Presidente acusa imprensa de "destruir reputações" e diz que jornalistas criam "fofoca" e "intrigas"
Por Augusto Fernandes
O presidente Jair Bolsonaro voltou a revelar sua insatisfação com a imprensa na tarde deste sábado (8/2) e criticou a cobertura dos jornais sobre o seu posicionamento quanto aos custos que um portador do vírus HIV trazem para o Brasil. Ele reforçou o entendimento de que "qualquer pessoa com HIV é custoso para o mundo" e, em determinado momento, usou os braços para dar uma "banana" aos jornalistas que o esperavam na saída do Palácio da Alvorada.
Na última quarta-feira (5/2), durante o lançamento da campanha de abstinência sexual da ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, o mandatário brasileiro disse que "uma pessoa com HIV, além de ser um problema sério para ela (si própria), é uma despesa para todos aqui no Brasil".
“Na semana passada, falei de uma menina que deu à luz pela terceira vez aos 16 anos de idade sendo aidética. Isso que eu falei. O que faltou? Faltou uma mãe, uma avó, pra não começar a fazer sexo tão cedo. Qualquer pessoa com HIV, além do problema de saúde dela gravíssimo, que nós temos pena, é custoso para todo mundo. Vocês focaram no que o aidético é oneroso no Brasil”, disse o presidente, neste sábado.
Para Bolsonaro, ao agir dessa maneira, a imprensa "só faz fofocas". O presidente também alega estar sendo manchado pelos jornalistas e que está "levando porrada de tudo quanto é grupo de pessoas que tem esse problema lamentavelmente".Continua depois da
“Esse não é o papel da imprensa. Vocês não podem continuar agindo assim, destruindo reputações. Vê se vai ter alguma retificação no jornal de vocês amanhã? Não vai ter porque o editor não vai deixar ir pra frente. Eu quero conversar, ser amigo de vocês, mas não dá”, disse.
Na seuqência, ele questionou se os jornalistas gostariam de ver o retorno "daqueles que nos governavam no passado que faziam aquela governabilidade que vocês sabem como, mergulhando o país em corrupção, em desesperança para o povo".
Bolsonaro também criticou os veículos de comunicação pelas reportagens produzidas após a sua fala também da última quarta-feira de que ele zeraria os tributos federais sobre combustíveis caso os governadores aceitassem zerar o Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Segundo ele, não foi produzida "uma matéria legal, decente".
"Não vi de vocês uma matéria decente sobre ICMS do combustível. Levaram apenas pra um lado, desafiou os governadores . É só fofoca, só intriga, fica ruim conversar com vocês. Sei que muitos de vocês não têm culpa, que passa pela mão do editor que está rindo", esbravejou o presidente, que completou: "Não dá, não dá. Vou dar uma banana para vocês".
Por Edson Rodrigues
O MDB tocantinense passa por um de seus piores momentos desde a criação do Estado, sangrando politicamente, com seu maior líder, o ex-governador Marcelo Miranda, preso sem julgamento, mesmo sendo um político carismático, que pecou por deixar que outras pessoas da sua família dominassem seu governo e praticassem atos não republicanos. São dezenas de processos que o ex-governador responde na Justiça por corrupção, com seu primeiro julgamento marcado para o próximo mês de abril, acerca da Operação Reis do Gado, em que é acusado, juntamente com seu irmão, Jr. Miranda, de ter desfalcado os cofres públicos em mais de 500 milhões de reais. O julgamento ocorrerá na Justiça Federal, em Palmas.
FRITURA RESPALDADA
Senador Eduardo Gomes
Segundo fontes, aliados de Marcelo Miranda no MDB estão “fritando” o senador Eduardo Gomes, com respaldo da deputada federal Dulce Miranda, esposa de Marcelo, da mesma forma com que foi feito com o ex-senador Leomar Quintanilha, quando se filiou ao, então, PMDB, via Cúpula Nacional, e foi “cozido em banho Maria” para, depois, ser fritado definitivamente. O modus operandi da fritura de Leomar é o mesmo que está sendo usado contra Eduardo Gomes.
Segundo fontes, assim que Eduardo Gomes, o senador mais bem votado do Tocantins, filiou-se ao MDB, começaram os burburinhos da ala marcelista. Logo em seguida, o presidente interino, deputado Nilton Franco, cobrou que Eduardo Gomes visitasse as bases para, logo depois, tentar dissolver a Comissão Provisória do MDB de Ipueiras, eleita com a participação – e a presença – direta de Eduardo Gomes. Como não conseguiu, Nilton Franco simplesmente não registrou o Diretório.
VALDEMAR JR.
Essa mesma fonte nos informou que na última quinta-feira (6), Nilton Franco e a deputada Dulce Miranda estiveram em Brasília, apresentando como “convidado ilustre” o prefeito de Porto Nacional, Joaquim Maia, à cúpula Nacional, para que ele se filiasse ao partido e fosse candidato à reeleição pelo MDB.
Joaquim Maia tem uma condenação em primeira instância e seus direitos políticos cassados por cinco anos – mesmo com direito a recurso em instâncias superiores – e teve a sede da sua prefeitura alvo de buscas e apreensões, assim como as secretarias da Cidade e de Infraestrutura de operação da Polícia Civil, que na última semana levou ao bloqueio dos bens do secretário da Infraestrutura em valor superior a dois milhões e meio de reais e também à abertura de um inquérito no Ministério Público para averiguar o fato de um funcionário comissionado da prefeitura estar dando expediente como vigia noturno em sua própria residência (de Joaquim Maia) e, segundo fontes, com mais três investigações correndo em segredo de Justiça nas áreas da Saúde e da Educação.
Deputado Valdemar Junior
Neste fim de semana a deputada Federal Dulce Miranda já está no Tocantins onde, juntamente com Nilton Franco, irão tentar dar um “chega pra lá” no deputado estadual Valdemar Jr., que segundo a ala marcelista, “nem c*ga nem desocupa a moita”, ou seja, nem fica em Porto, nem fica em Palmas.
Será que Raul Filho poderá se o próximo Candidato a prefeito de Palmas pelo MDB?
Há fortes comentários também, segundo a mesma fonte, que no submundo das rasteiras o ex-prefeito de Palmas, Raul Filho será o próximo filiado ao MDB, pelas mãos – novamente – de Nilton Franco e Dulce Miranda, a qualquer momento, o que confirmaria a “fritura” de Valdemar Jr. Tanto em Palmas quanto em Porto Nacional.
Trocando em miúdos, o MDB viraria a mais nova “barriga de aluguel” do mercado.
A PERGUNTA
O que não se consegue entender, logo, o que gera estranhamento, é que toda essa movimentação do MDB tocantinense em Brasília não foi sequer comunicada ao senador Eduardo Gomes, o mais bem votado no Estado, líder do presidente da República no Congresso Nacional, relator setorial do orçamento do Ministério do Desenvolvimento Regional, segundo-secretário da Mesa Diretora do Senado e um tocantinense comprometido com as causas do povo, reconhecido por sua vasta folha de contribuição a todos os municípios tocantinenses e exímio articulador político.
E, mais, os emedebistas tocantinenses nem sequer passaram no gabinete de Eduardo Gomes para uma visita de cortesia ou um cafezinho.
Depois de todo o exposto. Nem precisaria perguntar: querem ou não querem “fritar” Eduardo Gomes?
Até breve!
Ex-governador do Rio de Janeiro se comprometeu a devolver R$ 380 milhões recebidos por meio de propina
Da Redação
O ministro Edson Fachin, relator da Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu homologar o acordo de colaboração firmado entre o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral com a Polícia Federal. O tratado foi oficializado no Supremo pelo fato de autoridades com foro privilegiado serem citadas.
Cabral se comprometeu, para ter acesso a benefícios, como a redução de pena, a devolver R$ 380 milhões recebidos por meio de propina quando ele ocupava o cargo de governador. No entanto, ao contrário do que faz o Ministério Público, a PF não decidiu, no momento da assinatura, quais benefícios seriam concedidos a Cabral. O acordo segue em segredo de Justiça.
O procurador-geral da República, Augusto Aras, chegou a se manifestar contra o acordo. Segundo informações de dentro da PF, integrantes do Poder Judiciário também são citados, entre eles ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ). O ex-governador foi condenado 13 vezes no âmbito da Lava-Jato e suas penas, somadas, chegam a 380 anos de cadeia. Algo que deve mudar agora com a delação homologada.
Sérgio Cabral está preso desde novembro de 2016, por força de um mandado de prisão preventiva.
“Fui achacado por políticos e fiz tratos com ministros do STJ, diz Cabral”
Preso há três anos, o ex-governador acumula 13 condenações cujas penas somadas alcançam 282 anos de prisão — responde a, no total, 31 ações penais por corrupção, além de outras duas por outros crimes. Com o selo de colaborador da Justiça, o objetivo da defesa agora é tentar obter sua liberdade.
Há contra o ex-governador quatro ordens de prisão, que terão de ser revertidas uma a uma: duas da Justiça Federal do Rio de Janeiro, uma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) e uma do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.
Homologação pode levar à soltura de Cabral
A expectativa da defesa de Cabral — e temor dos procuradores fluminenses — é de que ao se tornar colaborador, não há mais razão para mantê-lo preso preventivamente, sob risco de interferir na investigação ou permanecer cometendo crimes.
Os 20 anexos que integram a colaboração inicial se referem a pessoas com foro especial. A PF, contudo, pretende colher informações com o ex-governador sobre outros temas que, pelas conversas iniciais, podem chegar a 100 itens. Entre eles, está a investigação sobre o repasse de verbas da Oi para empresa de Jonas Suassuna, sócio de Fábio Luís Lula da Silva, filho do ex-presidente Lula. A polícia suspeita que uma das vias usadas para a transferência foi um contrato com o governo do Rio na gestão Cabral (2007-2014).
Cabral passou a confessar desde o início de 2019 os crimes que lhe são atribuídos: corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. O objetivo inicial era reduzir as penas, mas também sinalizar o poder das informações que dizia ter.
Assumiu no primeiro semestre ser o dono de cerca de US$ 100 milhões (R$ 407 milhões) devolvidos em 2017 por dois doleiros que se tornaram delatores. Também abriu mão, junto com a mulher Adriana Ancelmo, de bens como apartamentos, carros, lanchas e dinheiro em contas já apreendidos.
Desembargadores
O ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (MDB) afirmou em depoimento ao Ministério Público estadual que dois desembargadores foram nomeados ao cargo no Tribunal de Justiça em troca do arquivamento de investigação contra ele na promotoria.
Segundo Cabral, a nomeação dos ex-membros do MP-RJ Sérgio Azeredo e Marcos André Chut aos cargos de desembargador foi feita para garantir o fim do inquérito sobre a "farra dos guardanapos", viagem que reuniu ex-secretários e empresários.
O arquivamento ocorreu numa tumultuada sessão do Conselho Superior do MP-RJ em novembro de 2013 com uma votação apertada: 6 a 4.
Nem Chut, nem Azeredo integravam o Conselho Superior. Mas o ex-governador afirmou no depoimento - revelado pela GloboNews e confirmado pela reportagem - que o primeiro lhe garantiu dois votos de membros ligados ao seu grupo. Já Azeredo foi nomeado para atender ao então procurador-geral de Justiça Marfan Martins Vieira - o atual desembargador foi seu chefe de gabinete.
Ambos foram indicados ao cargo no TJ-RJ em 2015, quando Cabral não era mais governador. Ele diz, contudo, que o acordo foi fechado junto com o ex-governador Luiz Fernando Pezão (MDB), seu sucessor também preso.
É possível que um dos benefícios concedidos a Cabral seja o serviço de proteção à testemunha, uma vez que entre os citados em sua delação há políticos no exercício do mandato, policiais e membros do judiciário.
Presidente da Câmara disse que, caso isso não aconteça, o pleito certamente será disputado por Bolsonaro e candidato do ex-presidente Lula
Por Agência O Globo
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defendeu a união do "centro" em torno de um único nome para disputar a eleição presidencial de 2022 e citou como possíveis candidatos do campo o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), o apresentador de TV Luciano Huck (sem partido) e o ex-governador do Ceará e ex-ministro da Fazenda, Ciro Gomes (PDT).
Em entrevista à Globo News na noite desta quarta-feira (5), Maia disse que, caso o centro não consiga chegar a um denominador comum, o pleito certamente será disputado pelo atual presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e um candidato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
"Eu acho melhor nome do centro é a unificação do centro. Esse é o melhor nome. Se ninguém tiver capacidade de unificar o centro, significa que o centro estará fora do segundo turno. Isso serve pro Doria , pro Luciano Huck , pro Ciro Gomes, serve para todos que estão nesse campo aqui de centro-esquerda até centro-direita, no meu ponto de vista. Se não unificar isso aqui, vai dar certamente Bolsonaro de um lado e o candidato do Lula do outro", afirmou.
Questionado sobre a citação a Ciro Gomes como candidato de centro e lembrado de que o DEM conversa com o PDT , partido do ex-governador, que apoiava Lula, Maia disse achar que a união é factível.
Segundo Maia, Centrão precisa se unir para evitar um confronto 'Bolsonaro x PT' na próxima eleição presidencial
"Minha primeira filiação partidária foi no PDT. Eu tinha uma foto do [Leonel] Brizola [ex-governador do Rio] no meu... Depois eu caminhei mais para a direita, mas tenho grandes amigos e ganhei grande admiração pelo PDT. Acho que é uma partido que tem uma ótima imagem, se manteve fiel à defesa das suas posições. É de centro-esquerda. Eu acho que o Ciro Gomes tem que estar aqui com a gente", declarou o presidente da Câmara .
Apontando que ganha a eleição quem tem mais voto, ele argumentou que "quem não agrega, está fora" e, portanto, não adianta o governador Doria vir forte em São Paulo, mas dividido com Bolsonaro, Luciano Huck ter uma entrada boa no Nordeste, mas dividir a votação na região com Ciro, por exemplo: "esse campo aqui tem que ter a coragem de começar a conversar".
Maia disse ainda que já fez ao presidente do PDT, Carlos Lupi, a proposta de começar a fazer eventos para discutir temas polêmicos e teses em que haja divergência entre os respectivos partidos. Para ele, o debate entre as forças do campo é que vai gerar a possibilidade de o centro ter chance de crescer nas próximas eleições .
Quantia que será recebida pelo ex-presidente não foi revelada pela cúpula do partido
Com O Globo
O ex-presidente Lula vai receber uma salário como dirigente do Partido dos Trabalhadores (PT) neste ano. Segundo matéria do jornal O Globo, as remunerações do cargo na legenda, para quem não possui mandato parlamentar, somaram cerca de R$ 20 mil em 2019.
A quantia que será recebida por Lula não foi revelada pela cúpula do partido. Presidente de honra do PT, Lula também recebe aposentadoria de pouco mais de R$ 6 mil, como anistiado politico, por conta da perseguição durante a ditadura militar.
Com os bens bloqueados, o ex-presidente viu sua renda ser prejudicada e agora conta com o cargo no partido, que destina salário mensal para afiliados sem mandato com cargo na executiva.
O ex-presidente foi claro quanto sua situação financeira em seu discurso no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, na Grande São Paulo, no último dia 9 de novembro, ” Se me virarem com a bunda pra baixo não vai cair uma moeda do meu bolso”, disse o petista.
Antes de assumir a presidência do Brasil, em 2002, Lula já havia recebido salário do partido, com carteira de trabalho assinada.