Elogiados pelos avanços sociais e pelos projetos megalômanos, os governos do PT afundam dia após dia em credibilidade e corrupção
Por Edson Rodrigues
Os brasileiros não podem negar que o governo de Luis Inácio Lula da Silva deu um grande salto econômico ao deixar o país livre dos empréstimos do FMI, assim com o primeiro governo de Dilma Rousseff colocou o Brasil nos holofotes do crescimento social, com seus projetos como o Valle gás, o salário social e o Bolsa Família.
Os dois governos juntos significaram grandes avanços na mobilidade social, mas trouxeram consigo um grande mal que, hoje, acabou virando a marca registrada do PT: a necessidade de corromper para se manter no poder a todo custo.
De Lula à Dilma a corrupção esteve sempre presente e, notem bem, não se pode, ainda, afirmar que foram coniventes ou que participaram diretamente, mas Janot e Moro já chegaram á sala de visitas da casa de Lula.
E se o PT não tivesse, realmente, praticado corrupção ativa e passiva, não estaria gastando os tufos para pagar as maiores e melhores bancas de advocacia do País.
O resultado é que o Brasil passa, hoje, por uma das mais graves crises econômicas da sua história. Para usar o próprio jargão lulista, “nunca antes na história deste país”, inflação, desemprego, desvalorização da moeda e descrédito político fizeram o país descer tão rápido.
Rápido a ponto de “a nova classe média” criada pelo PT já estar sendo chamada de “classe teimosa”, aquela que perdeu todo o seu poder de compra, mas continua agindo como de nada tivesse acontecido e entrando em crediários e mais crediários.
Governadores e prefeitos, acostumados a freqüentar Brasília com o chapéu ou o pires na mão para levantar recursos, hoje venderam chapéus e pires, e pedem de mão vazias mesmo.
Esses foram o País e a forma de governar que o PT criou.
O “RISCO TOCANTINS”
Olhando para o Tocantins, vemos um estado que enfrentou uma paralisia e uma estagnação sem precedentes no ano que passou. a herança de dívidas astronômicas, os embates com diversas categorias de servidores pelo cumprimento de promessas feitas por governos anteriores (até do próprio atual governador, Marcelo Miranda), obras paralisadas, fornecedores sem receber e população descontentes, somaram-se a uma equipe de secretários em que a maioria dos seus membros preferiu o conforto e o ar condicionado de seus gabinetes e carros (oficiais) de luxo, à batalha do dia a dia, de sol a sol, nas ruas, em Brasília em busca de recursos e no corpo a corpo com os cidadãos.
A diminuição do FPM e do FPE somou-se à omissão dos secretários, á falta de planejamento administrativo e econômico, ao desrespeito á Lei de Responsabilidade Fiscal e os municípios se afundaram em situações quase insolúveis.
Essa situação em que o Tocantins e seus município principiam o ano de 2016 mostra que agora é o momento de agir, de mostrar que, diferentemente do governo federal, o governo do Tocantins é vítima e, não, algoz.
É hora do governador Marcelo Miranda formar um time de capazes, de cabeças pensantes mas, principalmente, de mangas arregaçadas para tirar o Tocantins desse estado de letargia.
Não se pode delegar á vice-governadora, por exemplo, a missão de discutir sobre segurança pública ou economia, como aconteceu recentemente.
Esses assuntos mais agudos, mais impactantes têm que estar sempre sob a batuta do governador, daquele que é mais experiente e mais tarimbado, preparado para identificar e evitar certas armadilhas impostas pelos oportunistas de plantão.
Logo, Marcelo Miranda precisa assumir de fato e de direito a caneta de governador, o comando da situação e não deixar que as provocações e predições contrárias ao seu governo ou à sua capacidade de governar ganhem corpo e virem objeto de aposta na boca de seus opositores, da turma do "quanto pior, melhor".
Marcelo tem que ter habilidade e inteligência na hora de definir sua nova equipe.
O Paralelo 13 é parceiro da sociedade, dos eleitores e também do governo do Estado quando a hora é de união e colaboração. Nunca nos calamos nem nunca nos calaremos quando o assunto for o bem do Tocantins e do seu povo.
Marcelo Miranda não pode, jamais, esquecer os momentos ruins por que sua família passou à época do Reced, quando todos foram atacados de forma vil e covarde por seus adversários.
Voltamos a afirmar: a hora do Tocantins dar uma guinada para um futuro diferente e promissor é agora. Colocando gente capaz e competente em cada área, fazendo de seu secretariado uma força-tarefa que dê orgulho ao povo tocantinense de ver seu mandatário se diferenciado, positivamente, dos demais e buscando mostrar que a crise é para os incompetentes.
A SAÚDE E O "VÍRUS DESTRUIDOR"
Quando falamos aqui em reforma de secretariado e cobramos mais ação e mais atitude por parte dos secretários, temos que abrir um adendo para falara de uma área que parece estar fatalmente acometida por um "vírus destruidor" que não pouoa nenhum secretário da pasta da Saúde.
Começamos por defnder a terceirização da gestão tanto do Hospital Geral de Palmas quanto do Hospital Dona Regina como a primeira maneira de sanar os gargalos da Saúde do Tocantins.
É nesse espaço que habita o tal "vírus destruidor" de secretários, agindo de forma fatal e nociva com ingerências políticas, imposições de nomes de diretores e funcionários que minam a autonomia do secretário da Saúde na hora de aplicar os recursos - até mesmo os carimbados" - tanto os advindos do governo do estado quanto os do governo federal.
Some-se a isso a inadimplência do governo federal em relação ao repasse de recursos - que já chegam a mais (ou menos, no caso) de 800 milhões de reais - só de complementos que deveriam ter chegado aos cofres da Saúde do Estado em 2015,
Dessa forma, não há bom ou mau gestor. Há apenas o "gestor engessado", que não tem como agir nem administrativa nem economicamente para curar as mazelas da Pasta.
Já foram vítimas desse vírus o Dr. Gismar Gomes, Raimundo Boi, Dr. Nicolau,Dra. Vanda Paiva e assim está sendo com o competente e comprometido Samuel Bonilha, como tambem será com todos os próximos que sentarem-se na cadeira de secretário da Saúde do Estado do Tocantins.
Ao que parece, o único antídoto para esse vírus seria desvincular as contas da Saúde Pública e entregar sua administração do Secretário sob a fiscalização do Ministério Público, ao Tribunal de Contas ou a qualquer órgão equivalente, deixando ao secretário apenas a função de aplicar as políticas públicas de Saúde, sem perder tempo com ingerências, imposições e motins.
O certo seria o secretário ter autonomia para escolher sua equipe de assessores e de gerir os recursos de sua Pasta, mas, como o "vírus" não deixa, que se arrumem soluções....
O Governo do Tocantins investiu R$ 1.134.222,85 na construção de 13 pontes de concreto, quatro galerias do tipo celular e três bueiros celulares nas estradas vicinais de Alvorada, região sul do estado
As obras promovem melhoria de circulação em 75,94 quilômetros, beneficiando toda a zona rural do município, especialmente 83 famílias dos assentamentos Cobertão e Nossa Senhora da Conceição, na divisa com Figueirópolis. A inauguração das obras está prevista para este semestre. As obras são de responsabilidade do Departamento de Estradas e Rodagem (Dertins) em parceria com a Prefeitura Municipal de Alvorada, por meio do Projeto de Desenvolvimento Regional Integrado Sustentável (PDRIS). “Com o advento da soja no Tocantins, Alvorada está entre um dos municípios maiores produtores de soja da região sul. É o progresso chegando à região e não podemos deixar de acompanhar esse crescimento também nos setores de logística e infraestrutura rodoviária”, afirmou o secretário da Infraestrutura e presidente do Dertins, Sérgio Leão.
Uma dessas obras é a construção da ponte de 30 metros sobre o rio Feliciano, onde as 83 famílias dos assentamentos que estavam isoladas devido a outra ponte de madeira ter sido queimada. A nova ponte resolve em definitivo o problema que gerou várias reclamações e manifestações de produtores de soja, pecuaristas, estudantes e moradores dos assentamentos. Além dos assentados, os maiores beneficiados com a obra são os caminhoneiros e os produtores rurais que precisam dela para escoar a produção de soja, principal atividade do agronegócio em Alvorada.
“Os produtores de soja tiveram maior gasto na safra passada, já que os caminhões não podiam passar pela ponte de madeira por causa do peso. Precisavam passar por outro caminho pela BR-153, o que aumentou o percurso em quase 100 km", disse o assentado Walcimar Weber Correia, que concluiu dizendo: “Essa obra aqui é um presente do governador Marcelo Miranda para todos nós do assentamento e para todos os grandes produtores de soja de Alvorada e Figueirópolis”.
Trafegando pelas estradas vicinais do município, levando na garupa da moto a sua esposa Ana Lucia Sousa Mendes, o lavrador Pedro Ferreira da Silva morador da Fazenda Juscelino Kubitscheck disse que em 2014, indignados com a antiga ponte quebrada, “o povo ateou fogo no resto da ponte de madeira para que as autoridades tomassem providências”. Para ele, “agora tudo vai melhorar com a nova ponte, nós sofremos muito com o rio cheio sem poder passar”. Os assentados do Cobertão fizeram uma passarela para atravessar a pé. “Antes da empreiteira fazer a nova ponte, a gente tinha que dar uma volta enorme para ir à cidade”, disse Pedro Ferreira.
Por Edson Rodrigues
A proibição de financiamento empresarial e a fixação de limites de gasto nas campanhas eleitorais, as eleições municipais de 2016 vão ocorrer num terreno incerto. Em tese - repetimos, em tese – os políticos utilizarão apenas os recursos do Fundo Partidário e aqueles provenientes de pessoas físicas.
O problema é que nessa equação, a conta não fecha. Sem dinheiro, a cultura de gastos estratosféricos nas campanhas políticas tende a criar uma forma mais velada de caixa-dois. O caixa-dois seletivo.
No pleito de 2012, por exemplo, prefeitos e vereadores gastaram pouco mais de R$ 3,5 bilhões. Neste ano, os 32 partidos terão R$ 867 milhões, provenientes do fundo, para investir. Legalmente, só há uma saída: redução de gastos e campanhas mais modestas. Mas os políticos estariam dispostos? Há quem aposte todas as fichas no caixa-dois seletivo. Outros acreditam que o Brasil está dando o mais importante passo para cortar uma das principais raízes da corrupção: o financiamento privado.
ATUAIS GESTORES E O FIM DA REELEIÇÃO
Outro ingrediente cai como uma bomba nas eleições municipais deste ano. Será a última vez que prefeitos poderão se reeleger. Isso cria dois grupos de prefeitos com mandato: os que trabalharam e têm crédito com a população de suas cidades e aqueles que nada fizeram, estão com a popularidade em baixa e teriam poucas chances de reeleição.
A questão é que os dois grupos de prefeitos têm em mãos a mesma ferramenta: a máquina pública. Sem os recursos que faltarão para fechar o caixa dos gastos na campanha, a máquina pública vira o principal “financiador de votos” das campanhas, o que transforma o próximo pleito em um dos mais perigosos de todos os tempos para as prefeituras, pois, no afã de se reelegerem, muitos gestores podem comprometer os orçamentos de suas cidades por anos e anos adiante.
FISCALIZAÇÃO: UM PROBLEMA DA CRISE
Mas é nesse ponto, caros leitores, que o aquele problema do fim do financiamento empresarial às eleições vira, definitivamente, um abola de neve. Sem recursos legais, apelando para o “caixa-dois seletivo” e colocando a máquina administrativa à serviço da coleta de votos, quem fiscalizará isso tudo para tentar coibir as fraudes?
A crise que assola o Brasil comprometeu os orçamentos de todos os órgãos que poderiam – e deveriam agir – na fiscalização do processo eleitoral. Com menos recursos e menos material humano, a fiscalização, claro, será menos rigorosa. E aí? Quem vai fiscalizar o processo eleitoral municipal?
O Brasil tem mais de cinco mil municípios. O Tocantins, 139. Só aqui, serão mais de três mil candidatos a vereador e 300 candidatos à prefeito. Como fiscalizar tantas possibilidades de corrupção?
Em matéria publicada na edição dominical, o Correio Braziliense tenta dar algumas idéias sobre o que pode acontecer.
O cientista político e professor do Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper) acredita que os gastos das campanhas eleitorais não vão ser reduzidos. “Para mim é claro que tende a aumentar os recursos não contabilizados, o chamado caixa dois”, afirma. A conta dele é simples. O Fundo Partidário não cobre nem 15% dos gastos totais de uma campanha. Some-se a isso o descrédito da população, o que acarreta a baixa doação de pessoas físicas. “Mesmo o PT, que sempre foi historicamente o partido mais organizado em relação à militância, terá dificuldades de angariar doações dos seus militantes. O descrédito é muito grande”, atesta.
A aposta de cientistas políticos e magistrados ouvidos pelo Correio é de que o país viverá também o pleito mais judicializado da história da democracia brasileira por permitir que adversários, a qualquer sinal de gasto do opositor fora do padrão estabelecido, acionem a Justiça Eleitoral.
Um marqueteiro ouvido reservadamente pelo Correio, com mais de 15 anos de serviços prestados a vários partidos brasileiros, foi categórico ao dizer que o dinheiro aparecerá de qualquer forma porque não há como se mudar do dia para a noite uma cultura de campanha política no país. Ele acredita que os marqueteiros podem até baratear o seu “passe” diante do novo cenário, no entanto, há toda uma engrenagem por trás que não permite um custo muito baixo.
Questionado se as recentes operações, sobretudo a Lava-Jato, não funcionaria como um freio ético significativo para barrar o caixa dois, o professor Carlos Melo diz que é muito cedo para se mudar uma prática enraizada na política brasileira. “Isso pode ocorrer se tivermos uma continuidade de investigações e punições ao longo dos anos. Não se faz isso com uma única amostra de uma eleição. Para se falar em mudança cultural, precisamos antes de um esforço cultural grande que só se consolida com o passar do tempo. É precoce dizer que uma operação já é suficiente pra mudar esta realidade”, opina.
O jurista José Paulo Cavalcanti Filho acredita que o caixa dois será fortalecido nas eleições deste ano. “Alguém tem dúvida disso? Alguns já têm o dinheiro guardado. Já fizeram caixa. É ilusão achar que os candidatos não vão fazer uma campanha milionária. Na prática, não muda nada. Os orçamentos apresentados à Justiça Eleitoral sempre foram uma peça de ficção. Todo mundo sabe. Agora, tudo será diferente?”, questiona.
Pelas novas regras, os candidatos não podem mais receber doações diretamente. Os recursos terão que ser repassados aos partidos. As legendas se encarregam de estabelecer critérios para a distribuição dos recursos. A legislação só permite que pessoas físicas doem até 10% da renda bruta do ano anterior. Em julho, o Tribunal Superior Eleitoral vai definir o limite oficial de gastos. No primeiro turno da eleição de prefeito, foi convencionado que o teto será 70% do valor da campanha mais cara onde o pleito terminou no primeiro turno e 50% do gasto total onde houve segundo turno.
No Tocantins, a participação do governador Marcelo Miranda poderá ser crucial para salvar candidaturas e recandidaturas moribundas, já que, com a pouca verba disponível, aumenta a importância de um bom relacionamento com o governo estadual e o poder da “caneta”, na liberação de convênios e nomeações de lideranças que podem trazer votos aos candidatos ungidos.
Tudo feito na legalidade e nos parâmetros definidos pela nova lei eleitoral, mas, sem dúvida, uma vantagem que não estará disponível para todos.
Certamente, uma história a ser acompanhada de perto pela opinião pública.
Porto Nacional, janeiro de 2016. Artigo 0007
Um único tijolo, um botijão de gás, um litro de gasolina, uma passagem, uma palavra mal colocada ao telefone podem acabar definitivamente com uma candidatura
Por Edson Rodrigues
As regras eleitorais para o pleito de outubro próximo já estão valendo desde o dia 1º de janeiro. A principal mudança é que estão vetadas quaisquer doações por parte do candidato a prefeito ou vereador. A fiscalização será feita pela Justiça Eleitoral além do Ministérios Públicos Eleitoral e Federa e, claro, da imprensa.
Espera-se uma fiscalização jamais vista em um processo eleitoral para este ano. As ações da Operação Lava Jato serão o veio condutor das ações da Justiça Eleitoral, uma vez que trouxeram á tona todos os níveis e possibilidades de relações corruptas entre empresa e políticos e políticos e seus eleitores.
O cuidado terá que ser a palavra-chave para toda e qualquer pretensão eleitoral e as equipes de campanha terão que ser escolhidas a dedo, pois qualquer erro, qualquer deslize, poderá colocar a campanha – e o futuro político do candidato – em rota de colisão com a justiça e com a credibilidade junto ao povo.
AS REGRAS
Este ano de 2016 é ano eleitoral e as novas regras deixam o calendário menor e os pré-candidatos e eleitores devem ficar atentos para não perder os prazos aprovados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a eleição ocorrerá no dia 2 de outubro, em primeiro turno, e no dia 30 de outubro, nos casos de segundo turno. O calendário contém as datas do processo eleitoral a serem respeitadas por partidos políticos, candidatos, eleitores e pela própria Justiça Eleitoral. Os eleitores vão eleger em 2016 os prefeitos, vice-prefeitos e vereadores dos municípios brasileiros.
Ao apresentar relatório e voto sobre a resolução do calendário, o ministro Gilmar Mendes informou que, em 19 de março de 2015, oficiou a todos os Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) para que enviassem ideias e sugestões a serem apreciadas na oportunidade da elaboração das instruções sobre as regras das eleições do ano que vem. O ministro acrescentou que a minuta de resolução encaminhada aos gabinetes dos demais ministros considerou as sugestões das Cortes Regionais e dos grupos de trabalho e unidades técnicas do TSE. Ele agradeceu a valorosa contribuição do ministro Henrique Neves que, juntamente com as áreas técnicas, assessorias do Tribunal e equipe do gabinete do relator, “realizou em exíguo prazo estudos visando ao aperfeiçoamento do texto da minuta de resolução do calendário eleitoral”. O ministro salientou, ainda, a participação dos TREs com as suas propostas.
Gilmar Mendes ressaltou que, diferente de outras eleições, em que a minuta do calendário eleitoral foi aprovada no primeiro semestre do ano que antecede o pleito, esta foi submetida à apreciação do Plenário apenas agora em razão da perspectiva de reforma política pelo Congresso Nacional, que culminou com a sanção da Lei nº 13.165, de 29 de setembro de 2015.
“A expectativa de alteração de várias datas relevantes do processo eleitoral foi confirmada, como se sabe. O texto ora proposto contempla as alterações promovidas pela referida Lei na legislação eleitoral, a qual reduziu substancialmente o tempo de duração do processo eleitoral ao modificar o período das convenções partidárias, a data limite para o registro dos candidatos, o período para a realização das propagandas eleitorais, dentre outros marcos”, acrescentou o relator.
O presidente do TSE, ministro Dias Toffoli, disse que, realmente, a reforma eleitoral promovida neste ano “alterou de maneira significativa e profunda o calendário das eleições, inclusive com a redução do tempo de campanha”.
Dentre as principais mudanças no Calendário, estão:
FILIAÇÃO PARTIDÁRIA
Quem quiser concorrer no próximo ano, deve se filiar a um partido político até o dia 2 de abril de 2016, ou seja, seis meses antes da data das eleições. Pela regra anterior, para disputar uma eleição, o cidadão precisava estar filiado a um partido político um ano antes do pleito.
CONVENÇÕES PATIDÁRIAS
As convenções para a escolha dos candidatos pelos partidos e a deliberação sobre coligações devem ocorrer de 20 de julho a 5 de agosto de 2016. O prazo antigo estipulava que as convenções partidárias deveriam acontecer de 10 a 30 de junho do ano da eleição.
REGISTRO DE CANDIDATOS
Os pedidos de registro de candidatos devem ser apresentados pelos partidos políticos e coligações ao respectivo cartório eleitoral até as 19h do dia 15 de agosto de 2016. Pela regra passada, esse prazo terminava às 19h do dia 5 de julho.
PROPAGANDA ELEITORAL
A resolução do calendário das eleições de 2016 incorpora, ainda, outras alterações produzidas pela reforma eleitoral, como a redução da campanha eleitoral de 90 para 45 dias, começando em 16 de agosto. O período de propaganda dos candidatos no rádio e na TV também foi diminuído de 45 para 35 dias, tendo início em 26 de agosto, em primeiro turno.
ASPECTOS GERAIS
FIM DE DOAÇÕES DE EMPRESAS A CAMPANHAS
Depois de o STF (Supremo Tribunal Federal) decidir pela inconstitucionalidade das doações de empresas a partidos e candidatos, a presidente Dilma Rousseff vetou os artigos da reforma eleitoral que permitiam o financiamento empresarial das campanhas. Com isso, as eleições de 2016 serão financiadas exclusivamente por doações de pessoas físicas e pelos recursos do Fundo Partidário, usado para a manutenção dos partidos e abastecido com dinheiro público. Outra mudança é que as doações não poderão mais ser feitas diretamente aos candidatos, mas sim aos partidos, que, por sua vez, redistribuem o dinheiro entre as diversas candidaturas da legenda. O cientista político da UnB (Universidade de Brasília) Antonio Flávio Testa afirma que isso deve provocar uma maior disputa interna entre os candidatos pelos recursos partidários, e pode favorecer políticos que contam com o apoio de organizações sociais, como sindicatos e igrejas. Políticos que são grandes empresários, e que continuam podendo fazer doações como pessoa física, também levariam vantagem, segundo Testa. "Na minha visão quem tinha que financiar partido não era o dinheiro público, eram os militantes. Mas isso não funciona no Brasil", diz o professor. "A política brasileira sempre funcionou da seguinte forma: o candidato oferece alguma coisa para conseguir voto. Isso está ligado ao clientelismo. Agora, com essa mudança, inverteu: ao invés de dar, o candidato vai pedir. Acho muito difícil acontecer", ele afirma.
CAMPANHA FICA MAIS CURTA, MAS TV TERÁ MAIS INSERÇÕES
A nova lei postergou o prazo de registro das candidaturas, de 5 de julho para 15 de agosto. Na prática, isso encurtou o tempo oficial de campanha para pouco mais de um mês e meio, ante três meses pela antiga regra. O tempo de propaganda em rádio e TV também foi reduzido, de 45 para 35 dias. E os blocos do horário eleitoral gratuito, nas eleições para prefeito, tiveram o tempo de duração reduzido de 30 minutos para 10 minutos. Foi mantida a quantidade de dois blocos diários de propaganda em rádio e TV. Já a propaganda eleitoral dos vereadores em rádio e TV agora será feita apenas nas inserções de 30 a 60 segundos, ao longo da programação. Porém, o tempo total das inserções cresceu de 30 minutos por dia para 70 minutos. A procuradora da República Silvana Batini, professora de direito eleitoral da FGV (Fundação Getúlio Vargas) no Rio de Janeiro, afirma que a redução da propaganda eletrônica prejudica o direito à informação dos eleitores. "Diminui o tempo de debate e esclarecimento do eleitor", diz Batini. "A diminuição do tempo hoje favorece quem está no poder e já tem uma exposição natural", afirma.
PRÉ-CAMPANHA ESTÁ LIBERADA
Atividades que antes poderiam ser classificadas -- e punidas -- como campanha antecipada, agora foram regulamentadas. Os políticos poderão se apresentar como pré-candidatos, participar de eventos políticos e prévias partidárias, além de distribuir material informativo antes da definição oficial das candidaturas, desde que não haja pedido explícito de voto. Também fica permitido aos pré-candidatos divulgar posições pessoais sobre questões políticas e ter suas qualidades exaltadas por aliados, inclusive em redes sociais ou em eventos com cobertura da imprensa. O deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), relator da reforma na Câmara, afirma que a novidade é benéfica, pois amplia o debate político. "Isso foi uma grande mudança. Você autoriza o político a fazer política", diz.
TROCA PARTIDÁRIA PERMITIDA ATÉ SEIS MESES DA ELEIÇÃO
A reforma aprovada este ano pelo Congresso permite que os políticos troquem de partido, sem risco de perder o mandato por infidelidade partidária, durante os 30 dias que antecedem o prazo mínimo de filiação partidária exigido para disputar a eleição. Esse prazo também foi reduzido de um ano para seis meses. Ou seja, agora os políticos têm que se filiar a um partido para disputar eleições a apenas seis meses da data de votação, e podem trocar de partido livremente nos 30 dias que antecedem esse prazo. "Isso só vai aumentar o tempo do mercado de legendas e enfraquecer a fidelidade partidária", diz a procuradora Silvana Batini. "É mais uma vez o legislador legislando em causa própria", afirma.
FIM DOS CAVALETES E FAIXAS NAS RUAS
Na próxima eleição, estão proibidos os cavaletes, faixas, bonecos e placas nas vias e equipamentos públicos, como passarelas e viadutos. Em imóveis particulares, o tamanho permitido para propaganda política foi reduzido de 4 m² para 0,5 m², e só poderá ser afixada em papel ou adesivo. Pinturas ficam proibidas. Essas mudanças já haviam sido aprovadas desde dezembro de 2013, mas não puderam ser implantadas na eleição de 2014 pois foram aprovadas a menos de um ano da votação, período exigido pela legislação eleitoral.
LIMITE PARA SE ELEGER COM VOTOS DO PARTIDO E PARA PARTICIPAR DE DEBATES
As novas regras estabeleceram limites para que um candidato seja eleito pelo chamado quociente eleitoral, ou seja o total de votos recebido pelo partido ou coligação. Esse sistema existe nas eleições para deputado e vereador e consiste na distribuição das cadeiras do parlamento com base na proporção do total de votos recebido por cada partido ou coligação. Assim um candidato com poucos eleitores, mas de um partido bem votado, pode terminar eleito, enquanto outro com mais votos, mas cujo partido foi pouco escolhido nas urnas, fica de fora. A nova regra prevê que, para ser eleito com base no desempenho do partido, o candidato tem que ter pelo menos 10% do quociente eleitoral, que é a divisão de todos os votos válidos pelo número de vagas em disputa. Outra novidade é a garantia de participação em debates organizados por emissoras de rádio e TV para os candidatos cujo partido possua pelo menos dez deputados. No entanto, a regra não proíbe a participação de candidatos de partidos com menor bancada.
Ou seja, o jeito da banda tocar será outro. Quem se adaptar melhor ficará livre de processos e, por outro lado, os que caírem na malha fina da fiscalização eleitoral, mesmo “eleitos”, terão seus diplomas caçados, dando lugar a candidatos menos expressivos, mas mais bem orientados.
Vai ser briga de cachorro grande e inteligente!
Quem viver (e sobreviver às mudanças!) verá!
Mandatários do PT são os que terão mais problemas para se reeleger. Prefeitos do interior levam vantagem pela proximidade com os eleitores
Por Edson Rodrigues
O descrédito com a classe política brasileira é tão grande que os reflexos da podridão e da roubalheira praticados nas esferas superiores do poder atingiram em cheio os municípios brasileiros. E olha que não estamos falando apenas na falta de recursos e de descaso. Estamos falando no total descrédito da população para com a classe política como um todo. Presidente, senadores, deputados federais, estaduais, prefeitos e vereadores estão todos no mesmo “balaio da corrupção” para os eleitores.
Em geral, a eleição de 2016 não será fácil para os atuais prefeitos. É o que dizem os próprios eleitores. Segundo pesquisa exclusiva do Ibope, feita a pedido da coluna, menos de um terço dos brasileiros pretende votar no prefeito da cidade onde mora (22%) ou no candidato indicado por ele (8%). A maior parte prefere alguém de oposição (40%) ou diz que não votará em ninguém (16%). O restante não sabe ou não respondeu.
O resultado é ruim para quem está no poder, mas poderia ser pior. Cerca de um terço dos eleitores está indeciso, contrariado com todos os partidos ou nem pensou em eleição. É aí que os candidatos governistas buscarão os votos que lhes faltam. Como será uma campanha curta e sem doações empresariais oficiais, candidatos mais conhecidos levam vantagem – em tese.
A tendência oposicionista reflete problemas locais e a crise nacional, mas a pesquisa mostra que uns prefeitos terão mais dificuldade do que outros. As chances variam segundo a região do País: candidatos de oposição têm maior vantagem no Norte/CentroOeste (46%, contra 23% dos governistas) e no Sudeste (42% a 24%) do que no Sul (27% a 33%) e no Nordeste (39% a 41%).
Depende também do partido do prefeito. Os prefeitos petistas (17%) e seus candidatos (5%) têm, em média, apenas 22% de intenção de voto, contra 33% declarados para candidatos de oposição. É nas cidades administradas pelo PT, porém, que há a maior taxa de indecisos: 29% dizem que não votarão em ninguém, e 16% não souberam responder. Aos prefeitos do PT resta tentar resgatar parte dos 45% de eleitores perdidos pelas incontáveis denúncias de corrupção envolvendo o partido.
A situação talvez seja até pior para o PMDB. Em média, a intenção de voto nos prefeitos do partido (14%) e candidatos apoiados por eles (10%) é tecnicamente igual à dos petistas, mas a declaração de voto em candidatos de oposição aos prefeitos peemedebistas é a mais alta entre todos os partidos: 49%.
Este diagnóstico O PARALELO 13 já havia feito em nossa ultima edição, em dezembro de 2015.
Os danos são claros. A sociedade, o cidadão, o eleitor quer apostar no novo.
A pesquisa encomendada pelo jornal o Estado de São Paulo ao IBOPE revela dados preocupantes, principalmente para os atuais prefeitos da região norte onde os dados demonstraram um quadro negativo para os que detém de mandato.
Segundo os números, no caso especifico de Palmas, no caso de a oposição se dividir em mais de uma candidatura, dificilmente conseguirá êxito, principalmente por não haver segundo turno.
O eleitor liga tanto o PT como o PMDB pelo lamaçal de corrupção da Lava jato e aqueles que conseguirem se manter à distância dessa mácula serão os que terão mais chances com o eleitorado.
E tem um ingrediente novo nesta eleição municipal. Não serão permitidas doações das empreiteiras e empresas aos atuais prefeitos, sob pena de perda de registro de suas candidaturas.
Tanto PF, MPF e MPE estarão, a partir de agora, com o Big Brother, ligado 24 horas. Todo e qualquer deslize será “um flash”.
Ate marco, pode haver mudanças nos quadros sucessórios em dezenas de municípios tocantinenses, pois é ultimo prazo para quem quiser disputar um mandato nas eleições municipais que ocorrerão em 3 de outubro próximo se filiar a um partido. Daí para frente, oficialmente, a sucessão esta nas ruas.
NOSSO PONTO DE VISTA
Em termo de Estado, os PMDBs de Kátia e Marcelo estarão no páreo. O PSD do deputado Irajá e da senadora Kátia, o PT do senador Donizeteh, Lula e Dilma, o PSDB do senador Ataídes, o PPS do deptado Eduardo do Dertins, o PSB do prefeito da Capital, Carlos Amastha, mas, principalmente, o PR do senador Vicentinho Alves.
Dizemos principalmente, porque Vicentinho vem fazendo um grande trabalho político pelo interior do Estado, trazendo para junto de si nomes importantes e lideranças de grande representatividade. O segredo de Vicentinho é que, apesar de apoiar a presidente Dilma Rousseff, parece que usou um “repelente anticorrupção”. Os escândalos, os malfeitos e principalmente as lambanças do PT da presidente não “grudaram” no PR de Vicentinho, transformando a legenda em uma das mais atraentes para os eleitores, principalmente depois que Ciro Gomes e o ministro Jaques Wagner deram suas contribuições de fogo amigo, afirmando com todas as letras que o PT havia se “lambuzado na corrupção”, dando margem às interpretações óbvias do eleitorado.
Enquanto isso, o PR de Vicentinho vem atuando nos executivos e nas câmaras municipais atraindo bons quadros para disputar uma vaga nas câmaras e prefeituras.
Outro fator a ser bastante considerado tem nome e sobrenome: Marcelo Miranda. Se Kátia Abreu representa o PMDB de Dilma Rousseff, Marcelo representa “apenas” o PMDB.
Uma vez conseguindo colocar o Tocantins nos trilhos, readequando a economia estadual, efetuando um reforma administrativa eficiente e que demonstre resultados, Marcelo chegará a agosto como o cabo eleitoral com maior poder de fogo para influenciar no resultado das eleições, transformando qualquer candidato que apóie em principal favorito, uma vez que o pleito ainda está totalmente em aberto, segundo a pesquisa do IBOPE.
Segundo o Ibope, as eleições nas capitais e nos municípios ao seu redor, ou seja, na periferia das regiões metropolitanas, estão mais abertas do que nas outras cidades. Nas metrópoles, o eleitor se mostra mais em dúvida sobre em quem votar: 40% não têm candidato ou não sabem responder, contra 23% no interior. Explicase: nas cidades menores, o eleitor está mais perto dos políticos, os conhece pessoalmente, sabe quem é quem. Como consequência, os alinhamentos eleitorais são mais precoces. Nos municípios interioranos, 44% declaram preferência por um candidato a prefeito de oposição à atual administração. É uma taxa maior do que nas capitais (33%) e periferias (36%). Mas o apoio aos prefeitos no poder ou a seus candidatos também é maior nas cidades As chances dos prefeitos do interior: 33%, contra 27% nas capitais e 24% nas cidades do seu entorno. O resultado da eleição nessas cidades menores dependerá, portanto, do número de candidatos fortes.
Na grande maioria dos municípios do interior não há segundo turno, porque o eleitorado não chega a 200 mil pessoas. Teoricamente, a diferença de 11 pontos a favor da oposição detectada pelo Ibope seria suficiente para um oposicionista conquistar a prefeitura. Mas isso só acontecerá se a oposição se unir. Com, em média, 37% das intenções de votos nas cidades de até 50 mil habitantes, o governista tende a vencer se os 40% de oposicionistas se dividirem entre dois candidatos ou mais.
Ou seja. Até março, com a convenção do PMDB nacional, os dados são esses. Mas tudo pode mudar, de acordo com o que for decidido pelos peemedebistas.
Quem viver verá!