O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) está disparando mensagens via WhastsApp convocando aliados para participarem da manifestação

 

Por Congresso Em Foco

 

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) está disparando mensagens via WhatsApp convocando aliados para participarem da manifestação do dia 15 de março. O protesto tem sido convocado por movimentos de direita como um ato em defesa do presidente e contra o Congresso Nacional. As informações são da jornalista Vera Magalhães, da coluna BR Político, do Estadão.

 

Nas mensagens enviadas, o presidente manda um vídeo de forte apelo emocional em que é apresentado como uma espécie de salvador da pátria. Com o Hino Nacional ao fundo, o vídeo apresenta imagens do presidente sendo esfaqueado, intercaladas por frases de culto a sua personalidade.

 

"Ele foi chamado a lutar por nós. Ele comprou a briga por nós. Ele desafiou os poderosos por nós. Ele quase morreu por nós. Ele está enfrentando a esquerda corrupta e sanguinária por nós. Ele sofre calúnias e mentiras por fazer o melhor para nós. Ele é a nossa única esperança de dias cada vez melhores. Ele precisa de nosso apoio nas ruas. Dia 15.3 vamos mostrar a força da família brasileira. Vamos mostrar que apoiamos Bolsonaro e rejeitamos os inimigos do Brasil. Somos sim capazes, e temos um presidente trabalhador, incansável, cristão, patriota, capaz, justo, incorruptível. Dia 15/03, todos nas ruas apoiando Bolsonaro”, diz o texto do vídeo.

 

Ao encaminhar o vídeo, Bolsonaro manda também o texto:

“15 de março.

- Gen Heleno/Cap Bolsonaro.

- O Brasil é nosso,

- Não dos políticos de sempre.”

 

Aliada do presidente, a deputada Carla Zambelli (PSL-SP) sustenta que o presidente não enviou mensagens convocando para a manifestação. Ela diz que a informação não procede e que as mobilizações têm sido feitas pelo povo, não pelo presidente.

 

A despeito da negativa de Carla Zambelli, as mensagens já começaram a gerar reações. Em seu Twitter, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso criticou a atitude do presidente.

Posted On Quarta, 26 Fevereiro 2020 04:15 Escrito por

Um em cada cinco governadores eleitos nos pleitos de 2010 e 2014, os dois mais visados por operações policiais como a Lava Jato, já foi preso em investigações deflagradas nos últimos cinco anos.

 

Por Felipe Bächtold

 

O caso mais recente foi o do paraibano Ricardo Coutinho (PSB), que ficou detido por dois dias em dezembro em decorrência da Operação Calvário, que investiga irregularidades na saúde e na educação do estado. Em janeiro, ele foi denunciado sob a acusação de liderar uma organização criminosa responsável por movimentar R$ 134 milhões.

 

Dos 46 eleitos para governos em 2010 e 2014 (ano de criação da Lava Jato, que marcou uma guinada em investigações de corrupção no país), que deveriam encerrar seus mandatos até 2018, 10 já foram presos.

 

Se tirar da conta os 3 vencedores daquelas duas eleições que já morreram, outros 9 que ainda permanecem à frente de seus estados e 5 que são hoje congressistas, a taxa de prisão entre os ex-ocupantes do cargo subiria para 34%.

 

 

O mais emblemático caso de ex-governador na cadeia é o de Sérgio Cabral (MDB), condenado em 13 ações penais no Rio e no Paraná a mais de 280 anos de prisão. Detido desde 2016, ele firmou um compromisso de delação com a Polícia Federal, homologado no STF (Supremo Tribunal Federal) no início do mês.

 

As investigações sobre o emedebista atingiram grandes empresários, como Eike Batista, além de diversas esferas de poder no Rio, como Tribunal de Contas, Ministério Público e Assembleia Legislativa, e levaram para o cárcere também seu sucessor e afiliado político, Luiz Fernando Pezão (MDB), eleito em 2014.

 

Pezão foi detido ainda nas últimas semanas de seu mandato, em novembro de 2018, mas obteve habeas corpus no fim do ano passado e permanece monitorado por meio de tornozeleira eletrônica. Ele é réu em processo sob responsabilidade do juiz Marcelo Bretas.

 

O levantamento da reportagem considera os eleitos de 2010 e 2014 porque a arrecadação financeira dessas campanhas esteve no centro de depoimentos de delação que motivaram operações da Polícia Federal no últimos anos.

 

 

 

É desse período, por exemplo, grande parte dos relatos de delatores da Odebrecht e da JBS.

 

A Odebrecht, que firmou em 2016 um dos maiores acordos de colaboração do país, está na origem dos pedidos de prisão contra dois ex-governadores anteriormente de destaque no PSDB: o goiano Marconi Perillo e o paranaense Beto Richa.

 

Perillo ficou preso por somente um dia, em outubro de 2018. Foi denunciado sob acusação de corrupção, lavagem e organização criminosa e seu caso acabou enviado à Justiça Eleitoral, ainda sem decisão final.

 

Richa teve três passagens pela cadeia e responde a ações que tratam de suspeitas relacionadas a contratos de pedágios, construção de escolas e obras em estradas rurais. Sua primeira prisão ocorreu em plena campanha eleitoral de 2018, o que contribuiu para que obtivesse apenas 3,7% dos votos válidos na disputa para o Senado, em outubro daquele ano.

 

Outro alvo de um apêndice da Lava Jato é Agnelo Queiroz, eleito pelo PT no Distrito Federal em 2010. Ele ficou oito dias detido em 2017 e ainda é réu em um processo que teve origem em colaboração da empreiteira Andrade Gutierrez e que trata da construção do estádio Mané Garrincha para a Copa do Mundo de 2014.

 

No caso do emedebista André Puccinelli, duas vezes governador de Mato Grosso do Sul, o suposto recebimento de propina da JBS estava entre os motivos de sua prisão preventiva, que durou cinco meses em 2018.

 

“É um fenômeno chamado de ‘síndrome de [Sergio] Moro’. Hoje, em qualquer lugar é só condenação, só o Ministério Público fala, o que a defesa fala não tem validade nenhuma. Atualmente no Brasil, a injustiça tarda, mas não falha. O juiz fica com medo de absolver, tira sua responsabilidade e o tribunal que decida”, diz o advogado Rene Siufi, que defende o ex-governador de Mato Grosso do Sul.

 

O advogado de Ricardo Coutinho, Eduardo Cavalcanti, atribui a prisão de seu cliente à “criminalização da política” a partir da operação com origem no Paraná.

 

“Impulsionou órgãos de investigação a adotar procedimentos semelhantes à Lava Jato, que, com o passar do tempo, apresentou seus vícios”, afirma o advogado.

 

Cavalcanti critica na operação contra Coutinho o uso de instrumentos celebrizados pela Lava Jato, como os depoimentos de delatores e a ordem de prisão preventiva motivada por fatos ocorridos anos antes.

 

Na sexta-feira (21), um desembargador do Tribunal de Justiça da Paraíba determinou que o ex-governador do PSB use tornozeleira eletrônica e não saia de sua casa das 20h às 5h.

 

A maioria dos eleitos presos contou com habeas corpus de cortes de segunda instância ou de tribunais superiores para deixar o cárcere, como ocorreu com Puccinelli, Coutinho e com José Melo, eleito pelo PROS no Amazonas em 2014.

 

Preso em dezembro de 2017 sob suspeita de interferir em investigação sobre desvios na saúde, Melo havia sido cassado em maio daquele ano pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) por compra de votos.

 

O número de ex-mandatários detidos no total, considerando não só os eleitos nos pleitos de 2010 e 2014, ainda é superior: só no Rio, desde 2016, todos os cinco governadores vivos eleitos até 2014 já passaram pela prisão.

 

Além dos presos, há outros casos de ex-governadores do período com problemas na Justiça, como o mineiro Fernando Pimentel (PT), condenado em novembro a dez anos e seis meses de prisão na Justiça Eleitoral de Minas por lavagem de dinheiro e tráfico de influência —cabe recurso.

 

O ex-tucano José Wilson Siqueira Campos, hoje no DEM, é réu na Justiça Federal do Tocantins e chegou a ser alvo de mandado de condução coercitiva em 2016.

 

A favor dos réus está a decisão do STF de novembro passado que barrou a prisão de condenados em segunda instância, o que tende a adiar a volta à cadeia de quem responde a processos em liberdade.

 

Além disso, conforme a Folha mostrou em janeiro, o recém-sancionado pacote anticrime do governo Jair Bolsonaro criou mais requisitos para a decretação de prisões preventivas (sem prazo determinado).

 

O único dos eleitos em 2010 e 2014 que ainda estava detido na época, além de Cabral, era Marcelo Miranda (MDB), do Tocantins, que foi solto na última quarta-feira (19) por ordem do Supremo. Ele esteve envolvido em uma série de investigações nos últimos anos, incluindo um desdobramento da Lava Jato.

 

Três vezes eleito governador, deixou o cargo duas vezes por cassações —a primeira, em 2009, por abuso de poder político, e a segunda, em 2018, por caixa dois.

 

 

 

Na ordem que o levou à prisão, em setembro passado, o juiz federal João Paulo Abe mencionou a suspeita de envolvimento de Miranda, do pai dele e de um irmão nos assassinatos de três pessoas em uma fazenda no interior do Pará em 2013.

 

A suspeita se baseia, entre outros pontos, em depoimentos de delação de Alexandre Fleury, um ex-funcionário da família de Miranda. O delator também disse sofrer ameaças do político.

 

O pedido de prisão afirmava que o grupo é o responsável por “sucessivos atos de apropriação de recursos públicos” que atingem “centenas de milhões de reais”, por meio, por exemplo, de superfaturamento de obras ou pela não execução dos projetos.

 

No dia da prisão, o emedebista estava em Brasília em um apartamento funcional ocupado pela esposa, Dulce Miranda, que é deputada federal pelo MDB.

 

O ex-governador foi condenado em primeira instância a 13 anos de prisão por dispensa de licitação e peculato, em caso relativo a seu primeiro mandato.

 

A defesa nega que ele tenha cometido irregularidades, diz que o homicídio em questão já foi esclarecido por autoridades do Pará e que um juiz de outro estado não poderia citá-lo para fundamentar sua decisão. Também critica o destaque dado ao relato do delator.

 

“Desconheço chefe de poder municipal ou estadual que não tenha problema com o Ministério Público. Tudo é crime: licitou é crime, se a empresa tal ganhou é crime. É muito complicado. Tem uma generalidade que se joga para a sociedade de forma irresponsável”, diz o advogado de Miranda, Jair Alves Pereira.

 

À exceção de Cabral e de Silval Barbosa, de Mato Grosso, todos esses ex-governadores negam as acusações.

 

Eleito pelo MDB, Barbosa passou quase dois anos no regime fechado até 2017, quando negociou acordo de colaboração com a Justiça. À época, o ministro do STF Luiz Fux chamou de “monstruosa” a delação do político.

 

O ex-governador delatou, entre outros, o atual prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), e conselheiros do Tribunal de Contas do Estado, além de descrever um “mensalinho” na Assembleia Legislativa em seu mandato.

 

“Relatei [os crimes] para passar o estado a limpo. Me arrependo profundamente e agora quero recomeçar a minha vida, recomeçar do zero, pagando a minha pena e colaborando com a Justiça”, disse Barbosa a jornalistas no ano passado.

 

As investigações no período deram destaque à então juíza federal Selma Arruda, que ganhou o apelido de “Moro de saia”. Em 2018, após deixar a magistratura, ela se elegeu senadora pelo PSL de Mato Grosso, mas teve o mandato cassado por abuso de poder econômico e captação ilícita de recursos na campanha.

Posted On Segunda, 24 Fevereiro 2020 15:46 Escrito por

Assunto é tratado com reserva por deputados e senadores, cientes das prioridades do momento e do protagonismo de Rodrigo Maia e de Davi Alcolumbre. Mas já existem parlamentares atentos às possibilidades de ocupar os cargos mais altos do Legislativo

 

AF Augusto Fernandes LC Luiz Calcagno BL Bruna Lima

 

A disputa entre parlamentares para largar com vantagem rumo às eleições à presidência da Câmara e do Senado, dois dos cargos mais poderosos da República, começou um ano antes do pleito. Isso ocorre porque, nos próximos 12 meses, o Legislativo terá a agenda dividida por reformas econômicas e eleições municipais. Com isso, interessados em ganhar tempo, potenciais candidatos testam a própria capacidade e a de colegas, em busca das possibilidades para ascender aos postos mais importantes do Congresso. Cada cadeira tem um poder específico. A dos deputados ocupa o terceiro lugar na linha de sucessão presidencial. A dos senadores controla a pauta do Congresso.

 

Oficialmente, poucos declaram a intenção de concorrer. Para a maioria, as articulações devem ser intensificadas apenas a partir de outubro, após as eleições municipais. Nos bastidores, diz-se que o debate ganha vulto, pois o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), valorizou a Casa desde os primeiros meses de 2019, quando o governo federal tentou escantear os deputados e renegar as coligações. O empoderamento dos parlamentares acabou por tornar-se uma pedra no sapato de Bolsonaro, que sofreu várias derrotas no plenário em seu primeiro ano de governo. A discussão parece distante, mas o problema é atualíssimo. É notório o incômodo do Executivo com o protagonismo do Congresso, tachado por termos como “parlamentarismo branco”, por Paulo Guedes, ou chantagistas, pelo ministro Augusto Heleno, ministro do Gabinete de Segurança Institucional.

Entre nomes aventados para substituir Maia, estão o do presidente da comissão da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da prisão em segunda instância, Marcelo Ramos (PL-AM); o ex-líder do DEM, Elmar Nascimento (BA); o líder do MDB, Baleia Rossi (SP); e o líder da Maioria, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB). Apesar de negativas de vários parlamentares, um líder de partido da Câmara assegura ao Correio que a campanha para presidente da Casa está em curso. “Já começam a surgir candidatos, ideias, propostas, articulações. Elas estão correndo a todo vapor. Até porque nós sabemos que isso é um processo de amadurecimento, de ter uma representação na Câmara à altura do Brasil. Não podemos ter um presidente radical contra o governo, nem um governista. Mas um independente, que converse com todos”, explica a fonte.

 

Em meio às conversas de bastidores, alguns acabam falando mais alto. Um dos vice-líderes do PL, Capitão Augusto (SP), surpreendeu colegas ao lançar sua candidatura à presidência da Casa nas últimas semanas. A iniciativa foi motivo de risos para parte dos parlamentares. Mesmo assim, o deputado percorreu as dependências do Congresso entregando panfletos com as suas propostas para o Poder Legislativo em caso de eleição. Ele busca tempo para ganhar voto. Por enquanto, o deputado não tem força para concorrer.

“Teremos 40 semanas úteis de trabalho este ano. A cada semana trarei uma proposta que considero ser importante para que nossa Casa funcione da melhor forma possível, para que consigamos elevar a credibilidade da Câmara perante a opinião pública, para que modernizemos nosso arcaico regimento interno, para valorizar o trabalho parlamentar e oferecer melhores condições e instalações para que os deputados possam bem exercer seu trabalho”, insiste Capitão Augusto.

Em busca de um rosto

Marcelo Ramos ganha força por ser um deputado de centro, que presidiu a comissão especial da reforma da Previdência com habilidade e, também, por ser parlamentar de primeiro mandato. Uma eventual vitória poderia passar a imagem de renovação. “Muitos colegas têm me procurado, têm feito apelo por eu ser um deputado de centro, mas de primeiro mandato. Isso acaba mesclando um pouco esse sentimento de dar um sinal de renovação, mas mantendo a estabilidade política que o centro tem dado”, explica.

 

No entanto, Ramos se coloca mais atrás “na fila” e destaca que é cedo para a conversa. “Primeiro, porque a liderança do presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ) é muito importante para a estabilidade do funcionamento da Casa. Segundo, que a unidade dos partidos de centro tem dado estabilidade para a pauta legislativa do país. Além disso, estamos distantes da eleição, e para tudo na vida tem uma fila. Eu acho que estou na fila, mas tem gente que chegou antes. Não podemos permitir, nem para mim nem para ninguém, que o desejo de presidir a Casa seja colocado acima da estabilidade desse núcleo de moderação de partidos de centro”, argumenta.

 

O líder do Novo, Paulo Ganime (RJ), conta que o partido não tem nome para o pleito. Tampouco há certeza de que Marcel Van Hattem (RS), adversário de Maia em 2019, voltará a brigar pela presidência. Ainda assim, dentro da legenda, existe um alinhamento na busca de características para o próximo presidente. “A gente quer apoiar uma candidatura que tenha os mesmos princípios que tivemos quando o Marcel foi candidato: uma revisão do regimento, com mais agilidade e menos poder para o presidente da Câmara, participação mais transparente dos partidos, tanto na pauta quanto na inclusão de assuntos, menos gastos... São coisas que o presidente Rodrigo Maia tem, mas que a gente gostaria que fosse implementado com bastante celeridade”, afirma.

DEM desconversa

A bancada do DEM, partido de Rodrigo Maia, prefere não iniciar qualquer discussão sobre qual será o candidato do partido à Câmara por agora. Ninguém quer antecipar o final do mandato do atual presidente e começar um atrito desnecessário com o principal agente político dentro do Congresso. “A agenda do parlamento em 2020 tem que ser a agenda do país. A agenda das reformas. Na hora que for para tratar desse assunto (eleições da Câmara), nós vamos tratar. Antes disso, é um desserviço que se faz ao país, até porque Rodrigo Maia vem conduzindo bem. Precisamos colocar todos os esforços para fazer o que precisa ser feito”, diz o deputado Elmar Nascimento, um dos cotados para a presidência.

Ele diz que o mesmo bloco que apoiou a reeleição de Maia em 2019 deve se reunir novamente para definir um novo candidato. O grupo, formado por DEM, PP, PSDB, PSD, PRB, PTB, MDB, Solidariedade e outras legendas, reúne mais de 200 deputados. Portanto, por mais que o DEM não lance candidatura própria, Elmar espera que Maia seja sucedido por um aliado. “Esse bloco é majoritário e é o que dita o ritmo do Congresso. E, com a forma democrática como o Maia conduz o parlamento, conversando com todos, desde o grupo que a gente integra até os partidos de esquerda, ele tem toda condição de coordenar o processo da sua própria sucessão. Então, no momento certo, aquele que conseguir agregar mais apoio de lideranças e partidos, será o candidato do bloco. O mais importante é que a gente saia com esse bloco unido”, desconversa o deputado.

Processos distintos nas casas

As votações para as presidências das duas casas do Congresso Nacional ocorrem em 1º de fevereiro do ano seguinte às eleições gerais, depois da cerimônia de posse dos cargos. O mandato dura dois anos.

Na Câmara — O quórum mínimo de votação é de 257 deputados, ou seja, maioria absoluta. Depois de atingir o número de presenças, cada parlamentar começa a escolher os candidatos de preferência. Na mesma sessão, são disputados os cargos de presidente, 1º e 2º vice, quatro secretários e quatro suplentes. A apuração dos votos começa pela presidência e, para ser eleito, o candidato precisa ter adquirido maioria absoluta de aprovação. Caso contrário, os dois mais votados disputam o segundo turno. Havendo empate na corrida presidencial, é determinado vencedor o parlamentar com mais idade.

 

No Senado — Apenas o presidente da Casa é escolhido na sessão. Qualquer senador pode se candidatar, formalizando intenção junto à Secretaria-Geral da Mesa. Em regra, o candidato à presidência é proibido de conduzir a sessão que elegerá quem vai ocupar a cadeira pelos próximos dois anos. A votação é secreta, segundo o Artigo 60 do Regimento Interno. Para ser eleito, o candidato precisa atingir maioria absoluta dos votos, ou seja, a aprovação de 41 senadores.

 

 

Posted On Segunda, 24 Fevereiro 2020 15:37 Escrito por

Especialista aponta os obstáculos que a sigla pode enfrentar

 

Por Augusto Fernandes / Luiz Calcagno

 

A escolha de Capitão Augusto ou de qualquer outro parlamentar que queira lançar candidatura antecipada, especificamente para a Câmara, é uma estratégia conveniente, considerando que será necessário rivalizar com o nome a ser lançado por Rodrigo Maia. Desde 2016 à frente da Câmara, Maia tem a maior capacidade de influenciar nas eleições do próximo ano. “Isso reforça a necessidade de os deputados começarem a aparecer desde já para conseguir angariar alguns compromissos”, analisa o cientista político Enrico Ribeiro, coordenador legislativo da Queiroz Assessoria em Relações Institucionais e Governamentais.

 

O especialista destaca que captar insatisfações dentro de cada bancada será a principal forma de se conseguir apoio. “No ano que vem, novos blocos serão formados para a disputa tanto das presidências quanto das comissões. Dessa forma, é importante que o presidenciável busque saber qual partido quer entrar em evidência e, a partir daí, começar a construir uma forma de lhes dar espaço dentro de comissões, por exemplo. Ou, então, apresentar uma proposta de mudança da estrutura das Casas para permitir que se possa ter mais cargos comissionados e, assim, os partidos se sintam mais à vontade para falar com outras pessoas. É fundamental sinalizar com uma bancada ou outra”, diz Ribeiro.

 

Para o estudioso, é inevitável que haja uma troca do partido à frente das presidências. Hoje, o DEM comanda tanto Câmara quanto Senado. Na segunda Casa, o cenário de mudança é mais provável, especialmente porque o MDB visa retomar a sua hegemonia histórica: desde a redemocratização, em 1985, a legenda emplacou o presidente do Senado em 17 de 20 eleições. Para isso, conta com nomes que não têm tanta resistência popular, como a presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Simone Tebet (MDB-MS), e o líder da sigla no Senado, Eduardo Braga (MDB-AM).

 

“É pouco provável que o DEM consiga emplacar novamente os presidentes das duas Casas. No Senado, a bancada é numericamente pequena. Se o MDB lançar a candidatura de um nome menos queimado pela sociedade de que o do Renan Calheiros (MDB-AL), que perdeu para Davi Alcolumbre (DEM-AP) em 2019, acredito que vai ter um referendo. E na Câmara, ainda que o partido tenha uma bancada numericamente interessante, não há ninguém com as mesmas características que o Maia”, explica Ribeiro. “No entanto, é óbvio que os dois (Maia e Alcolumbre) terão um papel importante para a definição dos candidatos”, completa.

Meios e dinâmica
Para Ricardo Ismael, cientista político da Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro, as conversas correrão em um ritmo diferente no Senado, onde Alcolumbre busca um meio de se reeleger. Ele destaca que o atual presidente terá que se destacar muito bem no ano de 2020, fazer um bom trabalho nos bastidores e, ainda, encontrar um meio para garantir sua recondução ao cargo em fevereiro de 2021. “O Alcolumbre tem interesse de permanecer à frente do Senado. É um político novo, ganhando uma visibilidade, tirando frutos. Mas a questão é o que ele vai propor para tentar ver se consegue viabilizar essa reeleição. Vai ter que conversar seus com pares, apoiadores, para tentar preparar o terreno”, avalia.

 

A mobilidade que o atual presidente do Senado tem entre os grupos será sua maior aliada. Um bom desempenho das reformas econômicas também trará vantagens. “É um trabalho que vai durar o ano inteiro. E ele ainda terá que aprovar alguma coisa que viabilize sua candidatura. Ele vai aumentar as chances se der celeridade à reforma tributária. “Alcolumbre terá a oportunidade se destacar. Se ele enfrentar essa pauta, mostrar mobilidade, fechar acordos, há uma tendência para ele ganhar força para continuar. Agora, o Senado não é a Câmara, uma casa de deputados jovens. São pessoas maduras, que buscam acordos nos bastidores, que conversam. Além da necessidade de uma saída legal”, pondera Ricardo Ismael.

Posted On Segunda, 24 Fevereiro 2020 15:34 Escrito por

O Paralelo 13 já vinha publicando há tempos em matérias, editorias, artigos e na Coluna Fique Por Dentro, a respeito das mudanças nos comandos dos partidos no Estado e nos municípios, que aconteceriam de forma abrupta e surpreendente, com dissolução de Comissões Provisórias, com nossas fontes de credibilidade incontestável espalhadas pelo Tocantins e Brasília nos mantendo sempre muito bem informados

 

Por Edson Rodrigues

 

Eram grupos e grupos políticos na Capital Federal em busca de partidos dispostos a abrir suas portas enquanto outros buscavam exatamente o oposto, que era fechar as portas para certas pessoas, pois sabiam que corriam riscos.

 

Pois a primeira movimentação realmente contundente, acaba de acontecer.

 

O partido Republicanos confirmou a pré-candidatura do empresário Gil Barison à Prefeitura de Palmas. A filiação do empresário Gil Barison foi abonada pelo presidente nacional do partido e vice-presidente da Câmara, deputado federal Marcos Pereira (SP), nesta quarta-feira (19), em Brasília. A filiação contou com a participação dos deputados federais Celso Russomanno (SP), Aroldo Martins (PR) e João Braz (RJ)

 

Na avaliação de Marcos Pereira, o nome de Gil Barison representa um novo caminho para Palmas, de planejamento e desenvolvimento. “O Republicanos, a partir de agora, tem um forte nome que debaterá as políticas públicas para a cidade de Palmas, no futuro em breve. Gil Barison é o nosso pré-candidato a prefeitura e tem nosso apoio”, afirmou Pereira.

 

O empresário Gil Barison agradeceu e se comprometeu em ajudar no crescimento do Republicanos de Palmas. “Estou muito satisfeito com essa oportunidade que o partido está me dando, esse apoio à minha pré-candidatura. Espero poder desempenhar um bom trabalho dentro dos princípios, valores e ideais republicanos”, destacou o novo republicano.

 

O presidente do Republicanos Tocantins, César Halum, enalteceu as qualidades de Gil Barison e afirmou que o Republicanos estará bem representado nas eleições de outubro, tanto na capital quanto nas principais cidade do estado. “Nós estamos muito felizes, até porque o nosso partido prima pela honra nos seus trabalhos e nas suas atividades. Gil Barison é uma das poucas reservas morais do Tocantins e de Palmas”, destacou.

 

BIOGRAFIA

Gil Barison é empresário do setor imobiliário e atua no mercado de construção de condomínios fechados. Ele é o nome defendido por um grupo de empresários de vários setores, incluindo o agronegócio e o ramo da construção civil.

 

O objetivo da pré-candidatura é apresentar um modelo de gestão comprometida com a industrialização, capacitação e geração de emprego e renda. Gil Barison defende que a economia da capital precisa depender menos da prefeitura e do governo do estado, gerando mais empregos pelo setor empresarial, e vinha em busca, há tempos, de um partido que lhe garantisse o registro de sua candidatura, além de um bom tempo no horário gratuito de Rádio e TV e um Fundo Partidário plausível.

 

Cabe a Barison, agora, recuperar o tempo, por a mão na massa e fazer com que suas idéias cheguem aos eleitores a tempo de serem entendidas e analisadas.

Posted On Sexta, 21 Fevereiro 2020 05:59 Escrito por
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