Iniciativa apoia projetos, estudos e empreendimentos voltados à redução da emissões de gases de efeito estufa

 

Por Plínio Aguiar, do R7

 

O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) relançou, nesta quinta-feira (24), o Fundo Nacional sobre Mudança do Clima. A iniciativa visa reunir recursos para apoiar projetos, estudos e empreendimentos voltados à redução de emissões de gases de efeito estufa e à adaptação aos efeitos climáticos. O projeto, que tem como meta a captação de R$ 10 bilhões, é operado pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

 

Criado por lei em 2009, o Fundo Clima disponibiliza recursos em duas modalidades: reembolsável e não reembolsável. Os recursos reembolsáveis são administrados pelo BNDES e os não reembolsáveis são operados pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima.

 

O Fundo Clima possui nove subprogramas. São eles: Mobilidade Urbana, Cidades Sustentáveis e Mudança do Clima, Máquinas e Equipamentos Eficientes, Energias Renováveis, Resíduos Sólidos, Carvão Vegetal, Florestas Nativas, Gestão e Serviços de Carbono e Projetos Inovadores.

 

O comitê do mecanismo autoriza o financiamento de projetos e recomenda a contratação de estudos com base em diretrizes e prioridades de investimento estabelecidas a cada dois anos. Um dos pilares é apoiar a implantação de empreendimentos, a aquisição de máquinas, de equipamentos e o desenvolvimento tecnológico relacionado ao tema.

 

 

Posted On Sexta, 25 Agosto 2023 04:47 Escrito por

Grupo ganhou importância geopolítica em meio às tensões entre China e EUA e à guerra na Ucrânia. Em relação ao tamanho econômico, Brasil tem uma influência desproporcional – mas a China é quem manda no grêmio.Fazia tempo que um encontro do Brics não chamava tanta atenção quanto este 15º, transcorrido esta semana em Joanesburgo. Representantes de 40 países compareceram, segundo os relatos: além dos cinco membros – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul –, dezenas de outros que aspiram a ingressar. E ainda os países africanos convidados pelo anfitrião.

 

Por Alexander Busch*

 

A atenção dispensada deve-se sobretudo ao fato de o Brics, sob a liderança – daria para dizer também a pressão – da China, estar se transformando cada vez mais num fórum antiocidental. Se depender de Pequim, o Brics deverá se tornar um fórum institucional antagônico ao G7, dominado pelas democracias ocidentais.

 

Diante das tensões geopolíticas entre a China e os Estados Unidos, mas também do ataque da Rússia à Ucrânia, é importante para a Europa e para os Estados Unidos observar como o Sul Global se posiciona no Brics.

 

Pois o grupo dos países do Brics está diante de uma nova fase de desenvolvimento. Eles são cada vez menos o clube dos países de crescimento econômico acelerado. É verdade que o percentual do grupo no PIB mundial passou de 8% para 26% desde 2001, quando o banco de investimento Goldman Sachs criou a sigla – então ainda BRIC, sem o S da África do Sul – para um fundo de investimento.

 

Só que esse sucesso econômico se deveu sobretudo à China, que produz hoje mais do que as quatro outras economias da sigla somadas.

 

Se Brasil, Rússia e África do Sul cresceram, em média, menos de 1% nos últimos dez anos, China e Índia cresceram em média 6% ao ano.

 

Assim, o novo tema que une os países do Brics é a transformação global: os governos do grupo exigem nada menos do que uma nova ordem global num mundo "pós-ocidental".

 

É essa nova narrativa que une esse grupo heterogêneo: a China, como potência global emergente, quer reunir o maior número possível de países em torno de si para criar um polo antagônico aos Estados Unidos. A Rússia pode, com o Brics, contornar seu isolamento internacional depois do seu ataque à Ucrânia. Já para a Índia, o Brasil e a África do Sul – e também para outros países interessados – o formato oferece a possibilidade de se apresentar como neutro num mundo geopoliticamente dividido.

 

Mesmo assim, os demais países-membros, exceto a isolada Rússia, não fazem automaticamente causa comum com a China. Eles são globalmente conectados, tanto política como economicamente, e não querem nem arriscar suas relações com o Ocidente nem trocar estas por uma dependência da China.

 

Por isso esses três países se opuseram, em Joanesburgo, à admissão de novos membros. Concordaram apenas em estabelecer diretrizes e princípios para a expansão do bloco. Com isso, esses três países ganham tempo para tentar controlar o processo. Um grupo maior reduziria a importância política deles.

 

Pois, na verdade, no Brics, sobretudo Brasil e África do Sul estão jogando numa liga muito elevada se for levado em conta o tamanho das economias. Se países ricos, como a Arábia Saudita, ou grandes, como a Indonésia, forem aceitos, então os dois países-membros menores claramente perderiam influência.

 

Também por isso novos membros deverão ser aceitos apenas com direito restrito de voto no Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), como é chamado o banco de desenvolvimento do Brics.

 

Mas a China conseguiu o que queria: Irã, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Egito, Etiópia e Argentina vão aderir ao grupo a partir do início de 2024.

 

Assim, a China mostrou que é quem manda no Brics. Conclusão: o Sul Global também terá de se habituar ao fato de que, entre eles, uma potência mundial é quem dá as cartas.

 

*Há mais de 30 anos, o jornalista Alexander Busch é correspondente de América do Sul. Ele trabalha para o Handelsblatt e o jornal Neue Zürcher Zeitung. Nascido em 1963, cresceu na Venezuela e estudou economia e política em Colônia e em Buenos Aires. Busch vive e trabalha em Salvador. É autor de vários livros sobre o Brasil.

Posted On Sexta, 25 Agosto 2023 04:44 Escrito por

Pelo menos 56 pessoas foram presas, segundo o Ministério Público de Buenos Aires

 

Com CNN

 

Pelo menos 56 pessoas foram presas na Argentina após tentativas de roubo em lojas e supermercados nas cidades de Moreno, Tigre, Merlo e José León Suárez, informou, nesta quarta-feira (23), o Ministério Público de Buenos Aires.

 

Os crimes ocorrem em meio à alta da inflação no país. Segundo relatos de testemunhas, os alvos preferenciais eram locais de bebidas e alimentos.

 

Roubos isolados e atos de vandalismo foram registrados em pelo menos três províncias da Argentina – Córdoba, Mendoza e Buenos Aires –, que mantêm em alerta inúmeras empresas e autoridades do país.

 

Uma porta-voz do governo do presidente Alberto Fernández, Gabriela Cerruti, disse, em sua conta no TikTok, que ocorreram assaltos em Neuquén e Córdoba e que a polícia já havia prendido os responsáveis.

 

Sem apresentar provas, ela acusou o La Libertad Avanza, partido de Javier Milei, o candidato mais votado nas eleições primárias, de ser responsável por uma série de rumores sobre supostos ataques a empresas que circulam nas redes sociais. Segundo Cerruti, para “gerar medo e instabilidade.”

 

A CNN contactou Javier Milei, mas ainda não recebeu resposta.

 

Na segunda-feira (21), Milei disse em suas redes sociais que há paralelos entre o cenário atual com os saques de 2001, que antecederam a demissão do então presidente Fernando de la Rúa.

 

Patricia Bullrich, candidata presidencial da coalizão de oposição Juntos por el Cambio, disse em suas redes sociais que a Argentina “é um país fora de controle”. “Precisamos da firmeza da lei e da ordem para nos tirar deste inferno”, escreveu ela.

 

Com um discurso parecido com a porta-voz do governo de Fernández, o governador da província de Mendoza, Rodolfo Suarez, também disse que havia informações falsas circulando e garantiu que a polícia local impediu as tentativas de invasão.

 

O governo da província de Córdoba também tentou tranquilizar a população. Nas redes sociais, o governo afirma que houve uma reunião junto a Procuradoria-Geral da República e câmaras comerciais e industriais para garantir a segurança e proporcionar tranquilidade ao setor e à comunidade, diante do que eles chamaram de falsos boatos que circulam no WhatsApp e em outras redes sociais.

 

*Publicado por Fernanda Pinotti, com informações da CNN em espanhol

 

 

Posted On Quinta, 24 Agosto 2023 05:10 Escrito por

Além de governador do Rio de Janeiro, Dornelles, que faleceu aos 88 anos, foi ministro de Fernando Henrique Cardoso, deputado federal e senador

 

Com o dia

Morreu na tarde desta quarta-feira (23), ao 88 anos, Francisco Dornelles, ex-governador do Rio de Janeiro e presidente de honra do Partido Progressista (PP).

 

Nascido em Belo Horizonte, Minas Gerais, Dornelles era primo de segundo grau do ex-presidente Getúlio Vargas e sobrinho de Tancredo Neves e Castelo Branco.

Sua carreira começou como secretário da Receita Federal, em 1979, durante a ditadura militar. Em 1985, Dornelles assumiu o Ministério da Fazenda, mas ficou lá por pouco tempo, pois seu tio Tancredo Neves faleceu antes de assumir a presidência da República. Durante o primeiro mandato presidencial de Fernando Henrique Cardoso, ele foi ministro da Indústria, Comércio e Turismo e, no segundo mandato de FHC, comandou o ministério do Trabalho e do Emprego.

 

Como deputado federal, ficou na Câmara por cinco mandatos seguidos, até 2007. Em seguida, assumiu uma cadeira no Senado federal e ficou por lá até 2014.

 

Em 2014, quando Luiz Fernando Pezão assumiu o governo do Rio de Janeiro, Dornelles era seu vice. Ele assumiu o estado por 32 dias, em 2018, quando o então titular do Palácio Guanabara foi preso na Operação Lava Jato.

 

Dornelles ficou inelegível de 2019 até 2022, após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) julgar que ele e Pezão cometeram abuso de poder econômico nas eleições de 2014.

 

 

Posted On Quinta, 24 Agosto 2023 05:08 Escrito por

Petrobras investiga irregularidades no duto e disse ter adotado medidas para garantir fornecimento de óleo

Por Bruna Lima

 

 

A Petrobras informou nesta quarta-feira (23) que os trechos do Oleoduto São Paulo-Brasília (Osbra) com operação interrompida voltaram a funcionar. Apesar disso, o Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e de Lubrificantes do Distrito Federal (Sindicombustíveis-DF) afirmou que o impacto para bombeamento de produtos afetou Ribeirão Preto (SP), Uberlândia (MG), Brasília e Goiânia. Mesmo com a normalização das atividades, o sindicato informou o R7 na manhã desta quarta-feira (23) que ainda há "muita escassez" de etanol e diesel, mas que o fornecimento de gasolina está em processo de adequação.

 

O oleoduto teve trechos interrompidos entre sábado (19) e terça-feira (22) após a estatal identificar que a estrutura que estava "sem os níveis de aterramento e suportação adequados" na divisa entre Igarapava (SP) e Uberaba (MG).

 

Como medida preventiva, a companhia decidiu interromper a operação e iniciou ações contingenciais para recompor a cobertura e garantir integridade do duto. O motivo da exposição ainda é investigado, mas a empresa afirmou que a operação foi reestabelecida.

 

"A Transpetro mantém equipes trabalhando no local e está investigando as causas que levaram o duto à exposição", disse a Petrobras, completando ter adotado "todas as medidas necessárias para garantir o abastecimento na região, que não foi afetado".

 

 

Posted On Quarta, 23 Agosto 2023 15:37 Escrito por
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