DEMISSÕES E FUSÕES. É CHEGADA A HORA DA DECISÃO
Por Edson Rodrigues
Agora não tem outra opção. O governo Marcelo Miranda deve começar em breve as demissões de funcionários comissionados e terceirizados e as fusões e extinções de secretarias e autarquias para que os cofres do Estado tenham recursos suficientes para pagar o 13° salário. A ordem é enxugar os gastos em todas as vertentes, desde veículos públicos na capital e no interior, até material de escritório, combustível e diárias.
A queda do FPE continua empurrando os recursos do Estado ladeira abaixo e o país está, literalmente, em estado profundo de recessão, com o desemprego chegando à casa dos 13 milhões de pessoas, a inadimplência crescendo a galope, os preços da cesta básica em alta, levando o consumidor a diminui a intensidade das compras, os assalariados estão no limite de endividamento, a construção civil, praticamente parada, o comércio de um modo geral, já começou a demitir, o custo de água, energia, também estão nas alturas. Nem mesmo o governo federal consegue cumprir seus compromissos, e vem deixando de repassar verbas “carimbadas” aos estados, piorando a situação de todos.
O quadro nacional é desanimador. A queda na comercialização de máquinas e veículos zero, a maior nos últimos 30 anos, os bancos com linhas de créditos suspensas, importações e exportações em queda e o investimento em obras e ações básicas de Saúde e Infraestrutura andando em passos de formiga. O Senado acaba de aprovar a diminuição de 36 para 29 ministérios, o que deve ser sancionado e acatado pelo presidente Michel Temer.
No Tocantins, a seca castiga o estado, o sofrimento das famílias de baixa renda é grande, para obterem água. O governo não tem como penalizar mais a população com aumentos de tributos, impostos. O país e os estados passam por uma das piores crises, no sistema de saúde, com os recursos minguados. O estado tenta minimizar a crise, mas o rombo nas contas da saúde é astronômico.
Segundo auditória realizada pela polícia federal (PF) e auditores do Sistema Único de Saúde (SUS), grande parte dessa situação foi provocada pelo rombo é de mais de R$: 9 bilhões de reais, perpetrado por coordenadores e diretores do sistema de Saúde dos governos passados. Os hospitais públicos regionais estão em situações caóticas, haja vista que não possuem crédito para comprar a prazo no comércio local, as concorrências não aparecem, todos com temor de vender e não receber pelos serviços prestados ao estado.
Na Assembleia Legislativa, deputados da oposição e da situação concordam que o corte nos gastos é a única saída para a crise e sempre que podem cobram essas atitudes do governo do Estado.
AÇÃO E ATITUDE
Os tempos são difíceis e turbulentos, com o País tentando reencontrar os rumos e a população descontente com a classe política e sobrecarregada com os impostos, pouco propensa a novos sacrifícios e descontente com a classe política.
É hora de ação, de retomar as rédeas e agir como verdadeiro líder, colocando os interesses da população como prioridade total e deixando de lado as vaidades e picuinhas políticas para tentar recuperar credibilidades e finanças.
Voltamos a dizer que o governador Marcelo Miranda, caso não faça o mencionado acima, até o dia 15 de outubro, minará a capacidade do Estado de ter condições de fechar o ano de 2016, em dia com os credores e fornecedores e, principalmente com o pagamento do funcionalismo estadual.
Somente com ação, com reação e com atitude o Tocantins poderá provar que é um Estado sério e que tem um governo capaz e digno do seu povo.
Este editorial é apenas um esboço de uma grande reportagem a ser veiculada na edição impressa de O Paralelo 13, ainda esta semana.
Aguardem!
VEJA DIZ QUE GOVERNO QUER ABAFAR LAVA JATO. ÉPOCA PERGUNTA QUEM TEM MEDO DE CUNHA E ISTOÉ FALA DE LULA, CADA VEZ MAIS COMPROMETIDO COM AS DELAÇÕES
VEJA
Governo quer abafar a Lava Jato, diz AGU demitido
Demitido por telefone pelo presidente Michel Temer na sexta-feira passada, o advogado-geral da União, Fábio Medina Osório, resolveu quebrar o protocolo. Em vez de anunciar a saída com elogios a quem fica e sumir do mapa, ele decidiu pôr a boca no trombone. Em entrevista a VEJA no mesmo dia da demissão, Medina disse que sai do posto porque o governo não quer fazer avançar as investigações da Lava-Jato que envolvam aliados. Diz: “O governo quer abafar a Lava-Jato”. Medina entrou em rota de colisão com seu padrinho, o poderoso ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha. Gaúchos, os dois se conhecem do Rio Grande do Sul, onde Medina foi promotor de Justiça, especializado em leis de combate à corrupção, e Padilha fez sua carreira política.
Medina conta que a divergência começou há cerca de três meses, quando pediu às empreiteiras do petrolão que ressarcissem o Erário pelo dinheiro desviado da Petrobras. Depois disso, Medina solicitou acesso aos inquéritos que fisgaram aliados graúdos do governo. Seu objetivo era mover ações de improbidade administrativa contra eles. A Polícia Federal enviou-lhe uma lista com o nome de catorze congressistas e ex-congressistas. São oito do PP (Arthur Lira, Benedito Lira, Dudu da Fonte, João Alberto Pizzolatti Junior, José Otávio Germano, Luiz Fernando Faria, Nelson Meurer e Roberto Teixeira), três do PT (Gleisi Hoffmann, Vander Loubet e Cândido Vaccarezza) e três do PMDB (Renan Calheiros, presidente do Congresso, Valdir Raupp e Aníbal Gomes). Com a lista em mãos, Medina pediu ao Supremo Tribunal Federal para conhecer os inquéritos. Recebida a autorização, a Advocacia-Geral da União precisava copiar os inquéritos em um HD. Passou um tempo, e nada. Medina conta que Padilha estava evitando que os inquéritos chegassem à AGU, e a secretária encarregada da cópia, Grace Fernandes Mendonça, justificou a demora dizendo que não conseguia encontrar um HD externo, aparelho que custa em média 200 reais. “Me parece que o ministro Padilha fez uma intervenção junto a Grace Mendonça, que, de algum modo, compactuou com essa manobra de impedir o acesso ao material da Lava-Jato”, conta Medina. O ex-advogado-geral diz que teve uma discussão com o ministro Padilha na quinta-feira, na qual foi avisado da demissão. No dia seguinte, recebeu um telefonema protocolar do presidente Temer. Grace Mendonça, assessora do HD, vai suceder a ele.
O ministro Padilha, que se limitou a divulgar um tuíte agradecendo o trabalho de Medina, manteve distância da polêmica e não deu entrevistas. Exibindo mensagens em seu celular trocadas com o procurador Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Lava-Jato, e com o juiz Sergio Moro, Medina afirma que a sua demissão tem significado maior — o de que o combate à corrupção não está nas prioridades do governo Temer. “Se não houver compromisso com o combate à corrupção, esse governo vai derreter”, afirma ele. Ainda assim, Medina faz questão de dizer que nada conhece que desabone a conduta do presidente.
ÉPOCA
Eduardo Cunha, o homem mais temido de Brasília
Na manhã de quinta-feira, dia 8, Eduardo Cunha, o homem que derrubou Dilma Rousseff e encerrou os 13 anos do PT no Planalto, decolou do Rio de Janeiro rumo a Brasília com a missão política mais difícil de sua vida: evitar a própria queda. Chegou ao Santos Dumont pouco antes das 7 horas, acompanhado de um de seus advogados. “Doutor Eduardo, deixa que eu carrego a mala para o senhor!”, disse um funcionário do aeroporto, ainda na porta. Um homem se aproximou. “Estou com você!”, disse, sorrindo. Na fila para o raio X, um dos seguranças gritou: “Vem por aqui, deputado!”. Cunha não topou passar na frente dos demais. Na entrada do avião, num voo normalmente ocupado por executivos com negócios em Brasília, mais assédio. “Estou torcendo pelo senhor. Tenha fé”, disse um passageiro, estendendo-lhe a mão. No desembarque em Brasília, uma mulher e sua filhinha pediram um selfie com ele. “Você é meu malvado favorito”, disse um homem, antes que Cunha deixasse o aeroporto, sem receber vaias ou xingamentos. “Só você para ter coragem de tirar a Dilma.”
O malvado favorito jactou-se. “Virei celebridade”, disse ele depois, meio brincando, meio a sério. Um voo entre Rio e Brasília não fornece exatamente uma amostra estatística da aprovação de ninguém. As pesquisas nacionais, pelo contrário, indicam um alto índice de rejeição ao deputado afastado, em virtude das pesadas denúncias de corrupção que pesam contra ele. Para a esquerda, dentro e fora do Congresso, e setores da opinião pública, Cunha é um capiroto, o tinhoso em si: perverso, reacionário, chantagista, desalmado. Enfim, não é um político, nem sequer uma pessoa. É uma caricatura. (No outro extremo ideológico, a caricatura, o tinhoso, chama-se Lula.)
O episódio na quinta-feira não foi uma exceção. Nos últimos meses, Cunha recebeu constantes afagos da torcida anti-PT, em especial nos compromissos em São Paulo e em Brasília. Para essa turma, o apelido malvado favorito diz tudo: Cunha pode até ser corrupto, mas os livrou de Dilma – e esse ato político, se não o absolve, ao menos provoca gratidão neles. O mesmo sentimento apresenta-se, em outra medida, entre um número considerável, embora difícil de precisar, de deputados. Gratidão política, pois estavam cansados de um governo que não lhes dava espaço (cargos e emendas) como gostariam, ou acham que mereciam. E gratidão pessoal, pois Cunha acumulou poder distribuindo favores a muitos deles. Favores pequenos, como conseguir emprego para familiares. Favores grandes, como arrecadar dinheiro para campanhas.
Entre os políticos de Brasília, seja na Câmara, seja no Planalto, essa gratidão mistura-se ao medo de que as razões dela venham a público. Cunha detém os segredos de, ao menos, duas centenas de deputados – do PMDB, do PP, do PTB, do PR, do PSD e dos demais partidos que compõem o centrão. Detém, em especial, os segredos dos políticos do PMDB que ascenderam ao poder com a queda de Dilma. Hoje, graças em larga medida a Cunha, eles ocupam os melhores gabinetes da Esplanada. Cunha ocupa, provisoriamente, um apartamento funcional da Câmara, que precisou mandar reformar. Perdeu a ampla residência oficial da presidência da Câmara, símbolo do poder e domínio que exercia sobre seus pares. Todos eram obrigados a ir até ele, obedecendo à liturgia do poder: aquele que manda mais recebe aqueles que mandam menos. Agora, não pode nem mais receber. Precisa deslocar-se para reuniões políticas. O que será dos políticos que ascenderam com Cunha, caso ele perca até o apartamento funcional?
ISTOÉ
E agora, Lula?
Nos próximos dias, o ex-presidente Lula terá de enfrentar uma tempestade perfeita – expressão inglesa usada para designar uma combinação desfavorável de fatores que se agravam até constituir o pior cenário possível. Vão prestar depoimento ao juiz Sérgio Moro o publicitário Marcos Valério, na segunda-feira 12, o ex-sócio da OAS, Léo Pinheiro, na terça-feira 13, e Marcelo Odebrecht, ex-presidente da empreiteira que leva seu nome, na quinta-feira 15 de setembro. Todos têm potencial explosivo para detonar o petista: Léo Pinheiro cuidou da reforma do tríplex de Lula e é conhecedor dos segredos mais recônditos do ex-presidente. Marcos Valério operou a compra de parlamentares no esquema conhecido como mensalão e já se dispôs a detalhar a chamada Operação Portugal Telecom, um acordo endossado por Lula, em encontro no Palácio do Planalto, que teria rendido a ele, a José Dirceu e o ex-tesoureiro Delúbio Soares a soma de R$ 7 milhões. E a empresa de Marcelo Odebrecht não só fez reformas no sítio frequentado por Lula, como pode desnudar as nebulosas negociações envolvendo a construção do estádio do Itaquerão, em São Paulo – que atingiria Lula em cheio, podendo levá-lo à prisão.
As provas contra o ex-presidente petista se acumulam e o cerco se fecha a cada átimo de tempo. Lula já é réu na Justiça Federal do DF sob acusação de tentar comprar o silêncio do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, que negociava um acordo de delação premiada e poderia revelar a relação do petista com o Petrolão. Este será o primeiro processo em que Lula vai se sentar no banco dos réus. O julgamento final não deve passar de novembro. Em despacho obtido por ISTOÉ, o juiz da 10º Vara do DF, Vallisney de Souza Oliveira, marcou para o dia 8 de novembro, às 9h30 da manhã, a primeira audiência de instrução e julgamento do processo contra o ex-presidente da República. Em geral, os réus costumam comparecer pessoalmente às audiências. Além de Lula, também são réus nesta ação seu amigo pecuarista José Carlos Bumlai, o filho dele, Maurício Bumlai, o ex-controlador do banco BTG Pactual André Esteves, o ex-senador Delcídio do Amaral (ex-PT-MS) e seu ex-assessor Diogo Ferreira. Neste dia, Lula ficará frente a frente com integrantes do Ministério Público Federal e com o juiz Vallisney. Depois dessa etapa, a ação penal entra na reta final e Lula pode receber sua primeira condenação.
Os acusadores
Lista dos que envolvem Lula em flagrantes casos de corrupção e desrespeito à Justiça cada vez aumenta mais:
Renato Duque: O ex-diretor de Serviços da Petrobras declarou ter se reunido com Lula e Paulo Okamotto, presidente do Instituto Lula, a fim de debater divisão de propina em contratos da Petrobras
Léo Pinheiro: O ex-sócio da OAS depõe na terça-feira 13 ao juiz Sérgio Moro e complicará Lula de vez nos casos do tríplex e bens armazenados pela empreiteira em balcão, em 2010
Delcidio Amaral: Ouvido na quinta-feira 1 em Curitiba, Delcídio detalhou à força-tarefa da Operação Lava Jato como a Petrobras foi usada por Lula para garantir a governabilidade e a reeleição
Marcelo Odebrecht: Ex-presidente da empreiteira depõe na quinta-feira 15 ao juiz Sérgio Moro e fornecerá detalhes sobre a construção do Itaquerão, que contou com as digitais de Lula
Ivan Claudio Marx: O procurador do DF atribuiu ao petista o papel de “chefe da organização criminosa” para obstruir os trabalhos da Justiça
Cassio Roberto Conserino e José Carlos Blat: Os dois promotores do MP de São Paulo já pediram a prisão de Lula por lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio
Marcos Valerio: Em depoimento na segunda-feira 12, o operador do mensalão detalhará a chamada Operação Portugal Telecom, que teria rendido R$ 7 milhões a Lula, Dirceu e Delúbio Soares
Teori Zavascki: Em depoimento na segunda-feira 12, o operador do mensalão detalhará a chamada Operação Portugal Telecom, que teria rendido R$ 7 milhões a Lula, Dirceu e Delúbio Soares
A ação tem como base a delação premiada de Delcídio. O ex-senador contou que participou da compra do silêncio de Cerveró a pedido de Lula. Foi por causa disso que o ex-líder do governo no Senado acabou preso, flagrado em um áudio no qual oferecia ajuda financeira à família do ex-diretor e até articulava um plano de fuga dele. Após abrir a boca, Delcídio deixou a prisão e delatou seus antigos companheiros de partido. O procurador Ivan Cláudio Marx, ao ratificar denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República, atribuiu ao petista o papel de “chefe da organização criminosa” para obstruir os trabalhos da Justiça. “Não se pode desconsiderar que, em uma organização criminosa, o chefe sempre restará na penumbra, protegido”. O próprio Lula confirmou em depoimento que se encontrou com Delcídio no seu instituto, em São Paulo, e que discutiram sobre a Lava Jato, embora negue que nunca conversaram sobre a compra do silêncio de Cerveró. A versão é completamente inverossímil, no entendimento dos procuradores. Ouvido na quinta-feira 1 em Curitiba, Delcídio reforçou que Lula tinha participação direta no esquema de loteamento político na Petrobras.
Não apenas os procuradores da República estão convencidos da atuação direta de Lula no sentido de atrapalhar o trabalho do Judiciário. Na última quinta-feira 8, o ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), demonstrou ter pedido a fleuma ao se referir a Lula. Normalmente técnico e circunspecto, o ministro fez uma de suas manifestações mais contundentes. Acusou Lula de agir para “embaraçar” as investigações da Operação Lava Jato por ingressar com vários pedidos de transferência de competência dos processos hoje nas mãos de Moro. Como se nota pela sucessão de eventos capazes de encrencá-lo de vez, o medo do petista se justifica.
Às 9h do último dia 16, um oficial de Justiça bateu à porta do apartamento de Lula em São Bernardo para comunicá-lo oficialmente de que havia se tornado réu e lhe dando prazo de 20 dias para apresentar sua defesa. A defesa foi apresentada na última terça-feira 6. Nela, Lula alegou ausência de “demonstração da conduta individualizada” do ex-presidente nos fatos criminosos e pedindo a nulidade da ação. As justificativas do petista não são factíveis. A acusação contra Lula de obstruir a Justiça prevê pena de prisão de três a oito anos, além de multa. Mesmo assim, o petista flana a fazer política por aí como se intocável fosse.
Primeiramente, saudações tocantinenses neste sete de setembro
Por Edson Rodrigues
Independentemente de terem sido traídos por seus auxiliares ou ordenadores de despesas de sua gestão, os cidadãos, políticos, que estiverem com suas contas indeferidas, rejeitadas, pelo Tribunal de Contas do Estado, Tribunal de Contas da União e, principalmente, pelas Câmaras Municipais, podem ser considerados carta fora do baralho. Em decisão recente, o Superior Tribunal de Justiça decidiu que quem estiver com suas contas rejeitadas em plenário, pela maioria dos vereadores, estará inelegível.
Tanto o Ministério Público Estadual, quanto o Federal, estarão de olhos abertos em relação às homologações de candidaturas nas comarcas e nos recursos referentes à elas no TRE.
Fora isso, a OAB já constituiu uma comissão para acompanhar essas situações, sem contar com os adversários políticos e eleitorais, que estarão atentos para denunciar quaisquer deslizes de seus adversários nas eleições de dois de outubro.
RESSALVAS
Apesar disso, em sua maioria, os nomes que figuram nas listas de contas rejeitadas, são vítimas de meras falhas processuais, como dispensas de licitação injustificáveis. Essas são as ressalvas dentro do contexto, pois a maioria agiu, mesmo, na malandragem, se valendo do superfaturamento e do desvio de dinheiro público para encherem os próprios bolsos.
Pouquíssimos são os “santos” dentro de um panorama político, pois a maioria é constituída de “pecadores”, que solaparam o dinheiro público, destinado à merenda e transporte escolares, à compra de remédios, a atos de ação social que criaram demandas populares e deixaram de criar boa qualidade de vida à população.
Não podemos esquecer que os tempos agora são outros, com ex-ministros, donos de grandes empresas e até políticos renomados na cadeia, condenados por corrupção. O Tocantins não pode ficar para trás nessa nova ordem nacional e, para isso, tem juízes tão competentes quanto Sérgio Moro, que iniciou a retomada da dignidade e da moral na política brasileira.
Decisões de indeferimento de candidaturas por improbidade administrativa e rejeição de contas já começara a mudar o panorama político no Tocantins, com casos que surpreenderam pela acuidade e correção decisórios.
Temos, agora, que apoiar esses juízes e mostrar que somos eleitores conscientes, não votando em candidatos que tenham qualquer suspeição em relação ao seu passado político.
OS “ANJOS” CAÍDOS
A 19ª Zona Eleitoral de Natividade julgou procedente o pedido de impugnação do registro de candidatura de Francisco Rodrigues Neto (PR) feito pelo Ministério Público. Na decisão do dia 2 de setembro, a juíza relatora Edssandra Barbosa da Silva Lourenço acolheu a argumentação do órgão de controle, que lembrou que o republicano teve as contas rejeitas quando prefeito do município pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
O também ex-prefeito, conhecido como Chico Natividade teve seu nome incluído na lista dos denominados fichas sujas após a reprovação das contas. Para deferir o pedido, a magistrada cita que a Lei da Ficha Limpa promoveu alterações na das Inelegibilidades, que em na alínea G do inciso I do artigo 1º regula como inelegíveis para qualquer cargo: “os que tiverem suas contas relativas ao exercício de cargos ou funções públicas rejeitadas por irregularidade insanável que configure ato doloso de improbidade administrativa, e por decisão irrecorrível do órgão competente”.
Diante do dispositivo, a juíza Edssandra Barbosa julgou procedente o pedido de impugnação e indeferiu o registro de candidatura do ex-prefeito Chico Natividade. Entretanto, a decisão é monocrática e ainda cabe recurso.
A mesma leitura deve ser feita em relação aos julgamentos do ex-prefeito de Pindorama, Eraldo Arruda e do e do ex-prefeito de Pium, Dr. Ademir Barros, que encontram-se com suas contas rejeitadas pelo TCE, pelo TCU e confirmadas pelas Câmaras Municipais de suas respectivas cidades, onde concorrem ao cargo de prefeito.
Vale lembrar que os partidos desses candidatos têm até o próximo dia 13 para efetuar a substituição de suas candidaturas. Se permanecerem na esperança de a Justiça lhes conceder o registro das candidaturas, mesmo que sob liminar, correm o risco de ficar sem os candidatos no pleito.
Que a Justiça seja feita!
Investigações apontam desvio de 4 bilhões de reais no governo Siqueira Campos, envolvendo gestores e públicos e empresas
Por Edson Rodrigues
Finalmente “pesquisadores” encontraram sinais do “vírus” que derruba secretários de Saúde no Tocantins: a corrupção!
Uma investigação do Ministério Público Federal e do SUS, ligada à “Operação Pronto-Socorro”, deflagrada em 2014 pela Polícia Federal, quando a então secretária da Saúde e outros gestores da pasta foram presos e vários documentos referentes a contratos apreendidos. Os auditores permaneceram no Estado onde tiveram acesso a 151 processos de compra de medicamentos e produtos hospitalares sem licitação. As investigações encontraram indícios de superfaturamento e pagamentos sem a entrega do serviço ou produto.
O MPF informou que dos R$ 666 milhões repassados pelo Governo Federal entre 2012 e 2014, R$ 475 milhões foram gastos de forma irregular. Centenas de remédios foram adquiridas com valores exorbitantes, como o medicamento "Manitol", que é um diurético, foi comprado com 9.000% de superfaturamento.
Segundo as investigações, esse esquema de corrupção é o principal responsável pelo desabastecimento das unidades hospitalares, por uma fila de consulta de 12 mil pacientes cirúrgicos e de exames, e pela falência do sistema de saúde do estado.
O MPF propôs 24 ações apontando desvio de dinheiro da saúde no estado. Entre os denunciados, estão o ex-governador Siqueira Campos, os ex-secretários da pasta, Vanda Paiva, Márcio Carvalho, Luiz Antônio, José Gastão Neder, o ex-diretor Luiz Renato Pedra e 13 empresas fornecedoras.
Após as investigações, a Justiça Federal atendeu ao pedido do MPF e determinou o bloqueio de bens de todos os citados e das empresas. Além disso, autorizou a quebra do sigilo bancário e fiscal. O MPF quer que eles paguem para o Estado cerca de R$ 4 bilhões, referentes aos prejuízos e também às multas por essas irregularidades.
DESCASO COM A POPULAÇÃO
Voltamos a abordar esse escândalo para lembrar à população e aos profissionais da área da Saúde Pública que o grande mal que corroeu todo o nosso sistema de saúde foi praticado conscientemente, enquanto milhares de pessoas sofriam nas filas dos hospitais, mães se desesperavam por conta da falta de vacina para seus filhos, idosos perdiam a esperança de realizarem cirurgias e, o pior, crianças, jovens, adultos e idosos morriam em consequência da roubalheira e da corrupção.
Agora sabemos que não havia mesmo como os secretários subsequentes aos envolvidos nesse escândalo, corrigirem os problemas causados pelo desvio de bilhões de reais que poderiam ter mantido vivos milhares de cidadãos, bem atendidos a todos os que dependem da Saúde Pública e deixado os tocantinenses menos envergonhados ante a opinião pública nacional.
Roubar dinheiro público já é uma prática inaceitável. Roubar dinheiro público da Saúde, beira a covardia e a imoralidade, pois ao fim de tudo, significa jogar com a vida das pessoas.
A pergunta que fica é onde estavam os sindicalistas das categorias ligadas à Saúde que não denunciaram, não perceberam os desvios, a falta de medicamentos e de material médico?
E os médicos, enfermeiros, anestesistas, não tiveram coragem de denunciar o que acontecia nos bastidores?
Entrar em greve em meio ao total desserviço e desabastecimento da área da Saúde Pública também não é jogar com a vida da população?
VERGONHA
O fato é que toda essa história representa uma página vergonhosa da história do Tocantins e será sempre lembrada, no futuro, como a época das trevas da Saúde Pública tocantinense.
Mas, os dias de hoje podem marcar a nossa história, também, como a época em que a Justiça foi feita e os corruptos foram parar na cadeia. Isso já vem acontecendo no Brasil, onde alguns dos homens mais ricos e poderosos estão atrás das grades por crimes de corrupção, de desvio de dinheiro público. O Tocantins precisa pegar esse bonde da história de dar o mesmo destino aos seus gestores públicos que maltrataram a população, que é quem sempre sofre, no fim, com esse tipo de crime.
O Tocantins precisa mostrar que tem homens de bem e a população deve cobrar isso de cada um dos seus representantes nas câmaras municipais e na Assembleia Legislativa.
Os deputados, inclusive, devem se adiantar a isso e convidar os gestores implicados nesse e em outros escândalos ainda em apuração, a prestar esclarecimentos sobre seus atos, dando-lhes, inclusive, o direito de apresentar defesa, mas sempre com a intenção de desvendar os caminhos tortos do dinheiro público que deveria estar proporcionando bem-estar a todo o povo tocantinense e que, no momento, só melhorou a vida de alguns e vem envergonhando todo um povo.
É bom que isso seja lembrado em ano eleitoral para que as pessoas saibam em quem estão votando e avaliem suas escolhas. O Tocantins poderia estar bem melhor. A Saúde Pública poderia estar bem melhor. Mas, ao que parece, o vírus da corrupção não encontrou muita resistência nos órgãos afetados.
Que Deus nos ajude!
VEJA TRAZ DELAÇÃO DESPREZADA POR JANOT E ÉPOCA E ISTOÉ DESTACAM OS ÚLTIMOS DIAS DE DILMA PRESIDENTA
VEJA
Exclusivo: a delação que Janot jogou no lixo
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, tomou a decisão mais controversa da Operação Lava-Jato na semana passada. Diante da repercussão da reportagem de capa de VEJA, Janot informou que as negociações de delação do empreiteiro Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, estão encerradas. O vasto material produzido ao longo de cinco meses de tratativas entre a Procuradoria e o empreiteiro foi enviado para o incinerador, eliminando uma das mais aguardadas confissões sobre o escândalo de corrupção na Petrobras.
Para quem vive atormentado desde 2014, quando surgiu a Lava-Jato, a decisão de Janot representa um alívio ou até a salvação. Léo Pinheiro se preparava para contar os detalhes de mais de uma década de simbiose entre o poder e a corrupção. Em troca de uma redução de pena, o empreiteiro ofereceu aos investigadores um calhamaço com mais de setenta anexos. São capítulos que mostram como a corrupção se apoderou do Estado em diversos níveis.
VEJA teve acesso ao conteúdo integral de sete anexos que o procurador-geral decidiu jogar no lixo. Eles mencionam o ex-presidente Lula, a campanha à reeleição da presidente afastada Dilma Rousseff e, ainda, dois expoentes do tucanato, o senador Aécio Neves e o ministro José Serra. A gravidade das acusações é variável. Para Lula, por exemplo, as revelações de Léo Pinheiro são letais. Lula é retratado como um presidente corrupto que se abastecia de propinas da OAS para despesas pessoais. O relato do empreiteiro traz à tona algo de que todo mundo já desconfiava, mas que ninguém jamais confirmara: Lula é o verdadeiro dono do famoso tríplex no Guarujá, no litoral de São Paulo — comprado, reformado e mobiliado com dinheiro de uma conta em que a OAS controlava as propinas devidas ao PT.
O tríplex do Edifício Solaris é o tema de um dos anexos que narram crimes praticados pelo ex-presidente. O empreiteiro conta que, em 2010, soube, por intermédio de João Vaccari, então tesoureiro do PT, que Lula teria interesse em ficar com o imóvel no prédio. Vaccari, que está preso, pediu ao empreiteiro que reservasse a cobertura para o ex-presidente. Não perguntou o preço. E quem pagou? Léo Pinheiro responde: “Ficou acertado com Vaccari que esse apartamento seria abatido dos créditos que o PT tinha a receber por conta de propinas em obras da OAS na Petrobras”. Ou seja: dinheiro de propina pagou esse pequeno luxo da família Lula. Para transformar o que era um dúplex em um tríplex mobiliado, a conta, segundo a perícia, ficou em pouco mais de1 milhão de reais. Pinheiro esclarece até mesmo se Lula sabia que seu tríplex era produto de desvios da Petrobras. “Perguntei para João Vaccari se o ex-presidente Lula tinha conhecimento do fato, e ele respondeu positivamente”, diz o anexo.
ÉPOCA
A semana mais tensa de Dilma Rousseff
Claquete! “Companheirada, o comboio presidencial já chegou. Vamos receber a presidenta”, anuncia um integrante da Frente Brasil Popular às 20h15 da quarta-feira, dia 24. Dilma Rousseff chegava ao Teatro dos Bancários, na Asa Sul de Brasília, onde militantes e apoiadores a esperavam havia mais de uma hora em um espaço apertado. A trilha sonora remontava à campanha presidencial de 2014, com o jingle “Coração valente” pela voz da pequena baiana Giovanna Lima, que gravou a melodia quando tinha 7 anos. O tema foi tocado em looping ao longo do evento e interrompido apenas por poucos instantes. Dilma estava em cena, literalmente – não mais para se manter no Planalto, mas como intérprete de uma narrativa que ela deseja que se torne viral após o impeachment. Ali, em um ambiente fechado, controlado, com decoração avermelhada, aconteceria um comício cenográfico, artificial, no qual Dilma buscava com seus olhares as câmeras, não a plateia. A presidente da República já deixara de existir; surgia a atriz protagonista de um documentário sobre o “golpe”.
Com o propósito de que sua história seja contada, e mantendo desconfiança extrema em relação à imprensa, Dilma autorizou há dois meses que documentaristas filmassem seu cotidiano no Palácio da Alvorada, onde cumpre seu retiro desde abril, e em comícios de estufa. Desde então, quatro equipes, de Anna Muylaert e Lô Politi (ex-colega do marqueteiro petista preso, João Santana, em uma campanha de Dilma), Petra Costa, Maria Augusta Ramos e Douglas Duarte, filmam seu cotidiano. Dilma exigiu que as equipes estivessem no Senado Federal, para onde planejou o ato clímax de sua narrativa, previsto para a segunda-feira, dia 29: a defesa que fará pessoalmente de seu mandato. Com o cenário dado do impeachment, Dilma transmitiu que quer entrar para a história como a “primeira mulher eleita presidente do Brasil” e como “vítima de um golpe”. Não quer parecer Fernando Collor, que renunciou às vésperas de sofrer um impeachment em 1992 e terminou isolado, com fama de “explosivo” e de alguém que desistiu de lutar. Dilma tem extrema dificuldade em reconhecer publicamente seus erros, como a aversão à política, o jeito durão, a obsessão centralizadora e a inexperiência política que impossibilitou o diálogo com o Congresso e o PT. Prefere atribuir o fim de seu governo única e exclusivamente a um “golpe parlamentar” orquestrado por traidores e apoiado pela “elite conservadora do país” e por “segmentos da mídia”. Sem nunca mencionar que os deputados e senadores que a julgam foram eleitos democraticamente – e representam a população tanto quanto ela.
Foi nesse tom que Dilma se apresentou no ato que antecedeu o início do julgamento final do impeachment. Não se viu ali uma tentativa de incendiar a militância para lutar por sua volta ao poder, resgatar o “projeto do PT” e a marca dos 13 anos do partido no governo. A única imagem estampada era de Dilma. Os discursos também pouco, ou quase nada, lembraram Lula e o reinado do PT no Planalto. Ao fundo do pequeno palco, de onde fez o que deve ser um de seus últimos discursos na condição de presidente, surgiu o velho recurso da retomada de um passado heroico: uma foto de sua prisão em 1970 durante a ditadura militar foi estampada perto da palavra “Democracia” e a frase “Quem resistiu ao golpe militar, resistirá ao golpe parlamentar”. A plateia tem capacidade para 474 pessoas e foi preenchida com o vermelho do PT e dos movimentos sociais aliados, como a Central Única dos Trabalhadores (CUT), o braço sindical do PT, e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que ajudaram a organizar o evento por meio do movimento Frente Brasil Popular. Faixas de “Volta, Dilma”, “Fora,Temer” e militantes envoltos em bandeiras da campanha de dois anos atrás com o nome de Michel Temer riscado deram conta de atualizar o que mudou da campanha de 2014 para cá: Temer virou persona non grata desde que o impeachment avançou e ele assumiu interinamente o Palácio do Planalto em maio.
ISTOÉ
Quem deve governar o País?
Resignada com o próprio infortúnio político, a presidente afastada Dilma Rousseff acalentou uma última aspiração nos dias antecedentes à derradeira votação do impeachment: ela não gostaria de terminar como Fernando Collor, em 1992. Cortejado por meia dúzia de auxiliares, o ex-presidente foi compelido a deixar o Palácio do Planalto por uma porta lateral, de onde seguiu até o helicóptero presidencial debaixo de vaias. Ao piloto da Aeronáutica, Collor arriscou emitir uma última ordem. Como resposta, recebeu um rotundo “não”. Pressentira ali o epílogo de sua melancólica passagem pelo poder.
DOBRO DO APOIO EM 100 DIAS
O protocolo do adeus e as circunstâncias políticas atuais podem até impedir a reprise do episódio, mas – como Collor – Dilma não deixará saudades. A maioria dos brasileiros continua a apoiar o impeachment, prefere o presidente em exercício Michel Temer a ela e vislumbra um horizonte de esperança a partir da saída da petista do poder. São as principais conclusões de um levantamento realizado entre os dias 20 e 24 de agosto pelo instituto Paraná Pesquisas, a pedido da revista ISTOÉ (Clique AQUI para a pesquisa completa). Às vésperas do último ato no Senado para o afastamento definitivo, a pesquisa exibe um cenário tétrico para Dilma. Segundo a amostragem, 65,5% dos brasileiros, se fossem senadores e tivessem de comparecer à sessão marcada para terça-feira 30, votariam pelo “Fora, Dilma”. Apenas 29,5% diriam “não” à cassação. Confrontada em outra pergunta com a única opção em jogo durante a apreciação do impeachment, ou seja, se quem deve governar o País dali em diante é Dilma ou Temer, a maioria optou pelo presidente em exercício do PMDB: 41,2%. A petista aparece com 21,9%. Ou seja, em 100 dias de governo, Temer já ostenta quase o dobro da preferência dos brasileiros para governar no País em relação à Dilma Rousseff.
“Acho que Temer faz parte de um processo transitório e que o mercado, a economia e até o próprio cenário internacional receberam o nome dele de maneira muito positiva” Ana Paula Henkel, 44 anos, ex-jogadora de vôlei da seleção brasileira
“Acho que Temer faz parte de um processo transitório e que o mercado, a economia e até o próprio cenário internacional receberam o nome dele de maneira muito positiva” Ana Paula Henkel, 44 anos, ex-jogadora de vôlei da seleção brasileira
Espontaneamente, 34,7% responderam “nenhum dos dois”. O pior índice de Dilma foi registrado na região Sul: 17,7%. O melhor no Nordeste: 32,3%. Mesmo assim, ela não bateria Temer na região, tradicional reduto petista. O peemedebista teria a preferência de 34,7% dos nordestinos. Já Temer obteve o melhor desempenho nas regiões Norte/Centro-Oeste: 46,2%.
Em sintonia com a consolidação de uma maioria favorável ao “Fora, Dilma” e com a preferência por Temer, o levantamento indica um otimismo com o novo Brasil a emergir no pós-cassação. Face à pergunta “Depois que a presidente Dilma Rousseff foi afastada do cargo, o sr. diria que o Brasil retomou a confiança e a esperança?”, 51,6% dos brasileiros disseram “sim”, contra 45,1% “não” e 3,4% que não responderam. O pulsar das ruas evidencia que este é um sentimento cada vez mais crescente entre os brasileiros. A aposentada Berta Ofenhejm, 89 anos, de São Paulo, é uma das otimistas por um Brasil melhor com a saída definitiva de Dilma do Planalto. Ela conta já ter visto tudo na política, mas nunca presenciou uma crise como a legada por Dilma. Para Berta, Temer pode levar o País a um caminho mais próspero. “Não tenho dúvidas de que o Brasil vai melhorar muito com ele. O presidente interino já mostrou com as medidas que tomou que viveremos um crescimento na economia. A saída de Dilma nos dá esperança”, diz. Pertencente a uma outra geração, o estudante de engenharia civil Rafael Barbar, 20 anos, de São Paulo, compartilha da mesma opinião. “Acho que o impeachment traz uma ótima expectativa para nós. Poderemos ter um governo com novas ideias, que faça o Brasil voltar a ser aquele País de oportunidades.” O jovem defende a convocação de novas eleições. Mas, em sua avaliação, Temer representa o primeiro passo para os brasileiros voltarem a sentir confiança. “Ele tem tomado medidas importantes no campo econômico. No médio prazo, vamos sentir os efeitos.”