Entre as autoridades estão o chefe da Casa Civil e o tesoureiro da campanha de Dilma em 2014

As autoridades citadas na delação premiada do dono da UTC negaram ter havido irregularidade nas conversas mantidas com Ricardo Pessoa e disseram que as doações foram legais e declaradas.

Por meio de assessoria, Aloizio Mercadante afirmou que todas as contribuições para sua campanha ao governo de São Paulo em 2010 estão registradas na prestação de contas.

O chefe da Casa Civil diz ter recebido o presidente da construtora em sua casa depois de o empresário ter manifestado, segundo ele, o desejo de conhecê-lo em razão da corrida eleitoral.

Mercadante afirmou ainda não ter conhecimento de que foi citado pelo executivo nas negociações para o acordo de delação premiada. "Não houve omissão de quaisquer valores", afirmou.

Segundo o ministro, o único encontro com Pessoa aconteceu em sua casa e teve a participação de Emidio de Souza, então coordenador de sua campanha, hoje presidente estadual do PT-SP. O ministro nega, porém, que tenha havido qualquer negociação de valores na ocasião.

"Posteriormente, a empresa UTC fez uma única contribuição devidamente contabilizada e declarada à Justiça Eleitoral, no valor de R$ 250 mil", conclui o ministro.

A assessoria do ministro Edinho Silva, tesoureiro da campanha de Dilma em 2014, disse que ele esteve com Pessoa três vezes para tratar de doações eleitorais, sendo a primeira quando o empresário esteve no comitê da campanha em Brasília.

"O empresário, após o primeiro contato, organizou o fluxo de doações em três parcelas que totalizaram 7,5 milhões de reais", diz a assessoria.

O ministro, por meio da assessoria, disse que jamais tratou de assuntos relacionados a Petrobras ou qualquer outra empresa ou órgão público com o referido empresário. "As doações ocorreram de forma espontânea", afirmou a assessoria de Silva.

O Instituto Lula alega que as declarações sobre contas de campanha cabem ao PT ou ao tesoureiro responsável pela campanha que recebeu o dinheiro. Em nota, o PT afirmou que todas as doações ao partido foram legais.

O ex-tesoureiro da sigla João Vaccari, que está preso, não se manifestou.

O ex-ministro José Dirceu, em nota, disse que "o contrato com a UTC, assinado em fevereiro de 2012, teve o objetivo de prospecção de negócios para a construtora fora do Brasil, em especial no Peru e na Espanha".

Em nota, o prefeito Fernando Haddad afirma que as doações e despesas de sua campanha foram devidamente declaradas à Justiça.

O senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) afirma que a quantia declarada na delação de Pessoa, R$ 200 mil, consta de sua prestação de contas da eleição de 2010. Segundo o tucano, o dinheiro foi repassado pelo diretório estadual do partido e declarado conforme a legislação. Ele afirma ainda nunca esteve com Pessoa e sequer o conhece pessoalmente.

O advogado do senador Edison Lobão (PMDB-MA), Antonio Carlos Almeida Castro, o Kakay, declarou que a informação de que seu cliente teria recebido R$ 1 milhão já foi feita em outra delação, mas não teve comprovação.

"O diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa disse exatamente isso. Só que o (doleiro) Alberto Youssef negou a realização desse pagamento, contrariando a versão de Costa. O próprio Ministério Público fez uma acareação entre os dois, o que significa que nem eles estão acreditando nas versões dos delatores". Kakay entrou com petição na quarta-feira (22) solicitando uma cópia da acareação entre Costa e Youssef.

A assessoria do deputado Arthur Lira (PP-AL) informou que todas as doações recebidas por ele foram registradas. A reportagem não obteve contato com o senador Benedito de Lira (PP-AL), pai de Arthur, mas ele já disse anteriormente que a doação da UTC foi legal.

O ex-senador Gim Argello (PTB-DF) também negou ilegalidades, assim como o deputado Eduardo da Fonte (PP-PE).

O deputado Júlio Delgado (PSB-MG) confirmou que arrecadou com a UTC R$ 150 mil para campanhas do partido em 2014, mas garantiu que as doações foram oficiais. "Há uma clara intenção de misturar o joio com o trigo. Estou tranquilo, agi dentro da legalidade", afirmou.

Delgado é subrelator da CPI da Petrobras e autor de um requerimento que convoca Pessoa a depor na comissão.

A reportagem não conseguiu falar com o senador Fernando Collor (PTB-AL), com o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, com o secretário de saúde da prefeitura de São Paulo, José de Filippi (PT-SP), e com o senador Ciro Nogueira (PP-PI).

 Com Folhapress

Posted On Sábado, 27 Junho 2015 07:40 Escrito por

A proposta apresentada pelo Governo do Estado foi rejeitada pela categoria, eles que o pagamento do reajuste da data base em parcela única.

Os servidores públicos estaduais do Quadro Geral que estão em greve participaram, nesta quinta-feira, 25 de junho, de mais uma Assembleia Geral para deliberar sobre os rumos do movimento. Eles deliberaram sobre a data-base e ratificaram a contraproposta apresentada pelo SISEPE-TO no último dia 23, de pagar o índice de 8.3407%, integralmente, na folha de pagamento de julho, com recebimento em agosto. (Veja a proposta aqui)

Os servidores rechaçaram o parcelamento do índice. Na contraproposta feita pelo SISEPE-TO, o parcelamento do retroativo fica dividido em 04 vezes, de janeiro a abril de 2016, e não em 24 parcelas, como propôs o Governo. A categoria também aprovou o parcelamento em 04 vezes.

A votação em Palmas reuniu cerca de 400 pessoas e todas votaram pela confirmação da proposta do Sindicato. A votação em Palmas, Araguaína, Porto Nacional e Gurupi foi por unanimidade. Em Taguatinga, não houve deliberações na Assembleia Geral.

Agora, o SISEPE-TO vai encaminhar ofício com as deliberações da Assembleia Geral ao deputado estadual, Paulo Mourão, líder do Governo. Mourão tem sido o interlocutor da negociação da data-base junto ao Governo.

 

DATA-BASE

A data-base dos servidores públicos do Poder Executivo do Tocantins deve ser concedida em 1º de maio. O índice a ser aplicado é apurado pelo INPC e tem por base o acumulado nos últimos 12 meses. Neste ano, o índice ficou em 8.3407%. É importante ressaltar que a data-base não é um aumento. É a reposição das perdas salariais que os servidores tiveram com a inflação. (Assessoria de Comunicação SISEPE-TO, Ana Mariana Araújo)

 

Posted On Sexta, 26 Junho 2015 04:13 Escrito por

Por apoio ao PL da desoneração, governo libera R$ 4 bilhões em emendas e restos a pagar. Com isso, governo arrecadará menos que os R$ 12 bi esperados.

 

A Câmara aprovou na madrugada desta quinta-feira, 25, o texto-base do projeto de lei que reduz a desoneração da folha de pagamento de mais de 50 setores da economia. Por pressão da bancada do PP, o líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (PMDB-RJ), aceitou incluir o setor calçadista entre aqueles com tratamento diferenciado.

O relatório da proposta enviada pelo Executivo em março aumenta as alíquotas de recolhimento das empresas que participam do regime especial de tributação. Esta é a última medida do ajuste fiscal e tem sido apontada pela presidente Dilma Rousseff como crucial. Para conseguir a aprovação do texto-base, no entanto, o governo teve que fazer concessões, o que deve resultar numa recomposição de receita menor do que a originalmente prevista.

 

A votação terminou à 1h e será retomada às 9h, quando deputados apreciarão 26 emendas ao texto. O texto foi aprovado por 253 votos a favor, 144 contra e uma abstenção. PSDB, PSB, DEM, Solidariedade, PPS e PTB orientaram seus deputados a votar contra o relatório de Picciani.

O relator promoveu novas alterações em seu relatório e deu tratamento diferenciado a outros setores econômicos, além dos previstos inicialmente. Eles terão uma recomposição de alíquotas intermediária, mais suave daquela defendida pelo governo. Foi incluído nesse rol, por exemplo, os calçadistas e artefatos de material têxtil, além de automóveis para o transporte de 10 pessoas ou mais (exceto trólebus). O relator e líder do PMDB, Leonardo Picciani (PMDB-RJ), ampliou ainda a lista de excepcionalidades para as empresas auxiliares ao transporte aéreo de carga e de passageiros.

A previsão original de Picciani era apenas conferir o benefício à comunicação social, transportes, call centers e itens da cesta básica. Houve ainda outra novidade no relatório do peemedebista: os itens alimentícios que compõem a cesta básica, que antes teriam uma majoração parcial nos tributos, não serão mais atingidos pelo projeto, segundo Picciani

Ele incluiu ainda mudanças na tributação de bebidas produzidas na zona franca de Manaus.

 

Batalha da mandioca

 

Depois de tentar obstruir a sessão, que só começou depois das 22h, a oposição fez duras críticas ao projeto e à presidente Dilma Rousseff. "Não é justo e não é correto o que o governo e o que este projeto está fazendo com o Brasil. É um grande equívoco num momento de crise. Este projeto, como está, você está escolhendo quem vai morrer e quem vai ficar vivo", disse o líder em exercício do PSDB, Nilson Leitão (MT).

"A mandioca é o que ela está colocando nos brasileiros. É uma irresponsabilidade sem tamanho. Deve ser para isso que ela quer a mandioca. A incompetência desta mulher vai falir o País", disse Leitão, ironizando declaração feita por Dilma no início desta semana, quando a petista fez uma "saudação à mandioca".

Líder do governo, o deputado José Guimarães (PT-CE) pediu que as declarações de Leitão fossem retiradas dos anais. "Respeite a instituição, respeite a mulher que é a presidente do Brasil e não use esse tipo de palavra na Câmara dos Deputados", afirmou.

Após a resposta de Guimarães, os deputados Décio Lima (PT-SC) e Leitão se desentenderam e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), pediu intervenção da Polícia Legislativa no tumulto.

A fala de Leitão gerou reação dos parlamentares. "Dilma foi eleita. Quem não aceitar isso vá chorar, se encolhe, vá torcer o próprio cabelo, mas não me venha desrespeitar a presidente eleita", reagiu a líder do PC do B, Jandira Feghali (RJ).

Depois da confusão, Leitão tentou minimizar a polêmica e disse que "jamais ofenderia uma mulher". "O meu respeito (a mulher) continua igual, agora meu desrespeito a gestão da presidente Dilma continua cada vez maior", disse. "No meu discurso na tribuna usei aquilo que achei que era conveniente no momento".

Agencias

Posted On Quinta, 25 Junho 2015 06:26 Escrito por

Os parlamentares prestaram depoimentos nos inquéritos derivados Lava Jato abertos no STF

Deputados e senadores investigados na Operação Lava Jato tiveram que explicar à Polícia Federal sua decisão de guardar dinheiro em casa e atribuíram a evolução de seus patrimônios à ajuda de filhos e economias do salário que recebem da Câmara.

Os parlamentares prestaram depoimentos nos inquéritos derivados Lava Jato abertos no STF (Supremo Tribunal Federal), que estão sob relatoria do ministro Teori Zavascki.

O deputado federal Missionário José Olímpio (PP-SP), 59, estimou que consegue economizar metade do seu salário da Câmara, hoje em R$ 33 mil brutos. Ele obteve tanto sucesso nessa tarefa que declarou, nas eleições de 2014, possuir R$ 330 mil em espécie em sua própria residência. Ele disse que o valor é "oriundo de seus ganhos como deputado federal".

O dinheiro representava um terço de todo o patrimônio declarado pelo deputado em 2014. Caso tivesse aplicado o dinheiro na poupança, teria recebido R$ 21 mil só em 2014. Missionário disse que "prefere manter este dinheiro consigo". Ele disse que recebe outros R$ 3 mil mensais como pensão vitalícia referente ao mandato de vereador em Itu (SP).

O senador Romero Jucá (PMDB-RR), 61, também teve que explicar à PF sua decisão de manter R$ 545 mil "em seu poder", conforme declaração entregue à Justiça Eleitoral em 2010. O dinheiro guardado em casa representou cerca de 89% do total do patrimônio declarado pelo senador naquele ano. Só em 2010 o senador deixou de ganhar R$ 37 mil com sua decisão de guardar notas em casa.

Jucá respondeu que "tais recursos são decorrentes do patrimônio adquirido ao longo dos anos e se encontram devidamente declarados junto à Receita". Disse também que o valor decorre "de seu salário e também de bens vendidos ao longo dos anos". Ao explicar por que mantinha os valores em espécie, o senador falou da "necessidade de ter um dinheiro disponível e também em função das disputas políticas existentes em seu Estado" -o depoimento não esclarece qual a relação entre os dois fatos.

Jucá disse que "eventualmente recebe doações em dinheiro procedentes" de seus filhos, "ambos empresários". Segundo ele, "tais doações, quando realizadas, são devidamente informadas à Receita Federal".

O senador Ciro Nogueira (PP-PI), 47, declarou em 2010 que mantinha R$ 210 mil em espécie e que o dinheiro "decorre de suas economias pessoais, oriundo de seu subsídio como parlamentar e também da participação nos ganhos das sociedades" que integra. Indagado sobre o motivo pelo qual guardava o dinheiro, deixando de obter ganhos no sistema financeiro, o senador disse que "possui diversas residências e sempre mantém dinheiro em espécie nas mesmas".

Segundo a PF relatou durante o depoimento do senador Gladson Cameli (PP-AC), 37, o parlamentar teve "um incremento patrimonial em mais de cinco vezes", na comparação entre as declarações de bens prestadas à Justiça Eleitoral nos anos de 2006 e 2010. Cameli declarou, em 2010, um patrimônio de R$ 581 mil.

Cameli disse que o crescimento patrimonial "se deu basicamente em decorrência da aquisição de veículos e de seu salário como parlamentar".

Outro político que mencionou a ajuda financeira dos filhos foi o ex-deputado federal João Pizzolatti (PP-SC), 54, atual secretário estadual no governo de Roraima. Ele contou que "recebe uma ajuda de um filho", de 30 anos de idade, além de obter "algum rendimento proveniente da venda de gado e do produto de reflorestamento". Em 2010, Pizzolatti declarou patrimônio de R$ 1 milhão. Seu filho, que na época tinha 25 anos de idade e também foi candidato a deputado, declarou possuir R$ 2 milhões, incluindo uma empresa de cosméticos e outra de vigilância.

A PF quis saber quais as atividades econômicas do filho de Pizzolatti. O ex-deputado respondeu que ele é formado em propaganda e marketing e possui uma empresa em Manaus e um posto de gasolina. Pizzolatti contou que sua filha "morou um ano em Lugano, na Suíça", com estudos custeados por ele e pelo filho. Porém, disse não se recordar de como eram feitos os pagamentos "para a manutenção da sua filha na Suíça", pois "quem operacionalizava isso era" sua ex-esposa.

O deputado Waldir Maranhão (PP-MA), 59, foi indagado pela PF sobre a evolução do seu patrimônio, que passou de R$ 240 mil, em 2006, para R$ 813 mil em 2014. O deputado disse que a evolução está "devidamente justificada" na declaração anual de imposto de renda à Receita Federal e que recebe, quando "ocorre alguma eventualidade", "apoio financeiro de seu filho, que é médico, e de sua esposa", professora da rede pública estadual de ensino no Maranhão.

Embora houvesse declarado um patrimônio de R$ 776 mil nas eleições de 2010, o deputado fez doações no valor total de R$ 557 mil à sua própria campanha eleitoral no mesmo ano (ele gastou ao todo R$ 821 mil no pleito). Indagado sobre isso, o deputado declarou que "não sabe precisar a origem" dos R$ 557 mil. Afirmou que sua campanha foi alvo de investigação no TRE (Tribunal Regional Eleitoral), mas o caso foi arquivado porque "não foram identificados nenhuma irregularidade ou crime", conforme constaria em acórdão no TRE.

Folhapress

Posted On Quinta, 25 Junho 2015 06:22 Escrito por

EDITORIAL

SAÚDE

 

Por: Edson Rodrigues

 

O Paralelo 13 vem acompanhando de perto o trabalho desenvolvido pela Defensoria Pública, pelo Ministério Público, Poder Legislativo, pelas entidades que representam os profissionais da Saúde, do Governo e, especialmente da Secretaria da Saúde, na pessoa do Secretário Samuel Bonilha e de sua equipe, nos esforços para colocar em ordem o principal componente do sistema de Saúde do Estado, que é o Hospital Geral de Palmas.

Olhando no retrovisor da vida, lembro-me do saudoso Dr. Gismar Gomes, ex-secretário da Saúde, que fez o que pôde – e, ao que parece, o que não pôde, na opinião dos mais poderosos – para oxigenar o setor, mas sofreu claro boicote por parte de pessoas que exerciam algum tipo de influência no HGP, que não ficam bem, se as coisas estão bem, naquela unidade de saúde.

AS VÍTIMAS DO “VÍRUS”

Assim como Dr. Gismar sofreu boicotes, outros também tiveram o mesmo tratamento, independentemente de quem quer que fosse o Governador.

Foi assim desde o Dr. Raimundo Boi, passando por  Arnaldo Nunes, Gastão Neder (interino), Nicolau Carvalho Esteves, Luiz Fernando Freesz, Vanda Gonçalves Paiva, Luiz Antônio da Silva Ferreira, Marcio Carvalho da Silva Correia e, agora, vem sendo com o atual secretário Samuel Bonilha. Esse mesmo grupelho percebeu que Bonilha estava conseguindo desatar os nós da unidade de saúde e tratou de sabotar as ações bem-intencionadas de todas as formas, para que a situação de caos e desgoverno perdure no HGP.

Todos os secretários e suas respectivas equipes tiveram sua importante parcela de contribuição para a Saúde do Tocantins, mas, aos olhos do povo, o que salta são as mazelas causadas pelo “vírus”, inoculado nas veias do HGP por uma minoria formada por 10, 12 pessoas.

AUTONOMIA MAIS QUE NECESSÁRIA

Pelo histórico, os únicos caminhos para que se possa fugir desse “grupo do mal”, seriam uma maior autonomia para o secretário Samuel Bonilha, para que ele possa nomear, escolher e colocar para trabalhar sob sua batuta, pessoas capazes, especializadas em Saúde e com o compromisso de atuar como o setor exige, com rapidez, apartidarismo e comprometimento com a Saúde Pública.  Ou isso ou um modelo exemplar de terceirização da saúde no HGP. Modelo este que poderia ser inspirado no mesmo adotado pelo Governo de Marconi Perillo, chancelado pelo Ministro da Saúde, e que despertou interesse dos governos de Alagoas, Bahia e Paraná, que já visitaram com comitivas da área da saúde para replicar em seus estados.

Esta forma de terceirização é uma forma que está dando certo. Ela é transparente, tem o acompanhamento dos Ministérios Público Federal, Estadual, da Defensoria Pública e do Ministério da Saúde. Existe uma auditoria mensal que faz com que se economize de 28 a 32% dos gastos, gerando um salto de eficiência na casa dos 88%. Não há, até agora, nenhum outro modelo de gestão tão eficaz quanto esse em nenhum outro estado brasileiro.

 

COMO O HGP SE TORNOU UM PROBLEMA CRÔNICO DE SAÚDE

 

O HGP representa o coração e o cérebro da Saúde Pública tocantinense. Quando um dos dois órgãos vai mal – ou os dois, em alguns casos – compromete todo o resto do corpo.

E, desde há muito, o coração e o cérebro da saúde do Estado não vão bem. E por quê?

Como já falamos e mencionamos, existe no HGP um “vírus” de sete cabeças, que não tem sintomas, não deixa rastros, mas produz efeitos colaterais que afetam diretamente o DNA da boa administração e destroem qualquer pessoa que esteja sentada na cadeira de Secretário da Saúde, que se disponha a fazer um diagnóstico para tentar resolver o problema da saúde do HGP.

Por isso, apelidamos esse vírus de “puxador de cadeiras”.

Foi assim com todos os secretários da saúde que passaram nos últimos 12 anos, quando o vírus se instalou no HGP.

E esse “mal” vem ganhando força, na medida que dezenas de ambulâncias chegam, todos os dias, com pacientes vindos dos demais 138 municípios tocantinenses, além das ambulâncias e aviões do sul do Pará e do Maranhão, transportando pacientes para serem atendidos pela saúde tocantinense.

 

Os nossos municípios estão falidos, sem recursos, à exceção de Palmas, que já deveria ter um hospital municipal bem equipado material e humanamente, já que o município recebe milhões por mês, repassados pelo Ministério da Saúde.

Enquanto isso, o “vírus” de sete cabeças segue triturando os secretários estaduais da Saúde que demonstraram, realmente, vontade de resolver os problemas do HGP.

 

Diante do exposto, nós do Jornal O Paralelo 13 temos o nosso ponto de vista.

 

PONTO DE VISTA

Alguém sabe a quantidade de esforços que já foram desprendidos, de Janeiro de 2015 até hoje, pelo governo de Marcelo Miranda e pelo Secretário da Saúde Samuel Bonilha?  Com certeza já foram muitos e significativos nesse pouco tempo de gestão.

Mas nenhum esforço será suficiente, se não vencer o “vírus” de sete cabeças que reside no HGP, presente em todas as repartições da instituição. Nenhum governo, nenhum secretário, nenhum diretor, terá forças para por o HGP em sua plenitude de funcionalidade enquanto esse “vírus” não for debelado. O único caminho para resolver o problema da saúde é curar o coração e o cérebro da Saúde tocantinense, dando autonomia para a contratação de pessoas que conheçam e convivam com a realidade da Saúde Pública e que sejam colocadas nos cargos-chave para que a engrenagem funcione sem solavancos.  Com autonomia para dizer o que comprar e quando comprar, sem o retardamento causado pela burocracia, para que os materiais que faltam possam ser repostos sem demora.

 

A última saída seria a terceirização do HGP com o aval do Ministério da Saúde e do governo do Estado.  A intenção, com esse passo, é dar autonomia para o secretário da Saúde indicar os diretores dos demais Hospitais Públicos Regionais, sem interferências político-partidárias.  Afinal, a Saúde não poder ser contaminada por estas politiquinhas. Saúde é vida, é a maior riqueza que o ser humano possui.

O governador Marcelo Miranda, neste momento de muitas turbulências, tem que tomar decisões enérgicas e acertadas e não ceder ao “vírus” de sete cabeças e acabar “desenganando” mais um secretário, e entregar aos nossos competentes Ministérios Públicos Federal e Estadual, e à nossa competente Defensoria Pública, o poder para diagnosticar e prescrever o “remédio” eficaz para esse “vírus”.

A seguir, como “curandeiros” ou “benzedeiros” tradicionais, sugerimos uma reflexão sobre esse “vírus” de sete cabeças.

AO GOVERNO DO ESTADO

Acabamos de tomar conhecimento do corte de 100 milhões de reais da pasta da Saúde, imposto pela Secretaria de Planejamento, alegando queda na arrecadação estadual e queda no repasse do Governo Federal.

Sugerimos, pois, que se façam esses cortes nas viagens internacionais, na demissão dos muitos “gafanhotos” que corroem a folha de pagamento do Estado, que se cortem cargos comissionados, gastos com o serviço aéreo, que vem consumindo milhões por ano, com o aluguel de carros e outras “firulas”.

A única coisa que não se pode fazer é cortar recursos da Saúde e da Educação, que são recursos que são recursos carimbados, assegurados por nossa Constituição Brasileira.

A interferência política na indicação de diretores das unidades hospitalares pode, sem medo de errar, ser chamada de “câncer”. A partir dessa atitude, fica fácil dizer que o culpado é o secretário da Saúde.  Ora?  Como gerir uma pasta sem pessoas da confiança plena do gestor e com capacidade técnica para os cargos principais?

Nesse caso, como já dissemos, o que falta é autonomia e, não, capacidade para resolver. Se não lhe for dada essa autonomia, Samuel Bonilha será apenas mais um secretário letalmente infectado pelo famigerado “vírus”.

Quem viver verá.

 

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

O que nos levou a escrever este artigo em O Paralelo 13 foi o diagnóstico detectado e nos revelado por especialistas, de que o “vírus” já está agindo contra a gestão de Samuel Bonilha  e que há uma previsão de que o secretário será “desenganado” até o fim de março, sem possibilidade de cura.

Como dirigente de um veículo de comunicação que circula há 28 anos, com o mesmo endereço, com a mesma linha editorial, com o mesmo objetivo de veicular matérias jornalísticas de interesse público para a comunidade tocantinense, especialmente a de Porto Nacional, e sempre com respeito às instituições e seus dirigentes, mas fazendo valer a liberdade de expressão assegurada pela nossa Constituição, destemido e comprometido em combater a corrupção e a injustiça, tomamos a iniciativa de divulgar esse diagnóstico também em nossa próxima edição impressa, de uma forma mais completa e com mais detalhes.

Quem viver, verá!

 

HGP realiza quase mil cirurgias em apenas um mês

O maior hospital público do Estado, o Hospital Geral de Palmas (HGP), realizou, somente no mês de maio deste ano, 919 cirurgias das mais variadas especialidades, sendo 197 de alta complexidade, o que representa um crescimento de mais de 25% em relação a maio de 2014 quando foram realizadas 858 cirurgias.

Segundo dados da Estatística do Hospital, o crescimento no número de procedimentos tem sido registrado em todos os meses de 2015: em janeiro foram realizadas 677 cirurgias, em fevereiro 754, em março 775 e no mês de abril 826. Somente na área da ortopedia, especialidade que tem demanda crescente, foram realizadas, no mês de maio, 319 cirurgias, enquanto que em maio do ano passado foram 310 procedimentos realizados.

Conforme a diretora geral do HGP, Renata Duran, os números positivos motivam o trabalho de toda equipe, que faz o melhor para atender à população: “temos uma equipe de mais de 2.500 servidores, que têm total dedicação ao atendimento à comunidade, seja no atendimento na recepção, com uma informação a dar, ou dentro do centro cirúrgico, na realização de intervenções de alta complexidade", destacou.

Para chefe do centro cirúrgico, Itágores Hoffman I, os resultados são uma soma de fatores. "Todo este trabalho resulta das ações feitas pela gestão do hospital, que otimiza nosso trabalho, e principalmente à dedicação das equipes de enfermagem, médicos e de toda equipe cirúrgica", enfatizou.

 

O lavrador Valdemar Bezerra de Souza, se regozija por ser um dos 919 pacientes que passaram por cirurgias no HGP no mês de maio. “Não tenho o que reclamar. A forma como me atenderam foi muito boa, a equipe toda me tratou muito bem, em todos os setores que já passei, desde o centro cirúrgico até a UTI e na internação”.

 

Após o segundo ataque de tontura seguido de desmaio prolongado, o lavrador foi atendido no HGP e foi diagnosticado com um tumor na cabeça. “Na verdade, eu nem sabia o que tinha e, graças a Deus e à equipe HGP, já estou me recuperando. Foram mais de seis horas no centro cirúrgico e daqui uns dias posso voltar para casa e tocar minha vida” contou.

 

Valdemar também fez no HGP uma cirurgia para corrigir um desvio de septo, e está tendo acompanhamento odontológico na unidade. “Nos quatro dias que passei na UTI após a cirurgia, senti dores nos dentes e extraíram alguns. Hoje mesmo conversei com as técnicas e os dentistas virão me avaliar. Pelo jeito, vou sair daqui renovado”, disse, contente.

No mesmo quarto que Valdemar, o agricultor, Antônio Pinheiro Botelho, de Cariri do Tocantins, se recupera de uma cirurgia neurológica e se diz satisfeito com o tratamento: “agora entendi porque a gente espera para realizar uma cirurgia aqui. É porque o hospital é excelente e todo mundo vem para cá. Esperei, mas valeu à pena. Fiz minha cirurgia e, agora, é só me recuperar e voltar para casa”, disse.

 

Pronto Socorro é referência

O Hospital Geral de Palmas conta com leitos de internação e o pronto socorro da unidade é referência para atendimentos de urgência e emergência não só para Palmas, como também para todo o Tocantins e estados vizinhos, com uma média de 3.500 atendimentos por mês.

A unidade oferece atendimentos nas especialidades de Psiquiatria, Cardiologia, Clínica Cirúrgica, Clínica Médica, Dermatologia, Odontologia, Endocrinologia, Endoscopia, Ginecologia, Hematologia, Infectologia, Nefrologia, Neurocirurgia, Neurologia, Clínica Geral, Oftalmologia, Mastologia, Ortopedia, Otorrinolaringologia, Cirurgia plástica, Pneumologia, Ultrassonografia, Radiologia, Tomografia, Urologia, Cirurgia Vascular, Nutrição, Anestesia, Reumatologia e Oncologia. 

 

Posted On Segunda, 22 Junho 2015 11:29 Escrito por
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