O veterinário Neto Castro, assim que se formou, decidiu por residir no município de Natividade, local onde há mais de 20 anos, com sua profissão tem assistido os produtores rurais da cidade.
Por Edson Rodrigues
Filho da professora Maria do Bonfim Pereira Nunes Castro, carinhosamente chamada de Professora Bomfim, e do saudoso Antônio Comprido, uma família tradicional de Porto Nacional, formada por homens e mulheres que prestaram grandes serviços políticos e sociais à comunidade portuense, tendo seu pai sido prefeito de Porto Nacional e sua irmã, ex-presidente do CREA, foi vereadora, também em Porto e seu tio, Fenelon Barbosa, ex-prefeito de Palmas.
Atualmente, um de seus primos, Leo Barbosa, é o deputado estadual mais bem votado da atual legislatura, outro primo Marilon Barbosa, é o atual presidente da Câmara Municipal de Palmas e Wanderley Barbosa, também primo, é o atual vice-governador. Ou seja, é uma família que tem a política no sangue.
CHAMAMENTO
A pré-candidatura de Neto Castro a prefeito de Natividade nasce, na verdade, de um chamamento da juventude, do empresariado e dos profissionais liberais, que decidiram por um nome novo, sem amarras políticas e que tem demonstrado capacidade, preparo e comprometimento para dar um novo rumo à administração da cidade, que nos últimos anos tem sofrido com gestões fracas e despreparadas para a importância do cargo, com resultados desastrosos.
Foi por esse motivo que Neto Castro vem recebendo conselhos e apoio do seu compadre, Wanderley Barbosa, dos deputados estaduais Leo Barbosa e Cleiton Aguiar, este último, recentemente eleito vice-presidente da assembleia Legislativa.
RESPALDO
Com todo esse respaldo político, caso eleito, Neto Castro terá condições de realizar uma administração de parcerias com o governo do Estado, pois seus apoiadores com cargos políticos têm todas as condições de conduzi-lo à melhor forma de praticar política, com transparência, retidão, compromisso com o povo e diálogo com o governo do Estado, com muito mais facilidade e desenvoltura que os demais candidatos nativitanos.
Resta, agora, aos eleitores, ter a consciência da melhor escolha e de pesar as vidas pregressas dos adversários de Neto Castro, para ter a certeza de que seu nome se destaca entre os demais postulantes, com qualidades, acessos e trânsito político que nenhum deles pode contemplar.
Com a palavra, o eleitor!
Senador do PSDB foi alvo de operações da PF sobre suposto caixa 2 e irregularidades no Rodoanel, o que ele nega. Uma hora após decisão de Toffoli, juiz de SP o transformou em réu
Com Veja e Estadão
A Justiça Federal acatou denúncia do Ministério Público Federal e tornou o senador José Serra (PSDB) e sua filha, Verônica Allende Serra, réus em uma apuração sobre lavagem de dinheiro transnacional.
Na denúncia apresentada pela força-tarefa da Operação Lava Jato à Justiça Federal de São Paulo, os procuradores sustentam que o tucano pediu propina de 4,5 milhões de reais à Odebrecht e indicou uma conta na Suíça, pertencente a José Amaro Pinto Ramos, empresário amigo do tucano e apontado como operador de propinas do PSDB, para receber os valores entre 2006 e 2007. O pedido de propina teria ocorrido no final de 2006, ano em que Serra foi eleito governador de São Paulo, e os pagamentos, a partir de 2007, primeiro ano do mandato dele no Palácio dos Bandeirantes.
Segundo a acusação do Ministério Público Federal, que imputa crimes de lavagem de dinheiro ao senador, a conta offshore Circle Technical Company Inc, mantida por Pinto Ramos no Corner Bank da Suíça, recebeu 1,5 milhão de euros de duas offshores da Odebrecht no período.
Os procuradores sustentam que o dinheiro foi pago após acerto entre José Serra e Pedro Novis, então executivo da Braskem, de quem o tucano era vizinho. Citando a delação premiada de Novis, a denúncia afirma que foi o próprio Serra quem entregou a ele o número da conta de Ramos no banco suíço. Os procuradores acessaram dados do sistema de contabilidade de propinas e caixa dois da Odebrecht e encontraram 23 transferências bancárias entre contas da empreiteira e a de José Amaro Ramos, vinculadas à obra “rodoanel” e ao codinome “vizinho”.
O dinheiro, conforme o MPF, seria “uma contrapartida ao atendimento de interesses diversos da Odebrecht naquele período, atinentes a diversas obras que a empreiteira realizava no Estado de São Paulo”. De acordo com a Lava-Jato, o principal interesse da construtora junto ao governo paulista àquela altura era a repactuação de um contrato de obras do Rodoanel Sul, “bem como o não oferecimento de dificuldades no curso da execução da mesma obra”.
Ainda conforme a acusação, o tucano recebeu mais cerca de 23 milhões de reais da empreiteira, entre 2009 e 2010, “em contrapartida à liberação de créditos havidos junto à DERSA”.
Também foi denunciada a filha de Serra, Verônica Serra, que, segundo as investigações, era a controladora de uma offshore no também suíço Arner Bank, chamada Dortmund International Inc, que recebeu 936.000 euros de contas de José Amaro Pinto Ramos entre 2006 e 2007. Os investigadores dizem que a conta de Verônica funcionou como uma “segunda camada” de lavagem de dinheiro.
Haveria ainda uma “terceira camada”, que consistiu na transferência de 176.815 dólares da conta da filha de Serra à offshore Ficus Capita, entre abril e agosto de 2007, e 1,4 milhão de francos suíços para outra offshore, a Citadel Financial Advisory Ltd, em setembro de 2014.
“De se registrar, no ponto, a falta de qualquer indicativo no sentido de que as operações ora imputadas tenham qualquer lastro em relações comerciais lícitas. Primeiramente, porque elas foram realizadas por atores sem vínculo formal ou contratual entre si, a justificar que valores tenham sido por eles intercambiados. E, em segundo lugar, porque elas foram feitas via expedientes típicos de movimentações espúrias”, afirmam os investigadores.
Maia quer fazer seu sucessor lançando candidato com apoio dos partidos que deixaram o Centrão, mas aliados dele ainda acreditam na reeleição
Por Jorge Vasconcellos
A esperança do presidente Jair Bolsonaro de construir uma base de apoio no Congresso sofreu um abalo com as articulações para a sucessão na Presidência da Câmara. A redistribuição dos partidos em novos grupos enfraqueceu e isolou o Centrão, bloco parlamentar que recebeu cargos no governo em troca de apoio político. Para complicar ainda mais a situação, deputados desse grupo que pretendem disputar o comando da Casa estão sendo pressionados a mostrar independência do governo federal — movimento oposto à aproximação ocorrida no início do ano.
A formação dos blocos que disputarão a sucessão de Rodrigo Maia (DEM-RJ) na Presidência da Câmara é o pano de fundo para a saída, na segunda-feira, do DEM e do MDB do chamado “blocão”, comandado pelo líder do PP, Arthur Lira (AL), e que reúne também siglas do Centrão. Nos últimos meses, Lira tem atuado como articulador informal do governo no Congresso.
O blocão reúne, formalmente, nove partidos (PL, PP, PSD, MDB, DEM, Solidariedade, PTB, Pros e Avante), com mais de 200 deputados. Como fizeram o MDB e o DEM, o Solidariedade também pode se desligar do grupo.
Por sua vez, DEM, MDB e PSDB pretendem formar uma frente de centro independente ao redor de algum candidato respaldado por Rodrigo Maia. Há aliados, inclusive, que ainda alimentam a esperança em uma possível reeleição do parlamentar autorizada pelo Judiciário — mas o próprio presidente da Casa se diz contrário à ideia.
Esses movimentos são interpretados como estratégia para enfraquecer a articulação de Lira, que se aproximou de Bolsonaro nos últimos meses. O deputado é visto como potencial candidato à sucessão de Maia.
O Centrão, que representa uma grande parte do blocão, é um resquício do período de Eduardo Cunha (MDB-RJ) na Presidência da Câmara, durante o governo da então presidente Dilma Rousseff (PT).
Bolsonaro se aproximou do Centrão em abril deste ano, ao se sentir acuado com os desdobramentos do inquérito em que é investigado por suposta interferência política na Polícia Federal. O apoio parlamentar é fundamental na tentativa de barrar, na Câmara, uma eventual denúncia da Procuradoria-Geral da República.
Ao oferecer cargos em troca de sustentação política, adotando uma prática que sempre condenou, Bolsonaro também estava de olho nos pedidos de impeachment que já foram protocolados na Câmara contra ele.
O chefe do Executivo, com essa aproximação, pretendia, ainda, isolar Maia e colocar um aliado no comando da Casa. E foi isso que motivou a antecipação nas articulações para a sucessão.
“O que estamos vendo, em primeiro lugar, é uma perda de força do presidente Bolsonaro e do deputado Arthur Lira. O segundo ponto é a antecipação da sucessão na Câmara. Não me lembro de uma disputa pelo comando da Câmara que tenha começado tão cedo, já que a eleição é sempre em fevereiro”, disse o cientista político André Pereira César, da Hold Assessoria Legislativa, apontando o próprio Bolsonaro como responsável por essa antecipação.
Ele também vislumbra que, até a eleição na Casa, haverá um acirramento dos ânimos, com prejuízos para a relação entre o Congresso e o Planalto e também para a agenda de reformas.
Enquanto os pré-candidatos a prefeito e a vereador nos 139 municípios tocantinenses começam a montar suas chapas, a negociar secretarias e cargos nas futuras gestões e outros ingredientes que são “penduricalhos” em todas as tratativas para a configuração de uma candidatura, algo parece estar sendo esquecido – ou ignorado – pelos postulantes, inclusive pelos que brigam por uma reeleição: a abstenção.
Por Edson Rodrigues
Esse fenômeno que foi recorde nas últimas eleições, este ano ganha ainda mais força com a pandemia de Covid-19 e certamente vai influenciar no resultado das eleições de muitos municípios, principalmente nos 10 maiores colégios eleitorais do Tocantins, passando a ser o maior e mais perigoso inimigo de quem pretende concorrer a uma cadeira no Executivo ou no Legislativo.
RISCO MAIOR QUE O BENEFÍCIO
Analisando as últimas pesquisas de consumo interno, que apontam uma altíssima rejeição da população em relação aos políticos, em tempos de pandemia nada será motivo para tirar os eleitores de suas casas e enfrentar filas e aglomerações nos locais de votação, principalmente os eleitores das classes A e B, os mais abastados, detentores de contracheques gordos.
Muitos vão preferir o fim de semana da eleição para dar uma esticada até a chácara ou a fazenda para aproveitar momentos de convivência familiar, uma cervejinha, um churrasco e, depois, pagar os três reais de multa, pouco se lixando para a classe política e seus esforços para se eleger.
O risco de ir votar é infinitamente maior que o de não comparecer à cabine de votação.
QUEM NÃO TEM CHANCES
Já o povo sofrido, das classes C, D e E, obrigadas a enfrentar o Sistema de Saúde Pública, que está descontente com o que tem recebido em troca dos impostos pagos com o suor de seus rostos em subempregos e que é a mais sacrificada pelos governos, esse sabe bem como vai agir no dia 15 de novembro. 90% deles estão profundamente desencantados com a classe política, com a inépcia dos prefeitos, com a atuação dos atuais vereadores, que preferem trocar o legislar por negociar (porque não existe o verbo “negociatar”) com o Executivo e aprovar aumentos extorsivos e maléficos à população.
Esses são os apelidados de “baba-ovo”, “linguiça fraca”, “jumento sem cangalha”, “língua de sogra”, “chupa cabra”, “alto-falante” e outros termos pejorativos impublicáveis, mas conhecidos por todos, principalmente pelos vereadores que agem assim. Esses sabem que nem adianta tentar, pois não têm mais chances de eleição.
EPICENTRO
Trocando em miúdos, a abstenção será o grande “bicho-papão” de diversas candidaturas. Em nossas andanças pelo interior, percebemos que o povo do sertão está cada vez mais arredio, velhaco, esperto e consciente, e sabe que se deslocar até a cidade em novembro, levando-se em conta que o Tocantins corre o risco de ter, nos meses de agosto e setembro, o pico de contaminações por Covid-19 e virar o epicentro da doença no Brasil, significa ser um potencial vetor de contaminação para suas comunidades e, se está ruim para quem está na cidade grande, imagina para quem mora no interior...
POLÍTICA X SAÚDE
Se nada for feito em termos de integração dos Poderes, sob a coordenação do governo estadual, pelas mãos do digníssimo secretário de Saúde, que até hoje jamais apresentou um projeto que seja para o enfrentamento efetivo da pandemia, agindo apenas por reação, de nada vão adiantar os 700 milhões de reais que estão nas contas do governo, especifica e brilhantemente garantidos pela bancada federal do Tocantins e pelos deputados estaduais, para que se combata o Covid-19.
Neste momento, não se trata apenas de política. O secretário estadual da Saúde, Edgar Tollini, tem por dever – e obrigação – apresentar um plano plausível e sério de combate ao avanço da pandemia no Tocantins, e de maneira urgente, antes que o sistema público de saúde entre em colapso.
O que o governo de Mauro Carlesse tem feito em relação à pandemia, até agora, é louvável, mas é apenas um paliativo. Cestas básicas e kits de higiene pessoal ajudam, mas não resolvem. A ação efetiva, por enquanto, está sendo feita pelos congressistas e deputados estaduais que, junto com o governo de Jair Bolsonaro, disponibilizaram recursos na casa das centenas de milhões de reais, mas que não animaram o secretário de saúde a tomar uma medida eficaz que seja, enquanto o dinheiro “dorme” nas contas do Estado.
Enquanto isso, são milhares de tocantinenses infectados, dezenas que tiveram suas vidas ceifadas, inclusive profissionais da Saúde que doaram suas vidas para ajudar ao próximo, e o senhor secretário da Saúde continua “sentado” sobre os recursos que poderiam – já – estar salvando vidas.
SUGESTÕES
Esses 700 milhões de reais à disposição da Saúde tocantinense, graças aos esforços dos nossos congressistas, deputados estaduais, do próprio governador Mauro Carlesse e do presidente do Tribunal de Justiça – que tem liberado recursos de multas para serem aplicados no combate à covid-19 – como O Paralelo 13 é testemunha, poderiam estar sendo usado em ações de testagem em massa da população, na contratação de laboratórios particulares para agilizar os resultados da testagem, aquisição de equipamentos e EPIs para os profissionais da Saúde que estão na frente de batalha, melhoria das condições de trabalho desses heróis, a formação de uma força-tarefa com a participação do secretário de Segurança Pública, do comandante da Polícia Militar para missões diárias de desmanche de aglomerações em bares, praias, balneários, ilhas particulares, chácaras, residências e pontos turísticos, respaldados por um decreto que permita a apreensão de embarcações, freezers, churrasqueiras, material de consumo – bebidas, carnes etc. – e multas pesadas aos proprietários dos locais ou organizadores dessas festas regadas à ignorância, imbecilidade e irresponsabilidade.
ECONOMIA X VIDAS
Se ainda há alguém temendo um desastre econômico por conta das medidas restritivas, essa pessoa deve ser alertada que o desastre já aconteceu. Que já há milhões de desempregados no Brasil, milhares no Tocantins e uma onda de fechamento de comércios e empresas que jamais terá recuperação total, e cujo processo de retomada será lento e gradual, exigindo ações dos governos federal, estadual e municipais, para o fortalecimento do comércio, das indústrias e dos trabalhadores autônomos, incluindo a classe cultural.
Por outro lado, esse desastre econômico é fruto da única medida comprovadamente eficaz contra a pandemia, que é o isolamento social. Foi esse “desastre” que evitou a perda de milhões de vida pelo mundo afora.
O aviso real, que tem que ser dado imediatamente é que o desastre econômico pode ter sido em vão, se não houver medidas imediatas das autoridades de saúde. E a maior autoridade em saúde, no Tocantins, é o secretário estadual da Saúde, Edgar Tolini.
É de Tolini e sua equipe que devem partir as ações que irão impedir um desastre ainda maior que o econômico, que é a perda de milhares de vidas para a pandemia, mesmo depois de todo o sacrifício que já foi exigido da população.
Entre salvar a economia e salvar vidas, a segunda opção é, de longe, a mais correta.
SAÚDE X POLÍTICA
Agora, daremos a “alinhavada final”, que explica o título deste Panorama Político.
Se toda essa miríade de ações para paralisar o avanço da pandemia no Tocantins não for executada com urgência, a eleição de 15 de novembro entrará para a história política do Tocantins como a de maior índice de abstenção já registrado, podendo chegar a uma média de 40%.
Poucos eleitores votando significam eleitos sem representatividade popular. Prefeitos e vereadores sem representatividade popular significam governos e legislativos frágeis e, por outro lado, pode significar a presença no poder de políticos que não serão do agrado da população.
Se não houver uma resposta rápida para o avanço da pandemia, as consequências políticas podem gravíssimas para o povo tocantinense. E essa questão está totalmente nas mãos das autoridades em saúde.
Qualquer pesquisa feita hoje, não pode ter seus resultados levados em consideração. A situação social não permite que haja favoritos ou descartados. Todos os postulantes estão na dependência da quantidade de eleitores dispostos a comparecer ás zonas eleitorais. Vitória ou derrota vão depender da capacidade do candidato em convencer seu eleitor a ir para a rua no dia 15 de novembro. E ir para a rua no dia 15 de novembro só será uma opção para a população se houver medidas eficazes de combate à pandemia.
Neste exato momento, enquanto os políticos buscam condições para se eleger, os eleitores buscam condições para se manterem vivos.
Como será a eleição de 15 de novembro, só Deus sabe!
Grupo seguirá com 158 deputados. Líder do DEM fala em ‘autonomia’. Lira: bloco já não deveria existir. Presidente do MDB Baleia Rossi confirma afastamento
POR CAIO SPECHOTO
O maior bloco de partidos da Câmara perderá duas legendas. O MDB e o DEM resolveram deixar o grupo de siglas que se aglutinou sob a liderança de Arthur Lira (PP-AL).
Com a saída dos 2 partidos, o bloco passará de 221 deputados para 158. Continuará sendo uma força decisiva na Casa quando votar em conjunto, devido à pulverização partidária. A maior bancada da Câmara, do PT, tem 53 deputados.
Lira é o principal articulador do chamado Centrão na Câmara. Trata-se de conjunto de partidos sem coloração ideológica clara que adere aos mais diversos governos. No momento, há uma aproximação em curso com Jair Bolsonaro.
O deputado alagoano também é tido como 1 dos possíveis sucessores de Rodrigo Maia (DEM-RJ) na presidência da Câmara. A eleição será em fevereiro.
Os partidos que deixam o bloco são o do atual presidente da Casa e de outro nome citado nos corredores da Câmara como possível concorrente de Lira em fevereiro: o líder da bancada do MDB, e presidente nacional do partido, Baleia Rossi (MDB-SP).
O líder do DEM, Efraim Filho (PB), disse ao Poder360 que o movimento não via à sucessão de Maia. “Foi questão regimental mesmo, posicionamento de bancada quanto a requerimentos, destaques, reposicionar a autonomia da bancada”, declarou o deputado.
“Sucessão de Maia, só vamos tratar após eleições municipais, a partir de dezembro”, afirma Efraim. “Foi ato conjunto [com o MDB], mas não vamos formar novo bloco. Cada 1 segue seu rumo”, disse o demista.
O MDB tinha divergências com Lira. A mais recente foi em torno da votação do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica). O líder do bloco agia em favor do governo, que tentava ganhar tempo para desidratar a proposta.
O bloco liderado por Lira foi criado visando a conquistar maior influência sobre a Comissão de Orçamento, que junta deputados e senadores para discutir o uso dos recursos da União. Com a pandemia, porém, as comissões não estão funcionando.
O deputado alagoano se manifestou sobre o assunto por meio de sua conta no Twitter. “O bloco foi formado para votar o orçamento e é natural que se desfaça. Ele deveria ter sido desfeito em março, o que não aconteceu por conta da pandemia”, afirmou. “Não existe o bloco do Arthur Lira”, disse.
Com as duas saídas, o bloco terá os seguintes partidos: PL (42 deputados), PP (39 deputados), PSD (35 deputados), Solidariedade (14 deputados), Pros (11 deputados), PTB (11 deputados), Avante (6 deputados).