Lula lê discurso, critica Bolsonaro e fala em defesa da soberania em evento. Petista falou em "superar eventuais divergências" com o vice Alckmin para construir uma "via alternativa à incompetência" do atual governo

 

Por Karen Lemos

No lançamento de sua pré-candidatura à presidência da República, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou fortemente o atual chefe do Executivo, Jair Bolsonaro (PL), celebrou a chapa com um antigo adversário político em prol da democracia e falou em restaurar a soberania do Brasil e do povo brasileiro. O evento aconteceu neste sábado, 7, em São Paulo.

 

Lula decidiu ler seu discurso, o que não é comum, uma vez que algumas de suas recentes declarações repercutiram mal, como uma entrevista para a norte-americana Times em que criticou o presidente ucraniano Volodymy Zelensky.

 

No evento, o ex-presidente não falou da guerra, mas guardou as energias para criticar fortemente Jair Bolsonaro, que será seu principal adversário no pleito. Para Lula, a atual gestão destruiu "tudo o que fizemos e o povo brasileiro conquistou" em seu governo.

 

O líder petista ainda celebrou a criação da frente Vamos Juntos Pelo Brasil, que reúne diversos partidos desde extrema até uma esquerda mais moderada, em torno de sua candidatura com o ex-governador Geraldo Alckmin como vice. "É um momento muito especial na minha vida. É especial juntar tantas forças políticas progressivas em torno da campanha, de interesses políticos para resolver os dramas que estamos vivendo".

 

Lula relacionou o governo Bolsonaro com o aumento da pobreza e da fome no Brasil, e ainda criticou a atuação do Executivo diante da pandemia de coronavírus. "Nem todo governante é capaz de sentir a dor alheia. Ele pode até se dizer cristão, mas não tem amor ao próximo", avaliou.

 

Para Lula, Bolsonaro ainda é responsável por estimular o preconceito, a descriminação e a intolerância no País.

 

O ex-presidente disse acreditar que, com a aliança política que conseguiu em torno de sua campanha, será possível "restaurar a soberania do Brasil e do povo brasileiro".

 

O petista ainda falou em "superar eventuais divergências", em referência ao vice Geraldo Alckmin, para construir uma "via alternativa à incompetência e ao autoritarismo que nos governam".

 

"Somos de partidos diferentes, fomos adversários. Estou feliz por tê-lo na condição de aliado", completou.

 

Aposta no 'chuchu com lula' e no verde e amarelo

Além de um discurso lido, o evento com o ex-presidente Lula também chamou atenção pelo uso de cores da bandeira do Brasil, ainda associada ao bolsonarismo.

 

O petista também brincou com a mistura de "lula com chuchu", frase usada também por Alckmin, que discursou antes via videoconferência, já que está com covid-19.

 

"Vou pedir pra Bela Gil [presente no evento] abrir um espaço no restaurante dela só para servir lula e chuchu", brincou. "Será o prato da moda no Palácio do Planalto depois das eleições".

Dilma

 

Lula também comentou a possibilidade de chamar a presidente impichada Dilma Rousseff (PT) e, afagando a aliada política, afastou essa possibilidade.

 

"Não vou levar jamais porque a Dilma não caberia em um cargo de ministro. Ela tem a grandeza de ter sido a primeira mulher presidente da nossa história".

 

Apaixonado

Ao lado da noiva Janja, o pré-candidato citou eventos futuros, como as viagens que fará pelo Brasil para divulgar campanha, e também o casamento com a socióloga, marcado para o dia 18 deste mês.

 

"Um cara de 76 anos, apaixonado como eu estou, querendo casar, só pode fazer o bem para esse País", comentou.

 

Discurso de Lula em pré-candidatura é marcado por fortes críticas a Bolsonaro:

 

 

Posted On Domingo, 08 Mai 2022 04:58 Escrito por

O PL 2.564/2020 aprovado, tem apensado a proposição 2.997/2020, de autoria de Dorinha. O texto segue agora para sanção presidencial

 

Com Assessoria

 

Após trabalho e comprometimento com os quase 21 mil enfermeiros do Tocantins, foi com muita alegria e sentimento de dever cumprido que a deputada federal Professora Dorinha (União/TO) celebrou a aprovação do Piso Nacional da Enfermagem na Câmara dos Deputados, nessa quarta-feira, 4 de maio. "Mais do que flores e palmas, o que eles merecem é valorização, respeito e condições de trabalho. Por isso, será apresentada uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para apontar fontes de financiamentos em apoio aos Estados e municípios. Contem com meu apoio integral", destacou Dorinha.

 

Acompanhada por enfermeiros do Tocantins, entre eles, a enfermeira Sol, a parlamentar frisou ainda que, "uma luta que travamos pela valorização destes importantes profissionais para nossa sociedade. A nossa tarefa apenas começou, porque o que buscamos foi um conjunto de valorizações. O Piso deve ser garantido, apesar de sabermos de todas as dificuldades enfrentadas pelos entes federados, mas a nossa tarefa, volto a destacar, é apontar fontes de financiamento e elas existem", explicou Dorinha. O texto agora segue para sanção presidencial.

 

O piso garante salário mínimo de R$ 4.750 para a enfermagem, sendo 70% desse valor para os técnicos de enfermagem e 50% para auxiliares de enfermagem e parteiras, o que representa o acréscimo de 2,02% da massa salarial anual das organizações contratantes e cerca de 2,7% do PIB da saúde do país em 2020, segundo dados do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen). "Uma forma de agradecimento que o Brasil e o Congresso Nacional podem fazer aos enfermeiros que estiveram à frente na luta contra a Covid-19. Todo meu reconhecimento aos heróis da enfermagem”, finalizou a parlamentar.

 

 

Posted On Sexta, 06 Mai 2022 07:03 Escrito por

Até esta quarta, partido negociava com siglas como MDB e PSDB para lançar candidatura única. Presidente do União, Luciano Bivar não diz no vídeo quem serão os candidatos dessa chapa

Por Gustavo Garcia

 

O presidente do União Brasil, deputado Luciano Bivar (PE), anunciou em vídeo divulgado nesta quarta-feira (4) que o partido não deve se unir às siglas da chamada "terceira via" para lançar uma chapa unificada à Presidência da República.

 

Segundo Bivar, a legenda lançará uma "chapa pura", ou seja, com candidatos a presidente e vice-presidente do próprio União Brasil. No vídeo, o parlamentar não diz quem serão esses candidatos.

 

"Esperamos até o último momento para ver se fazíamos uma coligação com outros partidos. Entretanto, outros partidos não tiveram a mesma unidade que tem o União Brasil. Então, em função disso, não restou a nós uma única alternativa a não ser sairmos com uma chapa pura", diz Bivar no comunicado.

 

No último dia 14, a Executiva Nacional do União Brasil lançou a pré-candidatura de Bivar à presidência da República. Até aquele momento, o partido ainda negociava com a chamada "terceira via" – e dizia que indicaria Bivar para ser o candidato do grupo à presidência.

 

Questionada nesta quarta, no entanto, a assessoria de Luciano Bivar respondeu que não há "nada definido ainda".

Movimentações

O desembarque do União da chamada "terceira via" já havia sido antecipado, na última semana, pelos blogs dos jornalistas Ana Flor e Gerson Camarotti no g1.

 

Nesta terça (3), segundo o Blog do Camarotti, dirigentes de partidos como MDB e PSDB chegaram a pedir que o União adiasse o anúncio de uma candidatura própria.

 

Além de Luciano Bivar, o União Brasil tem entre seus filiados outro "candidato a candidato": o ex-juiz e ex-ministro da Justiça Sergio Moro, que migrou do Podemos para o União no último dia da janela partidária.

 

Moro já tinha sido lançado pelo Podemos como pré-candidato ao Planalto. Até o momento, mesmo tendo mudado de partido, o ex-juiz diz que não descartou a possibilidade de concorrer ao cargo.

 

Dentro do União Brasil, no entanto, a ala de ex-integrantes do DEM resiste a uma eventual indicação de Moro como candidato à presidência da República.

 

Já entre os partidos que ainda negociam uma candidatura unificada da "terceira via", também há diversos nomes na disputa.

 

O PSDB tem João Doria como pré-candidato da legenda à Presidência. O MDB já lançou a pré-candidatura de Simone Tebet. O Cidadania chegou a lançar o senador Alessandro Vieira como pré-candidato, mas o parlamentar desistiu de concorrer.

 

 

 

Posted On Quinta, 05 Mai 2022 06:41 Escrito por

 

Em uma tentativa de evitar o colapso da chamada terceira via na disputa presidencial e a judicialização das prévias tucanas, as cúpulas do PSDB e do MDB admitem um acordo para indicar o ex-governador João Doria como vice da senadora Simone Tebet (MS). Os dois partidos estabeleceram o dia 18 de maio como prazo final para anunciar o desfecho das negociações.

 

Por Pedro Venceslau

 

Doria, porém, resiste a abrir mão da cabeça de chapa e aliados dizem que pretendem lançar uma chapa pura caso as conversas com outras forças políticas não prosperem. Filiada ao Cidadania, que formou federação com o PSDB, a senadora Eliziane Gama (MA) é apontada como eventual vice de Doria no grupo do ex-governador.

 

Na leitura de integrantes da executiva do PSDB, a ideia de indicar o ex-governador como vice de Simone não é a preferida da bancada ou das bases, mas ajudaria a pacificar a legenda e evitaria uma guerra jurídica. Doria ameaçou recorrer à Justiça Eleitoral para garantir o resultado das prévias do ano passado, caso seus adversários internos tentem retirar sua candidatura por meio do diretório nacional ou na convenção.

 

“A decisão final (sobre ser ou não candidato) será do João Doria, que foi eleito democraticamente nas prévias. Não vejo a menor possibilidade de ele renunciar para ser vice. O PSDB sempre teve candidato”, disse César Gontijo, tesoureiro do PSDB e aliado do ex-governador de São Paulo.

 

Doria, no entanto, já admitiu em entrevista a hipótese de ser vice da senadora. Antes disso, ele tenta reatar relações no PSDB. Doria deve jantar em Brasília nesta quarta-feira, 4, com a bancada do PSDB na Câmara para sair do isolamento após ter rompido com o presidente do PSDB, Bruno Araújo, que era também o coordenador de sua pré-campanha.

 

Tanto no PSDB como no MDB prevalece o ceticismo sobre o prazo para definir a candidatura. Os emedebistas consideram a pré-candidatura de Simone irrevogável e pretendem lançar seu plano de governo logo depois da data, com ou sem acordo com o PSDB. “Não existe a menor possibilidade de eu ser vice”, disse Simone ao Estadão.

 

Em conversas reservadas, pessoas próximas a Simone dizem que o nome preferido dela para ser seu vice é o do senador Tasso Jereissati (CE), mas reconhecem que a opção Doria pode ser a saída para a terceira via.

 

A pré-candidatura de Simone Tebet foi exaltada por empresários em um jantar promovido por Tereza Bracher na quinta-feira passada, no qual estavam presentes nomes como Fábio Barbosa, Horácio Piva e Persio Arida.

 

 

Posted On Quarta, 04 Mai 2022 06:13 Escrito por

O ex-presidente Lula (PT) voltou nesta terça-feira (3) a atacar o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), aliado do presidente Jair Bolsonaro (PL)

 

POR VICTORIA AZEVEDO

 

"Se a gente ganhar as eleições e o atual presidente da Câmara continuar com o poder imperial, ele já está querendo criar o semipresidencialismo. Ele já quer tirar o poder do presidente para que o poder fique na Câmara dos Deputados e ele aja como se fosse o imperador do Japão", afirmou Lula, ao discursar sobre a importância das eleições ao Congresso Nacional.

 

"Ele acha que pode mandar, inclusive administrando o Orçamento, que tem que ser administrado pelo governo, que é pra isso que o governo é eleito. E é o governo que decide cumprir orçamento aprovado pela Câmara em função da realidade financeira do país", continuou o petista.

 

O Japão é uma monarquia constitucional parlamentar, com chefe de governo (primeiro-ministro) e de Estado —ocupado pelo imperador Naruhito, que assumiu em maio de 2019 e possui função cerimonial.

 

Lula participou de ato da executiva nacional do Solidariedade em apoio à pré-candidatura de Lula à Presidência nesta terça-feira (3), em São Paulo.

 

A aliança foi fechada após turbulência no mês passado, quando o presidente do Solidariedade, Paulinho da Força, ​foi vaiado em evento com Lula e sindicalistas.

 

Isso deu origem a um debate sobre possível saída do Solidariedade do bloco pró-petista, o que depois acabou sendo resolvido em reunião dele com a presidente do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR).

 

O petista estava acompanhado do ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), que irá compor a chapa presidencial como vice-presidente, e de Gleisi.

 

Presidente nacional do Solidariedade, Paulinho da Força alertou que a eleição não está ganha, que a aliança em torno de Lula pode ser "muito maior" e disse que a pré-campanha está "perdendo tempo" com algumas coisas, entre elas a "revogação da reforma trabalhista".

 

"Uma vaia aqui, uma internacional ali, a revogação da reforma trabalhista. Isso só joga água contra no nosso moinho. Ganhando a eleição, em dois meses a gente resolve a questão dos trabalhadores dentro do Congresso", disse.

 

Gleisi exaltou a aliança com o Solidariedade e afirmou que ainda há tempo para atrair outros partidos para a aliança em torno do nome de Lula.

 

"Agora, vamos juntos buscar apoio de outros partidos, de outros setores. Queremos fazer um grande movimento pela democracia, pelo Brasil. Para resgatar os direitos do povo e tirar o país dessa encrenca que está metido, nessa crise", disse.

 

A parlamentar também defendeu o nome de Alckmin como vice-presidente na chapa e afirmou que ele terá papel importante tanto nas discussões de proposta de governo quanto nas agendas, principalmente estabelecendo diálogo com setores como o agronegócio e o empresariado.

 

"Mostrando que não temos uma candidatura do radicalismo e do extremo. Aqui estão os democratas que estiveram sempre na luta pela democracia do Brasil. Que tiveram divergências ao longo da história, mas sempre essas divergências foram tratadas no âmbito da política, da disputa, dentro dos marcos da democracia."

 

Posted On Terça, 03 Mai 2022 15:24 Escrito por
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