A partir de agora, presos do regime semiaberto poderão sair apenas para estudar
Com Agência Câmara
O Congresso Nacional rejeitou o veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à proibição das chamadas "saidinhas" de presos do regime semiaberto. Dessa forma, serão retiradas da Lei de Execução Penal as possibilidades de saídas temporárias para visita à família e para participação em atividades que concorram para o retorno ao convívio social.
Permanece na lei a possibilidade de saída temporária para frequência a curso supletivo profissionalizante, bem como de instrução do ensino médio ou superior, na comarca do Juízo da Execução.
Até agora, a autorização para as saídas temporárias podia ser concedida por prazo não superior a sete dias, podendo ser renovada por mais quatro vezes durante o ano.
O deputado Chico Alencar (Psol-RJ) lamentou que o conservadorismo do Congresso seja contaminado pela visão extremista do mundo. “Fazem um escarcéu contra o governo Lula, como se ele não tivesse compromisso com programas sociais. Vedar todas as saídas temporárias não é racional. De 835 mil presos, 182 mil têm direito a essa saída”, alertou.
Autor do projeto original, o deputado Pedro Paulo (PSD-RJ) criticou os critérios da lei classificados por ele de “frouxos” na época da apresentação do projeto, mas considerou o texto aprovado pelo Congresso rigoroso demais. “Uma ínfima minoria comete um delito quando sai. De um total de 34 mil presos que tiveram direito ao benefício nas saídas no estado de São Paulo no Natal de 2023, apenas 81 (nenhuma mulher) cometeram crimes e de menor potencial”, lembrou.
Já para o deputado Kim Kataguiri (União-SP), “todos os incentivos dados pelo Brasil e pelo governo brasileiro são incentivos para o cometimento de crime. “Infelizmente, no Brasil, cometer crime compensa. O sujeito sabe que não vai ser punido; se for punido, sabe que a punição vai ser branda; e o índice de reincidência é gigantesco”, afirmou.
Leis orçamentárias
Vários dispositivos da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO 2024) e da Lei Orçamentária Anual (LOA 2024) também tiveram vetos rejeitados, como os que acrescentam metas adicionais para o orçamento deste ano, a exemplo de ações integradas de saúde e educação para crianças com deficiência e ações de incentivo ao uso de energias renováveis.
Congresso derruba 28 vetos à Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2024
Terras na Amazônia
Em relação ao Projeto de Lei 2757/22, o Parlamento derrubou vetos para conceder nova chance de quitação de terras da União regularizadas na Amazônia Legal, objeto da Lei 14.757/23.
Caberá ao Poder Executivo definir condições financeiras e prazos para o pagamento se o contrato de regularização tiver sido assinado antes de 25 de junho de 2009 (data da Lei 11.852/09, que estipulou regras para a regularização).
O terceiro de boa-fé, proprietário de outros imóveis rurais e que tenha adquirido a terra do beneficiário original, mesmo com cláusula no contrato original de regularização impedindo essa venda, poderá obter novo parcelamento se a soma de suas propriedades não passar 15 módulos fiscais.
Nesse tipo de regularização, os contratos estipulam cláusulas resolutivas, que implicam a rescisão do contrato se essas condições não forem cumpridas, como proibição de venda por dez anos, respeito à legislação ambiental, uso da terra para destinação agrária e não exploração de mão de obra em condição análoga à de escravo, entre outras.
Com a quitação, acabarão todas as cláusulas impeditivas para área total de até 15 módulos fiscais se for comprovado que o imóvel está inscrito no Cadastro Ambiental Rural (CAR).
Entretanto, os benefícios não poderão ser concedidos a quem explorar mão de obra escrava, e o fim dessas cláusulas resolutivas não isenta o titulado da responsabilidade por infrações ambientais, trabalhistas e tributárias.
A liberação de títulos de domínio sem seguir essas regras implicará responsabilidade civil, administrativa e penal por parte do gestor.
Para as situações em que se deve comprovar o grau de utilização da terra, o texto permite ao proprietário pedir a atualização do laudo sobre essa exploração e seu grau de eficiência, quando ele tiver sido realizado há mais de cinco anos.
Polícia Civil
Na Lei 14.735/23, serão incluídos itens com veto derrubado relativos ao Projeto de Lei 1949/07, que institui a Lei Orgânica das Polícias Civis.
Entre os pontos que passarão a ser lei estão direitos como auxílio-saúde, de caráter indenizatório, nos termos da legislação do respectivo ente federativo; e carga horária mensal de “efetivo labor” com duração máxima estabelecida na legislação do respectivo ente federativo, não superior a 40 horas semanais, garantidas horas extraordinárias.
Os policiais contarão ainda com licença remunerada para o desempenho de mandato classista concedida a, no mínimo, três dirigentes em associação nacional, federação, confederação ou sindicato, sem prejuízo de outros direitos e vantagens, de aposentadoria policial especial, de promoções e progressões funcionais, de prerrogativas da função ou de benefícios do cargo efetivo enquanto perdurar a licença.
Policiais militares
Em relação à Lei Orgânica das Policias Militares e Corpos de Bombeiros (Lei 14.751/23), foram rejeitados itens para permitir a esses profissionais exercerem funções no âmbito de outro ente federado por meio de permuta ou cessão com autorização expressa dos respectivos comandantes-gerais; e que asseguram ao coronel nomeado para o cargo de comandante-geral prerrogativas de general de brigada para fins de precedência e sinais de respeito.
Os policiais e bombeiros contarão com seguro de vida e de acidentes ou indenização fixada em lei do ente federado, quando vitimados no exercício da função ou em razão dela.
Sobre o tempo de serviço, outro item garantirá àquele que foi afastado para exercer mandato eletivo a contagem do tempo de mandato para recálculo de sua remuneração na inatividade, se não for integral.
ICMS
Outro veto analisado diretamente no painel eletrônico e rejeitado pelo Congresso trata da isenção do ICMS na transferência de produtos entre estabelecimentos de uma mesma empresa.
A regra geral consta da Lei Complementar 204/23, oriunda do Projeto de Lei Complementar 116/23, e inclui na legislação uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o tema.
O veto derrubado permitirá às empresas beneficiadas por incentivos fiscais do ICMS equipararem essa operação àquelas que geram pagamento do imposto, o que permitirá a elas aproveitar o crédito com as alíquotas do estado nas operações internas ou com as alíquotas interestaduais nos deslocamentos entre estados diferentes.
Adiamento
Os parlamentares decidiram adiar para uma próxima sessão do Congresso vetos sobre reserva legal (Veto 9/23), sobre flexibilização de registros de agrotóxicos (Veto 47/23), sobre a retomada do programa Minha Casa, Minha Vida (Veto 18/23) e sobre despacho gratuito de bagagem (Veto 30/22).
Fonte: Agência Câmara de Notícias
Proposta estabelece imposto para compra em sites internacionais, como Shein, AliExpress e Shopee
Por Lis Cappi
Com uma série de ajustes e negociações, a Câmara dos Deputados aprovou a taxação de compras internacionais em 20% para pedidos de até US$ 50. A aprovação se deu de forma simbólica, em votação nesta terça-feira (28). A proposta agora será analisada pelo Senado.
A adequação tributária para produtos internacionais foi incluída no Programa de Mobilidade Verde e Inovação (Mover), e foi avaliada como um “jabuti”, termo utilizado para quando pontos que não estão diretamente ligados ao tema de um projeto são aprovados junto ao texto.
Inicialmente, o relator, deputado Átila Lira (PP-PI), propôs uma equiparação entre as exportações e produtos vendidos no Brasil, para que as compras internacionais tivessem a mesma carga tributária das nacionais - ambas em 60%.
A proposta foi mal recebida pelo governo Lula (PT), que chegou a anunciar o possível veto ao texto caso a taxação fosse aprovada pelo Congresso. Mas a falta de tempo para concluir a votação e a necessidade do Executivo em continuar com o projeto Mover pesaram para um acordo intermediário.
O programa está em vigor, por medida provisória e, para continuar em andamento, precisa ser aprovado também no Senado até o fim da semana. A previsão é que senadores votem o projeto nesta quarta-feira (29).
Na prática, os 20% tem um impacto menor nas taxas cobradas das famosas “blusinhas”, mas segue voltado para estabelecer uma cobrança federal em compras internacionais. Atualmente, as compras do tipo têm apenas incidência do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) estadual, com alíquota de 17%.
Conforme defendeu Átila Lira, a intenção é fazer com que negócios no país não tenham impacto negativo na indústria nacional e varejo. Os setores pressionam uma mudança em impostos com o argumento de que há uma concorrência desleal pela diferença tributária.
Da Assessoria
O município de Abreulândia, situado a 147 Km da capital, região Centro-Oeste, foi um dos destaque e revelação durante a premiação do Selo Profe, que ocorreu durante o Seminário Regime de Colaboração promovido pela Secretaria de Estado da Educação (Seduc) nessa terça-feira,27, na Escola Estadual Elisângela Glória Cardoso.
A educação das cidades tocantinenses foram avaliadas no quesito alfabetização, com melhor desempenho na fluência leitora dos estudantes do 2° ano e no progresso de aprendizagem. Na Regional que contempla os municípios do Vale do Araguaia, o primeiro lugar ficou com Abreulândia que alcançou 73,53 no percentual de crianças no nível de alfabetização adequado, já na segunda colocação está Paraíso do Tocantins atingindo a média de 64,83 e ocupando a terceira posição Barrolândia, atingindo 62,07.
Segundo a Seduc o levantamento foi feito após o diagnóstico entregue pelo Sistema de Avaliação da Educação Básica do Estado do Tocantins (Saeto). O diagnóstico tem como objetivo promover e valorizar a melhoria das aprendizagens e da qualidade da educação no território tocantinense.
Dever de Casa
Em vídeo divulgado, o prefeito de Abreulândia Manoel Moura parabenizou a atuação do Secretário da Educação Professor Fabio Vaz e, em especial, o Governador Wanderlei Barbosa pela condução do Estado e compromisso que tem com a Educação.
O gestor explicou que essa conquista foi alcançada graças ao cumprimento de metas e ao compromisso de sua gestão com incentivo e políticas públicas educacionais voltadas para a melhoria do ensino no município. “Agradeço toda dedicação e compromisso dos profissionais da educação, equipe da Escola Municipal Júlio Pinheiro e dos nossos estudantes”, comemorou Manoel Moura.
A professora Edileia Alves contou que os resultados alcançados foram mediantes ao trabalho conjunto da Secretaria Municipal de Educação de Abreulândia, juntamente com todos da Escola Municipal Júlio Pinheiro. “É mais um sonho realizado”, finalizou a educadora.
Selo Profe
Foram premiados os seguintes municípios que se destacaram na alfabetização dos estudantes: Superintendência Regional de Educação de Araguaína (Ananás); da Superintendência Regional de Araguatins (Augustinópolis); da Superintendência Regional de Arraias (Novo Alegre); da Superintendência Regional de Colinas (Bernardo Sayão); da Superintendência Regional de Dianópolis (Taipas); da Superintendência Regional de Guaraí (Presidente Kennedy); da Superintendência Regional de Gurupi (Aliança); da Superintendência Regional de Miracema (Miranorte); da Superintendência Regional de Palmas (São Félix); da Superintendência Regional de Paraíso (Abreulândia); da Superintendência Regional de Pedro Afonso (Itacajá); da Superintendência Regional de Porto Nacional (Monte do Carmo); e da Superintendência Regional de Educação de Tocantinópolis (Santa Terezinha).
Da Assessoria
Em Brasília (DF), o presidente do PL Tocantins, senador Eduardo Gomes, relator da Comissão Temporária Interna Sobre Inteligência Artificial (CTIA) no Senado, recebeu em seu gabinete nesta terça-feira, 28, um grupo de executivos da Brasscom, associação que representa empresas de tecnologia da informação e comunicação. O encontro teve como objetivo parabenizar o senador pelo trabalho na relatoria e apresentar sugestões para o período pós-aprovação do Projeto de Lei 2338/2023, que trata da regulamentação da IA no Brasil.
A comitiva da Brasscom foi liderada pelo presidente Affonso Nina e contou com a presença de representantes de empresas como IBM Brasil, Serasa Experian e Neoway. Durante a reunião, foram discutidas as próximas etapas para o desenvolvimento e implementação da inteligência artificial no país, com foco na criação de um ambiente favorável à inovação e ao crescimento econômico.
“No âmbito da nossa comissão, o assunto foi democrática e exaustivamente discutido em dezenas de audiências públicas em que todos os interessados tiveram amplos espaços para colocar seus pontos de vista. Estarei sempre à disposição para trabalhar em favor de todos os projetos que venham melhorar a qualidade de vida do povo brasileiro”, destacou o senador Eduardo Gomes.
Próximos passos
Com a aprovação do PL 2338/2023, o Brasil se prepara para entrar em uma nova fase no desenvolvimento e aplicação da inteligência artificial. O diálogo entre o governo, o setor privado e a sociedade civil será fundamental para garantir que a IA seja utilizada de forma ética, responsável e em benefício de toda a população.
Da Assessoria
O secretário de Governo Osires Damaso, acompanhado do ex-governador Moisés Avelino, do deputado Nilton Franco e do sobrinho do ex-governador, Antônio Luiz Avelino, foi recebido em agenda institucional pelo governador Wanderlei Barbosa.
Na ocasião, o governador Wanderlei Barbosa reforçou seu apoio ao secretário de Governo Osires Damaso, em sua pré-candidatura a prefeito de Paraíso do Tocantins. Além, de colocar-se à disposição de Damaso para atendimentos de demandas futuras, que possam beneficiar toda população da cidade. O encontro aconteceu no último dia 27 de mais, no Palácio Araguaia.
Na oportunidade foram discutidas pautas de interesse da população de Paraíso, que visam melhorias da cidade. Damaso informou que a “reunião foi bastante produtiva e uma oportunidade para conversarem sobre demandas específicas requeridas pelos paraisenses”.