Presidente do partido no Tocantins envia carta à cúpula nacional indicando apoio ao presidente nacional e defendendo ruptura

Por Edson Rodrigues

“Lembra do Itamar?”
Foi mais ou menos assim, com seu jeito simples, que o presidente do PMDB do Tocantins, Derval de Paiva se dirigiu à cúpula nacional do PMDB, antes da reunião ocorrida nesta quarta-feira em Brasília, para barrar a filiação oportunista ao partido de políticos interessados apenas em defender interesses restritos.
Derval voltou na história política brasileira para pavimentar a sua sugestão, lembrando que após o impeachment de Fernando Collor, Itamar Franco , que vinha sendo mantido como vice-presidente “decorativo”, montou uma equipe de ministros forte e capacitada que tirou o País da recessão e deu novos rumos à economia brasielira.
Para Derval, Michel Temer é tão ou mais capaz de encontrar caminhos para que o País saia do atoleiro político e econômico que se encontra e, já que o processo de impeachment foi aberto – o que, para ele, era desnecessário – que o PMDB assuma o protagonismo de vez e entregue todos os ministérios, firmando seu posicionamento contra o governo petista.
Derval, do alto de sua experiência de diversos mandatos eletivos, de senador a deputado federal, secretário de estado e articulador político, diz na carta que há meios e meios de o PMDB ajudar na governabiliade do País, mas que isso não significa que tenha que fazer parte da base aliada.
A carta de Derval é um recado claro sobre o posicionamento do PMDB tocantinense contra a ação dodeputado federal Leonardo Picciani (RJ), que tenta conseguir filiar parlamentares para voltar à liderança do partido na Câmara, da qual foi destituído semana passada.

O DESTINO DE KÁTIA ABFEU


Derval de Paiva tem suas origens atreladas ao MDB, logo é um peemedebista genuíno e não é por acaso que preside o PMDB tocantinense.
O conteúdo da carta que enviou à cúpula nacional do partido deixa claro que, antes de assumir esse posicionamento Derval obteve a chancela dos demais caciques estaduais, assim como dos demais companheiros de diretório que pertencem aos 70% fiéis ao governador Marcelo Miranda, o que indica um claro isolamento dos peemedebistas que apóiam a senadora e ministra Kátia Abreu.
Com sua liderança cada vez mais enfraquecida dentro do partido, não resta outro caminho à Kátia Abreu senão correr para os braços do PSD, partido que, inclusive, ajudou a criar e do qual seu filho é o presidente estadual no Tocantins.
Entre o posicionamento do partido do qual faz parte e sua amizade pessoal com a presidente Dilma Rousseff, Kátia vem demonstrando que prefere a amizade com a petista. Como o PSD faz parte da base de apoio do Palácio do Planalto, nada mais natural que essa mudança se concretizar.
O certo é que com o posicionamento efetivo adotado por Derval e pelo PMDB “marcelista” do Tocantins, uma nova fotografia do partido se forma – fala-se até em “caça às bruxas”. Resta saber, como o governador vai equacionar a questão dos membros do PT em seu governo, uma vez que há a possibilidade de uma decisão, a ser publicada em março do ano que vem, impedindo os diretórios estaduais e municipais do PMDB de fazer qualquer tipod e coligação ou aliança com o PT .
Algumas tarefas serão fáceis, como o inapetente secretário da Educação. Já outras, nem tanto, como o caso do líder do governo na Assembleia Legislativa, Paulo Mourão.
Conhecido como turrão, mal-humorado, mas extremamente fiel, Mourão mostrou serviço como líder do governo, mas sua permanência no posto fica quase inviável com essa nova configuração.
Justamente por ser fiel, Mourão deve bater pé e permanecer no PT. Esse seu posicionamento junto com a insatisfação do PMDB portuense com sua presença no governo (em sua cidade natal, Mourão jamais contaria com o apoio do PMDB em quaisquer candidaturas que se aventurasse), coloca nas mãos de Marcelo Miranda um verdadeiro “abacaxi” a ser descascado.
Finalmente vai-se poder saber quem é quem no diretório tocantinense do PMDB.
Quem viver verá!

Posted On Quinta, 17 Dezembro 2015 08:13 Escrito por

Governo do PT segue sangrando e deve bater recorde de impopularidade já no início de 2016 com desgaste contínuo

 

Por Edson Rodrigues

 

Se o impeachment já era uma questão quase irreversível, o governo de Dilma Rousseff passa ter mais uma preocupação para este fim de ano: os índices de popularidade da presidente.  Não que já não fossem ruins, mas o patamar que atingiram na pesquisa divulgada nesta terça-feira pelo IBOPE é mais que preocupante e foi ligado o alerta vermelho nos corredores do Palácio do Planalto.

Nada menos que 70% dos brasileiros consideram a administração de Dilma péssima ou ruim e apenas 9% a classificam como ótima ou boa.

Com os 9%, Dilma atinge o recorde do ex-presidente José Sarney, mas a preocupação são os indicadores de que já no início de 2016, segundo os principais analistas políticos, esse patamar caia para a casa dos 3% a 4%.

Com números assim, dizem os analistas, governar o país fica impossível. “a renúncia passaria a ser a saída mais honrosa”, afirmou um membro da cúpula do PT.

SANGRAMENTO

A divulgação dos percentuais ocorre em meio ao processo de impeachment da presidente da República, aberto há cerca de duas semanas pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

O levantamento do Ibope, encomendado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), foi realizado entre os dias 4 e 7 deste mês e ouviu 2.002 pessoas, em 143 municípios. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos.

 

A última pesquisa do Ibope encomendada pela CNI, divulgada em setembro, apontava que 10% dos eleitores aprovavam o governo (consideravam "ótimo" ou "bom"); 69% dos entrevistados avaliavam a administração Dilma como "ruim" ou "péssima"; e 21% consideravam a gestão "regular".

O nível de confiança da pesquisa, segundo a CNI, é de 95%, o que quer dizer que, se levarmos em conta a margem de erro de dois pontos, a probabilidade de o resultado retratar a realidade é de 95%.

 

BOMBA-RELÓGIO

A situação do governo do PT é ainda mais complicada ao colocarmos em paralelo com a pesquisa o potencial destruidor das prisões do senador Delcídio Amaral e José Carlos Bumlai.  O primeiro já acertou os temos de sua delação premiada.  O segundo, está em vias de fechar acordo semelhante.

Se Delcídio é considerado o “homem-bomba” por saber tudo o que aconteceu de podre nos bastidores do Planalto, Bumlai é considerado o “laranja-mór”, por ser amigo pessoal do ex-presidente Lula e de ter envolvido toda a sua família em ações de tráfico de influência e distribuição de benefícios á família do amigo Lula.

Logo, a popularidade em queda e os depoimentos de Delcídio e Bumlai são uma bomba-relógio prestes a explodir no colo do PT, da presidente Dilma e do ex-presidente Lula.

Além das delações, preocupa, também, o Planalto o posicionamento da Federação das Indústrias do estado de São Paulo, principal entidade patronal do País, que se declarou publicamente a favor do processo de impeachment, mostrando o descontentamento da classe empresarial com os rumos e atitudes adotados pelo governo.

Quanto menos gente ao lado de Dilma, menor a possibilidade do PMDB, partido do vice-presidente Michel Temer, continuar na “base aliada” do governo.

O PMDB, aliás, marcou para esta quarta feira, data em que o STF define a continuidade ou não do processo de impeachment no Congresso Nacional, a sua reunião de cúpula, que pode decidir a saída total do partido da “base aliada” do governo, fato dado como certo, ante às últimas declarações e movimentações dos principais quadros do partido.

 

TOCANTINS

Enquanto isso, fica a pergunta de quem vai querer ficar ao lado do PT daqui pra frente.  Em meio aos processos e negociações para as eleições municipais de 2016, fica difícil saber qual partido, qual candidato, vai querer em sua campanha o desgaste do PT frente à opinião pública.

No Tocantins, poucos são os petistas que têm coragem de se manifestar em defesa do partido.  Os, antes, agitadores, apontadores de dedos, e “escudeiros da moral e da honestidade”, hoje estão quietos em seus ninhos, rezando para não serem lembrados.

Poucos são os petistas que têm a honradez de colocar a cara a tapa nesse momento em que o partido sangra e corre o risco de ter seu grande chefe preso, após o depoimento para qual foi intimado, nesta quinta-feira.

Quem viver verá!

Posted On Quarta, 16 Dezembro 2015 05:19 Escrito por

Ao revelar que o deputado estadual mantém vaqueiro como funcionário de seu gabinete, portal G1 Tocantins mostra que a podridão também assola a política tocantinense

 

Por Edson Rodrigues

Ao nos depararmos, na noite de ontem, com a notícia veiculada pelo portal G1, da organização Jayme Câmara, revelando que o deputado estadual Nilton Franco, do PMDB, mantém – ou mantinha até o início deste mês – um vaqueiro como funcionário de seu gabinete, não pudemos nos conter em escrever este editorial ao povo tocantinense.

Com mais de 28 anos de circulação em edição impressa e 10 anos de versão online, O Paralelo 13 vem novamente à campo para dizer ao povo tocantinense que, infelizmente, a podridão e o mau-cheiro da corrupção e da improbidade administrativa coabitam nossas terras junto com sua boa e sacrificada gente.

Não é possível de se admitir essa prática desonesta, desleal e imoral em nosso Legislativo.  E logo por um “novato”, um deputado em primeiro mandato, que tinha tudo para fortalecer suas bases eleitorais e alçar vôos mais altos.

Nilton Franco é pecuarista, todo mundo sabe.  Foi prefeito de Pium por dois mandatos, todo mundo também sabe.  Só não sabíamos que havia um lobo sob a pele de cordeiro.  Que no lugar do homem de fala mansa e hábitos requintados, irrompe, agora, a figura de um político da pior estirpe, daqueles que tiram proveito da inocência de seus funcionários para encher seus bolsos de dinheiro e que são tão charlatães que conseguem enganar seus eleitores por anos e anos, até que máscara cai.

Nilton Franco, agora, deve figurar nas manchetes reservadas para Delcídio do Amaral e que já foram habitadas por Demóstenes Torres.  Dois exemplos do que há de pior na política brasileira, que são os que posam de bons moços, mas no fundo são mais bandidos que os que já se conhece.

 

HORA E VEZ DO CONSELHO DE ÉTICA

Felizmente, nossa Assembleia Legislativa é comandada por um homem de caráter e fibra mantenedor de sua palavra e da sua honra.  Acreditamos que o presidente, deputado Osires Damaso, não vai se omitir em apurar os fatos e enviar o caso ao Conselho de Ética da Casa.

Já o Conselho de Ética tem que honrar o presidente da AL e os eleitores que os elegeram e investigar e levantar os fatos para dar uma resposta rápida à sociedade.

Não precisamos de pré-julgamentos.  Os fatos estão claros e bem detalhados na reportagem do G1 Tocantins.  Um vaqueiro trabalhando com o gado e lotado no gabinete.  Outros dois assessores parlamentares que recebem parte dos seus salários, mas que não sabem dizer a função que exercem.

Por mais que o regimento da Casa diga que alguns servidores não precisem bater ponto e por mais que o deputado tenha exonerado o pobre vaqueiro, a improbidade está clara.  A falta de decoro idem e deve-se trabalhar para mostrar que a Assembleia Legislativa não é um covil de lobos e, sim, uma Casa de respeito e provedora de exemplos.

Fosse na Suécia ou na Noruega, ou em qualquer país sério, o deputado estadual Nilton Franco já estaria atrás das grades neste exato momento em que você, leitor, corre os olhos sobre estas linhas.

O Tocantins, um estado de povo trabalhador e sofrido, como o próprio vaqueiro/assessor e de uma juventude que está aprendendo a votar, não merece esse tipo de exemplo.

Acreditamos na seriedade e na lisura das ações da Assembleia Legislativa e no não acobertamento dos fatos nem na transformação deles em indigesta pizza.

Acreditamos, também, no Ministério Público Tocantinense que, de posse dos fatos, deve se mobilizar em investigação exemplar para salvar a imagem do Tocantins frente à mídia nacional.

Nós, de O Paralelo 13, não vamos descansar no acompanhamento desses fatos, na busca da verdade e na divulgação das respostas que tanto a AL quanto o MP devem se empenhar para prestar, o mais rapidamente possível, à sociedade tocantinense.

E que o recesso do Judiciário não sirva de cortina de fumaça e relegue o caso ao esquecimento.

Quem viver verá!

Posted On Terça, 15 Dezembro 2015 06:00 Escrito por

Julgamento no STF sobre andamento do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff pode marcar momento histórico

 

Por Edson Rodrigues

A quarta-feira, 16 de dezembro de 2015 será um marco na história política brasileira.  Os ministros do Supremo Tribunal Federal definiram a data para decidir a continuidade ou não do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, aberto no Congresso Nacional e paralisado por uma decisão temporária do ministro Edson Fachin, indicado para o cargo pelo PT.

Na ação acatada preventivamente por Fachin, o PC do B questiona não só atos já realizados no caso – como o acolhimento do pedido pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), passo inicial do impeachment – como também outros que ainda estão por vir, inclusive no Senado, que irá julgar se houve ou não crime de responsabilidade.

Na última quarta (9), após suspender o processo, o relator da ação, ministro Edson Fachin, afirmou que, em seu voto, irá propor um rito "por inteiro" para o andamento do caso.

Na ação, o PC do B argumenta que várias regras da lei de 1950 devem se adaptar à Constituição de 1988. Além disso, defende que as regras dos regimentos da Câmara e Senado devam ser derrubadas, argumentando que o rito só pode ser definido por lei específica.

No julgamento, antes dos votos dos ministros, poderão se manifestar – além do PC do B– a Câmara, o Senado, a Procuradoria Geral da República, a Presidência, e também o PT, o PSDB e DEM, admitidos para opinar no caso.

 

DEBANDADA DO PMDB

Seja qual for a decisão de quarta-feira, pelo menos uma coisa ela não poderá barrar:  a saída do PMDB da base aliada do governo. Não apenas pela vontade dos próprios caciques peemedebistas, mas acelerada pela declaração do “porta-voz extra-oficial” do Palácio do Planalto, Cid Gomes, que afirmou em entrevista que o PMDB “é o chefe da quadrilha”.

A declaração do novo aliado-mór de Dilma Rousseff se soma a um conjunto de fatos que desenham um quadro nada satisfatório para o governo do PT.

Matérias em revistas e jornais vêm trazendo à tona situações nada agradáveis para as bandas do Planalto.

Em uma delas, sobre a economia brasileira, o economista Sergio Vale afirmou que Dilma “conseguiu pegar o pior de cada governo que tivemos. Para gerar a recessão histórica pela qual estamos passando, os erros não foram poucos”.

O estado das contas públicas é trágico. Retroagiu aos anos anteriores à Lei de Responsabilidade Fiscal, de 2000. O governo funciona no vermelho. Registra déficits recorrentes no seu resultado primário (excluindo os gastos com os juros), algo que não ocorria desde o início da publicação dessas estatísticas pelo Tesouro Nacional, em 1997.

O descalabro do Orçamento federal, resultado de uma gastança em um volume superior em muito às possibilidades do país, havia sido mascarado por algum tempo pelas infames "pedaladas fiscais", as manobras contábeis criadas por Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda, e seu secretário do Tesouro, Arno Augustin.

 

TEMER DÁ AVISO

Além das reportagens que trazem a verdade sobre uma situação que o governo tentou esconder dos brasileiros, é o próprio vice-presidente, Michel Temer que assume uma postura dura e aponta para um rompimento rápido e definitivo.

 Depois de pedir a Dilma Rousseff que o governo evitasse se envolver na disputa do PMDB da Câmara, Michel Temer repetiu o recado ao ministro Jaques Wagner (Casa Civil).

A aliados, o vice-presidente classificou como “último aviso” a comunicação que fez ao ministro. Mesmo depois da conversa entre ele e Dilma, continuaram as manobras da ala governista do partido para destituir o novo líder, Leonardo Quintão (MG), que assumiu com apoio da ala pró-impeachment, e realocar Leonardo Picciani (MG) no comando.

A estratégia para fortalecer Picciani envolve nomeação de deputados de outros partidos para secretarias na prefeitura e no governo do Rio, exoneração de secretários do PMDB para assumir o mandato e votar no Leonardo fluminense e filiação de políticos de outros partidos ao PMDB.

O grupo de Temer diz que, a insistir na intervenção em assuntos internos do partido, o governo precipitará o rompimento definitivo com o vice.

No roteiro do vice – que assumirá a Presidência num eventual afastamento de Dilma – o ponto principal é a unificação da bancada do PMDB da Câmara, dividida ao meio pelos vai e vens sobre a escolha do seu líder.

No campo oposto, o Palácio do Planalto aumenta a pressão sobre os deputados da bancada peemedebista que detêm cargos do governo federal, sobretudo nos Estados. As ameaças lado a lado serão cada vez mais frequentes.

Na conversa que tiveram na noite de quarta-feira, Temer e Dilma afirmaram que buscariam uma convivência “profícua”. No entanto, o vice deixou claro que vai se dedicar ao comando do PMDB.

Antes, porém, o vice almeja unificar a bancada do partido em torno do seu nome.

Depois, pretende atrair para sua órbita outros partidos da base do governo, como PSD, PR, PTB e PP. O arremate da tática é forçar a saída dos ministros peemedebistas remanescentes na Esplanada.

 

Segundo relatou ao Estado um auxiliar do vice-presidente, a estratégia inicial é “consolidar” a força de Temer na Câmara.

 

“Esse é o primeiro passo, pois temos certeza de que, se houvesse uma convenção nacional do partido agora, a tese do rompimento venceria de lavada”, disse. Hoje, no entanto, o Planalto ainda exerce muita influência na bancada.

 

CONSTITUIÇÃO AMPARAR IMPEACHMENT

Para piorar a situação de Dilma, começam a surgir opiniões de juristas renomados que garantem a legalidade do processo iniciado na Câmara Federal.

Uma delas diz que “a presidente da República violou a lei de Responsabilidade Fiscal. Foi essa a posição defendida na Comissão Especial criada pelo Conselho Federal da OAB para analisar o assunto. Dentre as principais irregularidades da gestão do ano de 2014, temos atrasos de pagamento do governo federal à Caixa Econômica Federal, ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

O Governo Federal realizou, no exercício de 2014, verdadeiras operações de crédito, o que é vedado pelo artigo 36 da Lei de Responsabilidade Fiscal. É verdade que inexiste um documento formal para essas transações, mas, longe estão de serem meros atrasos de repasse como  defendem alguns.

Temos também as irregularidades na gestão fiscal, na medida que o governo federal não fez o contingenciamento e com isso violou a lei de Responsabilidade Fiscal. Quando o PLN 26/2014 foi editado pelo Executivo, a situação fiscal já estava comprometida. Houve um retardamento proposital, na medida que as práticas acima foram praticadas ao longo do ano de 2014. Este fato criou expectativas falsas à população e aos investidores, fatores que trouxeram inúmeros reflexos e prejuízos.

Em resumo, temos que as irregularidades apontadas pelo TCU nas condutas acima, representam distorções na ordem de R$ 106 bilhões, segundo se extrai do relatório do Ministro João Augusto Ribeiro Nardes. Constituem crime de responsabilidade, como definido no artigo 85 da Constituição Federal e artigo 9º da Lei 1.079/50.

 

POLÍCIA FEDERAL CHEGA A LULA

A Polícia Federal expediu mandado para que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seja intimado a prestar depoimento na Operação Zelotes. O mandado 6262 é do dia 3 de dezembro e define o comparecimento de Lula na próxima quinta-feira, dia 17, na sede da Polícia Federal, em Brasília.

Lula assinou as medidas provisórias 471/2009 e 512/2010, que estão sob suspeita de terem sido compradas por esquema de corrupção que envolve lobistas e montadoras de veículos que se beneficiaram de prorrogação de incentivos fiscais definidas por essas normas.

O filho mais novo de Lula, Luís Claudio Lula da Silva, recebeu 2,5 milhões de reais da Marcondes & Mautoni, consultoria contratada pelas montadoras para fazer o lobby pelas MPs. Os sócios da consultoria, Mauro e Cristina Marcondes, estão presos pela PF e já foram denunciados.

O filho de Lula prestou depoimento e é alvo de um novo inquérito que investiga sua relação com a empresa de lobby. Perícia da PF identificou que o trabalho que Luís Claudio diz ter prestado para a Mautoni se resume a cópia de material produzido na internet, em especial o site Wikipedia.

O ex-ministro Gilberto Carvalho também é alvo das investigações sobre a suposta compra de MPs na época em que ele era chefe de gabinete de Lula. E-mails indicam relação de proximidade do ex-ministro com Mauro Marcondes.

Luís Claudio e Gilberto Carvalho negam que tenham envolvimento no esquema de compra de MPs.

Se Dilma e o PT se safarem dessa situação toda, algo de muito podre estará rondando Brasília.

Quem viver verá!

Posted On Segunda, 14 Dezembro 2015 07:33 Escrito por

O governo Marcelo Miranda vem sofrendo um tipo de “fogo amigo” insólito.  O “fogo-amigo” trapalhão, que atira para todos os lados e não mede as conseqüências de seus atos.

Esses “mui amigos” como o secretário da Fazenda, Paulo Teixeira, convocado a prestar esclarecimentos na Assembleia Legislativa, que afirmou com todas as palavras que o governo não tem dinheiro em caixa para pagar o 13º salário dos servidores estaduais, deixando famílias em pânico, com contas em atraso e novas contas a pagar.

Depois de ver a “burrada” que fez, voltou atrás e disse que os recursos para o 13º dos servidores está garantido.

De onde esse senhor tira tanto dinheiro assim, de uma hora para outra?

Falamos isso, porque esse mesmo secretário não honrou, dias taras, um acordo firmado entre o governador e o Sindicato dos Trabalhadores na Saúde, sobre o pagamento de uma parcela do adicional noturno.  O resultado foi a imediata decretação de greve por parte do Sintras.  No dia seguinte, o secretário “arrumou” dinheiro e pagou a parcela que disse não ter como pagar.

 

O RESTO DA “TROPA”

As declarações de Paulo Teixeira na Assembleia Legislativa, serviram para que outros “mui amigos” trapalhões saíssem da toca e soltassem o verbo contra o governo.

Coincidentemente, os três “trapalhões” que se juntaram ao secretário da Fazenda na atitudes destrambelhadas são portuenses.

Paulo Mourão, deputado estadual pelo PT, Ricardo Ayres, do PSB, e pré-candidato à prefeitura de Porto Nacional, e Nilton Franco, do próprio PMDB, se apressaram em disparar uma saraivada de declarações que nada ajudam o governo do qual dizem fazer parte.

Mourão, Ayres e Franco acusaram o governo Marcelo Miranda de falta de atitude, falta de ação – para não dizer falta de gestão – no combate à crise financeira que eles dizem ser do estado, mas que, na verdade assola todo o País.

Resta saber por quanto tempo Marcelo Miranda resistirá quieto a tantas punhaladas nas costas, proferidas por pessoas que considera “companheiros”?

Perguntar não ofende....

Paulo Mourão, inclusive, líder do governo, se absteve de votar um Projeto de Lei que o próprio governador enviou à AL, tratando sobre adicionais para delegados da Polícia Civil, com um argumento prá lá de confuso que, segundo alguns analistas políticos lembrou a passagem bíblica que diz que “Judas negou conhecer Jesus”.

Já a situação de Ricardo Ayres, prá candidato à prefeitura de Porto Nacional, é diferente, e foi respondido à altura por um membro da cúpula estadual do partido, de onde um de seus membros afirmou que o posicionamento do deputado “não é surpresa, haja vista que Ayres deu o voto que sacramentou  a reprovação das contas de Marcelo Miranda e que o afastou da vida política por oito anos”.

Para esse peemedebista, a união dos “três trapalhões” contra Marcelo Miranda já é um aviso do que acontecerá nas eleições municipais de 2016, já que Ricardo Ayres é pré-candidato á prefeitura de Porto Nacional.

Logo, é bom o governador Marcelo Miranda revigorar suas forças nessa viagem de trabalho ao exterior ese preparar para muito fogo amigo e muita punhalada.

Quem viver verá!

Posted On Sexta, 11 Dezembro 2015 13:07 Escrito por
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