O Tocantins passa por uma “tempestade” que vem provocando muitas turbulências no processo sucessório, em que ninguém sabe, realmente, quem é quem ou quem está com quem na corrida pelos cargos eletivos à disposição no próximo dia dois de outubro.  É certo afirmar que todos os postulantes estão jogando dentro do que reza a Legislação eleitoral, a democracia e os ritos judiciais estabelecidos pelo TSE.

 

Por Edson Rodrigues

 

Os principais na busca por mandatos nomes continuam sendo o dos dirigentes dos partidos políticos, juntamente com os que já têm cargos no Congresso Nacional, nos Executivos Municipais e na Assembleia Legislativa e, é bom deixar claro que todos esses homens e mulheres são pessoas públicas com bons serviços prestados ao Tocantins e os seus 139 municípios. Pessoas pelas quais prestamos o devido reconhecimento e somos testemunhas dos seus bons trabalhos.  Porém, sem sermos injustos, algumas merecem mais elogios que outros, assim como críticas e ponderações.

Nesse mesmo patamar temos Ronaldo Dimas, Laurez Moreira e Paulo Mourão, que não configuram entre os dirigentes partidários – Laurez assumiu ontem o PDT e Dimas é presidente do Podemos – são todos ex-prefeitos com passagens pelos legislativos, seja Estadual ou federal ou pelos dois e realizaram gestões de conceito em Araguaína, Gurupi e Porto Nacional.  Assim como todos os demais, como homens públicos, também estão sujeitos aos elogios e às críticas.

 

Já o governador em exercício, Wanderlei Barbosa, que também postula uma reeleição, vem conquistando cada vez mais espaço na mente dos cidadãos, com um governo extremamente voltado ao social, participando dos trabalhos pessoalmente e agregando ainda mais valor à sua folha de serviços prestados, se colocando como um dos principais nomes deste processo eleitoral.

 

ANÁLISE IMPARCIAL E IMPORTANTE

 

Como sempre tem sido feito por O Paralelo 13 em suas versões impressa e on-line, nossas análises políticas são feitas sempre dentro dos alicerces da democracia, regidos pela nossa Carta Magna, que nos garante, sobretudo, o direito de expressão e o livre pensar e agir.

 

Por isso, temos a capacidade de versar sobre os assuntos que mais importam ao povo tocantinense, sempre de forma imparcial e importante para o entendimento do momento político e do cotidiano dos Três Poderes.

 

É desta forma e com esta intenção, que trazemos esta lição do saudoso Tancredo Neves sobre o seu ponto de vista acerca das pesquisas eleitorais.

 

A “AULA”

Certa vez, o saudoso Tancredo Neves, um dos políticos mais sábios e carismáticos que o Brasil já teve, conhecido por seu jeito genuinamente “mineiro” de ser, durante um período eleitoral para prefeito recebeu um candidato ao cargo, que chegou, entre apavorado e indignado, com o resultado de uma pesquisa, na qual ele aparecia 12,5% atrás do seu principal adversário, afirmando que aquele absurdo era mentira, que era uma pesquisa “comprada” e que deveria ser desmentido.

 

Tancredo lentamente pôs os seus óculos de uma perna só, olhou nos olhos do candidato e disse, calmamente: “não se desmente institutos de pesquisa, muito menos se diz que elas foram compradas ou que alguém pagou por elas. Pior ainda se esse instituto é sério. Estamos a cinco meses e quatro dias da eleição.  Volte para a sua casa, diz aos nossos companheiros que dentro de três meses estarei em sua cidade (Três Pontas, onde nasceu o saudoso Aureliano Chaves, político de carreira que foi ministro das Minas e Energia e vice-presidente) e diz que eu, Tancredo Neves, lhes mandei um bilhete, e mostra individualmente, um por um.

 

Assim feito, no dia da reunião estavam presentes vereadores, candidatos à reeleição, o prefeito da cidade, que à época era padrinho da eleição de Aureliano, empresários e simpatizantes de sua candidatura.

 

Ao mostrar o bilhete a cada um, todos leram no pedaço de papel, com a caligrafia inconfundível de Tancredo Neves: “meus amigos, correligionários e amigos. Fiquei muito contente ao ver o resultado de uma pesquisa de intenção de voto, que não dizia onde foi feita, não separava os eleitores por faixa etária ou sexo, se o número de pesquisados foi grande ou insignificante. Mesmo mostrando que estamos atrás dos nossos adversários, não há nada a se contestar nessa pesquisa muito menos desmerecer a empresa que a fez, pois pode ser tudo verdade. Desta forma, estou convocando vocês a deixarem o conforto de suas casas e, juntos, mudarmos essa realidade negativa mostrada na pesquisa em relação ao nosso candidato.  Vamos ao trabalho, nosso amigo merece o apoio de vocês. Votando nele, vocês estarão votando em mim, amigo de todos vocês e, prometo fazer uma visita à vocês antes da eleição”.

 

Depois que todos leram o bilhete, rapidamente houve reuniões de pequenos grupos que, de imediato, resolveram as picuinhas pessoais do grupo político e, no dia seguinte, iniciaram o maior movimento político já visto em Minas Gerais, com mulheres, jovens, religiosos e todos os tipos de grupos que podem se envolver em uma eleição.

 

Lembrando que, naquela época, tudo era mais difícil, a propaganda política era feita por meio de alto-falantes e carros de som.  Chegado o dia da visita de Tancredo Neves, os adversários de Aureliano Chaves enlouqueceram com a maior carreata da história da cidade.

 

Em seu discurso, Tancredo Neves foi curto e grosso: “Como governador, só terei condições de voltar aqui se vocês me entregarem nosso amigo como prefeito desta cidade”.

 

O resultado foi a vitória do candidato “tancredista” por 22 votos de diferença.

 

TOCANTINS

Com a narrativa deste interessante fato político, que diz muito sobre os resultados de pesquisas eleitorais feitas muito antes da eleição que, nada mais são do que retratos do momento e que a única e melhor forma de contradizer aquele resultado, é com muito trabalho.  Nada de desmentidos ou conversas jogadas ao vento acusando esta ou aquela pesquisa de terem sido “encomendadas”.

 

A maioria dos institutos de pesquisa sérios tem suas pesquisas realizadas muito bem arquivadas, com data e protocolo do registro no TSE ou no TRE.  A única forma de se fiscalizar isso de forma contundente é os próprios eleitores servirem de fiscais, comparando pesquisas, fazendo suas próprias análises e compartilhando com seus grupos de contato.

 

Finalizando esta análise, reiteramos que o que as pesquisas de hoje estão mostrando, nada mais é do que especulação.  Dos atuais pré-candidatos, não se sabe quantos chegarão a ter uma campanha, sua candidatura registrada ou, até mesmo, sua pretensão eleitoral acolhida pelo seu partido ou Federação Partidária, vendo seu sonho se dissipar após as Convenções partidárias.

 

Só depois das convenções, com os nomes dos candidatos definidos, é que as pesquisas começarão a ter resultados próximos da verdade.

 

Aí é a hora de ter “sangue nos olhos” e partir para a luta, trabalhando para que os sonhos eleitorais se confirmem.

 

Para relaxar, colocamos aqui um verso da música a seguir,  A natureza das coisas, composição de Aciolly Neto, que diz:

 

“Se avexe, não. Amanhã pode acontecer tudo. Inclusive, nada….”

 

 

Posted On Quarta, 09 Fevereiro 2022 07:38 Escrito por

A cinco meses das convenções partidárias, que definem as candidaturas das legendas, os principais presidenciáveis da “terceira via” enfrentam resistência de suas respectivas bancadas no Congresso. Parlamentares das siglas dos ex-ministros Sérgio Moro (Podemos) e Ciro Gomes (PDT) e do governador João Doria (PSDB) avaliam que as candidaturas ao Palácio do Planalto vão drenar recursos do fundo eleitoral em uma disputa polarizada entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

 

Por Lauriberto Pompeu, Pedro Venceslau e Gustavo Queiroz

 

Diante desse cenário, no qual os nomes do centro político ainda não alcançaram dois dígitos nas pesquisas de intenção de voto, congressistas do Podemos, do PDT e do PSDB pressionam o comando das legendas a reduzir o valor do fundo eleitoral destinado às campanhas ao Planalto e a aumentar os recursos para as disputas na Câmara. No MDB, que lançou a pré-candidatura da senadora Simone Tebet (MS) à Presidência, o debate interno não começou oficialmente e deve ficar para junho. Mas prevalece na legenda a tese de que a prioridade neste ano será eleger o maior número de deputados federais. Se Simone Tebet permanecer estacionada nas pesquisas, a candidatura não será confirmada na convenção.

 

O custeio da campanha de Moro também ganhou contornos de crise. A bancada do Podemos reivindica prioridade sobre os R$ 228,9 milhões do fundo para as disputas à Câmara, sob o argumento de que, sem recursos, candidatos a deputado podem ser derrotados nas urnas e a sigla corre o risco de não sobreviver. Este ano, a cláusula de barreira estabelece que os partidos devem obter um mínimo de 2% dos votos válidos para a Câmara, ou eleger ao menos 11 deputados em nove Estados. O Podemos tem 11 deputados federais e acesso a um fundo eleitoral menor que o de concorrentes como PL, PT, PSDB, MDB e PDT. O tamanho da bancada também tem impacto no tempo de propaganda de rádio e TV.

 

Moro no Ceará, onde recebeu título de cidadão de Juazeiro do Norte. © Reprodução Twitter/Sérgio Moro Moro no Ceará, onde recebeu título de cidadão de Juazeiro do Norte.

‘Cobertor curto’

 

Líder do Podemos na Câmara, o deputado Igor Timo (MG) disse que não faz sentido focar os recursos do partido na campanha presidencial em detrimento da eleição no Congresso. “A gente sabe que é um cobertor curto. Não tem como fazer mágica, mas não adianta também custear integralmente uma campanha presidencial e o partido deixar de existir. Se não tiver deputado, como vai se manter?”, questionou.

 

A possibilidade de Moro deixar o Podemos e migrar para o União Brasil vem sendo discutida, mas enfrenta dificuldades. A legenda que será resultado da fusão PSL-DEM resiste à ideia de dividir com a campanha presidencial recursos que seriam para candidaturas à Câmara.

 

Tucanos

 

No PSDB, a disputa por dinheiro do fundo eleitoral deve levar a uma debandada de parlamentares. Pelos cálculos de líderes tucanos, entre 6 e 10 dos 32 deputados devem deixar a sigla. Pressionado, o presidente do partido, Bruno Araújo, que também é coordenador da pré-campanha de Doria, promoveu ontem uma reunião da Executiva para tratar do tema. Ficou definido que no próximo dia 15 será apresentado um “plano de investimento”.

 

“O PSDB não vai entrar em leilão. Quem ficar no partido será por convicção”, disse o tesoureiro da legenda, César Gontijo. Os tucanos devem receber R$ 314 milhões para dividir entre seus candidatos deste ano. Em 2018, quando o então candidato à Presidência, Geraldo Alckmin, conseguiu apoio dos partidos do Centrão e era visto como competitivo, o PSDB recebeu R$ 210 milhões. A campanha presidencial ficou com 1/4 deste valor. A meta era fazer 60 deputados, mas o partido elegeu pouco mais da metade.

 

Divergência

 

No PDT, parte da bancada sustenta o discurso de apoio à disputa nacional e diz que o nome de Ciro pode alavancar candidaturas nos Estados. Mas outra ala contesta a divisão dos fundos eleitoral e partidário com uma candidatura própria à Presidência.

 

Parlamentares pedetistas ouvidos pela reportagem disseram que há um questionamento sobre a divisão da verba. A ideia é que candidatos ao Congresso fiquem com uma fatia de 1/3 dos recursos (cerca de R$ 100 milhões). Procurado, o presidente da sigla, Carlos Lupi, não quis se manifestar.

 

Posted On Terça, 08 Fevereiro 2022 07:07 Escrito por

Em postagem publicada no final de semana, um morador da cidade de Caicó sugeriu que a alimentação de Jair Bolsonaro fosse envenenada em visita do presidente da República ao Rio Grande do Norte

 

Por Natália Santos

 

A Polícia Federal esteve na residência de um morador de Caicó (RN) nesta segunda-feira, 7, para buscar esclarecimentos sobre ameaças ao presidente Jair Bolsonaro (PL). Identificado como Bismarck Victor Diniz, o publicitário sugeriu em redes sociais que alguém deveria aproveitar a estadia de Bolsonaro no município para envenená-lo.

 

"Quem será que vai fazer o serviço de colocar veneno? Faz falta alguma. É até um serviço de bem pra sociedade", escreveu Bismarck na publicação que deu origem ao caso.

"Hoje, pela manhã, duas viaturas da Polícia Federal foram até a residência dele [Bismarck] obter informações a respeito e saber o fundo de verdade dos comentários. Essa visita durou em torno de 3 a 5 minutos", disse Navde Rafael, advogado de defesa do publicitário. O advogado também declarou que os policiais foram "cordiais e educados" e sugeriram que o publicitário evitasse fazer comentários desse tipo. O caso foi revelado pela Tribuna do Norte e confirmado pelo Estadão.

 

As publicações foram feitas neste domingo e, logo, prints foram veiculados em grupos de WhatsApp. Navde Rafael acredita que essa movimentação fez com que o instagram de Bismarck fosse derrubado por meio de denúncias dos próprios usuários. "O meu cliente foi notificado pelo próprio Instagram para que justifique o motivo pelo qual ele deve voltar para a rede", disse.

 

"Foi um ato impensado. Motivado pelo próprio ódio que circula nas redes sociais hoje, ele fez esse comentário infeliz sem nenhuma pretensão de atentar contra a vida do presidente", disse o advogado.

 

Bolsonaro estará terça e quarta-feira na região Nordeste para participar do evento de chegada das águas de transposição do rio São Francisco ao Rio Grande do Norte. A viagem deve contar também com a presença do ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho.

 

Procurada, a Polícia Federal não respondeu até o fechamento desta reportagem.

 

Posted On Segunda, 07 Fevereiro 2022 15:42 Escrito por

Segundo o partido, o senador Alexandre Silveira (PSD-MG) recusou o convite para ser líder do governo no Senado Federal

 

Por Douglas Porto

 

O presidente do Partido Social Democrático (PSD), Gilberto Kassab, declarou, nesta sexta-feira (4), em entrevista à CNN, que não irá apoiar a candidatura à reeleição do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL).

 

A fala acontece após o senador Alexandre Silveira (PSD-MG) ter sido convidado para ser líder do governo no Senado Federal e recusado, segundo o partido. Kassab diz que “não conhece nenhuma manifestação pública” de Silveira sobre essa questão e que seria “natural se ele recusar esse convite”.

 

“O PSD é independente em relação a esse governo. Sempre que existe um projeto que nós considerados que são bons para o país, eles têm tido nosso apoio. Mas em um ano eleitoral, um senador assumir esse cargo daria a impressão de que o partido é governo, e o partido não é governo. Tanto que não vamos apoiar a reeleição do presidente Bolsonaro”, afirma Kassab.

 

Kassab explica que será entre março e abril a definição do nome do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), para concorrer ao Palácio do Planalto.

 

“Com toda serenidade, tenho certeza que ele vai discutir com o partido, ele irá definir se será candidato ou não.” argumenta. “Ele terá todo direito de dizer não, mas há uma forte expectativa que ele possa dizer sim”, continua.

 

O plano da legenda é ter candidatura própria. “Tendo candidato, fica impossível avançar nas tratativas de uma aliança de primeiro turno”.

 

De acordo com o presidente do PSD, “a conversa com o PT em nenhum momento tratou de aliança com o primeiro turno”, após diálogos com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

 

A CNN realizará o primeiro debate presidencial de 2022. O confronto entre os candidatos será transmitido ao vivo em 6 de agosto, pela TV e por todas as plataformas digitais.

 

 

Posted On Segunda, 07 Fevereiro 2022 05:40 Escrito por

Ao comentar a formalização da aliança entre o PSD e o PDT para as eleições estaduais no Rio, fechada na última quarta-feira, 2, o pré-candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, acusou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de “despolitizar” o debate eleitoral e de “destruir” partidos aliados, como PSOL e PSB, na formação de palanques regionais para as eleições gerais de outubro.

 

Por Vinicius Neder

 

O pré-candidato, que veio ao Rio se encontrar com o prefeito Eduardo Paes (PSD), disse que gostaria de ter o apoio do partido no plano nacional, mas esperará por uma decisão.

 

“O Brasil está vivendo um plebiscito, em que a força dominante, na proporção de 70% a 80%, é contra (o presidente Jair) Bolsonaro. E o Lula está tentando que a questão seja só essa, quando a questão não é só essa. Derrotar o Bolsonaro é uma questão gravíssima, urgente, imediata, mas mais grave do que ela é o que pretendemos colocar no lugar da terra arrasada que vai ficar. Nesse sentido, o Lula tem despolitizado o debate de forma muito perigosa”, afirmou Ciro, após participar de reunião do secretariado da Prefeitura do Rio, na manhã deste domingo, 6.

 

Segundo Ciro, Lula tem despolitizado o debate 'de forma muito perigosa'. © Dida Sampaio/ ESTADÃO Segundo Ciro, Lula tem despolitizado o debate 'de forma muito perigosa'.

Segundo o pré-candidato do PDT, o PT errou porque, ao longo de quatro mandatos, não mudou instituições nem ofereceu uma estratégia para fazer o País voltar ao crescimento econômico e ao desenvolvimento.

 

A aliança entre PDT e PSD no palanque fluminense foi tramada por Paes e pelo presidente nacional do PDT, o ex-ministro Carlos Lupi. A aliança se dá em torno dos nomes do ex-prefeito de Niterói (RJ) Rodrigo Neves (PDT) e do ex-presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Felipe Santa Cruz (PSD). A definição de quem encabeçará a candidatura a governador ficará para depois.

 

Ciro acusou Lula de “destruir” partidos aliados na formação dos palanques regionais ao ser questionado sobre como ficará a divisão do palanque no Rio entre a sua candidatura e a do PSD, já que o presidente do partido, Gilberto Kassab, tem repetido publicamente que terá candidato próprio a presidente – por enquanto, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), é o mais cotado para sair candidato. Paes deixou a reunião de seu secretariado sem falar com a imprensa, ao lado de Ciro.

 

“No Rio, fizemos um entendimento que é local, não tem a ver com a questão nacional, ainda”, afirmou Ciro, que minimizou o fato de Paes, de quem se disse amigo, não ter acompanhado a entrevista ao seu lado. “Hoje, ele (Paes) tem uma delicadeza que eu respeito muito. Ele pertence a um partido que tem candidato (a presidente). Não sou como Lula, que está destruindo os partidos, o PSOL, o PCdoB, o PSB, porque, para o Lula, tem que ficar o PT sozinho. O único partido progressista que resiste a esse assédio é o PDT, já desde antes, com o Brizola. Mas eu, não. Eu respeito muito e quero que o PSD tenha o tempo dele. Gostaria muito de ter esse apoio, mas respeito o tempo deles”, afirmou Ciro.

 

Na quarta-feira, Paes ignorou o plano nacional, ao comentar a aliança regional com o PDT nas redes sociais. “Os desafios do Rio são muito grandes. Felipe (Santa Cruz) e Rodrigo (Neves) representam um projeto consistente e maduro para fazer nosso Estado voltar a dar certo. Lembrem-se do ex-juiz em 2018. Não temos mais como errar”, escreveu Paes no Twitter, numa referência a eleição de Wilson Witzel (PSC) em 2018.

 

Sobre as articulações no plano nacional, Ciro disse também que é preciso “paciência, paciência e paciência”. Segundo o pré-candidato, as articulações são conduzidas por Lupi. Ao lado de Ciro neste domingo, 6, o presidente do PDT afirmou que, no momento, “todo mundo conversa com todo mundo” e garantiu que Ciro será candidato em outubro. A definição de apoios dependerá do desempenho nas pesquisas de intenção de voto. Março, prazo final para as filiações a partidos políticos dos candidatos, e julho, prazo para a formalização das coligações partidárias, são datas importante, disse Ciro.

 

O pré-candidato do PDT e o ex-prefeito Neves aproveitaram também para criticar o pré-candidato do PSB ao governo fluminense, o deputado federal Marcelo Freixo, que terá o apoio do PT. Para Ciro, Freixo se rendeu ao “jogo de Lula”.

 

 

Posted On Segunda, 07 Fevereiro 2022 05:38 Escrito por
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