Em um dia o País registrou 1.038 óbitos pela doença, à frente de México e Estados Unidos. No total, os americanos são líderes nos óbitos e casos
Por iG Último Segundo
O Brasil foi o país que mais registrou mortes pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2) nas últimas 24 horas, mostra um levantamento da Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgação nesta sexta-feira (3). Segundo as informações da entidade, os óbitos foram 1.038 em um dia.
Na sequência, a lista tem México e Estados Unidos, com 741 e 725 mortes registradas, respectivamente. No total, os óbitos desde o início da pandemia da Covid-19 no mundo são 517.877.
Considerando esse mesmo período, os países que tiveram mais casos confirmados foram Estados Unidos (54.271), Brasil (46.712) e Índia (20.903).
Os dados foram compilados pela OMS com informações recebidas pela organização até as 5h (de Brasília) desta sexta. Houve um aumento de 5.032 mortes em relação às informações divulgadas ontem.
Já a quantidade de casos confirmados de contaminação pelo novo coronavírus aumentou para 10,7 milhões. Os dados podem estar defasados em relação aos últimos levantamentos divulgados individualmente pelos países, como é o caso do Ministério da Saúde no Brasil. Segundo a pasta, as mortes registradas nas últimas 24 horas foram 1.290 .
Consideradas as informações disponíveis pela OMS, a taxa global de mortalidade dos casos confirmados de coronavírus é de 4,8%.
Atendimento presencial continua restrito a serviços essenciais
Por Kelly Oliveira
A Receita Federal prorrogou até 31 de julho as medidas temporárias adotadas por conta da pandemia do coronavírus (covid-19) referentes às regras para o atendimento presencial e procedimentos administrativos.
Segundo a Receita, os procedimentos administrativos que permanecem suspensos até o dia 31 de julho são: emissão eletrônica automatizada de aviso de cobrança e intimação para pagamento de tributos; procedimento de exclusão de contribuinte de parcelamento por inadimplência de parcelas; registro de pendência de regularização no Cadastro de Pessoas Físicas motivado por ausência de declaração; registro de inaptidão no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica motivado por ausência de declaração.
O prazo para atendimento a intimações da Malha Fiscal da Pessoa Física e apresentação de contestação a Notificações de Lançamento, também da Malha Fiscal, dos despachos decisórios dos Pedidos de Restituição, Ressarcimento e Reembolso, e Declarações de Compensação ficam prorrogado até o dia 31 de julho.
O atendimento presencial nas unidades de atendimento da Receita ficará restrito, até 31 de julho de 2020, mediante agendamento prévio obrigatório, aos seguintes serviços: regularização de Cadastro de Pessoas Físicas ; cópia de documentos relativos à Declaração de Ajuste Anual do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física e à Declaração do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte – beneficiário; parcelamentos e reparcelamentos não disponíveis na internet; procuração. Também será possível o atendimento presencial para protocolo de processos relativos aos serviços de análise e liberação de certidão de regularidade fiscal perante a Fazenda Nacional; análise e liberação de certidão de regularidade fiscal de imóvel rural; nálise e liberação de certidão para averbação de obra de construção civil; retificações de pagamento; e Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica.
Caso o serviço procurado não esteja entre os relacionados, o interessado deverá efetuar o atendimento por meio do Centro Virtual de Atendimento (e-CAC), na página na internet. Segundo a Receita, outros casos excepcionais serão avaliados e o chefe da unidade poderá autorizar o atendimento presencial.
“A restrição temporária do fluxo de contribuintes nas unidades de atendimento da Receita Federal visa à proteção dos contribuintes que procuram os serviços, bem como a proteção dos servidores que ali trabalham”, afirmou o órgão.
Paulo Guedes falou sobre concessões de benefícios hoje no Congresso
Por Kelly Oliveira
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou hoje (30) que o programa para geração de empregos formais, com a retomada do projeto Carteira Verde e Amarela, vai atender cerca de 30 milhões de trabalhadores que estão recebendo o auxílio emergencial de R$ 600, por parcela, pago em razão da pandemia da covid-19. A afirmação foi feita em audiência pública virtual, promovida pela Comissão do Congresso que acompanha a situação fiscal e a execução orçamentária e financeira das medidas relacionadas ao novo coronavírus (covid-19).
Segundo o ministro, com o pagamento do auxílio emergencial o governo descobriu “38 milhões de invisíveis no Brasil”. “Simplesmente não há registro. Isso vai desde a pessoa humilde, do faxineiro, do vendedor de balas nos sinais de trânsito que a gente encontra – ou encontrava – todo dia”, disse.
“Entre esses invisíveis, 8, 9, 10 milhões são realmente muito pobres. Já os outros 25 a 30 milhões são empreendedores, são trabalhadores por conta própria, é gente que está por aí se virando, ganhando a vida, e que vai ser objeto de um próximo programa nosso, que vai ser o Verde e Amarelo, para darmos dignidade a essas pessoas que lutam em defesa da própria vida, da vida das suas famílias e que estão completamente desassistidas pelo estado”, disse, na audiência virtual.
Programas sociais
No dia 9 deste mês, Guedes havia informado que haverá a unificação de vários programas sociais para a criação do programa Renda Brasil, que deve incluir os beneficiários do auxílio emergencial.
Já com o programa Carteira Verde e Amarela, umas das bandeiras de campanha de Bolsonaro, o governo pretende flexibilizar direitos trabalhistas como forma de facilitar novas contratações.
Em novembro de 2019, o governo editou a Medida Provisória nº 905, que criou o Contrato de Trabalho Verde e Amarelo, para facilitar a contratação de jovens entre 18 a 29 anos, mas ela perdeu a validade antes de ser aprovada pelo Congresso, em abril deste ano.
Parece ser capaz de infectar pessoas, embora os porcos sejam os hospedeiros, dizem os especialistas. O vírus é derivado da cepa H1N1, que causou a pandemia de 2009
Com BBC
Uma nova cepa do vírus da gripe com potencial de causar uma pandemia foi identificada na China, segundo um novo estudo.
Essa linhagem surgiu recentemente e tem os porcos como hospedeiros, mas pode infectar seres humanos, dizem os autores da pesquisa.
Os cientistas estão preocupados com o fato de que ela poderia sofrer uma mutação ainda maior e se espalhar facilmente de pessoa para pessoa e desencadear assim um surto global.
Eles dizem que a cepa tem "todas as características" de ser altamente adaptável para infectar seres humanos e precisa ser monitorada de perto.
Como se trata de uma nova linhagem do vírus influenza, que causa a gripe, as pessoas podem ter pouca ou nenhuma imunidade a ela.
Ameaça pandêmica
Uma nova cepa do influenza está entre as principais ameaças que os especialistas estão monitorando, mesmo enquanto o mundo ainda tenta acabar com a atual pandemia do novo coronavírus.
A última gripe pandêmica que o mundo enfrentou, o surto de gripe suína de 2009 que começou no México, foi menos mortal do que se temia inicialmente, principalmente porque muitas pessoas mais velhas tinham alguma imunidade a ela, provavelmente por causa de sua semelhança com outros vírus da gripe que circulavam anos antes.
O vírus da gripe suína, chamado A/H1N1pdm09, agora é combatido pela vacina contra a gripe que é aplicada anualmente para garantir que as pessoas estejam protegidas.
A nova cepa de gripe identificada na China é semelhante à da gripe suína de 2009, mas com algumas mudanças.
Até o momento, não representou uma grande ameaça, mas o professor Kin-Chow Chang e colegas que o estudam dizem que devemos ficar de olho nele.
Qual é o perigo?
O vírus, que os pesquisadores chamam de G4 EA H1N1, pode crescer e se multiplicar nas células que revestem as vias aéreas humanas.
Eles descobriram evidências de infecção recente em pessoas que trabalhavam em matadouros e na indústria suína na China.
As vacinas contra a gripe atuais não parecem proteger contra isso, embora possam ser adaptadas para isso, se necessário.
Kin-Chow Chang, que trabalha na Universidade de Nottingham, no Reino Unido, disse à BBC: "No momento estamos distraídos com o coronavírus e com razão. Mas não devemos perder de vista novos vírus potencialmente perigosos".
Embora esse novo vírus não seja um problema imediato, ele diz: "Não devemos ignorá-lo".
Os cientistas escrevem na revista "Proceedings", da Academia Nacional de Ciências britânica, que medidas para controlar o vírus em porcos e monitorar de perto as populações trabalhadoras devem ser rapidamente implementadas.
De acordo com a microbiologista, testes sorológicos rápidos devem ser evitados e podem induzir a resultados falsos, veja vídeo
Por iG Saúde
A bióloga e microbiologista Natalia Pasternak foi incisiva ao afirmar que os testes sorológicos rápidos para Covid-19 , popularmente vendidos em farmácias, "não servem para nada" e "podem gerar resultados falsos positivos ou negativos" para a doença.
"O teste não vai dizer se você tem o vírus, ele só vai dizer se você teve vírus no passado, gerando anticorpos . Mesmo assim, isso só vai acontecer se ele for bom o suficiente e, em geral, a qualidade deles é duvidosa", afirmou a pesquisadora, destacando que a sensibilidade dos testes "é baixa e pode gerar muitos erros".
"Não comprem. Não serve para nada, não deveria ser vendido em farmácias. Isso mais confunde a população do que ajuda."
— Roda Viva (@rodaviva) June 30, 2020
Veja o que disse a microbiologista e pesquisadora @TaschnerNatalia no #RodaViva sobre os chamados testes rápidos da Covid-19. pic.twitter.com/sMj8t9r5DZ
A cientista, que foi entrevistada nesta segunda-feira pelo programa Roda Viva, reforçou ainda que o teste mais confiável é do tipo RTPCR , que é pouco disponível no Brasil - contexto considerado.
"É grave a gente não ter os testes de RTPCR disponíveis principalmente para profissionais de saúde para fazer diagnóstico , porque esse é o teste que faz o diagnóstico. (...) Isso foi uma escolha do 'desgoverno federal', que não comprou os insumos e não distribuiu para os estados e municípios. Isso deveria ter sido feito pelo Ministério da Saúde. Então temos uma subnotificação, porque não se testa o suficiente", criticou Pasternak.
Natalia Pasternak é fundadora e primeira presidenta do Instituto Questão de Ciência, doutora em microbiologia pela Universidade de São Paulo (USP) e pesquisadora do Instituto de Ciências Biomédicas da USP.