Presidente tem cerca de 30% da preferência do eleitor na disputa com Moro, Lula, Ciro, Haddad,Luciano Huck, Mandetta e outros nomes
Por Mariana Londres
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) lidera a corrida eleitoral para a Presidência em 2022 em três cenários com cerca de 30% da preferência do eleitorado, segundo pesquisa de opinião feita pelo Instituto Paraná Pesquisas. A pesquisa é estimulada, ou seja, os nomes dos candidatos são apresentados ao eleitor e ele escolhe um ou nenhum deles.
Cenário 1 com Moro
De acordo com o levantamento, Bolsonaro tem 29% da preferência do eleitor no cenário da disputa com o ex-juiz e ex-ministro da Justiça Sergio Moro, que tem 17,1%. Nesse cenário, o petista Fernando Haddad vem em terceiro, com 13,4%. Ciro Gomes (PDT) tem 9,9%. O apresentador Luciano Huck tem 6,5%, o governador de São Paulo João Doria (PSDB) tem 4%. João Amoêdo (Novo) tem 3,4%. Guilherme Boulos (Psol) tem 1% e o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC) tem 0,7% das intenções de voto. 10% dos entrevistados não escolheram nenhum candidato e 4,9% não sabem ou não responderam.
Quando a pesquisa é feita com o nome do ex-presidente Lula (PT) no lugar de Fernando Haddad, o presidente Jair Bolsonaro cai um pouco para 27,5% da preferência, contra 21,9% de Lula. Moro vem em terceiro com 16,8%, Ciro Gomes tem 8,3%, João Doria 3,8%, Amoêdo 3,4%. Marina Silva (Rede), que não estava no primeiro cenário, aparece com 2,5%, Witzel tem 0,9% e Boulos 0,7%. 9,5% não escolheram nenhum candidato e 4,6% não sabem ou não responderam.
Cenário 2 com Lula
Já no terceiro cenário, sem Moro em com Haddad no lugar de Lula, o presidente Bolsonaro tem a melhor performance, com 30,7% das intenções de votos. Haddad tem 14,5% e Ciro Gomes vem em terceiro, com 10,7% da preferência. Luciano Huck tem 8,3%, o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta entra no cenário com 5,7% das intenções. O governador João Doria tem 4,6%, Amoêdo tem 4%. O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB) aparece com 1,6% das intenções e Witzel tem 0,9%. Para esse cenário, 12,8% não votariam em nenhum dos candidatos e 6,1% não sabem ou não responderam.
Nas simulações de segundo turno, Bolsonaro também ganha em todos os conflitos simulados. Entre Bolsonaro e Haddad, Bolsonaro seria eleito com 46,6% dos votos contra 32% para Haddad. No confronto com Lula, Bolsonaro teria 45,6% contra 36,4% do ex-presidente. Entre Bolsonaro e Sergio Moro, Bolsonaro venceria com 44,7% e Moro teria 35%.
Cenário 3
Já entre Bolsonaro e Ciro Gomes, Bolsonaro venceria com 48,1% dos votos contra 31,1% do Ciro. Entre Bolsonaro e Doria, seriam 51,7% dos votos para Bolsonaro e 23% para Doria. Já entra Jair Bolsonaro e Luciano Huck, o apresentador perderia com 27,6% das intenções de voto e Bolsonaro seria o vencendor com 50,8% das intenções de voto.
O Instituto Paraná Pesquisas ouviu 2.030 eleitores em 188 municípios das 27 unidades da federação entre os dias 18 e 21 de julho. O grau de confiança da pesquisa é de 95% para uma margem de erro de dois pontos percentuais para os resultados gerais.
Veja abaixo as simulações do segundo turno:
‘Vai precisar caminhar para a reserva’. Proposta deve ser discutida no futuro
Ferando Rodrigues poder 360
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), diz que a presença de militares na ativa no governo não é boa para o Brasil ou para as Forças ArmadasSérgio Lima/Poder360 11.dez.2019
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defendeu na noite desta 5ª feira (23.jul.2020) que o Congresso deve discutir uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) para evitar militares da ativa em funções gratificadas no Executivo.
Maia afirmou que a questão deverá ser melhor organizada futuramente para que militares passem automaticamente para a reserva caso desejem ocupar cargos.
“Acho que essa questão de militares da ativa estarem no Poder Executivo em funções gratificadas, isso a gente vai ter que organizar melhor no futuro. Quem quiser vir no futuro para o governo das Forças Armadas vem. Mas vai precisar, sem dúvida nenhuma, automaticamente caminhar para a reserva”, afirmou em entrevista ao jornalista Guilherme Amado, da revista Época. Assista aqui ao momento.
Para o presidente da Câmara, a presença de militares da ativa no governo não é boa para o Brasil nem para as Forças Armadas. Segundo ele, a proposta deverá ser discutida daqui a 1 tempo para não ser vista como 1 direcionamento a determinado ministro ou assessor.
Levantamento realizado pelo Poder360, em 17 de junho, mostrou que atualmente militares da ativa ocupam 2.930 cargos nos Três Poderes. Destes, 92,6% estão em postos abertos no governo Jair Bolsonaro e 7,2%, no Judiciário. Só 1 trabalha no Congresso (0,03%).
O número de militares que integram a equipe de Bolsonaro vem crescendo desde sua posse, em janeiro de 2019. Em 22 de maio deste ano, em entrevista à rádio Jovem Pan, o presidente disse que o rol de militares na pasta ainda vai crescer. “Está dando certo, está mudando muita gente lá. ‘Ah, está enchendo de militar’. Vai botar mais militares, sim. Com civis não deu certo. E ponto final.”
Na entrevista, Maia afirmou que era esperado que Bolsonaro incluísse militares em seu governo.
“Ninguém pode dizer que foi enganado, que não era esse o caminho. O presidente Bolsonaro sempre disse que nas Forças Armadas tinham quadros de boa qualidade, verdade, e que ele sempre utilizaria esses quadros e garantia espaços para que eles pudessem exercer funções no Poder Executivo. Então, não foi uma surpresa para ninguém”, disse.
Pesquisa DataPoder360, feita em maio, mostra que os brasileiros estão divididos sobre a participação dos militares no governo Bolsonaro: 37% acham que isso é bom para o Brasil e 37% acham que é ruim. O levantamento também aponta que 29% dos brasileiros confiam totalmente na atuação das Forças Armadas. Outros 35% dizem confiar mais ou menos e 18% confiam pouco –ou seja, 50% afirmam ter alguma desconfiança. Outros 14% afirmaram não confiar nos militares.
Segundo a denúncia, o ex-governador de São Paulo teria recebido mais de R$ 10 milhões da Odebrecht nas disputas pelo governo do estado de 2010 e 2014
Com R7 notícias
O ex-governador Geraldo Alckmin foi denunciado, nesta quinta-feira (23), por falsidade ideológica eleitoral, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A ação foi apresentada pelo Ministério Público de São Paulo no âmbito da chamada Lava Jato Eleitoral, um desdobramento da operação no estado.
O Ministério Público do Estado de São Paulo, por intermédio da força-tarefa constituída em fevereiro deste ano para atuação em inquéritos policiais que tramitam na 1ª Zona Eleitoral do Estado de São Paulo, denunciou o ex-governador Geraldo Alckmin pelos crimes de falsidade ideológica eleitoral, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
De acordo com a denúncia, Alckmin recebeu R$ 2 milhões em espécie do conglomerado Odebrecht na campanha ao Palácio dos Bandeirantes em 2010 e R$ 9,3 milhões quando disputou a reeleição, em 2014.
Os recursos não foram registrados nas prestações de contas do candidato (falsidade ideológica), que solicitou e recebeu vantagem indevida (corrupção passiva), pagas pelo setor de operações estruturadas da Odebrecht, a partir do emprego de métodos ilícitos como uso de "doleiros", com o fim de ocultar a origem dos valores e dificultar a possibilidade de seu rastreio (lavagem de dinheiro).
Por meio de nota, o presidente estadual do PSDB-SP, Marco Vinholi, afirmou que o Diretório Estadual do PSDB-SP reitera sua confiança na idoneidade do ex-governador Geraldo Alckmin. "Em seus mais de 40 anos de vida pública, Alckmin manteve uma postura de retidão e respeito à lei sem jamais abrir mão dos princípios éticos e de seu compromisso em servir ao setor público e ao cidadão."
Vinholi afirmou ainda que "acreditamos na Justiça e temos convicção de que, ao final do processo, os fatos serão devidamente esclarecidos."
De acordo com a acusação do Ministério Público, esses recursos destinavam-se, num primeiro momento, ao financiamento eleitoral indevido (não declarado) e, num momento seguinte, pós-eleições, à manutenção da influência do grupo empresarial junto ao governo.
Em ambas as ocasiões (2010 e 2014), segundo o Ministério Público, o Grupo Odebrecht não poderia efetuar doações eleitorais, uma vez que controla a concessionária que administra a Rodovia Dom Pedro I (estadual) e também porque participou do consórcio da linha 6 do Metrô.
Em 2010, o intermediário entre a companhia e o candidato, conforme demonstrado na acusação, foi Adhemar César Ribeiro, cunhado de Alckmin.
Ao longo do período eleitoral, a Odebrecht fez repasses a Ribeiro em seu escritório, totalizando a quantia de R$ 2 milhões, conforme atestam as planilhas do Departamento de Operações Estruturadas, na qual Alckmin aparecia com o codinome “Belém”, e mensagens trocadas entre os participantes do esquema.
Ainda segundo o Ministério Público, em 2014, coube ao tesoureiro de campanha, Marco Antônio Monteiro, fazer a ponte entre aqueles que autorizaram, planejaram e executaram os pagamentos e o político.
Ao longo da campanha, realizaram-se 11 repasses, totalizando R$ 9,3 milhões, ao então candidato à reeleição. Os pagamentos eram feitos ao tesoureiro por emissários da Odebrecht, conforme atestam planilhas do Departamento de Operações Estruturadas e mensagens trocadas entre os envolvidos nos delitos.
A ação penal ajuizada nesta quinta-feira origina-se, segundo o órgão, dos 77 acordos de colaboração premiada firmados por executivos e funcionários do Grupo Odebrecht com a Procuradoria-Geral da República, todos homologados pelo Supremo Tribunal Federal.
"Os relatos e provas de corroboração reunidos revelaram centenas de atos ilícitos praticados em favor de empresas do Grupo Odebrecht, incluindo o pagamento de forma dissimulada de vantagens a agentes públicos e financiamentos de campanhas eleitorais, em um sofisticado esquema de lavagem de capitais", descreve a denúncia.
Outras denúncias
Além de Geraldo Alckmin, foram denunciados Marcos Antônio Monteiro, tesoureiro da campanha de 2014, e seu funcionário Sebastião Eduardo Alves, os executivos e operadores do Grupo Odebrecht e também colaboradores, Benedicto Barbosa da Silva Júnior, Luiz Antônio Bueno Júnior, Arnaldo Cumplido de Souza e Silva, Maria Lúcia Guimarães Tavares, Fernando Migliaccio da Silva e Luiz Eduardo da Rocha Soares, além do doleiro e colaborador Alvaro José Gallies Novis.
O Ministério Público afirmou que o cunhado de Alckmin, Adhemar César Ribeiro, não foi objeto da ação penal em razão da prescrição, que o beneficiou em razão da idade (superior a 70 anos).
A denúncia ocorreu no âmbito da força-tarefa do Ministério Público do Estado de São Paulo, constituída em fevereiro deste ano em parceria com a Polícia Federal.
Nesse âmbito, foi denunciado o candidato ao governo do Estado de São Paulo Paulo Skaf e foram deflagradas duas operações em investigação de crimes eleitorais e conexos, uma na semana passada envolvendo o deputado federal Paulinho da Força e outra nesta semana tendo como alvo o senador José Serra.
Presidente da Câmara se tornou uma das principais lideranças políticas do Brasil; entretanto, segundo cientista político, ele não atua como um mediador entre os poderes
Por Guilherme Strabelli
Maia se aproveitou de falhas do governo Bolsonaro para se consolidar como um dos líderes políticos do Brasil e pautar a agenda nacional.
Em meio à crise política que o Brasil atravessa e à pandemia de Covid-19, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) se consolidou como uma das principais lideranças políticas do país.
Com o poder obtido ao longo dos últimos meses, período em que esteve à frente da presidência da Câmara, Maia se tornou peça-chave na política nacional, sendo essencial para pautar as decisões da Câmara e ditar os rumos do país.
Entretanto, para o cientista político Márcio Juliboni, mesmo com um tom moderado durante seu período na presidência da Casa, Maia não atua como um mediador entre os Três Poderes.
Segundo Juliboni, Maia se aproveitou da “clara inabilidade política do governo Bolsonaro , no primeiro ano e meio de mandato” e “ocupou o vácuo de poder, compondo uma espécie de triunvirato com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre , e do STF, Dias Toffoli ”.
Essa situação, aliada ao seu tom moderado, contribuiu para que o presidente da Câmara pautasse a agenda política do país.
Juliboni avalia que o parlamentar está trabalhando, de fato, em prol da eleição de um sucessor para a presidência da Casa. E não para mediar conflitos, "se pensarmos um mediador como alguém que constrói pontes e busca o consenso entre partes que divergem sobre determinado assunto", diz o cientista.
"Os encontros de Maia com figuras de outros poderes não visam, tanto, a construir pontes e costurar consensos. Buscam, a meu ver, marcar a posição do grupo que representa, mantendo, assim, a legitimidade de sua liderança, perante esses parlamentares".
Diante disso, Juliboni diz que "a chave", para compreender o comportamento de Rodrigo Maia nesse momento, é entender o que está em jogo na eleição para a presidência da Câmara, que será realizada em fevereiro de 2021.
A eleição
Uma vez que não pode ser reeleito para o cargo, Maia estaria usando sua força política para conseguir apoio para garantir a eleição de um sucessor . Devido ao afastamento com Bolsonaro, agravado após a participação do presidente em atos antidemocráticos, Maia estaria tentando se aliar a partidos de esquerda para obter sucesso na eleição.
"A Câmara está dividida em três grandes blocos: o Centrão , que apoia Bolsonaro; os partidos de esquerda, que compõem a oposição; e os independentes, representados por Maia. Nenhum dos três blocos, sozinho, conseguirá eleger o novo presidente da Câmara.
Assim, como, até aqui, Bolsonaro enxerga Maia como um adversário e pretende colocar, em seu lugar, um aliado do Centrão, Maia sabe que só terá chances de emplacar seu sucessor, se conquistar o apoio da esquerda ", explica Juliboni.
O cientista diz ainda que essa busca de apoio explica os posicionamentos recentes de Maia em relação às pautas discutidas pela Câmara. "Não é por acaso que Maia tem defendido pautas que desagradam ao governo, como o Fundeb e a oposição à criação de uma ' Nova CPMF ', bem como a defesa das investigações das redes de fake news", afirma Juliboni.
Possível mudança de tom e crise política
Segundo Juliboni, a postura de Maia durante os atritos com Bolsonaro e seus aliados sempre foi responsiva. Isto é, ele apenas reagia aos ataques feitos contra ele e contra a Câmara.
Com a mudança de discurso de Bolsonaro , Juliboni considera "sintomático" que pautas como o impeachment do presidente tenham saído da pauta de Maia. Isso colabora para que a relação entre os poderes fique estável.
O cientista diz ainda que, caso o tom dos debates comece a aumentar novamente, a crise deverá se agravar. "É possível que voltemos a ver uma escalada de agressividade e ameaças políticas. Some-se isso à deterioração da economia, por causa do coronavírus, e seria um prato cheio para fortes turbulências políticas e sociais", conclui Juliboni.
Com Jornal do Brasil
O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) manteve a absolvição do ex-prefeito da capital paulista Fernando Haddad (PT) da acusação de improbidade administrativa. Em dezembro de 2019, o juiz Thiago Baldani Gomes De Filippo, da 8ª Vara de Fazenda de São Paulo, já havia rejeitado a ação.
A 7ª Câmara de Direito Público, do Tribunal de Justiça de São Paulo manteve a sentença de primeira instância que absolveu o ex-prefeito da capital, Fernando Haddad (PT), da acusação de improbidade administrativa. Por unanimidade, a decisão foi adotada na segunda-feira, 21.
Os advogados de Haddad, Igor Tamasauskas e Otávio Mazieiro, defenderam a inviabilidade da acusação lastreada apenas em relato de colaborador premiado. A defesa destacou ainda que não é a primeira vez que a Justiça reconhece a inocência do petista nos mesmos fatos. A decisão reafirmou a inexistência de qualquer benefício a Haddad.
Prática da Lava Jato, a ação foi baseada na colaboração premiada de Ricardo Pessoa, ex-dirigente da empresa UTC Engenharia e delator na Operação. Segundo Pessoa, a pedido do ex-tesoureiro do partido, João Vaccari Neto, teriam sido pagas dívidas da campanha de Haddad, de 2012, com uma gráfica em troca de futuros benefícios.
Em dezembro de 2019, o juiz Thiago Baldani Gomes De Filippo, da 8ª Vara de Fazenda de São Paulo, já havia rejeitado a ação. O magistrado entendeu que, à época, Haddad não era prefeito e que não houve demonstração de benefícios obtidos pela UTC na gestão do petista.(Com informações do PT e do blog de Fausto Macedo)