Preocupação é que quadro piore com a chegada do verão
Por Rafael Cardoso
O número de casos de dengue no estado do Rio de Janeiro preocupa as autoridades e acende um alerta a quase dois meses do verão. A tendência é que o período, marcado por mais chuvas e calor, favoreça a proliferação do mosquito Aedes aegypti e do vírus que provoca a doença. Até o momento, foram registrados 39.369 casos em todo o estado. Em 2022, foram 9.926 casos para o mesmo período.
Na semana terminada em 14 de outubro, pelo menos cinco municípios registraram situação de epidemia da doença: Angra dos Reis, Resende, Nova Iguaçu, São Pedro da Aldeia e Rio das Ostras. A análise é do InfoDengue, sistema de alerta para arboviroses desenvolvido por pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Quando se consideram os números gerais de 2023, as maiores taxas de incidência da dengue estão nas regiões noroeste e sul do estado. Os municípios de Natividade e Varre e Sai, ambos no noroeste, têm taxas de 4.861 e de 2.881 casos por 100 mil habitantes, respectivamente. Paraty, no sul do estado, registrou 2.417 casos por 100 mil habitantes.
A Secretaria de Estado de Saúde diz que vem monitorando a situação e que discute as melhores formas de combate à doença em todo o Rio de Janeiro.
“Iniciamos um processo de reunião com os municípios para discutir os planos de contingência e de respostas para uma possível epidemia em todos os municípios do estado. A partir desta semana, a gente já começa esse encontro”, informa o subsecretário de Vigilância e Atenção Primária à Saúde, Mário Sérgio Ribeiro.
Segundo o subsecretário, também está sendo planejada uma nova rodada de capacitação dos profissionais de saúde que lidam com os pacientes infectados pelo vírus, principalmente médicos e enfermeiros. O diagnóstico correto da doença e do sorotipo são importantes para evitar situações de agravamento.
A Secretaria de Estado de Saúde reforçou que não há casos registrados do sorotipo 3 no Rio de Janeiro. Depois que Roraima e Paraná identificaram o ressurgimento de casos de infecção pelo sorotipo 3 neste ano, os demais estados estão em alerta. Há mais de 15 anos, ele não causa epidemias no país.
Situação na capital
Os números na capital fluminense também chamam a atenção. Até agora, foram registrados 18.120 casos de dengue, com uma taxa de 267 casos por 100 mil habitantes. É o maior valor anual desde 2016, que teve 25.856 casos. Foram confirmadas quatro mortes em decorrência da doença. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, a região mais afetada é a zona oeste, com 4.722 registros.
De acordo com o secretário municipal de Saúde do Rio de Janeiro, Daniel Soranz, já estão sendo tomadas medidas de enfrentamento ao mosquito transmissor da dengue. Ele ressalta, porém, que, além das ações da prefeitura, é preciso haver participação ativa da população.
“Estamos intensificando as visitas domiciliares com os agentes de saúde e de vigilância. Também estamos fazendo campanhas nas escolas e nas comunidades, para que de fato possamos ter toda a população preocupada em conter o avanço do Aedes aegypti, diz Soranz. “Se a gente teve esse aumento de casos no inverno, um período em que o mosquito não cresce com facilidade, o verão tende a ter aumento ainda maior. E o principal foco está na casa das pessoas que ficam doentes. De cada três pessoas com dengue, duas têm focos de mosquito em casa ou perto dela.”
A prefeitura do Rio reforça que qualquer pessoa pode solicitar uma vistoria, se suspeitar de um foco de Aedes aegypti. Basta entrar em contato pelo telefone 1746.
Cuidados
Eliminar locais de água parada é uma das orientações para evitar a proliferação do Aedes aegypti
O Ministério da Saúde orienta que a população procure o serviço de saúde mais próximo da residência assim que surgirem os primeiros sintomas de dengue. Para combater a proliferação do mosquito e a doença, é necessário eliminar todo local de água parada, pois é lá que o mosquito transmissor coloca os seus ovos, destaca a pasta.
Também é importante evitar acúmulo de lixo, não estocar pneus em áreas descobertas, não acumular água em lajes ou calhas, colocar areia nos vasos de planta e cobrir bem tonéis e caixas d’água.
Candidato do governo conta com 36% das intenções de voto, enquanto deputado tem 30% de aprovação
Por iG Último Segundo
O ministro da Economia, Sérgio Massa (Unión por la Pátria), e o deputado Javier Milei (Libertad Avanza) vão disputar o segundo turno nas eleições da Argentina, confirmou a Câmara Eleitoral na noite deste domingo (22). Massa obteve 36,33% dos votos, enquanto Milei teve 30,18% de aprovação dos eleitores.
Essa é a primeira vez em 20 anos que as eleições na Argentina vão para o segundo turno. A última vez que isso aconteceu foi em 2003, quando Nestor Kirchner venceu a disputa após a desistência de Carlos Menem.
Massa e Milei desbancaram Patricia Bullrich (Juntos por el Cambio), que obteve 23,8% dos votos e também era cotada como uma das favoritas na disputa. Juan Schiaretti (Hacemos por Nuestro País) e Myriam Bregman (Frente de Izquierda) também participaram do pleito, mas corriam por fora na disputa.
Essa é uma das eleições mais polarizadas da história da Argentina, segundo especialistas em política internacional. Milei ganhou protagonismo da onda da extrema-direita no mundo, enquanto Massa tem o apoio massivo do governo Alberto Fernández e do núcleo Cristina Kirchner.
Os debates durante o processo eleitoral foram acalorados, principalmente sobre a situação econômica enfrentada pelo país nos últimos meses. A inflação da Argentina atinge 136%, enquanto o US$ 1 está próximo de custar cerca de 900 pesos argentinos.
Sérgio Massa e Javier Milei devem manter o ritmo de campanha eleitoral e debates pelo menos até o dia 18 de novembro. O segundo turno das eleições argentinas está marcado para o dia seguinte, 19 de novembro.
Os procedimentos estavam parados desde 2017 e com o reestruturação dos serviços a população não precisa mais de transferências
Por Dayana Nascimento
As primeiras cirurgias pediátricas da região do Bico do Papagaio iniciaram na sexta-feira, 20, no Hospital Regional de Augustinópolis (HRAUG). O atendimento estava parado desde 2017 e como prioridade a Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO) reestruturou o serviço e a unidade voltou a ofertar esse tipo de procedimento sem a necessidade de envio de pacientes para outras unidades hospitalares.
“O Hospital Regional de Augustinópolis é referência para 24 municípios para urgência/ emergência e atendimentos eletivos regulado via Sistema de Gerenciamento de Listas de Espera, para as mais variadas especialidades. Nesse sentido o retorno dos atendimentos das cirurgias pediátricas foi um grande sucesso, pois podemos ofertar aos nossos pequeninos consultas e cirurgias aqui mesmo em nossa região”, destacou a diretora geral do HRAUG, Cristiane Uchôa.
No primeiro agendamento foram atendidas crianças entre 2 e 8 anos, dos municípios de Itaguatins, São Sebastião, Carrasco Bonito, Sampaio, Praia Norte e Sítio Novo. As cirurgias realizadas são de Orquidopexia bilateral, Hernioplastia umbilical e Hernioplastia Inguinal.
- O pequeno Bernardo, de dois anos, é um dos beneficiados com o retorno do atendimento
O cirurgião geral Pediátrico, Pablo Baptista Oliveira, destacou que “é extremamente importante o papel que este hospital exerce hoje para a população da região, por isso o retorno desse atendimento aqui é muito importante, pois a criança recebe um atendimento especializado sem precisar de um deslocamento tão grande, fora os demais benefícios, como por exemplo tempo de espera, que esse atendimento, trás aos pacientes”.
O pequeno Bernardo, de dois anos, do município de Praia Norte foi um dos pacientes beneficiados com o retorno do atendimento. “Antes tínhamos que nos deslocar até Palmas para fazer qualquer tipo de cirurgia pediátrica porque aqui não tinha médico especialista e já tinha uns 10 meses que estávamos tentando realizar esse procedimento e não tínhamos conseguido ainda. Graças a Deus agora na cidade de Augustinópolis temos o cirurgião pediátrico para facilitar e trazer mais tranquilidade para nós pais e aos nossos filhos” ressaltou a mãe do paciente, Ávila Alves.
- O serviço estava parado desde 2017.Foto: divulgação/saúde
Na ocasião foi apresentado o “Exporta + Amazônia”, que será lançado em novembro. O programa busca fomentar a exportação de produtos produzidos nos Estados do Norte
Por Vinicius Venâncio
O secretário da Indústria, Comércio e Serviços (Sics), Carlos Humberto Lima, recebeu, na tarde da quinta-feira (19), representantes da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil). A reunião teve como principal objetivo a apresentação do programa “Exporta + Amazônia”.
O programa, que será lançado em novembro, busca fomentar a entrada de empresas da Região Norte no mercado internacional. “Viemos para divulgar, com o apoio da Secretaria, as ações que a Apex-Brasil tem realizado para promover as exportações de setores compatíveis com a floresta e com alto valor agregado da Amazônia brasileira. Estamos realizando um evento específico para o lançamento do programa”, disse o Analista de Comércio Exterior da Agência, Pedro Henrique Netto.
O Exporta + Amazônia será realizado entre os dias 27 de novembro e 01 de dezembro, em Rio Branco (AC). O evento contará com rodada de negócio entre importadores estrangeiros e empresas exportadoras brasileiras dos setores de açaí, amêndoa de cacau & chocolate, castanha do Brasil, pescados amazônicos e proteína animal. As inscrições já estão abertas e podem ser realizadas até o dia 28 de outubro, no site da Apex-Brasil ( https://apexbrasil.com.br/content/apexbrasil/br/pt/eventos/exporta-mais-amazonia.html)
Para além deste evento, a Apex-Brasil desenvolve outras ações de fomento. Segundo Pedro Netto, existem programas de capacitação para empresas que tenham o interesse em entrar no mercado internacional.
“Temos o Programa de Qualificação para Exportação, o PEIX. Nesse programa, extensionistas vão até as empresas e as qualificam para exportar. Então, às vezes, a empresa tem uma gestão que está organizada, mas não tem ideia de como começar a exportar. Ao final do atendimento, ela terá um plano de exportação pronto e estará informada sobre o que é necessário para alcançar esse mercado. Empresas daqui do Tocantins podem conseguir esse atendimento local e gratuito”, conta o analista.
Para o secretário Carlos Humberto, as ações da Apex-Brasil vêm de encontro com o projeto econômico que a Gestão Wanderlei Barbosa tem desenvolvido no Tocantins.
“Sob as demandas do governador Wanderlei, temos trabalhado ativamente para fortalecer nossa economia e nossa indústria. De ações como o Programa de Impulsionamento da Indústria, Comércio e Serviços do Tocantins (Pics) ao Produtos da Terra, do pequeno produtor até o grande exportador. Queremos levar o Tocantins à um patamar de destaque no cenário econômico do país. Temos o potencial, estramos trabalhando para isso e com parceiros como a Apex-Brasil, é apenas uma questão de tempo”, afirma o gestor da Sics.
*OUTROS PARTICIPANTES*
Também estiveram presentes os representantes da Secretaria da Agricultura e Pecuária (Seagro), Corombert Leão, e da Secretaria de Pesca e Aquicultura (Sepea), Andréa Murakami. Os professores e coordenadores do projeto Do Tocantins para o Mundo, que visa capacitar empresários para exportação, Ítalo Beltrão e Jan Maciel, da Universidade Federal do Tocantins (UFT). Os dois ainda integram o PEIEX no Tocantins, como coordenador e monitor, respectivamente.
Da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Tocantins (Faet), esteve presente Whilker Santana; da Federação das Indústrias do Estado do Tocantins (Fieto), Amanda Barbosa; da Fundação de Apoio Científico e Tecnológico do Tocantins (Fapto), Léo Araújo; do Serviço de Apoio Brasileiro às Micros e Pequenas Empresas (Sebrae), Alex Veras; do Serviço de Aprendizagem do Cooperativismo e Organização das Cooperativas Brasileiras (Sescoop/OCB), Eduardo Soares; da Embrapa Pesca e Aquicultura, Lícia Lundstedt e do Sindicato das Indústrias Frigoríficas do Estado do Tocantins (Sindicarnes), Gilson Ney.
foto: Arthur Silva
Sugestão de legenda: Exporta + Amazônia irá fomentar a entrada de empresas da Região Norte no mercado internacional
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Incursão terrestre no território palestino será possivelmente um dos momentos mais críticos do conflito
Com R7
A guerra entre o Exército de Israel e o grupo terrorista palestino Hamas chega ao 15º dia neste domingo (22) com um saldo de 5.785 mortos — 1.400 do lado israelense e 4.385 do lado palestino. Há o temor de que Israel ponha em prática um plano de ataque por terra à Faixa de Gaza, que será possivelmente um dos momentos mais críticos e mortais do conflito.
O confronto teve início no último dia 7 de setembro, quando os terroristas romperam o bloqueio à Faixa de Gaza e se infiltraram no sul de Israel, onde realizaram massacres e sequestraram reféns. Dois dias depois, Israel impôs um cerco total ao território palestino, impedindo o acesso de água, comida, energia e combustível.
Nas primeiras horas de sábado (21), 20 caminhões do Crescente Vermelho egípcio cruzaram a passagem fronteiriça de Rafah levando suprimentos para os hospitais da Faixa de Gaza. A ajuda incluiu alimentos enlatados, remédios, cobertores e colchões, mas não um item fundamental: água potável. No total, 150 caminhões, contando com aqueles autorizados a cruzar a fronteira, aguardam do lado egípcio da fronteira.
As fronteiras foram fechadas pouco tempo depois da conclusão da entrega da ajuda humanitária a Gaza e, segundo afirmou o presidente do ONG humanitária Crescente Vermelho do Norte Sinai, Khaled Said, à agência EFE, não se sabe quando a passagem será reaberta e quantos caminhões poderão entrar. Ele disse que "não há informações sobre a saída de cidadãos estrangeiros de Gaza" e que "nada se sabe ainda" sobre quando e como isso poderá ocorrer.
Entidades internacionais alertaram que a ajuda humanitária que chegou à Faixa de Gaza até o momento é totalmente insuficiente. A ONU, por exemplo, calcula que seriam necessários ao menos cem caminhões diários para ajudar os 2,4 milhões de moradores da região.
Cúpula de Paz
No sábado, líderes árabes e ocidentais se reuniram em uma Cúpula da Paz no Cairo e pediram uma entrega de ajuda em larga escala para a Faixa de Gaza, bem como um cessar-fogo entre Israel e Hamas e uma solução definitiva para o conflito israelense-palestino.
"Devemos agir agora para acabar com o pesadelo", afirmou o secretário-geral da ONU, António Guterres, que acrescentou ter presenciado "uma catástrofe humanitária se desenrolando em tempo real".
Guterres discursou para líderes políticos do Egito, da Jordânia e da Autoridade Palestina, além dos ministros das Relações Exteriores de países árabes e europeus, dirigentes da Liga Árabe, da União Africana e da União Europeia. O chanceler brasileiro Mauro Vieira estava presente na cúpula. Rússia, China, Japão, Canadá e Estados Unidos também enviaram representantes.
Novos ataques
Depois da entrega da ajuda humanitária à Faixa de Gaza, os bombardeios entre Israel e Hamas voltaram a acontecer. Segundo a emissora Al Jazeera, dois "grandes ataques aéreos" atingiram Gaza. Um deles aconteceu em Rafah, tendo como alvo o Departamento de Defesa Civil, o que tornará ainda mais difícil o resgate de pessoas dos escombros.
Em Khan Younis, outro território palestino, três pessoas morreram e 55 ficaram feridas após um ataque a uma escola de um braço da ONU (Organização das Nações Unidas) — a UNWRA, agência voltada para a assistência aos refugiados da Palestina no Oriente Próximo. A escola sofreu "pequenos danos".
Na tarde de sábado, os bombardeios israelitas se intensificaram. Um bombardeio ocorreu no campo de refugiados de Nuseirat, no centro de Gaza, uma área densamente povoada por milhares de palestinos. Um restaurante também foi alvo de ataques, ceifando a vida de aproximadamente oito palestinos.
O Exército de Israel anunciou que está intensificando planos e manobras para realizar uma ofensiva terrestre na Faixa de Gaza com o objetivo de eliminar o Hamas. O chefe das FDI (Forças de Defesa de Israel), tenente-general Herzi Halevi, adevertiu os comandantes da Brigada Golani que eles podem esperar surpresas preparadas por terroristas quando entarem na Faixa de Gaza na próxima ofensiva terrestre, mas que as FDI também prepararam algumas.