nas políticas públicas de incentivo ao avanço dos biocombustíveis”, defende o IBP.
Para o Instituto, os chamados biocombustíveis avançados apresentam maior estabilidade e são drop-in, isto é, podem ser misturados ao diesel fóssil em qualquer proporção, sem a necessidade de adaptações em infraestrutura de movimentação ou nos motores que utilizam o combustível.
A entidade argumenta ainda, que o incentivo à produção e ao uso desses novos combustíveis renováveis possibilitaria ao Brasil não sofrer atraso tecnológico e atingir teores superiores de redução de emissões de gases efeito estufa (GEE).
Novas variantes de um malware conhecido estão sendo utilizadas para aplicação do golpe do falso empréstimo, com a praga sendo capaz de mascarar o número de telefone dos golpistas para que a vítima acredite estar falando com o próprio banco. A fraude envolve uma cadeia de contaminações que começa com phishing e termina no roubo de dados financeiros e número de cartão de crédito
Por Felipe Demartini
A Ásia, novamente, é o principal território de atuação do FakeCalls, um malware bancário que circula a mais de um ano e já foi relacionado a golpes do falso atendimento. O sucesso nas operações parece ter levado a novos métodos ofensivos, com um relatório da empresa de cibersegurança Check Point Research apontando mais de 2,5 mil variantes da praga em circulação, muitas delas incluindo métodos de furtividade para que não sejam detectadas por softwares de proteção.
No caso do golpe detalhado pelos especialistas, anúncios fraudulentos, sites falsos usando técnicas de otimização para motores de busca, mensagens e e-mails de phishing são a porta de entrada. Os criminosos se passam por bancos populares e tradicionais, apontando a necessidade de atualização ou mudança de aplicativo; os softwares fraudulentos são distribuídos pelas lojas oficiais do sistema operacional Android, com contas de desenvolvedor que simulam as das instituições.
O app malicioso acompanha uma oferta de empréstimo com juros baixos, que quando aceita, coloca a vítima em contato direto com um serviço de atendimento malicioso, com mensagens automáticas idênticas às reais. Na tela do celular, porém, é exibido o telefone real do banco, com a cadeia de exploração sendo finalizada quando os dados financeiros do cliente são informados para validação do falso crédito, que acaba resultando em prejuízo a partir de transferências e compras fraudulentas.
De acordo com a Check Point, a versão analisada do FakeCalls também é capaz de capturar chamadas telefônicas e vídeos da tela do smartphone, como forma de obter ainda mais dados e códigos de verificação. Enquanto isso, manipulações de código e nomes de arquivos do aplicativo falso são usadas para confundir softwares de segurança e evitar que a presença do malware seja detectada.
O sucesso de operações como esta é confirmado pela presença de tantas variantes e evidenciados pelo governo da Coreia do Sul. De acordo com as autoridades do país, o mais atingido pelo FakeCalls, foram 170 mil vítimas de vishing, como é chamado o ataque de phishing por chamada telefônica, desde 2016, com mais de US$ 600 milhões (cerca de R$ 3,1 bilhões) em prejuízos somente em 2020.
Como se proteger de golpes de vishing?
De acordo com a Check Point, os golpes desse tipo seguem como um fenômeno sul-coreano ao longo dos últimos anos, mas como dito, a lucratividade das ofensivas pode muito bem transformar essa em uma tendência global. Os criminosos podem buscar afiliados e retrabalhar ameaças para falarem outros idiomas, bem como customizar pragas a bancos e instituições financeiras internacionais.
A atenção a contatos por e-mail ou mensagem, entretanto, é essencial para cortar a cadeia de infecções. Apps e atualizações devem ser baixados somente pelas lojas oficiais e a partir de links legítimos, das contas de desenvolvimento que efetivamente pertencem aos bancos e instituições financeiras; observe números de download, datas de publicação e comentários para diferenciar os perfis falsos dos verdadeiros.
Além disso, é importante manter o olho vivo a ofertas de crédito, cartões e outros serviços com taxas de juros baixas demais ou condições que pareçam muito boas para serem verdade. Sempre prefira os meios oficiais para negociações e atendimento, buscando outro telefone caso desconfie que o smartphone próprio foi contaminado por malware.
Limite de juros foi reduzido de 2,14% para 1,7%
Com Valor Econômico
Pelo menos oito bancos anunciaram a suspensão temporária do empréstimo consignado para aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) depois da redução do limite de juros de 2,14% para 1,7% , oficializada nesta quarta-feira (15).
Já anunciaram a suspensão temporária da modalidade os bancos Mercantil do Brasil, Pan, Pag Bank, Bem Promotora, Daycoval e Itaú, C6 e Bradesco.
A redução dos juros foi aprovada pelo Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS), que conta com membros representantes do governo, dos empregadores e dos trabalhadores. A medida foi proposta pelo ministro da Previdência Social, Carlos Lupi.
Depois que a decisão foi tomada, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) fez críticas à redução dos juros. "Iniciativas como essas geram distorções relevantes nos preços de produtos financeiros, produzindo efeitos contrários ao que se deseja, na medida em que tendem a restringir a oferta de crédito mais barato, impactando na atividade econômica, especialmente no consumo", afirmou e entidade, em nota.