Deputados Hugo Motta, Antonio Brito e Elmar Nascimento confirmam candidaturas
Com Assessoria
A pouco mais de três meses da eleição para a nova Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, que irá comandar a Casa no biênio 2025/2026, três nomes já surgiram na disputa à Presidência da Câmara.
Nesta terça-feira (29) o presidente Arthur Lira (PP-AL) anunciou o seu apoio ao deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), que será candidato pelos partidos que compõem o bloco MDB-PSD-Republicanos-Podemos, do qual é vice-líder. Ao todo, 147 deputados integram o grupo.
Republicanos lança deputado Hugo Motta à presidência da Câmara, com o apoio de Lira
Poucas horas depois, dois outros deputados: Antonio Brito (PSD-BA) e Elmar Nascimento (União-BA), também confirmaram suas candidaturas à Presidência da Câmara.
Brito disse que busca o consenso na Casa. "Vocês me conhecem: eu dialogo com a esquerda, com a direita e com o centro. O consenso não é buscado entre os desiguais, mas buscar pautas comuns a todos que a gente possa defender e colocar em votação na Casa, com previsibilidade, e isso eu vou fazer", disse.
Antonio Brito confirma candidatura à presidência da Câmara
Já Elmar afirmou que sua candidatura "se firma na renovação e no fortalecimento da democracia, valorizando a diversidade de pensamentos". Segundo ele, seu objetivo é "permitir que surjam as melhores decisões para o País, assegurando a participação efetiva dos 513 deputados desta Casa”, afirmou.
Elmar Nascimento confirma candidatura e defende renovação da Câmara
A eleição da nova Mesa será no início de fevereiro, em data a ser confirmada. Estarão em disputa sete cargos: presidente, 1º vice-presidente, 2º vice-presidente, 1º secretário, 2º secretário, 3º secretário e 4º secretário (veja as funções de cada um no quadro abaixo).
Fonte: Agência Câmara de Notícias
Da Assessoria
Com o fim do processo eleitoral e, portanto, os prefeitos dos 139 municípios do Estado definidos, o governador Wanderlei Barbosa parabeniza os eleitos no pleito de 2024 e afirma que as portas do Palácio Araguaia estão abertas para todos os escolhidos pelo povo.
“As eleições encerraram nesse domingo, 27, com a definição da nossa capital, que pela primeira vez na história passou por um segundo turno. Por isso, gostaria de parabenizar todos os prefeitos, vice-prefeitos e vereadores eleitos e dizer que as portas do Palácio Araguaia estão abertas para todos eles, sem distinção de cor partidária. Continuaremos fazendo uma gestão republicana, respeitando o resultado das urnas e a vontade popular e buscando o melhor para os tocantinenses. Continuaremos governando para todos”, declara Wanderlei Barbosa.
O Governador fez um balanço positivo do pleito em 2024 em relação às eleições anteriores e parabenizou a Justiça Eleitoral. “O que vimos nesta eleição foi um arrefecimento dos ânimos em relação a outras eleições municipais, que são sempre calorosas pela proximidade de votantes e votados. A Justiça Eleitoral agiu rápido em todos os casos, no sentido de coibir crimes eleitorais e, mesmo quando as forças policiais precisaram ser acionadas, responderam prontamente. A velocidade da apuração em todas as cidades do Estado foi mantida e o Tocantins foi um dos primeiros estados do Brasil a conseguir apurar 100% das urnas, tanto no primeiro quanto no segundo turno, demonstrando a expertise dos servidores e a maturidade da nossa democracia”, ressalta o governador.
Ex-presidente Bolsonaro concorda com ação do presidente da Câmara e acredita que texto deve ser votado ainda este ano
Por Rute Moraes
Após criar uma comissão para analisar o projeto de lei que livra os presos pelos atos extremistas de 8 de janeiro, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), frustrou parte da oposição na Casa. Inicialmente, a previsão era de que a proposta fosse aprovada pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Casa ontem, ou seja, o texto avançaria.
Lira, contudo, após uma conversa com o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, e com o ex-presidente Jair Bolsonaro, criou a comissão. Com o ato, ele tira, automaticamente, o projeto do guarda-chuva da CCJ, presidida pela deputada oposicionista Caroline de Toni (PL-SC).
O colegiado será composto por 34 membros titulares e terá o mesmo número de suplentes. Agora, os líderes partidários devem iniciar a fase da indicação dos integrantes, para que a comissão seja instalada. Contudo, não há previsão para isso, já que não tem determinação de prazo para essa etapa.
Segundo o despacho de Lira, a complexidade do projeto requer que ele seja analisado por pelo menos outras seis comissões além da CCJ. O regimento interno da Casa, no entanto, define que quando uma proposta precisa ser votada em mais de quatro comissões deve ser criada uma comissão especial. Com isso, a votação do projeto deve demorar bem mais do que o que estava previsto, já que a comissão tem o prazo de até 40 sessões do Plenário para apresentar parecer.
Apesar de uma ala da oposição não ter gostado da ação de Lira, Bolsonaro disse concordar com a criação do colegiado. O ex-presidente esteve no Senado ontem. Na ocasião, disse ter conversado, na segunda-feira, com Lira, com Caroline e com o relator do projeto da anistia, deputado federal Rodrigo Valadares (União-SE), sobre os próximos passos da proposição.
“Nos próximos dias, até mesmo amanhã, podemos ter uma alternativa para isso aí”, explicou Bolsonaro. “Imagine se aprovasse por 500 a zero na comissão se o dono da pauta do plenário é o nosso Arthur Lira. O Lira não está impondo nada para mim, e nem para ele. Uma das alternativas é a criação da comissão. O que o pessoal pretende ao criar a comissão? Trazer para cá os órfãos de pais vivos”, continuou Bolsonaro.
Apesar de alegar que “cada segundo para aquelas pessoas que estão presas injustamente é uma eternidade”, o ex-presidente considerou que a ação de Lira é o “melhor caminho” para “buscar alternativas”. “Acabando o trabalho da comissão, se conseguirmos cumprir os prazos, dá para votar esse ano ainda”, ressaltou.
A proposição é vista como uma “moeda de troca” na disputa pela presidência da Câmara. A oposição estaria usando o texto para deliberar apoios na sucessão da Casa. No entanto, interlocutores de Lira alegam que ele “resolveria” o projeto da anistia antes de finalizar seu mandato em 2024.
Além disso, uma anistia a Bolsonaro também poderia ser incluída no texto. O ex-presidente, contudo, negou pedir pelo retorno de sua elegibilidade e disse que os presos do 8 de janeiro são “prioridade”.
Entenda o projeto da anistia
Em 8 de janeiro de 2023, manifestantes invadiram as sedes dos Três Poderes e depredaram as instalações. Eles não concordavam com a eleição nem com a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O texto, que teve sete projetos como base, anistia “todos os que participaram de manifestações com motivação política e/ou eleitoral, ou as apoiaram, por quaisquer meios, inclusive contribuições, doações, apoio logístico ou prestação de serviços e publicações em mídias sociais e plataformas, entre o dia 08 de janeiro de 2023 e o dia de entrada em vigor desta lei”.
Conforme o projeto, o perdão alcança os “crimes com motivação política e/ou eleitoral”. A anistia abrange “quaisquer medidas de restrições de direitos, inclusive impostas por liminares, medidas cautelares, sentenças transitadas ou não em julgado que limitem a liberdade de expressão e manifestação de caráter político e/ou eleitoral, nos meios de comunicação social, plataformas e mídias sociais”.
O projeto ainda inclui no perdão todos que participaram de “eventos subsequentes ou eventos anteriores” ao 8 de janeiro, “desde que mantenham correlação com os eventos acima citados”.
O PL da Anistia gera discordância entre especialistas ouvidos pelo R7 quanto à constitucionalidade da matéria. Além disso, caso seja aprovado na Câmara, ele ainda precisará passar pelo Senado e pela sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Candidato do Republicanos à presidência da Câmara, Motta diz que quer 'unir' divergentes
Por Victor Ohana e Iander Porcella
Oficializado nesta terça-feira, 29, como candidato do Republicanos à presidência da Câmara, o deputado Hugo Motta (PB) pregou a "unidade" e disse que há "espírito público para unir os divergentes", ao comentar sobre a disputa com os adversários, os líderes do União Brasil, Elmar Nascimento (BA), e do PSD, Antonio Brito (BA).
A declaração ocorreu após uma reunião de integrantes do partido Republicanos na sede do diretório nacional, em Brasília, nesta terça-feira, 29.
"Respeitamos os demais postulantes ao cargo. Temos reforçado sempre a nossa disposição de construir a convergência porque acreditamos que é isso o que vai acontecer até o final deste processo", afirmou, ao ser questionado sobre a disputa com Elmar e Brito.
Motta continuou: "Isso porque há espírito público e disposição para poder unir os diferentes, para convergirmos em nome de um ambiente pacífico, para que a Câmara possa, acima de tudo, ter a maturidade para discutir os temas que são difíceis, em um Brasil radicalizado, como o que temos hoje."
Na sequência, Motta disse ainda que pretende fazer "campanha corpo a corpo", a partir do momento em que os deputados retornam das eleições municipais a Brasília.
"Esses contatos irão se intensificar com cada deputado e cada deputada", disse o parlamentar. "Vamos fazer uma campanha no corpo a corpo, ouvindo cada um, porque é dessa forma que nós construímos uma Câmara forte."
Na ocasião, Motta também disse que o presidente do Republicanos, Marcos Pereira (SP), é "fiador principal" da sua candidatura e afirmou que haverá uma responsabilidade de "imprimir a marca do Republicanos" na presidência da Câmara.
"Não conseguiríamos construir essa candidatura se não tivéssemos uma bancada forte, unida, que fala a mesma linguagem, e que está aqui dando mais uma demonstração de unidade", afirmou o deputado.
Antes do pronunciamento de Motta, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), havia anunciado formalmente o seu apoio à candidatura do líder do Republicanos para a sucessão na Mesa Diretora da Casa.
Na ocasião, Lira afirmou que Motta é o "candidato com maiores condições políticas de construir convergências no Parlamento" e afirmou que o líder do Republicanos "demonstrou capacidade de aliar pólos aparentemente antagônicos com diálogo, leveza e altivez".
Segundo a presidente nacional do PT, partido paga o preço por estar em um governo de coalizão
Por Ana Paula Ramos
A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, afirmou nesta segunda-feira (28) que o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, ofende o partido ao dizer que o PT continua na zona de rebaixamento com o resultado das eleições municipais.
Em suas redes sociais, a ministra alegou que o PT “paga o preço” nas urnas por estar em um governo de ampla coalizão.
“Pagamos o preço, como partido, de estar num governo de ampla coalizão. E estamos numa ofensiva da extrema direita. Ofender o partido, fazendo graça, e diminuir nosso esforço nacional não contribui para alterar essa correlação de forças”, escreveu Gleisi, no X.
“Padilha devia focar nas articulações políticas do governo, de sua responsabilidade, que ajudaram a chegar a esses resultados. Mais respeito com o partido que lutou por Lula Livre e Lula Presidente, quando poucos acreditavam”, acrescentou.
Mais cedo, em entrevista a jornalistas, Padilha defendeu uma “avaliação profunda” do PT após o resultado nas eleições municipais de 2024.
"Eleição na capital, elegeu cidades importantes nesse segundo turno, mas ainda tem um esforço de recuperação. E acho que o PT vai fazer uma avaliação sobre isso, certamente sobre esse resultado, certamente um partido com mais protagonismo sobretudo nas grandes cidades, nas médias cidades".
"O PT é o campeão nacional das eleições presidenciais, mas, na minha avaliação, não saiu ainda do Z4 que entrou em 2016 nas eleições municipais", falou, em referência à zona de rebaixamento na tabela esportiva do Campeonato Brasileiro.
Padilha chegou a dizer que "a grande vitoriosa” de 2024 foi a reeleição, com um índice de mais de 80% entre os que tentaram continuar no cargo. “Um verdadeiro tsunami de reeleição", afirmou o petista.
No total, nas eleições de 2024, foram 252 prefeituras conquistadas pela legenda do presidente Lula, mas apenas uma capital, Fortaleza (CE). No ranking de candidatos eleitos por partido no país, o PT ocupa o nono lugar, atrás de PSD, MDB, PP, União Brasil, PL, Republicanos, PSB e PSDB.
Considerando o número de eleitores de cada município, tem um desempenho melhor e passa para a sétima colocação, com 10,1 milhões de eleitores nas cidades em que vai comandar o Executivo municipal. Fica atrás de PSD, MDB, PL, União Brasil, PP e Republicanos.