Dados do Caged divulgados nesta sexta-feira (15) mostram que setor de serviços foi o que mais expandiu; região Sul registrou maior número de novas vagas
Com Agência Brasil
Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta sexta-feira (15) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o Brasil abriu 180.395 novas vagas de emprego formais (CLT) em janeiro.
No comparativo com o mês anterior, houve uma variação positiva de 0,39% no número de empregados formais. O país possui 45.697.670 vínculos celetistas ativos.
No mês, foram registrados 2.067.817 admissões e 1.887.422 desligamentos.
Saldo de Emprego detalhado por Grupamento de Atividades Econômicas
No período de 12 meses, há um saldo positivo de 1,5 milhão de vagas formais.
O salário médio na contratação em janeiro foi de R$ 2.118,32. Em comparação com o mês anterior, observou-se um aumento real de R$ 69,23, que representa um incremento de 3,38%.
O maior crescimento de vagas ocorreu no setor de serviços, com um alta de 80.587 postos formais de trabalho – com destaque para Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas, com 47.352 postos gerados no mês.
Hoje, o país tem 10,2 milhões de vínculos ativos em serviços (alta de 0,49%).
Indústria
O segundo setor com maior número de novos postos de trabalho foi a indústria, com saldo positivo de 67.029 postos formais de trabalho (alta 0,78% na quantidade de vínculos com CLT ativos). O segmento de transformação concentrou 66 mil novas contratações.
Construção
Apenas no comparativo, construção foi o setor que apresentou maior variação: 1,79% (com saldo de 49.091 vagas). Metade dos novos postos formais de trabalho foram para a construção de edifícios, 22,5 mil vagas (alta de 2,15% no estoque).
Regiões
A região Sul abriu o maior número de vagas formais: 67.218, uma alta de 0,81% no estoque (8,4 milhões). A região Centro-oeste teve a maior variação positiva: 2,13%. São 4,1 milhões de profissionais com CLT, mas 40 mil novas vagas apenas.
Das 27 Unidades Federativas, apenas duas registraram mais desligamentos que contratações: o Acre, na região norte, com saldo negativo de 33 vagas (-0,03%) e o Maranhão, com variação no estoque de celetistas de -0,13% (641.903). O estado nordestino perdeu 831 posições formais.
Texto abrange servidores públicos de todos os níveis e ainda prcisa passar por dois turnos de votação no Plenário da Câmara
Da Agência Câmara
A comissão especial que analisou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 169/19 aprovou o relatório da deputada Maria Rosas (Republicanos-SP), que autoriza a acumulação remunerada, no serviço público, de um cargo de professor com outro de qualquer natureza. O texto segue agora para o Plenário da Câmara.
A Constituição brasileira proíbe servidores de acumularem cargos na administração pública, mas faz algumas exceções. Permite, por exemplo, que professores tenham dois cargos em escolas diferentes. Também assegura à categoria o direito a ter outro emprego público, desde que seja de caráter técnico ou científico. Profissionais de saúde com atividade regulamentada também podem ter dois cargos ou empregos no serviço público.
A PEC elimina a restrição imposta aos professores (cargo de caráter técnico ou científico), permitindo a acumulação com outro cargo de qualquer natureza.
Segundo a relatora, a PEC assegura a liberdade de escolha do professor. Maria Rosas afirma que, em princípio, a vedação tem por finalidade garantir a eficiência no exercício das atribuições pertinentes a cargos, empregos ou funções públicas, e afastar eventuais privilégios.
“Uma vez tendo a devida qualificação, compete a ele, profissional, escolher se quer trabalhar 20 horas, 40 horas ou 60 horas. O texto apresentado não está falando da dedicação exclusiva, não está voltado apenas para o ensino superior. Pelo contrário, a PEC abrange todo o exercício do magistério, em toda a sua amplitude”, disse a deputada.
Medida pretende padronizar a possibilidade de isenção no pagamento do imposto; proposta segue para a Câmara dos Deputados
Da Agência Senado
O Plenário concluiu nesta quarta-feira (13), em primeiro e segundo turnos, a votação da proposta de emenda constitucional que concede isenção do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) a veículos terrestres de passageiros com 20 anos ou mais de fabricação (PEC 72/2023). De autoria do senador Cleitinho (Republicanos-MG), a PEC obteve 65 votos favoráveis, quatro contrários e nenhuma abstenção nos dois turnos de votação. O texto será agora encaminhado para apreciação da Câmara dos Deputados.
A regra, que irá vigorar em todo o território nacional, não valerá para microônibus, ônibus, reboques e semirreboques, conforme ajuste redacional feito pelo senador Marcos Rogério (PL-RO), relator da proposta. A PEC vai atingir sobretudo os estados onde ainda não existe a isenção, que são Minas Gerais, Pernambuco, Tocantins, Alagoas e Santa Catarina. Em estados que já contam com o instrumento legal prevendo a isenção, a exemplo de Rondônia e outros, o relator informou que não haverá alteração.
A proposta, que altera o artigo 155 da Constituição, passou por cinco sessões de discussão em primeiro turno, concluídas nesta terça (12). O texto ainda precisaria passar por três sessões de discussão em segundo turno. Mas acordo de Plenário para quebra de interstício possibilitou a aprovação definitiva da proposição. São necessários votos favoráveis de pelo menos 49 senadores para aprovação de emendas constitucionais em dois turnos de votação.
Marcos Rogério ressaltou que a proposta tem “a dimensão de atender os interesses dos brasileiros mais humildes dos quatro cantos do Brasil”. Em sua avaliação, trata-se de “uma emenda de mérito, acertada, que tem como alvo atender brasileiros de menor poder aquisitivo, e que vai beneficiar milhões de brasileiros com veículos com mais de vinte anos de uso”.
— A emenda propõe justamente ampliar o instituto da imunidade, isentando do IPVA os veículos com vinte anos ou mais em todo o território nacional. Como é hoje? No caso de criação de imunidade tributária, a matéria é de índole constitucional. No caso de isenção, a matéria é de índole legal, de via ordinária, que implica renúncia de tributo, e cada estado estabelece um critério se haverá ou não isenção e a partir de quando. Há estados com isenção a partir de dez anos, quinze anos ou vinte, e estados que não têm critério de isenção, e o detentor do veículo paga IPVA independentemente do tempo de uso.
O relator explicou que a emenda amplia a isenção pela via da imunidade, para que não haja tributação dos veículos a partir dos vinte anos.
— A regra valerá para todo o território nacional. No caso daqueles estados onde já há isenção, a partir de dez ou quinze anos, a regra atual não muda, continua como está. A regra vai vincular seus efeitos a partir dos vinte anos, porque é uma proteção contra tributar — assegurou.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, informou que foi a primeira PEC do senador Cleitinho aprovada no Senado. Elogiou a iniciativa e disse que a isenção é de muito significado para os contribuintes brasileiros, que têm dificuldade de arcar com muitos impostos.
O senador Cleitinho agradeceu a aprovação da PEC e ressaltou que a emenda vai beneficiar Minas Gerais e outros estados em que ainda não há isenção na cobrança do IPVA para veículos com muitos anos de uso.
O líder do governo, senador Jaques Wagner (PT-BA), defendeu a proposta e destacou que a Bahia já isenta a cobrança do IPVA a partir dos 15 anos de fabricação.
Matéria foi aprovada pela CCJ com 23 votos favoráveis e 4 contrários; senador é relator da proposta
Por Victoria Lacerda
O relator da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) das Drogas, senador Efraim Filho (União-PB), afirmou ao R7 que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), deve respeitar o rito previsto no regimento de cinco sessões para a discussão do assunto. O parlamentar estima que a votação no plenário do Senado Federal ocorra no início de abril. "Especulo que todo esse processo possa levar de três a quatro semanas, mas agora tudo depende do Pacheco, que deve seguir o protocolo das cinco sessões", afirmou Efraim.
A matéria foi aprovada nesta quarta-feira (13) pela CCJ (Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania), com 23 votos favoráveis e 4 contrários, e agora segue para o plenário, onde precisará de ao menos 49 votos favoráveis em dois turnos. Se aprovado, o texto seguirá para análise na Câmara dos Deputados. A proposta ressalta a necessidade de distinguir usuários de traficantes, propondo penas alternativas à prisão e tratamento para dependência.
Na CCJ, votaram contra a matéria os senadores Humberto Costa (PT-PE), Fabiano Contarato (PT-ES), Marcelo Castro (MDB-PI) e Jaques Wagner (PT-BA).
O Senado busca avançar na discussão em resposta ao julgamento do STF sobre o porte de maconha para uso pessoal. Com um placar de 5 votos a 3 pela descriminalização, o caso foi suspenso por um pedido de vista do ministro Dias Toffoli. A expectativa é que o Congresso decida sobre o tema antes da retomada do julgamento na Corte.
Prefeitura manteve proposta de 2,16% de reajuste, que não cobre a inflação. Categoria quer 16%. Setor de educação faz assembleia hoje
Por Gabriel Valery
“Rejeitamos a proposta desrespeitosa do governo. Querem 2%, desrespeitam nossa proposta de 16%”, afirmou o presidente do Sindicato dos Servidores. | Foto: Elineudo Meira (@fotografia.75)/Sindsep
Assembleia com mais de 3 mil servidores diante da prefeitura de São Paulo, na tarde desta terça-feira (12), aprovou greve por tempo indeterminado. O Fórum de Entidades Representativas do Funcionalismo Municipal buscou pressionar o governo Ricardo Nunes (MDB) por reajuste e valorização das carreiras, mas decidiram pela greve diante da postura considerada intransigente da administração. A prefeitura manteve sua proposta de reajuste, já rejeitada por unanimidade.
“Reafirmamos nossa posição da semana passada. Rejeitamos a proposta desrespeitosa do governo. Querem 2%, desrespeitam nossa proposta de 16%”, afirmou o presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo (Sindsep), João Gabriel Buonavita. A gestão Nunes ofereceu 2,16% de reajuste, índice que sequer cobre a inflação.
Contra o “confisco” previdenciário
A proposta de greve contou com aprovação por ampla maioria. “Reafirmamos a pauta, rejeitamos os ataques contra qualquer carreira, greve unificada a partir deste momento por tempo indeterminado”, reforçou João Gabriel.
Além da campanha salarial, existem outros eixos na pauta de reivindicação dos servidores “Queremos também a revogação do confisco previdenciário (referência à recente “reforma” previdenciária municipal), além do reajuste linear de 16%. Incorporação dos abonos para a educação. Retomada do direito de férias. Concurso público e fim das terceirizações. Essa é nossa proposta”, resumiu o sindicalista.
“O reajuste não é incompatível com abonos na educação”, acrescentou o dirigente. “Servidores da ativa e pensionistas devem caminhar juntos. O governo, pressionado pela luta, vai recuar, como já aconteceu. Diante de um cenário de pressão do confisco dos aposentados que tira dinheiro da mesa, das péssimas condições de trabalho, temos que fazer vaquinha para esquentar marmita.”
Os servidores farão ato/vigília na próxima quinta-feira (14), a partir das 13h, diante da Câmara. “Há possibilidade de o governo encaminhar esse horrível índice com um projeto de lei”, lembrou o secretário de Imprensa do Sindsep, Vlamir Lima. Dessa forma, os servidores irão ao Legislativo para ressaltar aos vereadores que não aceitam a proposta da prefeitura.
Foi marcada nova assembleia para terça da semana que vem (19), às 14h, no mesmo local. Hoje à tarde, o comando de greve se reúne para discutir a organização do movimento nos locais de trabalho.
Assembleia da educação
João Gabriel pediu unidade na luta dos servidores. A área da educação, representada pela Coordenação das Entidades Sindicais Específicas (Coeduc), também está em greve. Eles fazem manifestação e assembleia hoje (13), às 14h, em frente à prefeitura, com caminhada até a Câmara.
“O movimento que os profissionais de educação realizam por valorização remuneratória, manutenção dos direitos de carreiras, contra a política de transformação dos salários em subsídio, pelo fim do confisco previdenciário e por melhoria das condições de trabalho e funcionamento das escolas é, em essência, em defesa dos direitos da população usuária e da escola pública”, informa a Coeduc, em carta à população. A entidade inclui o Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal (Sinpeem), o Sindicato do Educadores na Infância (Sedin) e o Sindicato dos Especialistas de Educação do Ensino Público Municipal (Sinesp).