As enchentes são eventos devastadores que afetam comunidades em todo o mundo. Quando as águas sobem, casas são destruídas, famílias são desalojadas e vidas são perdidas. Nesses momentos críticos, a solidariedade se torna uma força vital para a recuperação e a esperança, principalmente quando os governos se mostram despreparados e incapazes de agir sem burocracia
Por Família O Paralelo 13 – Edson Rodrigues e Edvaldo Rodrigues
A solidariedade é um ato de compaixão e apoio mútuo. Ela transcende diferenças e nos lembra de nossa humanidade compartilhada. Quando nos solidarizamos com os outros, estamos dizendo: “Estamos juntos nessa jornada”. É um dos valores mais nobres que podemos cultivar como seres humanos. Ela transcende fronteiras, culturas e diferenças individuais, unindo-nos em momentos de necessidade e dificuldade. Fortalece os laços de confiança entre as pessoas e demonstra que estamos dispostos a apoiar uns aos outros, criando um ambiente de cooperação e harmonia.
FGTS: O GOVERNO FEDERAL E A “SOLUÇÃO” DE SEMPRE
Em casos como as enchentes que assolam o Rio Grande do Sul, a solidariedade se torna ainda mais crucial. Oferecer ajuda, seja por meio de doações, voluntariado ou apoio emocional, é uma forma concreta de expressar nossa humanidade e compaixão. Vamos estender as mãos uns aos outros e mostrar que, juntos, somos capazes de superar qualquer adversidade.
As enchentes causam estragos rápidos e imprevisíveis. É necessário que governos e pessoas ofereçam ajuda imediata, seja por meio de doações, voluntariado ou apoio emocional. Vizinhos, amigos, organizações e até mesmo desconhecidos se unem para fornecer abrigo, comida, roupas e conforto.
O Tocantins é um parceiro solidário do Rio Grande do Sul na luta contra as enchentes. Nossa corporação se desloca neste domingo para ajudar os nossos irmãos do Rio Grande do Sul. pic.twitter.com/5yLVh0EIfn
— Wanderlei Barbosa (@WanderleiTO) May 5, 2024
Enquanto o governo bate cabeça tentando encontrar soluções para minimizar os estragos e justificar as mortes que poderiam ser evitadas, são os cidadãos que estão se unindo para mitigar os efeitos dessa tragédia.
O governo federal anunciou que está liberando o saque do FGTS para as famílias atingidas. Ora, o FGTS é um dinheiro que pertence ao cidadão, ao trabalhador. Não é dinheiro do governo. Ou seja, o governo federal não está “colocando a mão no bolso” para ajudar ninguém.
Se lembrarmos que o Rio Grande do Sul passou por uma tragédia semelhante no fim do ano passado e que o saque do FGTS foi “ofertado” pelo governo federal, o que as famílias atingidas pela segunda vez pelas enchentes terão para sacar agora? O dinheiro do FGTS já foi no ano passado. Talvez, a única poupança que muitas famílias tinham. E agora? Vão sacar o que?
COMO AJUDAR?
Ante essa inércia do governo federal em relação a ações e soluções, a ação solidária da população se torna fundamental.
As comunidades solidárias são mais resilientes. Elas se recuperam mais rapidamente, compartilham recursos e enfrentam juntas os desafios impostos pelas enchentes. Quando as pessoas se unem, a mídia e as autoridades prestam mais atenção, o que pode levar a uma mobilização mais eficaz.
Doações: contribua com alimentos não perecíveis, água, roupas e produtos de higiene. Esses itens são essenciais para as vítimas das enchentes. Deixe a sua colaboração com entidades sérias, que farão com que elas cheguem às pessoas certas.
Compartilhe Informações: use as redes sociais para divulgar campanhas de arrecadação, abrigos temporários e formas de ajudar.
Apoio Emocional: muitas pessoas afetadas pelas enchentes precisam de alguém para ouvir. Seja um ombro amigo e ofereça palavras de conforto. Nas redes sociais é possível encontrar os canais de comunicação com as pessoas do Rio Grande do Sul.
TOCANTINS ENVIA EQUIPE
O governador Wanderlei Barbosa (Republicanos) determinou o envio imediato de homens, cães e equipamentos do Corpo de Bombeiros Militar do Tocantins (CBMTO) para se juntarem às forças de busca e resgate das vítimas da catástrofe climática no Rio Grande do Sul. “Nossa corporação se desloca para ajudar os nossos irmãos do Rio Grande do Sul. Entendemos que o estado gaúcho vive uma situação delicada, no qual as fortes chuvas estão tirando vidas e isso muito nos preocupa. Nós temos a confiança em nosso CBMTO, e temos a certeza que um bom trabalho será feito, pois conhecemos o potencial do nosso efetivo e sabemos que temos equipes qualificadas”, afirmou.
O Estado disponibilizou uma aeronave para transportar a equipe, que no estado do sul vai operar por embarcações e também por terra. A Companhia Independente de Busca e Salvamento (Cibs), por meio da Seção de Busca, Resgate e Salvamento com Cães (SBRESC), vai disponibilizar dois Binômios de busca (Bombeiro Militar+Cão), além de dois mergulhadores para ajudar nas buscas. O Corpo de Bombeiros do Tocantins também cederá um tenente como oficial de ligação para coordenação e comunicação da missão no Rio Grande do Sul.
Em tempos de crise, a solidariedade é a luz que guia nosso caminho. Vamos estender as mãos uns aos outros e mostrar que, junto, o povo brasileiro é capaz de superar qualquer adversidade.
Governo do Rio Grande do Sul divulgou novo boletim sobre situação no Estado; saiba mais
Por Rafael Cardoso
Quase 850 mil pessoas (844.673) foram impactadas até o momento pelas chuvas fortes que atingem o Rio Grande do Sul desde a semana passada. O boletim mais recente da Defesa Civil - divulgado às 18h deste domingo (5) - indica que há 78 mortes confirmadas e pelo menos mais quatro em investigação. O número de feridos é de 175 e há 105 desaparecidos.
Por causa do mau tempo, 134.331 pessoas tiveram de abandonar as casas em que vivem, sendo que 115.844 estão desalojadas e outras 18.487 vivem em abrigos. Dos 497 municípios gaúchos, 341 foram afetados por alguma ocorrência relacionada às chuvas.
A última catástrofe ambiental no Rio Grande do Sul foi em setembro de 2023, quando 54 pessoas morreram depois da passagem de um ciclone extratropical.
Agora, o total de mortes está bem acima do anterior e é considerado por autoridades como o pior desastre climático da história gaúcha.
Serviços de infraestrutura
No boletim mais recente, também há informações sobre os serviços de infraestrutura estaduais, reunidos pelas Secretarias do Meio Ambiente e Infraestrutura, de Logística e Transportes e da Educação.
Pelo menos 261 mil pontos do estado estão sem energia elétrica (27% do total de clientes) e mais de 854 mil estão sem abastecimento de água (27% do total).
As chuvas provocam danos e alterações no tráfego nas rodovias. São 110 trechos em 61 rodovias com bloqueios totais e parciais, entre estradas e pontes. As informações são do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer). Segundo a Secretaria de Logística e Transportes (Selt), há um trabalho em curso para desobstruir as estradas o mais rápido possível.
Também foram divulgados dados em relação às escolas afetadas pelas enchentes, o que inclui as que foram danificadas, servindo de abrigo, com problemas de transporte e de acesso, entre outras questões. Nessa situação, há 733 escolas em 229 municípios, com 247.228 estudantes impactados.
Alerta
A Defesa Civil informa que - para aumentar o nível de prevenção - as pessoas podem fazer um cadastro e receber alertas meteorológicos do órgão. Basta enviar o CEP da localidade por SMS para o número 40199. Uma confirmação vai ser enviada e o número ficará disponível para receber as informações.
Também é possível se cadastrar pelo Whatsapp: número (61) 2034-4611. Um robô de atendimento fará a interação e o usuário poderá compartilhar a localização atual ou qualquer outra de interesse para receber as mensagens da Defesa Civil.
Com Informeny
A agência norte-americana de classificação de riscos Moody’s rebaixou o rating da economia brasileira para Ba2, sinalizando uma solidez fiscal “fraca e sensível” devido à alta dívida do país e à dificuldade em administrar os débitos, além dos altos gastos do atual governo.
A nota, que indica um risco elevado para investidores estrangeiros, está em vigor desde 2016. Segundo a Moody’s, espera-se que o peso da dívida continue a crescer nos próximos dois anos antes de se estabilizar.
“A classificação Ba2 reflete uma solidez fiscal ainda relativamente fraca, dada a rigidez dos gastos do Brasil, o elevado peso da dívida e a fraca capacidade de pagamento da dívida, que permanece sensível a choques econômicos ou financeiros”, afirmou a agência em comunicado.
Apesar do rebaixamento, a perspectiva econômica do Brasil foi ajustada de “estável” para “positiva”. O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, respondeu às críticas da Moody’s, enfatizando que a nova perspectiva reflete o esforço colaborativo dos Três Poderes para superar divergências e priorizar os interesses nacionais. “Mesmo com a deterioração momentânea da economia global, o Brasil caminha e recupera credibilidade econômica, social e ambiental. Temos muito a fazer”, celebrou Haddad.
Lula destacou a recuperação do respeito internacional e da credibilidade econômica e ambiental do Brasil, enquanto Padilha apontou os esforços para manter a saúde das contas públicas como essenciais para futuros avanços positivos. O Tesouro Nacional indicou que a melhoria do equilíbrio fiscal contribuirá para a redução das taxas de juros e para melhores condições de crédito, ampliando assim os investimentos públicos e privados no país.
A Defesa Civil confirmou a morte de 55 pessoas em decorrência dos temporais; sete óbitos estão em investigação
Com site Terra
Mais de meio milhão de pessoas foram afetadas pelas fortes chuvas que atingem o Estado do Rio Grande do Sul. Neste sábado, 4, em boletim atualizado, a Defesa Civil confirmou a morte de 55 pessoas em decorrência dos temporais. Outros sete óbitos continuam em investigação. No momento, são contabilizados 107 feridos e 74 desaparecidos.
Às 22h40, o governo do Estado atualizou que, até o início da noite, a Brigada Militar, a Polícia Civil e o Corpo de Bombeiros Militar tinham resgatado 17.965 pessoas e 3.251 animais.
"As forças integradas de resposta deram sequência às operações de resgate neste sábado, 4, com atenção especial às cidades de Eldorado do Sul, Canoas, Porto Alegre (região das Ilhas) e São Leopoldo, que concentraram um número elevado de pessoas ilhadas após o aumento no nível dos rios da Região Metropolitana de Porto Alegre", complementou, por nota.
Até este sábado, a Secretaria de Saúde do Estado recebeu o cadastro de 7 mil profissionais da área da saúde no banco de voluntários. Mais profissionais que desejam auxiliar os municípios gaúchos no atendimento em hospitais, unidades de pronto atendimento e demais serviços de saúde do Estado devem se cadastrar no site da pasta.
Às 19h, a Defesa Civil também emitiu um alerta de inundação severa para a Região Metropolitana. “Evacue imediatamente áreas de risco, busque locais seguros. Procure informações junto à Defesa Civil da sua cidade a respeito de abrigos públicos, rotas de fuga e não atravesse alagamentos a pé ou, mesmo, de carro. Em caso de emergência ligue 190/193”, reforça, em nota.
Ainda segundo as atualizações do Rio Grande do Sul, dos 497 municípios do Estado, pelo menos 317 sofreram alguma consequência das fortes chuvas, que tiveram início no fim de abril. Ao todo, há 67 mil pessoas desalojadas, e cerca de 13 mil estão em abrigos.
Em relação às estradas, a concessionária Caminhos da Serra Gaúcha (CSG) informou que trechos foram liberados para o trânsito de mercadorias alimentícias e medicamentos, ambulâncias, combustíveis, viaturas policiais, de bombeiros e da Defesa Civil. A movimentação pode ser feita das 8h às 18h -- com exceção do trecho entre São Vendelino e Farroupilha (ERS-122), do km 39 ao 51, que continua totalmente interditado.
A Defesa Civil de RS alterou a forma de divulgação das mortes nesta tarde. Na manhã deste sábado, o boletim oficial informou terem sido contabilizadas 57 mortes. O número 'reduziu' pois, agora, são contabilizados separadamente os óbitos confirmados em decorrência dos temporais e os que seguem em investigação, para que a causa seja determinada.
Confira os detalhes do boletim atualizado na íntegra -- divulgado às 18h:
Municípios afetados: 317
Pessoas em abrigos: 13.324
Desalojados: 69.242
Afetados: 510.585
Feridos: 107
Desaparecidos: 74
Óbitos confirmados: 55
Óbitos em investigação: 7
Racionamento de água
Em meio a enchentes e ruas bloqueadas, o prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), pediu que a população racione água a partir deste sábado. Quatro das seis estações de tratamento da cidade estão paradas por causa das fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul.
Os municípios continuam em alerta de mais danos, assim como necessidade de orientação para que a população deixe áreas consideradas de risco.
"As bombas, na medida em que o rio está muito alto, não podem continuar funcionando, senão todas elas vão queimar e vai passar muito tempo pra recuperar. Eu quero fazer um apelo que as pessoas façam racionamento muito forte, muito forte na cidade", disse o prefeito, em entrevista à RBS TV.
Mais cedo, um buraco se abriu na Avenida Castelo Branco, no sentido litoral/capital. Com isso, o principal acesso a Porto Alegre está bloqueado. A pista cedeu após a água que passa por baixo da avenida, por uma comporta, levar parte do asfalto.
Esther Dweck, da Gestão, diz que adiamento para todo Brasil por causa das chuvas no RS mantém integridade do certame para todos os participantes
Por Raphael Felice
A ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, confirmou em entrevista coletiva nesta sexta-feira (3) o adiamento do Concurso Nacional Unificado (CNU), conhecido como Enem dos Concursos. Em razão das fortes chuvas no Rio Grande do Sul, ela afirmou que seria “impossível” aplicar a prova no estado.
Foi feito um acordo de adiamento assinado pela ministra Esther, Leonardo Magalhães (defensor público da União), Marcelo Eugênio Almeida (representando a Procuradoria-Geral da República) e Gabriel Lima (coordenador de Assuntos Institucionais da Cesgranrio). Ainda não há confirmação de nova data, mas Dweck afirmou que espera ter uma definição "nas próximas semanas".
Segundo a ministra, a decisão de adiar a prova em todo o país e não apenas no Rio Grande do Sul é a melhor forma também para “manter a integridade” do certame.
“Avaliamos que era impossível realizar no estado. O governador nos avisou sobre isso, mas pensamos que teríamos forças federais capazes de garantir a aplicação. Infelizmente não foi possível. Então a gente construiu um acordo para preservar a integridade para todos os candidatos”, disse.
Não foi publicado um novo edital para o CNU. Foi feito apenas o adiamento do edital do concurso. Quem se inscreveu para o concurso deve aguardar apenas a definição de uma nova data.
A ministra também explicou a posição inicial do MGI de manter a aplicação da prova, anunciada nesta quinta-feira (2). Segundo Esther, a medida foi tomada em uma circunstância de momento. No entanto, a situação no Rio Grande piorou desde a decisão, e as chuvas continuam no estado. A capital Porto Alegre, por exemplo, ficou alagada nesta sexta-feira (3) e 96% das viagens de ônibus para lá foram canceladas.
“Até ontem a gente esperava que fosse possível garantir a realização da prova para mais de 2,6 milhões de pessoas. Hoje, de fato, com agravamento da situação, a gente viu que era inviável”, afirmou durante a coletiva.
Esther também mencionou que o governo trabalhou para que o adiamento fosse realizado até esta sexta-feira (3). Segundo a ministra, mais de 96% dos participantes do CNU estavam a no máximo 100 km de distância do deslocamento da prova, e, por isso, a maioria dos alunos se deslocariam a partir de sábado (4).
A ministra também informou que 65% das provas já estavam nos postos de aplicação e em processo de entrega para pontos no interior das cidades, com exceção do Rio Grande do Sul por conta das chuvas.
Banco de questões
O principal motivo de impedir o governo de adiar a prova apenas no Rio Grande do Sul está relacionado à ausência de um banco de questões, que o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) tem, por exemplo.
Esse acervo de tópicos é feito com o passar do tempo, onde as instituições guardam as perguntas e as classificam por dificuldade, como fácil, moderada ou difícil, por exemplo. Como a prova de domingo seria a primeira do CNU, ele ainda não possui este acervo, o que impossibilita a realização de uma outra prova com os mesmos parâmetros de dificuldade, aumentando as chances de judicialização.
Resgate
O ministro da Secretaria de Comunicação (Secom), informou que o governo federal presta auxílio à população gaúcha em três frentes:
1) Trabalho de resgate de pessoas que estão ilhadas ou desaparecidas
2) restabelecimento da trafegabilidade - de energia, internet, abastecimento de água e combustível.
3) Garantia de trânsito e ambulâncias e uma série de outras situações.
"O foco é prestar apoio humanitário às pessoas que estão desabrigadas [...] foi essa sensibilidade do presidente Lula que orientou todas as ações, decisões e movimentações do nosso governo nos últmos dias", disse Pimenta.