Dado é dos 26 estados e DF e aparece em relatório do Ministério da Saúde sobre novo programa que pretende reduzir espera por cirurgias eletivas, exames e consultas

 

Por Marina Pagno, g1

 

Mais de um milhão de pessoas estão na fila do Sistema Único de Saúde (SUS) para a realização de cirurgias eletivas em todo o Brasil. O número aparece no relatório mais recente do Ministério da Saúde sobre o andamento de um novo programa do governo federal, que pretende repassar recursos para reduzir a espera por cirurgias, exames e consultas na rede pública de saúde.

 

Contexto: Lançado em janeiro, o Programa Nacional de Redução das Filas (PNRF) foi uma das bandeiras dos primeiros 100 dias da terceira gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

 

Na primeira etapa, a prioridade são as cirurgias eletivas, que são procedimentos já marcados e sem urgência.

 

Os 26 estados e o Distrito Federal elaboraram planos com o detalhamento da quantidade de pessoas na fila e os procedimentos cirúrgicos mais aguardados em cada localidade e encaminharam ao Ministério da Saúde. Esse levantamento durou cerca de três meses e foi concluído na última semana:

 

 

O tamanho da fila de espera por cirurgias eletivas é de 1.082.795 pessoas em todo o Brasil.

 

487.646 cirurgias serão realizadas por meio do programa do governo federal.

Com isso, a fila das cirurgias eletivas será reduzida em 45%.

 

Até então, não havia um número exato de pessoas na chamada 'fila do SUS'. O detalhamento feito pelos estados ajudou o governo federal a ter uma noção sobre a espera pelos procedimentos de saúde na rede pública de uma maneira nacional.

Desde março, o Ministério da Saúde iniciou a transferência de dinheiro para que estados e municípios possam realizar mutirões de atendimentos - são R$ 200 milhões apenas para desafogar a fila de cirurgias eletivas. Após essa etapa, o governo federal planeja seguir com o programa para tentar reduzir as filas de espera por exames e consultas especializadas.

 

Como funciona? O ministério envia um terço do dinheiro previsto após a aprovação do plano estadual e o restante é repassado depois da realização dos procedimentos.

 

Fila por estado
Goiás é o estado que tem a maior fila para cirurgias eletivas no SUS (125.894), seguido de São Paulo (111.271), Rio Grande do Sul (108.066) e Pernambuco (103.955).

 

Para alguns estados, a perspectiva é boa: Mato Grosso do Sul, Paraíba, Piauí, Sergipe e Tocantins pretendem zerar a fila de espera por cirurgias eletivas no âmbito do programa do governo federal. Em outros, no entanto, a redução fica abaixo de 50%, como é o caso de Amazonas, Goiás e Santa Catarina.

 

Represamento pós-pandemia

A espera por cirurgias, consultas e exames no SUS sempre existiu, mas ficou ainda maior após a pandemia da Covid-19, quando cirurgias não urgentes foram paralisadas. E, consequentemente, as filas aumentaram.

Para a professora da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP) Marília Louvison, o programa do governo federal pode ser efetivo para resolver o represamento agravado nos últimos anos. Mas, segundo ela, é preciso avançar para uma melhor organização dos processos.

 

"Filas sempre existirão. É preciso fazer a gestão das filas para garantir tempo oportuno para resolver as necessidades da população, em cada território", afirmou Marília.

 

A tendência, porém, é de que a fila não ande tão rápido como o esperado pelos pacientes. Um dos motivos está na contratação de mão-de-obra capaz de atender as demandas represadas, sem esquecer dos atendimentos de saúde que ocorrem fora das filas.

 

"Uma das dificuldades que faz o programa ter maior lentidão é a necessidade de identificar os prestadores capazes de assumir essa oferta adicional, porque a rotina continuará acontecendo normalmente, considerando especificidade, especialidade e complexidade cirúrgica", afirmou a professora Marília Louvison.

 

As cirurgias mais esperadas

A facoemulsificação com implante de lente intraocular dobrável, mais conhecida como cirurgia de catarata, é a que tem a maior fila declarada: mais de 167 mil pessoas aguardam o procedimento.

 

A cirurgia de catarata é um procedimento simples e moderno, um dos mais feitos na oftalmologia, e é a única forma de tratamento para a doença, que deixa a lente interna do olho opaca, gerando perda de visão. Com a cirurgia, o paciente pode voltar a enxergar.

 

 Ranking dos procedimentos com mais demanda

 

No ranking dos 10 principais procedimentos cirúrgicos com maior demanda e que serão realizados, em parte, pelo programa do governo federal, também estão:

 

colecistectomia (retirada da vesícula biliar);

hernioplastias (tratamento de hérnia em diferentes partes do corpo);

histerectomia (remoção do útero);

laqueadura e vasectomia (procedimentos de esterilização);

tratamento cirúrgico de varizes.

 

 

Posted On Domingo, 11 Junho 2023 06:29 Escrito por

Irmãos, de 13, 9, 4 e 1 ano, estavam em avião que sofreu acidente em 1º de maio

 

Com informações da AFP

 

Depois de 40 dias perdidas na floresta amazônica da Colômbia, quatro crianças indígenas foram encontradas vivas nesta sexta-feira (9), 40 dias após um acidente aéreo sofrido em 1º de maio. A informação foi divulgada pelo presidente colombiano, Gustavo Petro.

 

"Uma alegria para todo o país! Apareceram com vida as 4 crianças que estavam perdidas há 40 dias na floresta colombiana", escreveu Petro no Twitter, em que também publicou uma foto de vários militares e indígenas que participaram da operação de busca para encontrar os irmãos, de 13, 9, 4 e 1 ano.

 

O avião — um Cessna 206 — transportava sete pessoas na rota entre Araracuara, na província de Amazonas, e San José del Guaviare, cidade da província de Guaviare, quando emitiu um alerta de socorro devido a uma falha no motor na madrugada de 1º de maio. Três adultos, incluindo o piloto, morreram em decorrência da queda, e seus corpos foram encontrados dentro do avião.

 

As equipes de resgate, apoiadas por cães de busca, já haviam encontrado frutas descartadas que as crianças comiam para sobreviver, bem como abrigos improvisados feitos com vegetação da selva. Aviões e helicópteros do Exército e da Força Aérea da Colômbia participaram das operações de resgate.

 

Divulgação

O presidente colombiano já havia informado em 18 de maio que as crianças tinham sido encontradas, mas a informação não se confirmou na ocasião, e ele acabou se retratando.

 

 

Posted On Sábado, 10 Junho 2023 06:52 Escrito por

ANS vai definir em reunião na segunda-feira (12) o índice máximo de aumento anual para contrato individual ou familiar

 

Com r7

 

Após puxar a inflação de maio, os planos de saúde terão reajuste em junho. A ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) vai definir nesta segunda-feira (12), em reunião da diretoria colegiada, o índice máximo de aumento anual para contrato individual ou familiar.

 

A estimativa é de reajuste entre 10% e 12%, segundo a projeção da Abramge (Associação Brasileira de Planos de Saúde), com base na metodologia de aumento adotada pela ANS e em cálculo de consultorias.

A medida vai afetar 8,9 milhões de beneficiários de planos individuais e familiares, o que representa 17,6% do total de consumidores de planos de assistência médica no Brasil. O setor atingiu um total de 50.573.160 usuários em abril deste ano, o maior número desde novembro de 2014.

 

O aumento vai valer para contratados a partir de janeiro de 1999, e poderá ser aplicado pela operadora a partir da data de aniversário do contrato, ou seja, no mês da contratação do planopo Saúde e cuidados pessoais, com 0,93%. O destaque foi o plano de saúde, que registrou alta de 1,20% no mês.

Nos últimos 12 meses, o acumulado dos convênios chega a 17,48%, enquanto a inflação geral acumula 3,94%.

 

Histórico

 

Em 2020, os planos ficaram congelados por causa da pandemia de Covid-19. Já em 2021, pela primeira vez, a ANS definiu redução de 8,19% nos valores das mensalidades.

 

A decisão foi motivada pela queda da demanda decorrente do período de isolamento na pandemia; por causa do distanciamento social, muitos brasileiros adiaram a procura por serviços médicos não emergenciais.

 

No ano passado, a agência autorizou reajuste de 15,5% nos planos de saúde individuais e familiares, o maior índice desde o início da série histórica, em 2000.

Como funciona o reajuste

 

ANS explica que o índice de reajuste dos planos individuais ou familiares é determinado pela agência, sendo aprovado em reunião de diretoria colegiada e apreciado pelo Ministério da Fazenda.

 

"O percentual é o teto para o reajuste. As operadoras podem aplicar índices mais baixos, mas são proibidas de aplicar percentuais mais altos que o definido pela ANS para os planos individuais ou familiares", afirma a agência reguladora em nota.

 

Já os planos coletivos com 30 beneficiários ou mais possuem reajuste definido em contrato e estabelecido a partir da relação comercial entre a empresa contratante e a operadora, em que há espaço para negociação entre as partes.

 

O Idec (Instituto de Defesa do Consumidor) defende que os reajustes dos planos coletivos sejam regulados à semelhança dos planos individuais. Para a coordenadora do programa de Saúde do Idec, Ana Carolina Navarrete, o ideal seria que o reajuste fosse regulado para todos os tipos de planos.

 

"Como a maioria dos contratos coletivos reajusta seus planos com base na sinistralidade e ela como índice é pouco clara (cada empresa define de uma forma diferente), isso permite uma ampla liberdade para a operadora, no limite, fazer alteração unilateral do preço, prática vedada pelo Código de Defesa do Consumidor. O ideal seria que as cláusulas de reajuste fossem padronizadas", afirma a coordenadora.

 

Plano de saúde: 17,48% nos últimos 12 meses, 1,2% em maio

 

Em maio, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) teve alta de 0,23%. Houve desaceleração, já que, em abril, o indicador foi de 0,61%. Os dados são do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Apesar disso, alguns itens permaneceram com expansão de preços nos últimos 12 meses. Confira!

Cerveja: 10,19% nos últimos 12 meses, queda de 0,28% em maio. Apesar da promessa de campanha de Lula, ela ainda acumula alta de 2,94% neste ano

Já a picanha, outra promessa de queda do presidente, teve recuo de 4,4% neste ano. Nos últimos 12 meses, baixa de 2,6% e retração de 0,62% em maio

 

Plano de saúde: 17,48% nos últimos 12 meses, 1,2% em maio

Em maio, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) teve alta de 0,23%. Houve desaceleração, já que, em abril, o indicador foi de 0,61%. Os dados são do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Apesar disso, alguns itens permaneceram com expansão de preços nos últimos 12 meses. Confira!

Como o consumidor pode se proteger

 

Problemas com reajuste ocuparam o terceiro lugar em reclamações do ranking do Idec dentro do tema de planos de saúde, com 13,7% dos registros. Esse também é um problema bastante judicializado. Veja a orientação da coordenadora do programa de Saúde do Idec, Ana Carolina Navarrete:

 

• Um primeiro passo é o consumidor questionar a operadora sobre as razões do aumento. Se, por exemplo, a operadora alega alta na taxa de uso do plano, a chamada sinistralidade, é possível o consumidor procurar informações na ANS e verificar se a sinistralidade (taxa de uso do plano) informada pela operadora está elevada ou não. É um primeiro exercício de controle.

 

• Se a operadora esclarece e as informações batem, o consumidor deve avaliar se vale a pena permanecer no plano de saúde pagando o novo valor.

 

• Se não valer, ele pode fazer a portabilidade, que é a troca de plano sem cumprir novas carências, migrando para um plano de saúde mais barato. Pode, ainda, fazer o downgrade, que é a troca por um plano mais barato dentro da mesma empresa.

 

• Se a operadora não esclarecer as razões do reajuste elevado e se a regra de reajuste do contrato não for clara sobre como ele é feito, é possível também questionar o reajuste na Justiça.

Fonte: Idec

 

Como reclamar na ANS

 

A ANS orienta os usuários que estiverem com dúvidas em relação ao percentual do seu reajuste que procurem, inicialmente, sua operadora e, caso não tenha a questão resolvida, registre reclamação junto à ANS nos seguintes canais de atendimento:

 

• Formulário eletrônico Fale Conosco na Central de Atendimento ao Consumidor

 

• Central de atendimento para deficientes auditivos: 0800 021 2105

 

• Núcleos da ANS existentes nas cinco regiões do país. Confira aqui as unidades com atendimento presencial e faça o agendamento online

 

• Disque ANS (0800 701 9656): atendimento telefônico gratuito, de 2ª a 6ª feira, das 8h às 20h, exceto feriados nacionais

 

Fonte: ANS

 

Posted On Sexta, 09 Junho 2023 05:42 Escrito por

Pesquisa sobre educação do IBGE mostra que a maior parte tem mais de 60 anos e está concentrada na região Nordeste

Por Vivian Masutti

 

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) divulgada hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que a taxa de analfabetismo de quem tem 15 anos ou mais caiu de 6,7%, em 2016, para 5,6%, em 2022 — o equivalente a 9,6 milhões de pessoas. O índice de quem tem 60 anos ou mais também caiu entre esses anos, de 20,5% para 16%.

 

Em paralelo, a quantidade de brasileiros com 25 anos ou mais sem instrução diminuiu de 7,3%, em 2016, para 6%, em 2022, enquanto o número daqueles que concluíram ao menos o ensino básico obrigatório subiu de 46,2% para 53,2%, entre esses anos, na mesma tendência de 2019, quando a marca foi de 50%.

-A transformação digital está acelerada principalmente na Educação. Além das aulas online, uma gama de possibilidades de recursos e metodologias se abre para transferir conhecimento aos alunos, do ensino fundamental à universidade. Uma vantagem é que as crianças se familiarizam com os computadores e a internet desde cedo

O Pnad Educação de 2023 é particularmente importante, pois o estudo foi suspenso entre 2020 e 2021 devido à Covid-19, que manteve os alunos em casa. Esta é a primeira edição após a pandemia e apresenta os resultados referentes ao segundo trimestre de 2022.

 

E 2022, havia no Brasil 49 milhões de pessoas de 15 a 29 anos. Entre essas pessoas, 15,7% estavam ocupadas e estudando; 20% não estavam ocupadas nem estudando; 25,2% não estavam ocupadas, porém estudavam; e 39,1% estavam ocupadas e não estudavam.

Em 2022, pela primeira vez, mais da metade (53,1%) da população de 25 anos ou mais tinha pelo menos o ensino básico obrigatório.

 

De 2019 para 2022, observou-se redução do motivo "não tinha interesse em estudar", que passou de 28,6% para 24,7%; a questão "precisava trabalhar" ficou praticamente estável entre esses dois anos (de 40,1% para 40,2%); já "outros motivos" passaram de 9,4% para 14,5%.

• analfabetismo;

• nível de instrução e número médio de anos de estudo;

• taxa de escolarização;

• taxa ajustada de frequência escolar líquida;

• motivo da não frequência à escola ou creche das crianças de até 3 anos;

• abandono escolar de pessoas de 14 a 29 anos;

• condição de estudo e situação na ocupação de pessoas de 15 a 29 anos.

 

Entre diversos aspectos, o impacto da pandemia nas atividades escolares, sobretudo dos alunos do ensino básico, é apontado como o grande desafio para as políticas educacionais no Brasil nos próximos anos.

 

Analfabetismo está concentrado entre os mais velhos

 

De 9,6 milhões de pessoas de 15 anos ou mais analfabetas existentes no país, em 2022, segundo o Pnad, 55,3% (5,3 milhões de pessoas) viviam na região Nordeste, e 22,2% (2,1 milhões de pessoas), na região Sudeste.

 

Em relação a 2019, houve uma redução de 0,5% dessa taxa no país, o que corresponde a uma queda de pouco mais de 490 mil analfabetos em 2022.

 

Nota-se que, no Brasil, o analfabetismo está diretamente associado à idade. Quanto mais velho o grupo populacional, maior a proporção de analfabetos.

 

Em 2022, eram 5,2 milhões de analfabetos com 60 anos ou mais, o que equivale a uma taxa de analfabetismo de 16% para esse grupo. Ao incluir, gradualmente, os grupos mais novos, observa-se queda no analfabetismo: para 9,8% entre as pessoas com 40 anos ou mais, 6,8% entre aquelas com 25 anos ou mais e 5,6% na população de 15 anos ou mais.

 

Esses resultados mostram que as gerações mais novas estão tendo um maior acesso à educação e sendo alfabetizadas ainda quando crianças.

 

Por outro lado, o número de analfabetos continua concentrado entre os mais velhos. Em 2022, a taxa de analfabetismo das mulheres de 15 anos ou mais foi de 5,4%, enquanto a dos homens foi de 5,9%.

 

Em relação a 2019, a variação dessa taxa foi de 0,4% para as mulheres e de 0,5% para os homens. Para a faixa etária mais alta, nota-se que a taxa das mulheres foi superior à dos homens e alcançou 16,3% em 2022. Esse valor, no entanto, foi três vezes maior que o observado no grupo de mulheres de 15 anos ou mais.

 

Nordeste e Norte têm as maiores taxas de analfabetismo

 

Na análise por cor ou raça, chama atenção a diferença entre pessoas brancas e pretas ou pardas. Em 2022, 3,4% das pessoas de 15 anos ou mais de cor branca eram analfabetas, percentual que se eleva para 7,4% entre pessoas de cor preta ou parda.

 

No grupo de 60 anos ou mais, a taxa de analfabetismo das pessoas de cor branca alcançou 9,3% e, entre as pessoas pretas ou pardas, chegou a 23,3%. Nesse último grupo, comparando-se os dados de 2022 com os de 2019, nota-se uma queda de 3,9%.

 

Entre as regiões brasileiras, verifica-se que a taxa de analfabetismo reflete as desigualdades regionais.

 

O novo Ensino Médio promete grandes mudanças na vida escolar dos alunos, já que o currículo será acoplado e mais completo. A carga horária também vai aumentar e o ‘Itinerário Formativo’ deve ajudar os alunos na escolha da profissão. Entenda as mudanças mostradas no Fala Brasil!

 

O novo Ensino Médio promete grandes mudanças na vida escolar dos alunos, já que o currículo será acoplado e mais completo. A carga horária também vai aumentar e o ‘Itinerário Formativo’ deve ajudar os alunos na escolha da profissão. Entenda as mudanças mostradas no Fala Brasil!

 

As regiões Nordeste e Norte apresentaram as taxas de analfabetismo mais elevadas — 11,7% e 6,4%, respectivamente, em 2022, entre as pessoas com 15 anos ou mais —, enquanto no centro-sul do país as taxas são bem mais baixas.

 

Em relação a 2019, a proporção de analfabetos nesse grupo teve queda nas regiões Norte e Nordeste. Nas demais, a taxa ficou estatisticamente estável.

 

Para a erradicação do analfabetismo até 2024, os desafios são diversos entre as regiões, seja devido à tendência de estabilização das taxas no centro-sul do país ou pelo nível mais elevado da taxa no Nordeste.

 

Nível de instrução

No Brasil, a proporção de pessoas de 25 anos ou mais que terminaram a educação básica obrigatória — ou seja, concluíram, no mínimo, o ensino médio — manteve uma trajetória de crescimento e alcançou 53,2% em 2022.

 

Destaca-se o percentual de pessoas com o ensino superior completo, que subiu de 17,5%, em 2019, para 19,2%, em 2022.

 

Em 2022, mais da metade das mulheres (55,2%) continua a ter, ao menos, o ensino médio completo; entre os homens, esse percentual passou a ser também de mais da metade (51%). Ambas as proporções vêm aumentando desde 2016.

 

Com relação a cor ou raça, 60,7% das pessoas de cor branca tinham completado, no mínimo, o ciclo básico educacional. Entre as pessoas de cor preta ou parda, esse percentual foi de 47%.

 

Número médio de anos de estudo

Em 2022, a média de anos de estudo das pessoas de 25 anos ou mais foi de 9,9 anos. De 2019 a 2022, ela teve crescimento de 0,3 ao ano. Entre as mulheres, o número médio de anos de estudo foi de 10,1 anos, enquanto para os homens, de 9,6 anos.

 

Com relação a cor ou raça, mais uma vez a diferença foi grande: 10,8 anos de estudo para as pessoas de cor branca e 9,1 anos para as de cor preta ou parda.

 

Além disso, todas as regiões tiveram um aumento entre 2019 e 2022, que variou entre 0,2% e 0,4% por ano de estudo.

 

Frequência na escola ou creche

No Brasil, em 2022, 9,6 milhões de crianças de até 5 anos frequentavam escola ou creche. Entre as crianças de até 3 anos, a taxa de escolarização foi de 36%, o equivalente a 4,1 milhões de estudantes.

 

Comparada à do ano de 2019, a taxa de escolarização das crianças de até 3 anos ficou estável.

 

No Brasil, a educação básica aos 4 anos se tornou obrigatória em 2013. A maior faixa etária da educação infantil, de 4 a 5 anos, registrou um percentual elevado de escolarização: 91,5%.

 

Já a taxa de escolarização para as pessoas de 6 a 14 anos foi, em 2022, de 99,4%, o equivalente a 26,2 milhões de estudantes.

 

Educação superior

Em 2022, a taxa de escolarização das pessoas de 18 a 24 anos, independentemente do curso frequentado, foi de 30,4%, percentual próximo ao registrado em 2019.

 

Por sua vez, 20,8% desses jovens frequentavam cursos da educação superior e 10,3% estavam atrasados, em algum dos cursos da educação básica. Já 4,1% tinham completado o ensino superior e 65,5% não frequentavam a escola.

 

Abandono escolar

Dos jovens de 14 a 29 anos do país — o equivalente a quase 52 milhões de pessoas —, aproximadamente 18% não completaram o ensino médio, seja por terem abandonado a escola antes do término desta etapa, seja por nunca a terem frequentado.

 

Nessa situação, portanto, havia 9,5 milhões de jovens, entre os quais 58,8% de homens e 41,2% de mulheres. Considerando-se cor ou raça, 27,9% eram brancos, e 70,9%, pretos ou pardos.

 

 

Posted On Quarta, 07 Junho 2023 14:09 Escrito por

Na abertura da Farm Show, maior feira agrícola e de negócios do Norte e Nordeste, presidente defende suporte a pequenos e grandes produtores e para a indústria

 

Da Secom-PR

 

É uma responsabilidade estratégica do Governo estar atento para dar suporte a todas as engrenagens do agronegócio, setor considerado indispensável para o crescimento do país. Esse foi o tom da mensagem do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante a abertura da 17ª edição da Bahia Farm Show, na cidade de Luís Eduardo Magalhães (BA), nesta terça, 6/6. O evento é a maior feira agrícola e de negócios do Norte e Nordeste."É obrigação do Estado criar as condições de ajudar. Porque dizer 'eu não preciso do governo' é mentira. O pequeno precisa, o grande precisa e o médio precisa. Se não é o Estado colocar dinheiro, muitas vezes o agronegócio não estaria do tamanho que está, para financiar as máquinas, financiar a safra, garantir as exportações", disse o presidente.

 

“Em janeiro, o BNDES liberou R$ 2,9 bilhões, rapidamente tomados. Veja a força do setor: criamos uma linha de crédito dolarizada, 7,59% de juros, abaixo das taxas do Plano Safra e R$ 2 bilhões em um dia foram tomados”

 

Para Lula, não há necessidade de existir rivalidade entre produtores de manufaturados e de commodities. "O Brasil precisa da agricultura e da indústria. Outra polêmica que acho maluca é entre o pequeno e o grande agricultor. Não tem que existir preconceito, o Brasil precisa dos dois", citou.

 

Como exemplo, o presidente lembrou de uma iniciativa promovida em 2008 para o setor agropecuário que teve impacto no setor automotivo. "Quando a agricultura vai bem, a indústria de máquinas vai bem. Quando criamos o Mais Alimentos, em 2008, só de trator de 80 cavalos vendemos 80 mil. Deus queira que a gente produza muito mais, que a gente venda mais, que a gente exporte mais, porque tudo isso é riqueza para o país".

 

SUSTENTABILIDADE — Lula reforçou que o aumento da produção não deve ser confundido com desrespeito ao meio ambiente. Ele destacou que o Brasil tem milhões de hectares de terras degradadas que podem ser usadas para cultivo. Como havia feito na segunda-feira, durante evento do Dia Mundial do Meio Ambiente, Lula ressaltou que haverá rigor com quem descumprir regras. "Quem quiser agir como bandido e for desmatar, vai ter que sofrer as penas da lei, porque a gente vai preservar esse país".

 

 

Presidente Lula fala na abertura da feira - Foto: Joá Souza (Gov BA)

 

Além da primeira-dama, Janja Lula da Silva, uma comitiva composta por vários ministros, entre eles Carlos Fávaro, da Agricultura e Pecuária, e Paulo Teixeira, do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, acompanhou o presidente Lula na Bahia Farm Show. Também estiveram presentes o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, o prefeito de Luiz Eduardo Magalhães, Júnior Marabá, além parlamentares e representantes do setor agropecuário do estado.

 

CRÉDITO — Segundo o ministro Carlos Fávaro, o país está vivendo uma fase de muito incentivo, com a retomada de programas de crédito na agropecuária. "Em janeiro, o BNDES liberou R$ 2,9 bilhões, rapidamente tomados. Veja a força do setor: criamos uma linha de crédito dolarizada, 7,59% de juros, abaixo das taxas do Plano Safra e R$ 2 bilhões em um dia foram tomados", destacou.

 

Fávaro ressaltou que maio de 2023 foi mês de maior investimento da história do Banco do Brasil na agropecuária: R$ 15 bilhões. "É um conjunto de ações que vão fazer esse agro cada vez mais forte, que gera emprego e oportunidades ao povo brasileiro", completou o ministro da Agricultura e Pecuária.

 

 

BNDES — O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai oferecer mais R$ 7,6 bilhões para investimentos em sustentabilidade, ampliação da capacidade de armazenagem e segurança alimentar.

 

Com isso, o BNDES já anunciou, apenas no primeiro semestre, aproximadamente R$ 11 bilhões ao setor agropecuário. São diversas soluções financeiras, tanto no campo dos Programas Agropecuários do Governo Federal (PAGF), quanto no âmbito do BNDES Crédito Rural, com recursos disponibilizados de maneira perene, ao longo do ano.

 

O Governo também ofertou R$ 3,6 bilhões para o Plano Safra (Safrinha) e R$ 4 bilhões em linha de financiamento em dólar para investimentos no Crédito Rural – para a construção e ampliação de armazéns, obras de irrigação, formação e recuperação de pastagens, geração e distribuição de energia de fontes renováveis e regularização ambiental da propriedade.

 

Fonte: Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República

 

 

Posted On Quarta, 07 Junho 2023 04:25 Escrito por
Página 194 de 858