Foram ouvidas 1.000 pessoas entre os dias 30 de setembro e 1º de outubro; margem de erro é de 3 pontos percentuais, para mais ou para menos
Por Jean Araújo
A pesquisa Real Time Big Data/Record divulgada neste sábado (5) mostra a deputada estadual Janad Valcari (PL) com 52% das intenções de voto na disputa pela Prefeitura de Palmas, no Tocantins.
Na sequência, Eduardo Siqueira Campos (Podemos) aparece com 22%; Professor Junior Geo (PSDB) tem 16%, e Lúcia Viana, 1%.
A pesquisa realizou 1.000 entrevistas com cidadãos de Palmas entre os dias 30 de setembro e 1º de outubro. A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos e o nível de confiança é de 95%.
O levantamento foi registrado na Justiça Eleitoral sob o protocolo TO-03767/2024.
Confira o cenário:
Janad Valcari (PL): 52%
Eduardo Siqueira Campos (Podemos): 22%
Professor Junior Geo (PSDB): 16%
Lúcia Viana (Psol): 1%
Outros: 1%
Nulo/Branco: 5%
Não souberam/Não responderam: 4%
A CNN acompanha, em tempo real, a apuração dos votos em todas as cidades do Brasil neste domingo (6).
Da Assessoria
É inadmissível que o exercício da política tenha se tornado palco para manifestações de violência, constrangimentos e ameaças por parte de políticos alinhados ao neofascismo destes nossos tempos em ipueiras. São cada vez mais rotineiros o registro de atos que confrontam o livre exercício da democracia, no qual o debate livre de ideias é substituído por práticas agressivas e constrangedoras vindas daqueles que não têm propostas alinhadas aos anseios da população, mas posturas que defendem atitudes discricionárias e autoritárias.
As ameaças contra a candidata a prefeita o vice e demais apoiadores demonstram o desespero dos adversários . O boletim de ocorrência sobre mais esse lamentável episódio foi registrado na polícia e vamos acompanhar e cobrar a punição aos autores de mais esse ato de violência política.
Reafirmamos que nenhum de nossos representantes vai se intimidar diante de atitudes antidemocráticas, violentas e constrangedoras de qualquer natureza.
Tanto em ipueiras como nos demais distritos, os nossos candidatos, com sua militância, vai travar o bom combate das próximas eleições municipais com base na saudável disputa de ideias e apresentação das melhores propostas para a população, sempre com base nos princípios democráticos e constitucionais.
Hélio Carvalho
ex prefeito de ipueiras
Governador consolida base em Goiás e alimenta o projeto de tentar a Presidência, em 2026, com apoio de parte do bolsonarismo
Por Júlia Portela
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), segue investindo suas cartas em uma possível campanha à Presidência em 2026. Com um olho no futuro e outro nas eleições deste ano, ele vem fazendo campanha por todo o país para candidatos de direita e pavimentando o caminho como pré-candidato ao Palácio do Planalto. A expectativa é de que ele concorra com os governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos), Romeu Zema (Novo) e Ratinho Junior (PSD) na disputa para o campo da direita em 2026.
Em Goiânia, principal reduto de Caiado, a disputa escancara um desafio extra para o governador. Jair Bolsonaro apoia outro candidato à prefeitura da capital. Enquanto o governador apostou suas fichas em Sandro Mabel (União Brasil), o ex-presidente está ao lado de Fred Rodrigues (PL). Segundo a última pesquisa Quaest, de 17 de setembro, Mabel estava na liderança, empatado tecnicamente com Adriana Accorsi (PT).
Isso demonstra que, para chegar a ser a cara da direita em 2026, Caiado terá que enfrentar o desafio de angariar apoio no segmento. O governador, inclusive, fez um aceno recente a Bolsonaro, ao comparecer ao ato do Sete de Setembro na Avenida Paulista. A manifestação teve como principal alvo o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, e a presença de Caiado é um indicativo de que pautas caras à direita estão na agenda do governador.
Entrevero
Desde bem antes da campanha, Caiado é alvo de críticas de Bolsonaro, com quem teve um entrevero, em 2020, pela implementação de lockdown durante a pandemia. Ortopedista, Caiado não afrouxou as regras de distanciamento social.
"Fui contra governadores que falavam: fiquem em casa, a economia a gente vê depois. Governador covarde! O vírus ia pegar todo mundo, não tinha como fugir", criticou Bolsonaro, em um comício, sem citar Caiado.
O governador, entretanto, tem uma base sólida em Goiás. Oitenta e seis por cento da população aprovam sua gestão, de acordo com pesquisa Genial/Quaest divulgada em julho. Além disso, 38% dos eleitores goianienses afirmam votar em um candidato apoiado pelo governador, mesmo sem conhecê-lo. Já Bolsonaro só consegue transferir 29% dos votos e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, apenas 15%.
Esse apoio, no entanto, não se traduziu em intenção de voto em outro importante reduto de Caiado: Anápolis. No município, o candidato do governador está atrás nas pesquisas. Segundo a sondagem mais recente do Instituto Real Time Big Data, o candidato de Bolsonaro, Marcio Correa (PL), lidera em todos os cenários. Erizania Freitas (União Brasil), apoiada por Caiado, está em terceiro lugar, a 21 pontos de distância do segundo colocado, Antônio Gomide (PT).
Em Aparecida de Goiânia, outra cidade importante para Caiado, seu candidato, Leandro Vilela (MDB), tem 40% das intenções de voto, segundo o mais recente levantamento do instituto Paraná Pesquisas. Mas está empatado tecnicamente, dentro da margem de erro — de 3,7 pontos percentuais — com Professor Alcides (PL), apoiado por Bolsonaro, com 38,2%.
Divisão da direita é problema
Na ditadura militar, circulava entre os intelectuais um mote que sintetizava a histórica divergência entre os esquerdistas: "A esquerda só se une na cadeia", diziam os militantes, numa mistura de conformismo e constatação. Era essa incapacidade de se unir em nome de um objetivo maior que, segundo os integrantes da corrente ideológica, impedia a esquerda de chegar ao poder. O problema, porém, parece ter se transferido para a direita, fragmentando-a e causando danos, sobretudo, ao bolsonarismo.
"O que sair do resultado do primeiro e do segundo turno (das eleições municipais) vai ser um novo mapa político. É o bolsonarismo tentando se reposicionar. Só o fato de o Bolsonaro estar inelegível já complica", aponta o cientista político André César, para quem Tarcísio e Ratinho Júnior são os nomes mais consistentes no espectro da direita para 2026.
O pesquisador Robson Carvalho, do Instituto de Ciência Política da Universidade de Brasília, destaca que, apesar de ainda ser um ativo importante, Bolsonaro vem sendo, aos poucos, ultrapassado por setores da política. "Há uma tentativa de desintoxicar a direita da extrema direita. Uma tentativa de se descolar, sem perder os votos dos extremistas", observa.
Carvalho, porém, tem dúvidas sobre a capacidade de Caiado tornar-se competitivo para a Presidência. "Precisa tornar-se viável eleitoralmente. Quantas vezes ele percorreu o Brasil para se apresentar como possível candidato? Ele é conhecido o bastante? Há capilaridade do União Brasil, pelo país, como partido estruturado? Ele pertence a um colégio eleitoral muito pequeno, que é Goiás. Por mais que articule e consiga apoio do partido, creio que não há viabilidade em uma candidatura à Presidência", frisa.
Por Edson Rodrigues
Nesta última noite, os candidatos a prefeito de Palmas, Eduardo Siqueira e Júnior Geo, participaram do debate transmitido pela TV Anhanguera, um momento de grande expectativa para o eleitorado, ansioso por respostas e propostas. No entanto, quem mais se destacou no debate foi justamente quem não compareceu: Janad Vacari, cuja ausência se tornou tão marcante que os próprios adversários pareciam girar em torno de suas críticas e da tentativa de se diferenciarem dela.
Eduardo Siqueira e Júnior Geo tiveram uma oportunidade ímpar de falar diretamente com milhares de eleitores, mas o que se viu foi uma troca constante de acusações e uma série de embates que mais afastaram do que aproximaram os eleitores de suas propostas. Júnior Geo não perdeu a chance de acusar Eduardo Siqueira, trazendo à tona questões delicadas como o rombo no Igeprev e as investigações da Polícia Federal que envolvem seu adversário. Eduardo, por sua vez, reagiu com contra-ataques e críticas diretas a Júnior Geo, tornando o debate em um verdadeiro campo de batalha verbal, com "cutucadas" e "beliscões" para todos os lados.
Eduardo Siqueira e Júnior Geo
Enquanto isso, Janad Vacari, mesmo sem estar presente, conseguiu dominar o debate, quase como uma sombra pairando sobre os dois candidatos presentes. Seu nome era citado, suas posições eram questionadas e, sem precisar se defender, conseguiu se posicionar de forma estratégica, preservando sua imagem perante os eleitores.
Os dois candidatos, ao invés de focarem em seus projetos para a cidade, pareciam mais preocupados em diminuir um ao outro. A ausência de Janad, ao final, pode ter sido uma jogada inteligente, deixando seus adversários se digladiarem enquanto ela mantém uma postura de aparente superioridade.
Agora, a expectativa está voltada para os resultados da pesquisa FIETO, que sairá hoje. Será interessante ver como a degradação dessa última noite impactará a escolha dos eleitores nas urnas neste próximo domingo, dia 6 de outubro.Como nossos pais sempre nos advertiam, "ainda vamos ver coisas inacreditáveis" no mundo da política. E de fato, essa campanha está repleta de surpresas, rivalidades e estratégias inesperadas. Resta aos eleitores decidirem, com a serenidade possível, quem está mais apto a conduzir Palmas.
À medida que nos aproximamos do dia 6 de outubro, quando os eleitores tocantinenses irão às urnas para decidir o futuro dos 139 municípios do estado, o papel dos institutos de pesquisa de intenção de votos ganha uma relevância ainda maior. Afinal, quais desses institutos são realmente sérios e dignos da confiança da população? Os resultados das urnas não apenas definirão o destino dos candidatos, mas também determinarão a credibilidade dos dados que foram divulgados nos últimos dias de campanha
Por: Edson Rodrigues
A comparação dos resultados das urnas com as pesquisas de intenção de votos é uma prática comum, mas extremamente importante para medir a eficácia e a seriedade dos institutos. Em Palmas, desde as primeiras eleições municipais, o observatório político do portal "O Paralelo 13" tem acompanhado de perto cada pleito, registrando os fatos e realizando coberturas jornalísticas. Desta vez, o desafio é maior: confrontar os resultados das urnas com os dados fornecidos pelos diversos institutos de pesquisa nesta semana que antecede as eleições.
Alguns institutos apontam para uma vitória da candidata Janad Vacaria já no primeiro turno, afirmando que não haverá necessidade de um segundo turno. Outros, no entanto, são categóricos ao afirmar que a disputa será acirrada, tornando inevitável um segundo turno em Palmas. Essas divergências de opinião mostram que o eleitor deve estar atento, pois não é apenas a escolha dos representantes municipais que está em jogo, mas também a confiança nas instituições que tentam prever o comportamento eleitoral.
Nas últimas semanas, o Tocantins viu a chegada de institutos de pesquisa de outras regiões do Brasil, como Bahia, São Paulo, Minas Gerais e Goiás, que têm apresentado resultados distintos dos institutos locais. Isso levanta questões sobre a metodologia utilizada e até mesmo sobre a legitimidade desses novos atores no cenário eleitoral tocantinense, alguns dos quais não têm sequer um ano de registro como empresa. Além disso, a presença de institutos com resultados duvidosos, aqueles que, de acordo com as críticas populares, fornecem resultados favoráveis a quem paga mais, coloca ainda mais pressão sobre a seriedade do processo.
Será no próximo dia 6 de outubro que veremos quais institutos de pesquisa realmente acertaram, com metodologias sérias e precisas, e quais estavam apenas apresentando resultados convenientes. Não há justificativa para grandes discrepâncias entre as pesquisas realizadas a poucos dias do pleito e os resultados oficiais. Afinal, o número de indecisos tende a diminuir consideravelmente nessa fase final da campanha.
À medida que os votos forem contados e os resultados divulgados, o Tocantins terá uma resposta não apenas sobre os prefeitos e vereadores que irão liderar seus municípios, mas também sobre quais institutos de pesquisa são dignos de confiança. Será um momento de revelação: um verdadeiro teste de credibilidade para os institutos, que devem, ao fim, refletir a voz do povo.
Boa sorte a todos e todas que disputam um mandato eletivo. Que as urnas façam justiça, não apenas aos candidatos, mas também à verdade dos fatos.