Falando como pré-candidata, senadora prometeu ministério paritário entre homens e mulheres

Por Agência O Globo

Após ser confirmada como pré-candidata à Presidência da República pelo MDB, com o apoio do Cidadania, a senadora Simone Tebet (MDB-MS) afirmou nesta quarta-feira que será a postulante do "caminho do meio" e da "pacificação". Trata-se do primeiro discurso dela após o ex-governador de São Paulo João Doria (PSDB) ter anunciado a desistência da disputa pelo Palácio do Planalto.

 

"Se a minha candidatura servir para ter uma adulta na sala, eu serei essa candidata. (...) Comigo não é 8 ou 80. Vamos falar menos de Lula e Bolsonaro e vamos falar mais do Brasil real", afirmou ela, dizendo que a partir de agora se inicia a sua campanha à presidência. "A nossa missão é pacificar o país com os brasileiros", completou.

 

Única pré-candidata mulher a ser lançada até agora em 2022, a senadora frisou que ela "usa saia e passa batom" e prometeu um ministério paritário entre homens e mulheres.

 

"Quando eu entrei na vida pública, havia uma dificuldade de mulher votar em mulher. (...) Mulher que tem protagonismo acaba empoderando outra mulher. Hoje, eu posso dizer: mulher vota em mulher", afirmou a parlamentar, que foi presidente da bancada feminina no Senado em 2021.

 

Pesquisas encomendadas pelo MDB, PSDB e Cidadania indicaram que o pleito deste ano teria um peso significativo do eleitorado feminino.

 

Tebet fez o discurso ao lado dos presidentes do MDB e Cidadania, Baleia Rossi e Roberto Freire. A ausência do presidente do PSDB, Bruno Araújo, que também participa das discussões da coligação desde o ano passado, foi sentida.

"Não tenho dúvidas que em breve o PSDB estará conosco", afirmou ela, frisando que fazia uma "homenagem à história" do partido, que ainda está dividido entre apoia-la ou ter uma candidatura própria.

 

A senadora ganhou o respaldo da maioria do MDB em reunião da cúpula ocorrida nesta terça-feira. Ela já havia sido lançada pré-candidata em dezembro de 2021, mas ainda havia dúvidas se era um nome de consenso dentro da sigla. Uma ala da região nordeste - em especial o senador Renan Calheiros, de Alagoas, e o ex-senador Eunício Oliveira, do Ceará - já fecharam apoio à campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e são contrários à candidatura própria.

 

"Nós não teremos a unanimidade no partido, mas teremos a unanimidade nas convenções", comentou a senadora.

 

 

 

Posted On Quarta, 25 Mai 2022 14:03 Escrito por

 O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) aprovou nesta terça-feira (24) o registro da federação partidária entre PT, PC do B e PV.

 

POR MATEUS VARGAS

 

 
Este tipo de aliança prevê que as siglas ficarão unidas, como se fossem um partido só, nas eleições de outubro e durante os próximos quatro anos em âmbito nacional, estadual e municipal.

 

Trata-se da primeira federação aprovada pelo TSE.

 

O prazo para o registro destas agremiações é 31 de maio. O PSDB e o Cidadania pediram o aval no último dia 11. Já PSOL e Rede protocolaram nesta terça.

 

A federação Brasil da Esperança, de sigla FE Brasil, aprovada por unanimidade pelo tribunal, vai apoiar a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a presidente.

 

O pedido de registro desta união foi feito ao TSE em 23 de abril.

 

O PSB chegou a negociar a participação nesta união, mas optou por ficar de fora. Ainda assim, a sigla filiou o ex-governador paulista Geraldo Alckmin para ser o vice na chapa de Lula.

 

A confirmação da federação impede que os partidos sejam coligados em determinados estados e adversários em outros.

 

Além de compartilharem o mesmo programa, as federações têm um estatuto comum, com suas regras internas.

 

Se um partido romper, a federação só poderá funcionar se ao menos duas outras siglas continuarem unidas. Além disso, o partido que se desligar sofrerá algumas restrições, como não acessar o fundo partidário durante o período que faltar para encerrar os quatro anos da aliança inicial.

 

Nas coligações, os partidos se uniam só para disputar a eleição, em acertos que variavam de estado a estado. Abertas as urnas, eles não tinham nenhum compromisso entre si.

 

O ministro Alexandre de Moraes, do TSE e do STF (Supremo Tribunal Federal), disse na sessão desta quarta-feira que a federação pode servir como "união estável para ser convertida em casamento".

 

Há expectativa de que algumas siglas que firmarem este tipo de aliança decidam se fundir no futuro.

 

"Não é possível que nosso sistema eleitoral permaneça com este número de partidos políticos com ou sem representação no Congresso", disse ainda Moraes.

 

O PSB não se uniu aos demais partidos por divergências sobre a composição do órgão que comandará a federação e entraves em palanques estaduais.

 

A presidente do PT e deputada federal, Gleisi Hoffmann (PR), foi eleita presidente da federação. O mandato será de um ano e os partidos farão um rodízio no comando da agremiação.

 

Criado para salvar partidos pequenos, a federação pode facilitar a eleição de quadros a cargos proporcionais, como é o caso dos deputados federais.

 

Os partidos que compõem a federação também estarão juntos nas eleições municipais de 2024.

 

A federação partidária que reúne PT, PC do B e PV incluiu a defesa da revogação da reforma trabalhista e do teto de gastos em seu programa.

 

O documento ainda defende uma reforma "política e eleitoral", com a "recriação de instrumentos como conferências e conselhos".

 

O texto da federação afirma que é preciso criar marcos legais e institucionais que "enfrentem os grandes monopólios das plataformas digitais, privadas e internacionais". Os partidos dizem que estas plataformas têm sido utilizadas "pelos setores mais retrógrados para promover o negacionismo, a desinformação e o ódio, interferindo em processos políticos democráticos no Brasil e no mundo".

 

 

Posted On Quarta, 25 Mai 2022 06:09 Escrito por

O ex-juiz federal e ex-ministro Sergio Moro virou réu em uma ação protocolada por deputados federais do PT na qual é acusado de prejuízos aos cofres públicos da Petrobras e de lesar a economia brasileira por conta de sua atuação na Operação Lava Jato.

 

Com Agências

A informação foi inicialmente publicada na coluna da jornalista Monica Bergamo, da Folha de S. Paulo.

 

A ação foi recebida pelo juiz Charles Renaud Frazão de Morais, da 2ª Vara Federal Cível de Brasília, na segunda-feira (23), fazendo com que Moro se tornasse réu. Os petistas não estipularam o valor da indenização a ser pago em ressarcimento aos cofres públicos em caso de condenação.

 

A iniciativa da ação é dos deputados petistas Rui Falcão (SP), Erika Kokay (DF), Natália Bonavides (RN), José Guimarães (CE) e Paulo Pimenta (RS), e foi assinada pelo advogado Marco Aurélio de Carvalho, que coordena o grupo Prerrogativas.

 

Os parlamentares afirmam que "o ex-juiz Sergio Moro manipulou a maior empresa brasileira, a Petrobras, como mero instrumento útil ao acobertamento dos seus interesses pessoais". "O distúrbio na Petrobras afetou toda a cadeia produtiva e mercantil brasileira, principalmente o setor de óleo e gás."

 

Os cinco parlamentares do PT afirmam que Moro teve "condutas profundamente alheias aos ditames imponíveis à atividade judicial".

 

Alegam que desvios de finalidade, excessos e abusos cometidos pela Lava Jato, sobretudo em virtude da "atuação viciada" do ex-juiz, "resultaram em perdas e danos muito superiores ao interesse público", o que produziu "um cenário de desarranjo econômico de altíssimo custo social em nosso país".

 

Moro chama ação de 'risível' e fala em 'inversão completa de valores'

O ex-juiz disse nesta terça-feira (24) que a ação do PT "risível" e que a decisão judicial não envolve juízo de valor.

 

"A ação popular proposta por membros do PT contra mim é risível. Assim que citado, me defenderei. A decisão do juiz de citar-me não envolve qualquer juízo de valor sobre a ação."

 

"Todo mundo sabe que o que prejudica a economia é a corrupção e não o combate a ela. A inversão de valores é completa: Em 2022, o PT quer, como disse Geraldo Alckmin, não só voltar a cena do crime, mas também culpar aqueles que se opuseram aos esquemas de corrupção da era petista."

 

Ação cita levantamento mencionado por ministro do STF

A peça acusatória diz que empreiteiras e grandes fornecedores de equipamentos para os setores da construção e óleo e gás foram alvejados de forma completamente atípica por Moro.

 

Para dar suporte às acusações, o grupo cita um levantamento mencionado pelo ministro Ricardo Lewandowski, do STF (Supremo Tribunal Federal),durante o julgamento que anulou condenação imposta a Lula no caso tríplex de Guarujá, no ano passado.

 

O magistrado fez referência a um estudo da professora Rosa Maria Marques, da PUC de São Paulo, baseado em pesquisa do Ineep (Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).

 

"Esse estudo mostra também que se estima que a Lava Jato retirou cerca de R$ 142,6 bilhões da economia brasileira. A operação produziu, pelo menos, três vezes mais prejuízos econômicos do que aquele que ela avalia ter sido desviado com a corrupção. Isso fora os milhões de desempregos que esta operação causou", afirmou Lewandowski no ano passado.

 

De acordo com informações disponibilizadas pelo Ministério Público Federal, o saldo de recuperação da Lava Jato no Paraná inclui R$ 4,3 bilhões em valores recuperados e devolvidos aos cofres públicos (União, Petrobras e outros) e R$ 14,8 bilhões em multas compensatórias decorrentes de delações premiadas e acordos de leniência.

 

 

Posted On Terça, 24 Mai 2022 14:27 Escrito por

Por Jussara Soares

 

O presidente do União Brasil e deputado federal Luciano Bivar (PE) afirmou, em entrevista ao GLOBO, que uma candidatura do ex-governador Anthony Garotinho ao Palácio Guanabara não está decidida e vai depender da análise das instâncias partidárias. Até o momento, diz Bivar, a legenda apóia a reeleição do governador Cláudio Castro.

 

Nós não temos candidato constituído no Rio de Janeiro. Temos um apoiamento ao governador Cláudio Castro. Ele entrou com o pedido de pleitear a pré-candidatura dele como governador e falamos que primeiro o diretório estadual do Rio tem que mandar essa demanda e depois submeter ao conselho instituidor do União Brasil para homologar ou não. Não há uma decisão, afirmou Bivar.

 

Garotinho anunciou sua pré-candidatura na semana passada, após desentendimentos com Cláudio Castro. Na ocasião, o presidente estadual do União Brasil, Wagner dos Santos Carneiro, chegou a afirmar que a entrada de Garotinho na disputa teria a "simpatia" de Bivar.

 

Os dirigentes da legenda no Rio se desentenderam com a gestão de Cláudio Castro por causa da indicação a cargos no governo estadual.

 

Garotinho sempre se mostrou incomodado com o espaço dado ao ex-secretário de Governo de Castro, Rodrigo Bacellar (Solidariedade), de quem é adversário político no Norte Fluminense, e ameaçava lançar candidatura própria para o Palácio Guanabara, com o objetivo de dividir os votos de Castro na região.

 

Segundo lideranças do partido, o União esperava ter controle total sobre as indicações de cargos para a Secretaria de Transportes. No entanto, recebeu apenas uma subsecretaria, além do direito à nomeação do titular da pasta. Ao anunciar apoio ao governador, a legenda também teria pleiteado o comando da Secretaria de Meio Ambiente e do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), que não foi concedido. Das duas diretorias do Departamento de Estradas e Rodagens (DER) prometidas, apenas uma foi dada ao novo partido.

 

 

Posted On Terça, 24 Mai 2022 05:17 Escrito por

Empresário, jornalista, publicitário e político brasileiro, 37.º Governador de São Paulo

 

Com Yahoo Notícias

 

O pré-candidato à presidência João Doria vai se reunir com a cúpula nacional do PSDB nesta segunda-feira (23). A reunião deve ocorrer em São Paulo e tem como objetivo fazer com o ex-governador de São Paulo desista de disputar a vaga para o Palácio do Planalto em outubro.

 

Doria foi o candidato eleito nas prévias do PSDB ocorridas em novembro de 2021. Entretanto, ele vem sofrendo resistências dentro do partido. À interlocutores, o tucano tem dito que vai resistir aos pedidos de desistência do partido. Ele defende que a decisão do partido sobre a candidatura ocorra somente em julho, mês das convenções partidárias.

 

A esperança do pré-candidato recai sobre o resultado de uma pesquisa encomendada pelo partido. O bloco partidário alega entretanto que ainda não tem os dados finais do resultado porque o levantamento não foi registrado na Justiça Eleitoral. Entretanto, segundo dirigentes nacionais do PSDB, MDB e Cidadania, a pesquisa teria mostrado um panorama mais favorável à senadora Simone Tebet (MDB-MS).

 

A chamada terceira via tem predileção por Tebet e espera que Doria aceite ser seu vice em uma possível chapa. O tucano, no entanto, ainda não deu mostras de que aceitaria.

 

Reunião

Para o encontro de amanhã (23), Doria deve apresentar os dados do último levantamento feito pela XP/Ipespe, que foi divulgado na sexta-feira (20). Na pesquisa, o tucano aparece com 4% das intenções de voto, enquanto Simone pontuou 2%.

 

Por outro lado, o pré-candidato enfrenta mais rejeição do que a emedebista, 53% contra 37%. Como argumento, aliados defendem que Doria é mais conhecido pelo eleitorado e que portanto têm mais chances de crescer nas próximas pesquisas eleitorais.

 

O percentual de pessoas que dizem que poderiam votar em Doria é de 33% enquanto Simone é opção para somente 14%.

 

 

 

Posted On Segunda, 23 Mai 2022 05:30 Escrito por
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