Folha de serviços prestados ao Estado. Esse é o principal carro-chefe que puxa as candidaturas para o rol dos favoritos em 2018
Fazendo uma análise pragmática do atual momento da política tocantinense, é fácil fazer o prognóstico sobre os favoritos para as eleições do ano que vem. Claro que falta ainda confirmar candidaturas e combinar com os eleitores, mas dentre os nomes cogitados para o Senado e para o governo do Estado, Siqueira Campos e Vicentinho despontam como favoritos para o parlamento e Marcelo Miranda para o Executivo Estadual, cada um por motivos diferentes, obviamente.
O atual governador conseguiu atravessar os momentos de turbulência no comando do leme do Estado e começa a colher os frutos da sua persistência e humildade, conseguindo até a realização de obras importantes para a população e dando um recado aos adversários de que, mesmo sob bombardeio, o “soldado” conseguiu cruzar a linha inimiga.
Marcelo e tem grandes chances de vitória, pois sua candidatura soma mais obras realizadas no Tocantins do que qualquer dos seus adversários conseguiria totalizar.
Mais que isso, o governador já está praticamente curado, após mais de quatro meses de tratamento médico, quando passou por um procedimento cirúrgico e enfrentou uma perda de quase 16 quilos. Com forças renovadas, Marcelo Miranda vai “por o pé na estrada”, a começar desta quinta-feira, quando vai visitar e inaugurar obras, além de assinar ordens de serviço, e confraternizar com correligionários, lideranças e com a população das cidades do Norte do Estado e do Bico do Papagaio.
Na última terça-feira, Marcelo Miranda recebeu telefonemas de Brasília, que trouxeram a boa notícia da amortização e rolagem das dívidas dos estados, aprovados no Senado Federal, que serão sancionados pelo presidente Michel Temer assim que ele chegar da Rússia, o que significa um alívio para estados e municípios que contraíram empréstimos e estão vivendo numa gangorra entre pagamentos e aplicações de recursos em obras.
As notícias de Brasília são um aviso de que o Tocantins terá recursos para investir em infraestrutura e que uma linha de crédito será aberta para o Estado junto ao BNDES.
Infelizmente, outra vitória de Marcelo Miranda, uma linha de crédito subsidiado, com pagamento elástico e com dois anos de carência, libareados pelo banco do Brasil e pela Caixa Econômica Federal, está pendente de aprovação por parte da Assembleia Legislativa, aonde um grupo de deputados tem criado empecilhos para que essa verba não seja liberada este ano.
O que mais reforça a robustez de uma candidatura de Marcelo à reeleição é justamente o tratamento que ele vem dando a essa mesquinharia dos deputados, não baixando o nível, buscando soluções diplomáticas e outras vias para garantir que o povo do Tocantins não fique sem as benfeitorias que as obras trarão.
É esse espírito conciliador e democrático que os senhores deputados tanto temem em Marcelo Miranda, mas que, ao agirem assim, fazem questão de fazer saltar aos olhos da população.
VICENTINHO MOSTRA SOLIDEZ
Já o senador Vicentinho Alves vem mostrando o quanto o trabalho de formiguinha é importante e rende bons resultados. Agindo tal qual mineiro, saiu da bancada dos coadjuvantes no Senado e chegou à primeiro-secretário da Mesa Diretora da Casa, responsável por toda a administração do Senado Federal, cargo de muita relevância, principalmente para um senador de um Estado com menos de dois milhões de habitantes e com uma das menores representatividades, com apenas oito cadeiras na Câmara Federal. Ao fim de seu mandato como primeiro secretário, tornou líder do seu partido, o PR, cargo que lhe proporciona estar constantemente reunido com ministros e com o Presidente da República.
Hoje, Vicentinho também é o coordenador da bancada federal do Tocantins, cargo só confiado àqueles capazes de agregar, delegar e articular com maestria.
Vicentinho também é campeão em liberação de recursos para os municípios do Tocantins, garantindo uma extensa folha de serviços prestados que lhe colocam, de forma natural, na lista dos favoritos para 2018.
Ressaltamos que essa é uma fotografia do quadro atual e que política é como as nuvens. A cada instante assume uma forma diferente. Portanto, só o tempo dirá se este quadro permanece inalterado ou mudanças repentinas vão embaralhar as peças desse jogo de xadrez.
PERFIL
Marcelo de Carvalho Miranda
Marcelo de Carvalho Miranda (Goiânia, 10 de outubro de 1961) é um político brasileiro filiado ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB). Atualmente, é Governador do Estado Tocantins, cargo que ocupa pela terceira vez. É casado com a deputada federal Dulce Miranda (PMDB) com quem tem dois filhos.
Foi eleito deputado estadual pela primeira vez em 1990, sendo reeleito em 1994 e 1998. Por duas vezes consecutivas chegou a presidir a Assembleia Legislativa do Tocantins. Naquele período, integrou a União Nacional dos Legislativos Estaduais (Unale), quando articulou a criação do Parlamento Amazônico, do qual foi presidente de 2001 a 2002.
Em 2002 foi eleito pela primeira vez para o cargo de Governador do Estado do Tocantins com 60% dos votos válidos e assumiu o mandato de 2003 a 2006. Seu trabalho foi reconhecido pelos tocantinenses, que o reelegeram para o seu segundo mandato à frente do Estado. Em 2014, Marcelo Miranda retornou ao cargo de chefe do Executivo tocantinense em uma eleição na qual obteve 51,3% dos votos validos, a frente de Sandoval Cardoso (SD).
Vicentinho Alves
Prefeito de sua cidade natal Porto Nacional entre 1989 e 1992, elegeu-se por dois mandatos consecutivos, 1998 e 2002, a deputado estadual chagando a presidir a Assembléia Legislativa do Tocantins.
Em 2006 obteve nas urnas o mandato de deputado federal. Tendo pertencido ao PDT, PFL, PSDB, PL,e PR.
Nas eleições estaduais no Tocantins em 2010, Vicentinho Alves disputou uma das duas vagas ao Senado Federal, mas obteve o 3º lugar, com 332.295 votos. Entretanto, Marcelo Miranda teve sua candidatura indeferida com base da lei complementar 64/90 pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 16 de novembro de 2010, garantindo a Vicentinho Alves a diplomação e posse como senador do Tocantins a partir de 1º de fevereiro de 2011.
Foi Primeiro-Secretário da Mesa Diretora, cargo responsável pela administração e supervisão do Senado Federal.
Atualmente é líder do PR e coordenador da bancada federal tocantinense.
José Wilson Siqueira Campos
José Wilson Siqueira Campos (Crato (CE), 1 de agosto de 1928), mais conhecido apenas pelo seu sobrenome Siqueira Campos, é um político brasileiro filiado ao Partido da Social Democracia Brasileira.
Foi o primeiro governador do estado do Tocantins, já tendo exercido o cargo em três mandatos anteriores (de 1989 a 1991, de 1995 a 1998 e de 1999 a 2002). É pai do empresário, pedagogo e também político Eduardo Siqueira Campos, primeiro prefeito eleito de Palmas (1993-1997) e senador da república pelo Tocantins (1999-2007). Renunciou ao cargo de governador do Tocantins em 5 de Abril de 2014, juntamente com o vice João Oliveira (DEM). Desde então, não se candidatou a nenhum cargo público.
Lula é o ‘mais nocivo’ da lava jato, diz pesquisa Levantamento do Instituto Paraná Pesquisa no DF avaliou o impacto da Lava Jato nos enrolados na operação: 87,1% dos entrevistados avisaram que não votarão em candidato “que tem o nome envolvido em denúncias da operação”. Entre os enrolados, entrevistados classificam Lula como o “mais nocivo para o Brasil”, com 37%. Aécio é o segundo (14,5%), seguido por Eduardo Cunha (12,7%) e Sérgio Cabral (4,6%). A informação é do colunista Cláudio Humberto, do Diário do Poder.
A pesquisa aponta entre os empresários mais “nocivos” Marcelo Odebrecht (4,3%), Joesley Batista (4,1%) e Eike Batista (2,4%).
José Dirceu e Antonio Palocci, ex-ministros de Lula, são “os mais nocivos” dos enrolados para 2,4% e 1,3% dos entrevistados.
A pesquisa de opinião foi realizada em todo o Distrito Federal com 1.516 eleitores a partir dos 16 anos entre os dias 14 e 18 de junho.
O Paraná Pesquisa verificou que hoje 83,2% desaprovam o governo Temer. Há dez meses, em agosto, a desaprovação era de 50,3%.
Advogados de Lula alegam que Tríplex era da caixa, mas o banco nega Após a entrega das alegações finais ao juiz SérgioMoro, nesta terça-feira (20), o ex-presidente Lula já aguarda sentença para qualquer momento, no caso em que é acusado de receber propina da construtora OAS por meio da reforma no tríplex do Condomínio Solaris, na praia do Guarujá, e no pagamento da guarda de objetos do petista em um depósito da transportadora Granero. Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, confirmou em suas alegações finais que Lula era mesmoo dono do imóvel e por esse motivo a construtora não pôde comercializá-lo.
Agora, o juiz Sérgio Moro poderá definir a qualquer momento a sentença, em que poderá condenar ou absolver os réus. Nas alegações de Lula, seus advogados defendem sua absolvição alegando que o apartamento tríplex pertenceria à Caixa Econômica Federal.
A Caixa informou, em nota, que “não é dona dos direitos econômicos e financeiros do apartamento tríplex no Guarujá”. “Em 2009, o FGTS adquiriu debêntures da OAS Empreendimentos garantidas, entre outros, pela hipoteca do empreendimento Solaris (de propriedade da OAS Empreendimentos). Tal garantia não impede a comercialização dos imóveis”, completa o comunicado.
A Caixa Econômica é a gestora dos recursos do FGTS. O banco faz investimentos com o dinheiro que está parado no fundo. Segundo a Caixa, um desses investimentos foi a compra de debêntures da OAS, em 2009.
Plenário do STF decide se Fachin continua como relator dos processos da JBS
Segundo apurou o Correio Braziliense, a probabilidade é de que Fachin seja mantido no caso, ainda que não por unanimidade O questionamento básico que permeará a sessão de hoje é por que Fachin relata o inquérito da JBS se, em tese, o caso não tem uma conexão direta com a Lava-Jato, tema ao qual ele se dedica desde a morte do ministro Teori Zavascki. Fachin falará que, em outros momentos, foi responsável por casos envolvendo a JBS e que não há razões para realizar um sorteio para troca de relatores neste momento.
Segundo apurou o Correio, a probabilidade é de que Fachin seja mantido no caso, ainda que não por unanimidade, e as delações, validadas. A preocupação é com a credibilidade das investigações e do julgamento. Por outro lado, há quem argumente que vai contra Fachin a própria decisão dele, ontem, de transferir casos contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do deputado cassado Eduardo Cunha de Curitiba para Brasília, sob argumento de que não tinham relação com a Lava-Jato. Se é assim, então a JBS também deveria sair.
Independentemente da decisão, em seus votos, os ministros darão recados políticos claros sobre o atual momento de crise.O mote central, que deve ser puxado por Gilmar Mendes, já que ele tem repetido esse discurso em diversos momentos, é de que “não é possível que o Judiciário fique refém do Ministério Público”.Gilmar já havia criticado os procuradores no julgamento do pedido de cassação da chapa Dilma-Temer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Outro ponto que deve estar presente nos debates de hoje é a necessidade de cautela neste momento de crise, e, especialmente, a importância do respeito à independência e soberania dos poderes. Especialistas em Judiciário veem , nessa linha de raciocínio, um recado claro de que não é prudente um poder pedir a prisão de um integrante de outro poder, desnecessariamente, apenas para prestar contas à sociedade.
Essa argumentação interessa, e muito, ao senador Aécio Neves (PSDB-MG). O tucano mineiro ganhou ontem fôlego extra na primeira turma do STF. O colegiado analisava os dois recursos do senador que pediam a revogação da suspensão do mandato de senador e do pedido de prisão.
Na semana passada, o advogado de Aécio, Alberto Zacharias Toron, havia solicitado que os dois recursos fossem analisados pelo plenário do STF, não pela primeira turma, composta por Marco Aurélio, Luís Roberto Barroso, Rosa Weber, Alexandre de Morais e Luiz Fux. O presidente da Turma, ministro Marco Aurélio, negara o pedido. Ontem, Toron repetiu a solicitação. Marco Aurélio reconsiderou a posição anterior, prometeu dar uma resposta depois e suspendeu a análise dos recursos de Aécio.
“Ele vai levar a decisão para o plenário. O que Marco Aurélio fez ontem foi dar um freio de arrumação, mandando a mensagem que, primeiro, o STF precisa resolver a questão Fachin/JBS para, só então, debruçar-se sobre o caso Aécio”, disse um especialista em STF. “Além disso, Marco Aurélio sempre prefere brilhar mais no plenário, que tem sessões transmitidas pela TV Justiça”, provocou um desafeto.
A aposta é que, mesmo se o tema for transferido para o plenário, dificilmente o resultado será diferente do que aconteceria na Primeira Turma. A tendência é de que Aécio não seja preso, mas continue afastado do mandato de senador. Como esse veredito ficou para depois, também foi cancelada a Executiva Nacional do PSDB, marcada para hoje. Os tucanos querem confirmar na presidência do partido o senador Tasso Jereissati (CE), que responde pela legenda interinamente desde que o pedido de prisão de Aécio foi apresentado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
O juiz federal Marcos Vinícius Reis Bastos, da 12ª Vara Federal em Brasília, rejeitou ação protocolada ontem (19) pela defesa do presidente Michel Temer contra o empresário Joesley Batista, dono da JBS.
Com Agência Brasil
Na ação, Temer pedia que o empresário fosse condenado pelos crimes de calúnia, difamação e injúria. A ação foi movida após entrevista do empresário à revista Época, publicada no último fim de semana, em que o Joesley diz que Temer é “o chefe da quadrilha mais perigosa do Brasil”.
Ao analisar o processo, o juiz entendeu que o empresário não cometeu os crimes ao citar o presidente na entrevista. No entendimento do magistrado, Joesley relatou os fatos no contexto de seus depoimentos de delação premiada.
“Não diviso o cometimento do crime de injúria, tendo o querelante feito asserções que, em seu sentir, justificam o comportamento que adotou [refiro-me aos fatos que indicou no acordo de colaboração premiada]. Na malsinada entrevista, narrou fatos e forneceu o entendimento que tem sobre eles, ação que se mantém nos limites de seu direito constitucional de liberdade de expressão”, disse o juiz.
Segundo a defesa de Temer, a entrevista foi “desrespeitosa e leviana”, além de ofensiva. Para os advogados, as declarações de Joesley levam a sociedade a questionar a honradez de Temer.
“Na verdade, todos sabem o real objetivo do querelado [Joesley] em mentir e acusar o querelante [Temer], atual presidente da República: obter perdão dos inúmeros crimes que cometeu, por meio de um generoso acordo de delação premiada que o mantenha livre de qualquer acusação, vivendo fora do país com um substancial (e suspeito) patrimônio”, diz trecho da petição inicial do processo.
Duas delações que já estão em Poder da Justiça, por dois relatores, podem implodir a Classe Política tocantinense a qualquer momento. São documentos e depoimentos com detalhes e provas incontestáveis.
Por: Edson Rodrigues
A investigação que segue em segredo de Justiça necessita da homologação do Supremo Tribunal Federal (STF), uma vez que entre os delatados, quatro possuem foro privilegiado por exercerem mandatos eletivos.
No entanto, uma fonte em Brasília nos adiantou que parcialmente o conteúdo dos documentos, caso sejam confirmados durante a investigação será devastador para a carreira política de muitos tocantinenses, com o possível bloqueio de bens e contas bancárias, devolução do erário público, dentre outras punições. Conforme nossa fonte, essa operação, que até o momento é apenas investigação de denúncias e delações estão sendo realizadas por meio da Justiça em Brasília, e pode ser desencadeada e exposta para os tocantinenses a qualquer momento, mediante homologação do STF.
Paralelo a esta investigação, existem outras que estão em tramitação e não dependem de autorização para seu desencadeamento, portanto podem ser deflagradas pela Justiça. Estas mencionam gestores, políticos, ex-políticos e diversos tocantinenses, outras investigações estão em curso no País, e que mais uma vez envolve conhecidos no cenário público do Estado.
Segundo uma fonte informou ao O Paralelo 13, quando vierem à tona, elas podem trazer efeitos devastadores. A investigação, conforme tomamos conhecimento trata-se de mais uma operação de combate à corrupção, que envolve pessoas em todos os escalões e esferas da administração pública.
A classe política brasileira em sua maioria está envolvida em inquéritos e investigações por diversas irregularidades, dentre elas a maior parte dos casos trata-se de corrupção, malversação do bem público. Isso se dá em todas as esferas, municipal, estadual e federal. No Tocantins, Norte do País assim como demais estados a realidade não diferencia. Órgãos fiscalizadores como os Tribunais de Contas do Estado, da União, Ministério Público Federal e Estadual, Tribunais Justiça estão abarcados de processos, inquéritos, assim como a Polícia Federal com inúmeras investigações e executando operações.
Assembleia
Ao que consta, e tivemos acesso, membros do Legislativo Estadual estão atolados dos pés à cabeça, comprometidos com diversos esquemas. Até o momento, três nomes são citados nas investigações como envolvidos no caso. Caso as investigações tornem-se processos, estes podem até serem impedidos, assim como o senador Aécio Neves de exercerem mandatos temporariamente.
Sem associação alguma, o mais peculiar e intrigante deste caso, é que tais envolvidos nos esquemas são os mesmos que hoje são contra o projeto do Executivo em contrair um empréstimo voltado para a construção da Ponte sobre o Rio Tocantins, em Porto Nacional, construção e ampliação dos hospitais de Palmas, Araguaína e Gurupi, duplicação das Rodovias e inúmeras outras obras de cunho social.
Pelos documentos parciais, em que o Paralelo 13 obteve acesso, acreditamos que o Ministro Edson Fachim pode optar pelo afastamento do exercício da função de pelo menos dois dos deputados do Tocantins envolvidos no caso. Podemos apenas supor, jamais ter certeza do que se passa em cabeça de Juiz.
Soubemos ainda que as autoridades que investigam os casos já são conhecedoras de todos os detalhes, com provas incontestáveis. Segundo nossa fonte, mais de 80% dos investigados e supostamente envolvidos com o esquema de corrupção fazem parte da classe política. Existe ainda aquela minoria, considerada “o baixo clero”, que receberam mesadas, tiveram passagem por gabinetes de alguns deputados na Assembleia e também pelo Palácio Araguaia, lugares estratégicos e com poder de decisão. Tem um ex-deputado federal, que após tornar pública duas delações corre sérios riscos de perder o emprego que conseguiu há pouco mais de três meses. Ao que parece, em breve veremos o “Tocantins sendo passado a limpo”.
Fiscalização
O Ministério Público Federal e Estadual tem sido incansável em sua atuação no combate à corrupção. No Tocantins, além do MPE, temos ainda o trabalho desenvolvido pela Justiça Estadual e a Defensoria Pública que em todas as seccionais tem contado com profissionais éticos e implacáveis em defender o direito do cidadão.
O trabalho destes órgãos não tem se limitado apenas no combate à corrupção, mas no apoio as pessoas que necessitam que seus direitos sejam assegurados por meio da justiça. A imprensa considerada por muitos como o quarto poder, que tem a função de levar a sociedade informações imparciais, verídicas, independente de quem ou o que se trata também contribui para a divulgação de fatos, e além de muitos descobertos pela imprensa esperamos que além do trabalho desempenhado por todos os órgãos, a população faça o seu próprio julgamento dos políticos tocantinenses que no próximo ano colocarão seus nomes para disputar um cargo eletivo nas eleições de 2018. Que analisem na escolha do Executivo, do senado, dos deputados estaduais e federais. Lembrando que estes o representará por quatro anos, no caso do senador, o mandato é de oito anos.
Resultado baseia-se na análise de ações controladas, como a do flagrante do ex-assessor do presidente puxando mala com R$ 500 mil
As informações são do Estado de São Paulo
No inquérito devolvido nesta segunda-feira, 19, ao Supremo Tribunal Federal (STF), a Polícia Federal concluiu que há indícios de materialidade da prática de crime de corrupção passiva pelo presidente Michel Temer e seu ex-assessor Rodrigo Rocha Loures. Embora tenha concluído essa parte da apuração, os delegados federais pediram mais cinco dias de prazo para encerrar a investigação sobre os crimes de organização criminosa e obstrução de Justiça.
O pedido de dilação do prazo pela PF tem como objetivo aguardar o término do laudo final da perícia no áudio da conversa gravada pelo empresário Joesley Batista, do grupo J&F, com Temer. O Estado apurou que a demora na produção do laudo se dá pela má qualidade da gravação.
No caso do crime de corrupção passiva, o Estado apurou que a conclusão baseou-se na análise das ações controladas - uma delas que flagrou Loures correndo com uma mala de R$ 500 mil - e em dois laudos produzidos a partir da análise das conversas gravadas entre Loures e o diretor de Relações Institucionais do grupo J&F, Ricardo Saud.
Saud filmou e gravou, no dia 28 de abril deste ano, encontros nos quais acertou e repassou a Loures a mala dos R$ 500 mil, em um restaurante, em São Paulo. Hesitante em pegar o dinheiro naquela ocasião, o peemedebista chegou a sugerir um tal "Edgar" para buscar os valores, já que "todos os outros caminhos estavam congestionados".
Na conversa, Saud ainda questiona se o interposto sugerido por Loures para supostamente receber valores é "o Edgar que trabalha para o presidente". “Bom, se é da confiança do chefe, não tem problema nenhum.”
Apesar de tentar indicar outra pessoa para receber os valores, o então deputado federal acabou combinando, no mesmo dia, de pegar a mala de propinas em uma pizzaria indicada por ele, em São Paulo na rua Pamplona. Saud também filmou o diálogo, em um estacionamento.
O valor seria entregue semanalmente pela JBS ao peemedebista, em benefício de Temer, como foi informado nas gravações, pelo diretor de Relações Institucionais da holding. “Eu já tenho 500 mil. E dessa semana tem mais 500. Então você te um milhão aí. Isso é toda semana. Vê com ele (Michel Temer)”, afirmou Saud a Loures.
Loures é acusado de exercer influência sobre o preço do gás fornecido pela Petrobrás à termelétrica EPE – o valor da propina, supostamente "em benefício de Temer", como relataram executivos da JBS, é correspondente a 5% do lucro que o grupo teria com a manobra.
Em notas anteriores, o Palácio do Planalto negou irregularidades envolvendo o presidente.