Segundo nossas fontes, a senadora Kátia Abreu e seu filho, também senador, Irajá Abreu convidaram a bancada federal tocantinense para debater uma união suprapartidária relativa às eleições de 2022, nesta quarta-feira, mas não obtiveram sucesso, pois nenhum dos convidados compareceu
Por Edson Rodrigues
O motivo do não comparecimento ao encontro político, ainda segundo essa fonte, foi o fato de a maioria dos membros da bancada federal estar aguardando o posicionamento do senador Eduardo Gomes em relação ás eleições e a definição das normas e regras, por parte do Congresso Nacional, sobre qual o formato do pleito eleitoral que se aproxima. Até lá, muitas tratativas e articulações estarão em pleno voo.
Apesar da não presença dos convidados com mandato no Congresso Nacional, a reunião ocorreu com as presenças do empresário Edson Tabocão, pré-candidato ao governo do Estado apoiado pelo ex-prefeito de Palmas, Carlos Amastha, do ex-prefeito de Gurupi, Laurez Moreira e do ex-prefeito de Porto Nacional, Paulo Mourão. Os temas discutidos foram as prioridades da frente suprapartidária.
Apesar de não contar com a presença de nenhum prefeito de cidades que tenham grandes colégios eleitorais, muito menos de deputados estaduais nem federais, a reunião serviu como uma tentativa do clã Abreu “demarcar território”, numa clara demonstração de que tanto os Abreus quanto os demais citados perceberam que sozinhos não chegarão a lugar nenhum.
Paulo Mourão já conseguiu a união de todos os segmentos do PT em torno de sua candidatura. Carlos Amastha já está praticamente decidido a disputar uma vaga na Câmara Federal. Enquanto isso, Laurez Moreira, que já se afirmou “candidato de si próprio” a governador, pois está sem grupo político e sem partido, pode ser que tenha sucesso em uma tentativa para a Assembleia Legislativa , pois qualquer tentativa de voo mais alto que isso pode ser abortada antes mesmo da decolagem, pois não conseguiu que nenhuma liderança política de vereador prefeito a deputado estadual lhe oferecesse apoio. Sua candidatura a governador já nasceu morta.
EDSON TABOCÃO
O empresário Edson Tabocão, (foto) é praticamente desconhecido dos eleitores tocantinenses, mas é um empresário bem sucedido que, independente da sua origem, escolheu o Tocantins para investir e criar sua família. Tem muitos negócios no ramo agrícola e pode apresentar um projeto de governo que conte com o apoio de políticos conhecidos, alguns deles com mandato no Congresso Nacional, no Legislativo Estadual e nos Executivos Municipais, outros, ex-governadores, ressaltando que ajudou a eleger boa parte deles.
A questão é que Tabocão nunca foi candidato a nenhum cargo eletivo. É uma pessoa discreta mas só há boas informações sobre sua conduta.
A presença de Edson Tabocão na reunião dos Abreu faz parte do jogo democrático e na busca por “um lugar ao sol” na política tocantinense e pode ser, sim, encarada como uma demonstração de força política e de apelo popular.
Só esperamos que esse aglutinar de forças não se transforme em um “Titanic político” em terras de Teotonio Segurado.
KÁTIA ABREU PODE SER INDICADA PARA O TCU
Ganha corpo em Brasília a notícia de que a senadora Kátia Abreu seja indicada para a vaga que vai se abrir no Tribunal de Contas da União com a aposentadoria do ministro Raimundo Carreiro, marcada para agosto.
A tendência é que a senadora seja a nova ministra do TCU por ter simpatia de alas do MDB, da oposição e de ter o Centrão ao seu lado, liderado por seu partido, o PP.
Senadora Kátia Abreu, poderá ir para Tribunal de Contas da União
As vagas do TCU são cíclicas, uma do Senado, outra da Câmara e uma terceira do Executivo. O governo federal já tem seu membro no órgão de controle, o ex-ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência do Brasil Jorge de Oliveira. Agora é a vez do Senado, e Kátia Abreu é a favorita para a indicação. Os cargos de ministro do TCU são vitalício, com aposentadoria compulsória aos 75 anos.
Caso seja confirmada sua indicação pelo Senado, Kátia terá, praticamente, que encerrar sua carreira política. Nesse caso, seu grupo perde força e musculatura e o comando recairia sobre o senador Irajá Abreu. Mas, em política partidária existem muitos acontecimentos e fatos que mostram que ninguém é insubstituível, e que a fila anda fácil. Seu suplente no Senado é Donizete Nogueira, petista de primeira hora no Tocantins, presidente estadual da legenda por vários mandatos.
Kátia sempre teve um ótimo relacionamento em Brasília, com todos os membros co Congresso Nacional e dos demais poderes, é uma pessoa muito bem articulada e uma das políticas tocantinenses que obteve mais destaque nos 30 anos que frequenta a Capital Federal, desde a sua lendária batalha contra o ex-presidente Lula, contra o retorno da CPMF, até sua nomeação como ministra da Agricultura do governo de Dilma Rousseff, de quem é amiga.
Resumindo, Kátia Abreu tem tudo para ser uma grande ministra do Tribunal de Contas da União.
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) teve retirada a sonda nasogástrica que estava usando por causa de uma obstrução intestinal, informou na noite desta quinta-feira (15) o hospital Vila Nova Star, onde ele deu entrada por volta das 19h30 desta quarta-feira (14)
POR JOELMIR TAVARES
Em nota à imprensa, o hospital afirmou que Bolsonaro mantém "evolução clínica satisfatória".
"Desta forma, foi retirada a sonda nasogástrica e planeja-se o início da alimentação para amanhã [sexta-feira]", diz a nota.
O médico Antônio Macedo, que cuida do presidente, afirmou à reportagem que inicialmente o paciente receberá alimentação líquida, o que é necessário na fase de retomada da atividade digestiva. Posteriormente, ele passará a receber alimentos pastosos e, finalmente, sólidos.
Não se confirmou até agora a necessidade de cirurgia -a avaliação em São Paulo tinha como objetivo inicial verificar se uma operação teria que ser feita.
A nota, assinada pelo médico-cirurgião Antônio Macedo e por mais quatro médicos responsáveis pelo tratamento do presidente, não informa quanto tempo vai durar a internação e reafirma não haver ainda previsão de alta.
Na tarde desta quinta, o hospital emitiu comunicado informando que o quadro do presidente vinha "evoluindo de forma satisfatória clínico e laboratorialmente" e que permanecia "o planejamento terapêutico previamente estabelecido".
No início da noite, em entrevista ao vivo ao programa do apresentador Sikêra Júnior, na RedeTV!, Bolsonaro disse que deve ter alta nesta sexta-feira (16) e que as funções intestinais estão se recuperando apenas com o tratamento terapêutico, sem a necessidade de cirurgia.
"Dada a facada que eu recebi e quatro cirurgias, essa obstrução [intestinal] é sempre um risco muito alto. Mas, graças a Deus, de ontem para hoje, evoluiu bastante esse quadro. Então, a chance de cirurgia está bastante afastada", disse o presidente.
Antônio Macedo estava ao lado do paciente durante a conversa e confirmou a melhora. Ao jornal Folha de S.Paulo, depois da entrevista na TV, Macedo disse que, diferentemente do que havia anunciado Bolsonaro, a alta não está prevista para esta sexta.
"A cirurgia, a princípio, está afastada, uma vez que o intestino começou a funcionar e o abdome está mais flácido e mais funcionante", disse Macedo ao programa da RedeTV!.
O médico afirmou ainda que a sonda gástrica que Bolsonaro está usando deve ser retirada, mas que o mandatário terá que seguir uma dieta líquida.
"O presidente hoje [quinta-feira] melhorou. Ele ainda está de sonda gástrica, nós estamos estudando a retirada da sonda porque os barulhos do abdome são bons, os ruídos são bons", afirmou.
"E aquela área obstruída do lado esquerdo [do abdome], fruto de aderências decorrentes de toda essa complicação que ele teve, já esta mais palpável, pode permitir a retirada da sonda gástrica, ainda garantindo dieta líquida", explicou o especialista.
"Fundão" turbinado pode dar quase R$ 1,2 bilhão a PT e PSL
Fundo é destinado ao financiamento de campanhas. Em 2018 e 2020, montante foi de cerca de R$ 2 bilhões. Texto segue para sanção presidencial.
A aprovação da Lei de Diretrizes Orçamentárias pelo Congresso nesta quinta-feira, 15, poderá triplicar o volume de verba pública para financiar campanhas eleitorais. Confirmada a proposta que segue ao plenário, os dois partidos com as maiores bancadas no Congresso, PT e PSL, por exemplo, teriam quase R$ 600 milhões cada um, para gastar com seus candidatos nas eleições de 2022.
Cálculos feitos por assessores legislativos estimam que o PSL receberia R$ 595,9 milhões, ante os R$ 199,4 milhões recebidos em 2020, uma alta de 199%. O PT ficaria com R$ 595 milhões, uma alta de 196% em relação aos R$ 201,3 milhões das últimas eleições.
Há atualmente dois tipos de verbas públicas que sustentam partidos e campanhas. O fundo partidário é uma "mesada" de dinheiro público que as siglas recebem para despesas como aluguel de sede, salário de funcionários e, também, campanhas eleitorais. No ano passado, foram distribuídos mais de R$ 934 milhões aos 33 partidos registrados no País. Pelas regras atuais, as legendas precisam investir ao menos 5% do que recebem para incentivar a participação feminina na política.
O segundo tipo de repasse público atende o fundo eleitoral, que é usado especificamente para bancar gastos de candidatos em ano de eleição. Em 2020, quando houve disputas municipais, foram destinados R$ 2 bilhões aos partidos. Deste total, 30% foram reservados a candidaturas de mulheres.
Segundo técnicos legislativos, com a nova regra proposta, os valores podem chegar a R$ 5,7 bilhões, apenas para o fundo eleitoral, quase o triplo de 2020. Trata-se de uma alteração feita no projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) pelo relator da proposta, deputado Juscelino Filho (DEM-MA). O montante em si só é definido na Lei Orçamentária Anual (LOA), a ser enviada pelo Executivo em agosto, mas a regra da LDO pode amarrar a verba.
"Pedimos à China que seja transparente e aberta", reforçou o Tedros Adhanom em coletiva de imprensa nesta quinta-feira
Por Thomas Escritt e Kirsti Knolle
O chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse nesta quinta-feira, 15, que as investigações sobre as origens da pandemia de covid-19 na China estão sendo prejudicadas pela falta de dados brutos sobre os primeiros dias da disseminação do vírus no local.
"Pedimos à China que seja transparente e aberta, e que coopere", reforçou o Tedros Adhanom, em coletiva de imprensa realizada em Genebra, na Suíça.
"Devemos isso aos milhões que sofreram e aos milhões que morreram para saber o que aconteceu", completou o diretor-geral da organização.
Mais de 4 milhões de mortos
Segundo um levantamento da Universidade Johns Hopkins (EUA), a pandemia de covid-19 já deixou mais de 4 milhões de mortos em todo o mundo. O Brasil está em segundo no ranking de países que concentram o maior número de óbitos, atrás apenas dos Estados Unidos.
O presidente Jair Bolsonaro sancionou, nesta quinta-feira, 15, com vetos, a lei que aumenta a tributação sobre bancos e reduz incentivos ao setor petroquímico para bancar subsídio temporário ao diesel e ao gás de cozinha.
Por Lorenna Rodrigues
Essa compensação foi para o corte feito no início do ano nos impostos que incidem sobre os combustíveis. Esta semana, Bolsonaro prometeu uma nova redução, desta vez de R$ 0,04, no PIS/Cofins do diesel, que passaria de R$ 0,31 para R$ 0,27.
O presidente disse que tem o apoio do ministro da Economia, Paulo Guedes, para a medida e que, como compensação, vai tirar isenção para um setor, mas que não revelaria qual.
As compensações via aumento de tributos e cortes de incentivos são necessárias porque o presidente, em um aceno aos caminhoneiros, quis desonerar o diesel para dar uma resposta aos sucessivos reajustes que o combustível vinha tendo na esteira da valorização do dólar e do preço do petróleo no mercado internacional.
A política de preços da Petrobrás inclusive levou Bolsonaro a demitir o presidente da companhia, Roberto Castello Branco, indicando o general da reserva Joaquim Silva e Luna para o posto.
Pela lei publicada no Diário Oficial da União, a alíquota da Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL) para o setor financeiro passou de 20% para 25% até 31 de dezembro deste ano para bancos e de 15% para 20% para empresas de seguros privados, capitalização, distribuidoras de valores mobiliários, entre outras.
A nova lei prevê, ainda, o encerramento gradual dos subsídios da indústria petroquímica (REIQ), até serem extintos em 2024. Hoje, o setor paga alíquota de 1% no PIS e de 4,6% na Cofins, no mercado interno e na importação.
Carros para PCDs
Outra modificação é um teto de isenções fiscais do IPI no caso de compra de veículos novos por pessoa com deficiência (PCD). Até o fim do ano, a isenção valerá apenas para automóveis que custem até R$ 140 mil.
Na MP original, o governo havia estipulado um teto para o valor dos veículos de R$ 70 mil - pela legislação atual, não há limite.
Na soma dos incentivos, um carro para PCD pode ter desconto de 20% a 30% no preço de tabela, dependendo do modelo e da categoria. O dado mais recente da Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) indica que a venda de carros para esse público representa 8% do total de veículos vendidos no País e vem crescendo nos últimos cinco anos.
Segundo dados do IBGE, um quarto dos brasileiros têm algum tipo de deficiência que pode servir como justificativa para a isenção de impostos na compra do automóvel. São quase 70 doenças elegíveis para o direito à isenção, como hérnia de disco, hepatite, osteoporose, diabetes, artrose, AVC e LER.
Vetos
Bolsonaro vetou três pontos do texto aprovado pelo Congresso Nacional. O primeiro, que ampliava o rol de pessoas com deficiência que teriam direito à isenção de IPI sobre veículos.
Também foi vetado artigo que permitia que créditos presumidos da contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins pudessem ser compensados com outros tributos ou ressarcidos em dinheiro.
O terceiro veto barrou artigo que previa que o montante destinado ao pagamento de prêmios e ao recolhimento do Imposto de Renda incidente sobre a premiação de loterias não comporá a base de cálculo das contribuições sociais devidas pelos operadores.
"Embora bem-intencionados, os dispositivos poderiam comprometer a arrecadação tributária e o equilíbrio fiscal", explicou a Secretaria-Geral da Presidência da República.