A hora da decisão: será neste sábado, no SBT, em parceria com o maior pool de veículos
Lula alega aviso tardio para não participar de debate; 1ª reunião foi em março
Por: Edney Freitas
A pouco menos de uma semana para as eleições, os principais candidatos à Presidência da República participam do debate do SBT. O encontro será realizado às 18h15 deste sábado (24.set) e marca a reta final da campanha eleitoral do primeiro turno.
O evento é produzido pelo maior pool de veículos de comunicação. Além do SBT (com Marcelo Torres), também estará presente a CNN Brasil (com Mácio Gomes), Estadão (com Marcelo Godoy), Rádio Eldorado (com Carolina Ercolin), Revista Veja (com Clarissa Oliveira), Rádio Nova Brasil (com Diego Amorim) e Portal Terra (com Joice Berth e Tatiana Farah). Tudo para ajudar o eleitor na hora da decisão.
O debate terá quatro blocos e contará com a mediação do jornalista Carlos Nascimento. Outros seis jornalistas, representando cada um dos veículos do pool, farão perguntas aos candidatos ao longo das discussões. As regras foram acordadas com as assessorias das campanhas dos candidatos.
A posição dos candidatos no estúdio e a ordem das perguntas foram definidas por sorteio, na última 2ª feira (19.set). Simone Tebet (MDB) será a primeira a perguntar, enquanto o presidente Jair Bolsonaro (PL), que tenta a reeleição, será o segundo. Clique aqui para saber como será a divisão.
Como acompanhar o debate
O debate entre os principais candidatos à Presidência da República começa às 18h15 deste sábado (24.set). Você poderá acompanhar pela TV, no SBT. E haverá transmissão pelo canal do SBT News no YouTube. Além disso, o SBT News vai fazer uma cobertura especial, a partir das 9h, que seguirá até depois do debate, com a presença de analistas, representantes de partidos e também o dia dos candidatos até a chegada aos estúdios do SBT.
Regras da discussão
O candidato que perguntar terá direito a réplica; o que responder poderá fazer a tréplica. No estúdio, haverá um púlpito reservado a cada um dos candidatos convidados para o debate, de acordo com o que determina a legislação eleitoral. O não comparecimento do candidato convidado será informado pelo mediador na abertura de cada um dos blocos.
Os políticos serão informados do tempo decorrido em cada participação por meio de um cronômetro no centro do estúdio. Em caso de não respeito ao tempo, o mediador interromperá a fala do candidato, dando prosseguimento ao debate.
Durante pergunta, resposta, réplica, tréplica, comentário e consideração final, o candidato que se sentir ofendido poderá pedir para se defender no tempo adicional de um minuto. O pedido de resposta à ofensa será dirigido ao mediador no momento em que esta ocorrer ou ao final da fala do candidato que a proferiu.
Um corpo jurídico formado pelos promotores do debate vai definir se houve citação que justifique o direito de resposta. Serão entendidas como ofensa às ocorrências de calúnia, injúria ou difamação. O direito de resposta será exercido a qualquer tempo dentro do bloco em que foi solicitado ou no início do seguinte, caso o pedido seja feito no fim do bloco em curso.
Candidatos
Até o momento, a presença de seis candidatos foi confirmada: Jair Bolsonaro (PL), Ciro Gomes (MDB), Simone Tebet (MDB), Soraya Thronicke (União), Felipe d'Ávila (Novo) e Padre Kelmon (PTB). O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou que não comparecerá, alegando que já estava com compromissos marcados. A primeira reunião do SBT com as campanhas dos candidatos foi realizada em março deste ano.
A eleição presidencial na próxima semana impõe um desafio aos investidores em Petrobras. À frente nas pesquisas, Luiz Inácio Lula da Silva tem prometido usar a maior produtora de petróleo da América Latina como um veículo para o desenvolvimento nacional. Já o presidente Jair Bolsonaro diz o exato oposto, com planos de privatizar a estatal
Por Peter Millard e Vinícius Andrade
Os discursos representam um dos raros contrastes neste ciclo eleitoral, em que os candidatos líderes têm dado poucos detalhes sobre as políticas econômicas que serão perseguidas. Também faz com que Petrobras seja um caso binário para os gestores: a empresa tem pago dividendos e já negocia a um desconto para as grandes petroleiras, mas o dinheiro pode secar e a alavancagem pode aumentar se Lula ganhar e cumprir suas promessas.
“A ação é talvez uma das teses mais complexas no Brasil neste momento”, disse Flavio Kac, que gere o fundo Asa Long Biased na ASA Investments. “Uma vitória de Bolsonaro abriria espaço para uma potencial privatização, enquanto um novo governo poderia levar a pressão de margens e lucros menores.”
A Petrobras, que produz 2,7 milhões de barris de óleo e gás por dia, tornou-se uma fonte de discórdia no primeiro debate presidencial. Bolsonaro acusou Lula de má administração da empresa, que foi envolvida em um escândalo épico de corrupção durante a gestão do petista. Já Lula criticou Bolsonaro por “fatiar” a estatal por meio da venda de ativos, bem como pela decisão de privatizar a Eletrobras.
Lula tem um passado conturbado com a Petrobras e a indústria petroleira como um todo. Durante a gestão do petista, entre 2003 e 2010, houve crescimento da produção e a descoberta do pré-sal, que se tornou um centro de lucros para a estatal.
Ao mesmo tempo, ele suspendeu novos contratos no pré-sal para rever impostos e regulações, estrangulando o crescimento na produção. Sem o atraso nos licenciamentos, o Brasil poderia estar bombeando o dobro do que produz hoje, de acordo com analistas. Lula também implementou uma política de conteúdo local que desencorajou investimentos. Se o petista vencer, a indústria local ficará de olho em quem ele recrutará para o Ministério de Minas e Energia para entender quão grande será a mudança de política.
“Lula confiou bastante em pessoas que eram seu braço direito, então quem é essa nova turma?”, diz Schreiner Parker, chefe para América Latina da consultoria Rystad Energy.
Um novo mandato de Lula poderia expandir as refinarias no Brasil e reconstruir as operações internacionais da empresa, disse o senador Jean Paul Prates, pessoa-chave do petista para o setor de óleo e gás, em entrevista. A companhia também se tornaria um player global na transição energética - mesmo que isso signifique menos lucros e dividendos. O foco limitado ao pré-sal tem impulsionado os lucros no curto prazo, mas deixa a empresa exposta às mudanças na indústria nas próximas décadas, diz ele.
“Se tornou uma grande vaca leiteira, mas não vai durar”, disse Prates. “É caminhar vendado num penhasco”.
Enquanto Lula viveu um rali massivo em seus oito anos de mandato, alimentado por um superciclo de commodities, seu legado foi manchado por políticas equivocadas feitas por sua sucessora e pela operação Lava-Jato. A investigação, centrada na Petrobras, o colocou na cadeia por um ano e meio. Ainda que as condenações tenham sido rejeitadas pelo Supremo Tribunal Federal, há resistências em relação ao petista. No primeiro debate presidencial, Bolsonaro classificou o governo de Lula como “o mais corrupto da história”.
Exploração
Certamente o Brasil não irá parar de produzir óleo independentemente do resultado das urnas. Ambos os candidatos são favoráveis à extração de petróleo, diferentemente do recém-eleito presidente colombiano Gustavo Petro, que planeja banir a exploração por preocupações ambientais. Além disso, a descoberta de óleo pela estatais neste século foi tão grande que a produção continuará a crescer quem quer que vença.
“A Petrobras continuará a ser uma gigante”, disse Luiz Felipe Coutinho, CEO da Origem Energia, que comprou campos de gás natural onshore da Petrobras e considera a empresa sua maior parceira comercial.
Outro ponto que não sairá do radar é o risco de a Petrobras subsidiar combustíveis. Lula atacou Bolsonaro pelo preço alto da gasolina, uma grande reclamação dos brasileiros neste ano. Bolsonaro respondeu
atacando a liderança da Petrobras e, depois, cortando impostos.
“No fim do dia, não é realmente uma empresa privada. Tem um quadro diferente de investidores que entendem o aspecto quase-soberano”, disse Wilbur Matthews, fundador da Vaquero Global Investment LP, que chegou a ter títulos da Petrobras no passado mas avalia que os preços estão muito altos no momento. “Você não compra ações da Petrobras ou títulos porque você ama a dinâmica corporativa da empresa.”
Trata-se da terceira redução no preço médio do produto em 2022
Por Alana Gandra
A Petrobras anunciou hoje (22) nova redução no preço de venda de gás liquefeito de petróleo (GLP), mais conhecido como gás de cozinha.
A partir de amanhã (23), o preço médio de venda do quilo de GLP para as distribuidoras cairá de R$ 4,0265 para R$ 3,7842, equivalente a R$ 49,19 por botijão de 13kg. A redução média será de R$ 3,15 por 13kg.
Segundo informou a Petrobras, essa redução acompanha a evolução dos preços de referência e é coerente com a prática de preços da empresa, “que busca o equilíbrio dos seus preços com o mercado, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações e da taxa de câmbio”.
Outros ajustes
Essa é a segunda redução do preço médio de venda do GLP da Petrobras para as distribuidoras em setembro e a terceira do ano. No último dia 13, o preço médio de venda do gás de cozinha passou de R$ 4,23/kg para R$ 4,03/kg, equivalente a R$ 52,34 por 13kg, com redução média de R$ 2,60 por 13 kg.
Em 9 de abril, houve redução de R$ 4,48/kg para R$ 4,23/kg, equivalente a R$ 54,94 por 13kg. A redução média refletida foi de R$ 3,27 por 13kg.
Já em março, houve variação, mas para cima. No dia 11 daquele mês o preço médio de venda do GLP para as distribuidoras passou de R$ 3,86/kg para R$ 4,48/kg, equivalente a R$ 58,21 por 13kg e refletindo reajuste médio de R$ 0,62 por kg.
Matéria alterada às 16h42 para correção do ano no subtítulo. O correto é 2022 e não 2021, como havia sido informado.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que o candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT) "está surtando" na sua promessa de perdoar dívidas. O petista participou de sabatina com Ratinho, no SBT, na noite desta quinta-feira (22).
POR VICTORIA AZEVEDO
Ao ouvir do apresentador que o ex-aliado afirmou em sabatina que iria acabar com as dívidas dos brasileiros, Lula interrompeu e afirmou: "Eu acho que o Ciro está surtando".
O petista, então, lembrou a passagem do adversário pelo Ministério da Fazenda, no governo Itamar Franco.
"Eu vi o Ciro falar para você: 'não, porque a taxa de juros está muito alta, o Brasil pagou 500 bilhões'. Ele foi Ministro da Fazenda durante três meses, sabe qual era a taxa de juros quando ele foi ministro? 55%. Se ele tiver memória curta é importante ele lembrar. Ele era ministro, o que ela reduziu foi apenas para 49%", completou Lula.
Em meio à ofensiva petista pelo voto útil, para que Lula vença no primeiro turno, Ciro tem criticado o ex-presidente. Na quarta (21), afirmou durante participação em podcast que Lula "sempre foi fascistoide".
Nesta quinta, durante a entrevista no SBT, o petista fez um apelo para que as pessoas votem no dia 2 de outubro. Como a Folha de S.Paulo mostrou, a campanha do ex-presidente prepara uma ofensiva pelo voto útil e contra a abstenção, além de apostar na mobilização da militância nas ruas, para gerar uma onda decisiva na reta final da campanha presidencial.
"Eu queria que você comparecesse, você que acha que vai se abster, porque não gosta de ninguém, por favor, vá para a urna votar e escolha quem você acredita que vai consertar o país. Mas vote para ter o direito de reclamar, de xingar, de cobrar. Se você não for votar, não vai poder cobrar nada de ninguém", afirmou Lula ao final da sabatina.
O petista disse que é importante que as pessoas assumam essa responsabilidade e que é preciso depositar amor e esperança nas urnas, e não ódio.
Ainda na sabatina, Lula afirmou que foi um "golpe" o impeachment contra a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), que "inventaram uma mentira contra ela" e que, depois disso, "desmontaram tudo".
Ele também usou seu tempo na emissora para criticar o presidente Jair Bolsonaro (PL), seu principal adversário na corrida eleitoral e a quem se referiu como "chucro" e "ignorantão". Ele atacou a condução do governo federal durante a pandemia da Covid-19.
"Eu nunca disse que Bolsonaro é responsável pela pandemia, a pandemia foi um fenômeno da natureza. O que o Bolsonaro cometeu de errado? Ele poderia ter montando um comitê de crise, ter ouvido a saúde, feito um conselho com principais secretários de saúde dos estados brasileiros e poderia ter comprado a vacina na hora certa. Ele ficou brincando", disse.
O ex-presidente afirmou ainda que Bolsonaro não comprou vacinas porque ele não acreditava nos imunizantes e zombava e brincava da pandemia. "É uma estupidez de alguém um pouco ignorante, que é o que ele é mesmo."
O petista disse que, caso eleito, irá dialogar com todos os governadores, independentemente do partido. Ele afirmou que quer "paz e amor" e que "o Lulinha paz e amor voltou com força total".
Ratinho realizou sabatinas com outros três candidatos à Presidência: o presidente Jair Bolsonaro (PL), Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB).
Na sabatina no último dia 13, Bolsonaro foi questionado por Ratinho se entregaria o governo, caso perdesse. O chefe do Executivo voltou a impor uma condicional de "eleições limpas", também sem entrar em detalhes.
"Eleições limpas você não tem o que discutir", disse. "O que não consigo entender é que qualquer lugar que eu vou no Brasil a gente é recebido com muito carinho", prosseguiu, enumerando momentos em que esteve cercado de apoiadores em sua campanha.
POR MATHEUS TEIXEIRA E ROSIENE CARVALHO
O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a atacar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta quinta-feira (22) e afirmou que o PT é um "partido de bandidos".
Em comício em Manaus (AM), o mandatário comparou-se ao petista e disse ser a favor da liberdade de imprensa, da propriedade privada, da criminalização das drogas e das mídias sociais livres, enquanto Lula defende o oposto em relação a esses temas. "Há diferença enorme entre essas duas pessoas", disse.
O presidente não comentou o fato de ter faltado oxigênio no Amazonas no auge da crise da pandemia da Covid-19 e exaltou a compra de vacinas contra o coronavírus pelo governo federal.
O chefe do Executivo se referiu a Lula como o "bandido de nove dedos" e disse que o petista apoiou o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, a quem culpou pela crise vivida no país vizinho.
No comício, o governador amazonense, Wilson Lima (União), foi vaiado em diferentes ocasiões por simpatizantes do presidente. Bolsonaristas no Amazonas também não pouparam o presidente do PL no estado, Alfredo Nascimento.
Ele é candidato a deputado federal e foi ministro dos Transportes nos governos Lula e Dilma. Nascimento teve que interromper seu discurso duas vezes por conta de vaias. Bolsonaro tentou contornar a situação. Disse que os eleitores precisam tomar a melhor decisão possível diante das opções disponíveis no pleito. Quando afirmou apoiar Wilson Lima no Amazonas, o público novamente reagiu com vaias.