O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (sem partido) se encontraram na última sexta-feira na casa do ex-prefeito paulista Fernando Haddad (PT), um dos principais articuladores da chapa entre os dois ex-rivais.

 

Por Bianca Gomes

 

O jantar ocorreu em São Paulo e contou com a presença do ex-deputado federal Gabriel Chalita (sem partido), além das ex-primeiras-damas Lu Alckmin e Ana Estela Haddad, e de Rosangela Silva, a Janja, companheira de Lula. Segundo relatos de pessoas próximas, o jantar consolidou ainda mais a relação entre o ex-presidente e o ex-governador.

 

A oito meses da eleição, a chapa é considerada certa no entorno dos dois políticos, mas ainda falta definir o novo partido de Alckmin, que deixou o PSDB no ano passado. As conversas com o PSB, apesar de avançadas, continuam esbarrando na eventual candidatura de Márcio França (PSB) ao governo de São Paulo. O PT, por sua vez, deseja lançar Haddad. Por isso, o encontro desta sexta foi considerado por algumas pessoas próximas a Lula e Alckmin como um possível sinal de "isolamento" de França.

 

PSB e PT negociam a formação de uma federação partidária, que incluiria ainda PCdoB e PV, mas entre os empecilhos centrais se destacam justamente as complicações nos palanques estaduais, como no caso de São Paulo.

 

Uma das alternativas consideradas é a filiação de Alckmin ao PV, o que abriria caminho para o candidato do PSB competir contra Haddad na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes e Lula ter pelo menos dois palanques em São Paulo. A expectativa dos petistas é anunciar a chapa à Presidência até março, com o objetivo de facilitar filiações de outros deputados ao eventual partido de Alckmin.

 

Lula e Alckmin se encontraram anteriormente em pelo menos outras três ocasiões. A primeira aparição pública foi em um evento organizado pelo grupo Prerrogativas no final do ano passado. Na ocasião, o ex-tucano afirmou que o momento histórico exigia "grandeza política". O ex-presidente, por sua vez, minimizou o fato de ambos terem sido adversários no passado e destacou a importância da união de forças comprometidas com a defesa da democracia.

 

Posted On Domingo, 13 Fevereiro 2022 05:02 Escrito por

Partido é apontado como um dos três integrantes da base de apoio ao presidente Jair Bolsonaro, no entanto, legenda vem tentando se aproximar da neutralidade

Por Vinícius Tadeuda

 

A executiva nacional do Republicanos informou, nesta quinta-feira (10), que o partido não irá fazer parte de uma federação partidária para as eleições deste ano. Desta forma, a sigla não irá atuar em conjunto e de forma unificada com nenhuma outra legenda durante as eleições ou no exercício legislatura.

 

De acordo com o comunicado, o tema foi debatido pela bancada de deputados federais e pelos presidentes estaduais do partido em reunião realizada no final do ano passado, com a maioria se manifestando contra a formação de federação.

 

“O partido está trabalhando de forma intensa para apresentar um excelente número de candidatos e candidatas com o objetivo claro de ampliar a força republicana no Senado, Câmara dos Deputados e assembleias estaduais”, informou o Republicanos em nota assinada pelo presidente nacional do partido, Marcos Pereira (SP).

 

O Republicanos é considerado integrante do principal tripé de apoio do presidente Jair Bolsonaro (PL), juntamente com o Partido Liberal (PL) e o Partido Progressistas (PP).

 

No entanto, conforme antecipou a analista de política da CNN Thais Arbex, apontado como legenda de sustentação da campanha à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL), o Republicanos já estava aventando a possibilidade de permanecer neutro nas eleições deste ano.

 

De acordo com relatos, a cúpula da sigla não cogita a possibilidade de se aliar ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ao ex-juiz Sergio Moro (Podemos).

 

Na última quarta-feira (9), o Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou a legalidade das federações partidárias, estabelecendo que a união entre os partidos deve ser formada até o fim de maio.

 

Entenda o que são as federações partidárias

 

As federações partidárias foram promulgadas pelo Congresso Nacional em setembro do ano passado, na Reforma Eleitoral. Ela permite que dois ou mais partidos atuem de forma unificada durante as eleições e na legislatura, devendo permanecer com a união por no mínimo quatro anos.

 

Para serem registradas conjuntamente pela Justiça Eleitoral, as legendas devem antes constituir uma associação que deve ser registrada em cartório de registro civil de pessoas jurídicas, com aprovação absoluta de seus órgãos regulatórios.

A participação da federação nas eleições só será possível caso seu registro seja deferido até o prazo final estabelecido.

 

A união das siglas será celebrada por prazo indeterminado, com cada uma conservando seu nome, número, filiados e o acesso ao fundo partidário ou fundo eleitoral.

 

Se um partido deixar a federação, não poderá ingressar em outra e também não poderá fazer coligação nas duas eleições seguintes. Ainda irá ficar proibido de utilizar o fundo partidário até a data prevista para o fim da federação.

A exceção à regra acontece apenas caso os partidos da federação se fundam ou caso uma das legendas incorpore as demais.

 

Já as coligações poderão ser articuladas apenas para as eleições majoritárias — ou seja, para apoiarem candidaturas à Presidência da República, aos governos estaduais e ao Senado Federal. Essa será a primeira vez das eleições gerais com a nova regra.

 

*Com informações de Douglas Porto, da CNN

 

Posted On Domingo, 13 Fevereiro 2022 04:52 Escrito por

Por Edoardo Ghirotto

 

Lula afirmou a alguns dos principais empresários do agronegócio brasileiro que Alckmin se filiará ao PSD para concorrer como vice

 

O ex-presidente Lula tem mantido contatos frequentes com alguns dos principais empresários do agronegócio e, em uma conversa recente, assegurou a um deles que Geraldo Alckmin irá se filiar ao PSD para disputar a eleição como o seu vice.

Nesta reunião, Lula perguntou se Alckmin era um nome capaz de aglutinar o apoio do agronegócio em torno da candidatura petista. Ao ouvir a resposta afirmativa, o ex-presidente disse que concretizará um acordo com o PSD.

 

Alckmin tem dito a interlocutores que espera uma definição de Lula para acertar a filiação ao PSD ou ao PSB. Publicamente, o presidente do PSD, Gilberto Kassab, diz que é improvável declarar apoio ao PT no primeiro turno da eleição.

 

O acerto com Kassab preveria a reeleição de Rodrigo Pacheco à Presidência do Senado e o apoio do PT a candidaturas do PSD ao governo de alguns estados, como Minas Gerais

 

 

Posted On Sexta, 11 Fevereiro 2022 07:33 Escrito por

Levantamento da Quaest/Genial sobre as intenções de voto para presidente nas eleições de 2022 foi divulgado nesta quarta-feira

 

Com Correio Braziliense

 

Pesquisa Quaest/Genial divulgada nesta quarta (09/02) a respeito das intenções de voto para presidente da República nas eleições de 2022 mostra que Ciro Gomes (PDT) ganhou força e que Sergio Moro (Podemos) perdeu.

 

No primeiro cenário estimulado, considerado o mais provável atualmente, ambos aparecem empatados com 7%.

 

Na última pesquisa, realizada em 12 de janeiro de 2022, Ciro tinha 5%, enquanto Moro tinha 9%. "A novidade é a melhora de Ciro e a redução de intenção de voto de Moro. Ambos têm 7% de intenção de voto", afirma Felipe Nunes, diretor da Quaest.

 

Lula (PT), presidente da República entre 2003 e 2010, lidera a pesquisa com 45%. Ele é seguido pelo atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), com 23%.

 

Tidos como "arquirrivais", o ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT) e o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro (Podemos) aparecem em seguida, empatados com 7% cada.

 

Depois, João Doria (PSDB), governador de São Paulo, e André Janones (Avante-MG), deputado federal, pontuam com 2%, enquanto a senadora Simone Tebet (MDB-MT), com 1%.

 

Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado Federal, e Felipe d'Ávila (Novo), não pontuaram. Outros 8% responderam que votariam em branco ou nulo, e 5% disseram que estão indecisos. Esta foi a oitava rodada da pesquisa Quaest/Genial.

 

Ela foi realizada entre 3 e 6 de fevereiro deste ano por meio de duas mil entrevistas presenciais domiciliares em 120 municípios. Segundo os pesquisadores, a margem de erro é de 2%, com 95% de nível de confiabilidade. A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-08857/2022.

 

Posted On Quinta, 10 Fevereiro 2022 07:36 Escrito por

A pré-candidatura à Presidência do governador de São Paulo, João Doria, foi alvo nesta terça-feira, 8, da mais contundente ação de oposição interna desde que ele venceu as prévias do PSDB, em novembro do ano passado.

 

Por Lauriberto Pompeu/Brasília e Pedro Venceslau

 

Parte da ala tucana contrária à candidatura própria ao Palácio do Planalto se reuniu na noite desta terça-feira, 8, em Brasília, na casa do ex-ministro Pimenta da Veiga. Este grupo defende a desistência de Doria da pré-candidatura, com a avaliação de que o paulista ainda não conseguiu se mostrar um candidato competitivo e dificilmente vai se impor como nome da terceira via capaz de romper a polarização entre Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

 

No PSDB, a disputa por dinheiro do fundo eleitoral e a resistência à candidatura presidencial podem levar a uma debandada de parlamentares da bancada federal da legenda. Pelos cálculos de líderes tucanos, entre 6 e 10 dos 32 deputados devem deixar a sigla. Quadros históricos do partido têm sido procurados por Lula para conversas que constrangem o projeto eleitoral do paulista.

 

Em reação ao encontro dos correligionários na capital federal, Doria mobilizou uma ofensiva de aliados nas redes sociais. O entorno do governador, porém, se frustrou com a carta escrita pelo presidente nacional do partido, Bruno Araújo, sobre o assunto. Para tucanos alinhados com o pré-candidato, Araújo – que é coordenador da pré-campanha de Doria – não se posicionou de maneira enfática diante da ameaça pública de dissidência.

 

Disputa por dinheiro do fundo eleitoral e a resistência à candidatura presidencial podem levar a uma debandada de parlamentares da bancada federal do PSDB. © Dida Sampaio/Estadão - 20/11/2021 Disputa por dinheiro do fundo eleitoral e a resistência à candidatura presidencial podem levar a uma debandada de parlamentares da bancada federal do PSDB.
“Estando na mesma agremiação política, o coerente é que estejam todos em um mesmo projeto coletivo. Ninguém manda em voto de ninguém e todos que fazem parte de um partido político o são por livre e espontânea vontade. O momento é de fase preparatória de eleição. Há um conjunto de filiados que trabalha na estruturação da candidatura. Que passa não só por estruturação interna, mas também por diálogos em direção à possibilidade a federação partidária”, disse o dirigente tucano na carta.

 

‘Ânimo’

 

Para a reunião na residência de Pimenta da Veiga foram convidados o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, o senador Tasso Jereissati (CE), o ex-senador José Aníbal (SP) e o deputado Aécio Neves (MG). “A nossa ideia é dar um ânimo a tal terceira via, a nossa candidatura não deu ainda e nem sei se vai dar”, disse Aníbal ao Estadão, que, ao lado do colega Tasso Jereissati, é defensor do apoio à pré-candidatura da senadora Simone Tebet (MS), do MDB, ao Palácio do Planalto.

 

Em conversas reservadas, Aécio tem afirmado que “há muita preocupação com a estagnação do Doria”. Procurado pela reportagem, ele disse que a reunião foi “apenas para avaliar cenário”.

 

Uma das alternativas estudadas pelo grupo é viabilizar a candidatura de Eduardo Leite, que perdeu as prévias para Doria, por outro partido. O gaúcho foi convidado pelo PSD, de Gilberto Kassab, mas não decidiu se vai trocar de legenda. Ao Estadão, Leite negou que o jantar serviria para decidir uma desfiliação. “Não tem nada de ‘discussão de desembarque’. É apenas uma conversa entre pessoas que estiveram junto do nosso projeto das prévias. Avaliando o contexto político. Conversa para reflexão”, disse o governador.

 

‘Educados’

 

Nas redes sociais, aliados de Doria foram menos amenos. “Os cães ladram e a caravana passa”, escreveu o presidente do PSDB paulista, Marco Vinholi. “Os rebeldes do PSDB, partido que tem a democracia no nome, precisam urgentemente entender que não há hipótese de segundo turno nas prévias”, afirmou o deputado estadual Cauê Macris. “Movimentos minoritários não podem transgredir a vontade da maioria”, completou Samuel Moreira.

 

Doria não tem dado sinais de abalo com o baixo desempenho nas pesquisas. O governador paulista é reconhecido, mesmo pelos adversários, pela obstinação. No plano interno, ele tem procurado superar desconfianças em relação à movimentação de nomes históricos da legenda, sob assédio de Lula. “Os líderes do PSDB não são malcriados. São pessoas educadas. É o perfil deles. Não vejo impedimento de que eles dialoguem com o ex-presidente Lula. Dialogar não significa apoiar”, disse o governador paulista ao Estadão.

 

Após se reunir com líderes históricos do PSDB, como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, Tasso Jereissati, o ex-prefeito de Manaus Arthur Virgílio, o ex-governador de Goiás Marconi Perillo e o ex-senador Aloysio Nunes Ferreira, o petista tenta agora, por meio de interlocutores, marcar um encontro com o senador José Serra (SP). Doria foi eleito prefeito em 2016 e governador dois anos depois com forte discurso antipetista.

 

Aliados de Doria lembram que FHC publicou um tuíte declarando apoio ao governador paulista na disputa presidencial depois de se encontrar com Lula, e que teria declinado do convite para um novo encontro com o petista. Os demais tucanos também apoiaram o paulista nas prévias.

 

“Não se pode viver de rancor e amargura. É natural estabelecer pontes para eventualidades que possam surgir. Não se trata de uma estratégia para desestabilizar o Doria. Lula me conhece e sabe que não sou cooptável”, afirmou Virgílio.

 

O ex-prefeito de Manaus, que também disputou as prévias presidenciais do PSDB, foi o único tucano presente no jantar organizado em dezembro passado pelo grupo de advogados Prerrogativas, que reuniu Lula e Alckmin pela primeira vez desde que foi aventada a possibilidade de formação de uma chapa presidencial com os dois antigos adversários.

 

 

Posted On Quarta, 09 Fevereiro 2022 13:29 Escrito por
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